Clipping Diário - 19/01/2016
Publicado em 19/01/2016
Clipping Diário - 19/01/2016
Terça-Feira - 19/01/16
Geral
Fonte: Diário Catarinense
Ação de ICMBio e MPF detalha críticas a sistema de saneamento no norte da Ilha, em Florianópolis
Uma petição do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) protocolada na Justiça Federal e que contesta obras emergenciais em execução no rio Papaquara, aponta falhas no sistema de saneamento no norte da Ilha de Santa Catarina, como a falta de licença ambiental da estação de tratamento da região. O documento também expõe mais de R$ 2,3 milhões em multas aplicadas à Companhia de Saneamento (Casan) desde 2011, apenas em casos referentes à Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Canasvieiras. O documento, com data da última sexta-feira, reforça uma Ação Civil Pública (ACP) conjunta do órgão ambiental com o Ministério Público Federal (MPF), que tem como alvos a Casan e a Fundação Estadual do Meio Ambiente (Fatma). Outra ação movida pelo MPF – também sobre poluição na região de Canasvieiras, esta de 2014 –, resultou no agendamento de uma inspeção pela Justiça Federal no rio do Braz.
Ainda em novembro do ano passado, ICMBio e MPF protocolaram a ação que trata poluição no rio Papaquara, principal afluente do rio Ratones e que afeta diretamente a Reserva Carijós. A ETE Canasvieiras, da Casan, despeja efluentes (resíduos do esgoto tratado) no Papaquara. Segundo o documento assinado pelo o chefe da Estação Biológica de Carijós e oceanógrafo do ICMBio, Sílvio Souza, o rio deveria ser considerado como classe especial, destinado à preservação de ambientes aquáticos. Baseado nisso, o órgão contesta as licenças de operação concedidas pela Fatma
— Fizemos testes e encontramos índices elevados de fósforo e outros compostos químicos. Um lodo tóxico fica no fundo do rio. Isso afeta diretamente a reserva Carijós. Além de tudo, não há registro de estudo de impacto que o lançamento do efluente possa gerar — explica Silvio Souza.
A petição cita ainda os frequentes incidentes que resultam no despejo de esgoto in natura nos mananciais do norte da Ilha. Uma das soluções apresentas pela petição seria a instalação de um emissor submarino para despejo do esgoto tratado em alto mar.
De dezembro de 2011 até outubro de 2015, apenas a ETE Canasvieiras foi responsável por no mínimo R$ 2,3 milhões em multas após autos de infração aplicados pelo ICMBio por lançar resíduos líquidos em desacordo com a lei. O total é referente a cinco autos de infração, sendo que um previa multa diária de R$ 44.876, desde 26 de junho de 2012. No entanto, a Casan ainda não desembolsou nada pelas punições. A concessionária recorre de todos os autos em instâncias dentro do próprio ICMBio e na Justiça.
— É importante que fique claro que as conversas e o acompanhamento do ICMBio sobre a ETE Canasvieiras começaram ainda na década de 90. Por isso, chegou ao ponto de aplicarmos multas. Infelizmente, a Casan não precisou pagar nenhuma até agora — afirma o oceanógrafo.
Contrapontos
A Casan, por meio da assessoria de imprensa, não comentou sobre os recursos apresentados para os autos de infração aplicados pelo ICMBio. Sobre a ETE Canasvieiras, o engenheiro químico da Divisão de Meio Ambiente da concessionária, Alexandre Bach Trevisan, informou que o sistema na região funciona plenamente.
— O tratamento de esgoto na ETE em Canasvieiras tem uma eficiência de 90% no efluente despejado no rio, inclusive sobre a remoção de fósforo. O que ocorre bastante é a contaminação por ligações irregulares e áreas de bairros que não têm saneamento – afirmou Bach.
Em nota enviada à reportagem, a Fatma informou que o licenciamento ambiental obedeceu a regras do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e que uma reavaliação da documentação da Casan, um pedido da Ação Civil Pública do ICMBio, estaria pendente. Sobre a falta de estudo de impacto ambiental para a Estação de Tratamento de Esgotos em Canasvieiras, o procurador jurídico do órgão ambiental, João Pimenta, respondeu:
— Só exigimos EIA/RIMA para estações de tratamento de esgoto em casos que existam emissário submarino — o que não se aplica a ETE de Canasvieiras.
Justiça Federal inspecionará o rio do Braz, em Canasvieiras
O juiz federal Marcelo Krás Borges deve inspecionar amanhã a foz do rio do Braz, em Canasvieiras, para averiguar o bloqueio feito pela prefeitura na semana passada. A vistoria é referente a outra ACP que tem a Casan como ré. De autoria da procuradora federal Analúcia Hartmann, sendo substituída no Meio Ambiente pelo procurador João Marques Brandão Neto, a ação acusa poluição no rio do Braz, que deságua na praia de Canasvieiras. Após as denúncias recentes, Brandão Neto elaborou uma petição e questionou o bloqueio do manancial:
— Vou acompanhar a inspeção, onde o juiz deve verificar se os pedidos do MPF procedem. O objetivo é observar de que forma foi feito o bloqueio do curso do rio do Braz.
O argumento do MPF é que, como a ação ainda está tramitando, a ¿obstrução da foz é ilegal por descaracterizar o objeto da ação principal e impedir a realização de perícia judicial¿. Isso justificou ainda a abertura de um inquérito policial pela procuradoria para apurar possível fraude processual na ação dos órgãos responsáveis.
A vistoria está agendada para as 14h30min. O juiz Marcelo Krás Borges deve ir acompanhado de um perito judicial. Além do procurador Brandão Neto, uma equipe da Casan vai acompanhar os trabalhos da Justiça Federal. Em coletiva realizada na sexta-feira, o prefeito de Florianópolis, Cesar souza Junior (PSD), afirmou que não houve bloqueio do rio, apenas recomposição da faixa de areia, e que a medida foi aconselhada pelo ICMBio.
Fonte: Diário Catarinense
Saiba o que fazer com a queda das ações da Petrobras
O derretimento do valor das ações da Petrobras continuou nesta segunda-feira com a empresa atingindo mais uma marca negativa. Os papéis preferenciais da estatal, os mais negociados, caíram 7,16% e fecharam em R$ 4,80. A cotação abaixo de R$ 5 não acontecia desde 2003. No ano, a queda chega a 28,36%.
As causas da derrocada da Petrobras incluem a queda livre dos preços do petróleo no mercado internacional, o alto endividamento e a paralisação derivada da Lava-Jato. Mesmo as ações parecendo baratas, especialistas no mercado financeiro não aconselham comprar papéis da Petrobras. Isso porque ainda haveria espaço para as cotações continuarem caindo.
— Na nossa visão, não é hora de comprar. A empresa tem problema de caixa e está muito endividada. E muito disso é em dólar — diz o analista-chefe da Geral Investimentos, Carlos Müller, lembrando que, de acordo com o último dado disponível, de setembro do ano passado, o endividamento chegava a R$ 506 bilhões.
Para quem tem papéis da companhia e está no prejuízo, avalia Müller, o melhor seria vender e tentar recuperar o capital investido em "empresas melhores".
O professor de finanças Marcos Melo, do Insper, tem uma visão um pouco diferente. Mesmo admitindo que há possibilidade de o preço das ações da estatal continuar caindo, a compra poderia ser boa opção para quem estiver disposto a esperar um período mais longo, de até cinco anos.
— Em algum momento, vai haver retomada da economia, e os preços do petróleo vão voltar a subir. Apesar destas investigações relacionadas à corrupção, a Petrobras tem uma operação sólida e é competitiva — diz Melo, que, entretanto, ressalta ser arriscado contar com qualquer recuperação da empresa no curto prazo.
Em meio à crise na Petrobras que se alastrou para seus fornecedores, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse ontem que o governo estuda novas medidas regulatórias para estimular e reduzir os custos da cadeia de petróleo porque o setor precisará conviver com um período de baixos preços no mercado internacional.
A desvalorização da empresa também traz prejuízos aos trabalhadores que colocaram dinheiro do FGTS em fundos ligados à Petrobras. Segundo a ONG Instituto Fundo Devido ao Trabalhador, até o final do ano passado, a aplicação ainda tinha rendimento superior ao da conta normal do FGTS, mas a situação se inverteu no início do ano (ver quadro). Mesmo assim, o presidente da ONG, Mario Avelino, não recomenda se desfazer da aplicação.
Reflexos da queda do preço
Petróleo ladeira abaixo
Além dos problemas internos da estatal, a grande queda do preço do petróleo influencia o movimento dos papéis da Petrobras. O barril abaixo de US$ 30, após ser negociado acima de US$ 100 até meados de 2014, tem como uma das causas o desaquecimento da economia global. Outro fator que contribui para a redução dos preços é o interesse da Arábia Saudita. O país, que tem um custo de produção baixo, está aumentando a oferta para derrubar as cotações e, assim, inviabilizar o óleo de xisto produzido nos Estados Unidos. O fim de sanções ao Irã, que poderá crescer a sua produção, também passou a pressionar a commodity.
Perdas com o FGTS
Em agosto de 2000, o governo deu aos trabalhadores a possibilidade de aplicarem até 50% do seus FGTS em fundos vinculados às ações ordinárias (com direito a voto) da Petrobras. Cálculos da ONG Instituto Fundo Devido ao Trabalhador mostram que, pela primeira vez, o rendimento passou a ser menor do que o do FGTS normal. Enquanto o FGTS, até o dia 10 de janeiro deste ano, se valorizou 103,71% no período, os fundos que têm apenas ações da estatal tiveram rendimento de 50,9%. Em maio de 2008, no momento de maior valorização da Petrobras, a aplicação chegou a ter um rendimento de 1.346%.
O que fazer com o dinheiro aplicado?
O presidente da ONG, Mario Avelino, diz não recomendar a venda das ações por avaliar que a tendência de longo prazo é de recuperação dos preços. Ele lembra que, quando o trabalhador desiste da aplicação atrelada ao papel da Petrobras, o dinheiro volta para a conta normal do FGTS e só pode ser sacado nas condições previstas, como demissão sem justa causa, morte, aposentadoria, compra de imóveis, entre outras situações. Avelino ressalta que, ao longo do tempo, também foi permitido aos fundos diversificar aplicações em outras ações. Com isso, muitos teriam uma performance melhor em relação ao desempenho daqueles que têm apenas papéis da Petrobras. O FGTS normal, lembra Avelino, rende apenas 3% ao ano, mais a variação da TR. Ano passado, o ganho foi de somente 4,84%, menos da metade da inflação. Assim, a orientação da ONG é vender as ações apenas se for possível sacar o FGTS.
Fonte: Diário Catarinense
Governo limita gastos de ministérios a R$ 11 bilhões
A presidente Dilma Rousseff editou nesta segunda-feira decreto orçamentário provisório para limitar os gastos do governo nesse início do ano. Publicado em edição extra do Diário Oficial da União, o decreto limita, na prática, em R$ 11,02 bilhões o espaço para os ministérios empenharem despesas não obrigatórias até o dia 12 de fevereiro.Essas despesas incluem os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e as emendas impositivas apresentadas pelos parlamentares. Os gastos com o PAC ficaram limitados a R$ 2,56 bilhões e com as emendas em R$ 753,64 milhões.
O decreto é a primeira medida do governo para o controle de gastos num ano em que o governo terá que garantir uma meta de superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) nas contas do setor público — tarefa apontada pela maioria dos economistas como muito difícil de ser alcançada no quadro atual de recessão econômica e perda de arrecadação.
Em nota, o Ministério do Planejamento informou que o decreto provisório visa a manter o compromisso com a obtenção da meta fiscal desse ano.Com o decreto, o governo evita um empenho maior até que o decreto definitivo de contingenciamento de gastos entre em vigor. A avaliação é que esse limite não compromete o funcionamento da máquina administrativa nesse primeiro mês do ano.
O decreto limita em 1/12 avos as despesas previstas para o ano.O valor total para movimentação e empenho autorizados pelo Decreto foi de R$ 135,6 bilhões. A maior parte — R$ 124,5 bilhões — é de despesas obrigatórias que não podem ser controladas pelo governo, como o pagamento do Bolsa Família e o Piso de Atenção Básica e o Teto de Média e Alta Complexidade, ambos da área de saúde.
O limite de despesas obrigatórias constante do decreto não se aplica às despesas como pagamento de pessoal e encargos sociais, com juros e encargos da dívida, amortização da dívida, despesas financeiras, bem como àquelas despesas custeadas com recursos de doações e convênios, que estão 100% liberadas.Para preservar o atendimento das demandas da sociedade diante de situações emergenciais, o decreto prevê que o Ministério do Planejamento possa ampliar os valores disponibilizados para cada órgão.
A edição do decreto não era exigida por lei, mas a equipe econômica resolveu adotá-la para dar uma sinalização para os ministérios e órgãos do governo de restrição fiscal. O decreto provisório só é obrigatório quando o ano começa sem que o Orçamento da União esteja aprovado pelo Congresso.Segundo uma fonte da área econômica, a intenção do governo é fazer a discussão fiscal em torno do contingenciamento e das previsões de receitas e despesas para esse ano.
Não está descartada a possibilidade de divulgar o decreto antes do feriado do Carnaval.O decreto definitivo já levará em consideração a previsão menor para o PIB este ano, já que o Orçamento foi feito com uma estimativa de recuo da economia de 1,9% e os analistas já projetam uma queda de 2,99%. Ele é um balizador dos riscos para o cumprimento da meta fiscal. Se as estimativas de receitas para o ano caírem mais do que o previsto ou as de despesas aumentarem, o governo tem que promover novos cortes para garantir o cumprimento da meta fiscal.
Fonte: Notícias do Dia
É o melhor verão dos últimos anos, diz secretário estadual de Turismo em meio a crise ambiental
Santa Catarina apresenta e oferece muitos produtos turísticos além da balneabilidade
Em meio à crise ambiental e de saneamento pela qual passa a temporada de verão em Canasvieiras, no Norte da Ilha, onde o turismo está prejudicado depois do agravamento dos níveis de poluição por esgoto sem tratamento junto à foz do rio do Brás, e da suspeita de um novo derramamento de esgoto no rio Perequê, em Porto Belo, o secretário de Estado de Turismo, Esporte e Lazer, Filipe Mello, garante que a atual temporada de verão é a “melhor dos últimos anos”. Para justificar a afirmação, ele diz que este é o verão “com maior número de turistas” que o Estado já viu.
Além disso, reforça, o turismo catarinense não se concentra nas praias e nem apenas em determinada região de Florianópolis. “Santa Catarina apresenta e oferece muitos produtos turísticos além da balneabilidade e, principalmente, do Norte da Ilha de Santa Catarina, pois temos um litoral com mais de 65% dos pontos próprios para banho, estâncias hidrotermais no interior do Estado, o maior fluxo turístico já visto, e as pessoas aproveitando nossas praias, nosso Vale Europeu, a Serra e o interior”, diz Mello.
Apesar de reconhecer o impacto negativo que a repercussão da poluição na praia de Canasvieiras teve em todo Brasil, Mello afirma que se o Norte da Ilha enfrenta problemas, o mesmo “não ocorre com o restante do Estado”.
Segundo o secretário, não é correto dizer que a imagem turística de Santa Catarina está prejudicada por causa de Canasvieiras. “Isso é justo com 65% das praias que têm balneabilidade? Dentro de um fluxo turístico de aproximadamente oito milhões de pessoas, temos mais de sete milhões de pessoas que frequentam outras praias, é justo dizer que a temporada foi comprometida? Não”, avalia. “Estive em Bombinhas, Itapema, Guarda do Embaú, Balneário Camboriú, e todas têm um verão acima das expectativas”, completa.
O secretário argumenta que o elevado número de argentinos visitando o Estado – estima-se que ao final da temporada passem por Santa Catarina cerca de 1,1 milhão de turistas vindos da Argentina – é um indicativo de que as próximas temporadas de verão não estão comprometidas, assim como o aumento no número de embarques e desembarques no Aeroporto Internacional Hercílio Luz. Também destaca que é preciso “fazer o dever de casa” para os próximos anos, “fiscalizando”, “multando” e “lacrando” sistemas de esgoto que não estão conectados às redes.
Para evitar cenas como a da mancha preta em Perequê ou de turistas com máscaras em Canasvieiras, Mello diz que esta é uma grande oportunidade “para as pessoas adquirirem consciência”. “Uma cidade e um estado turístico n&aatilde;o se fazem só pela iniciativa privada, nem só pelo setor público, é um conjunto que precisa funcionar entre ambos. Para você promover um balneário ou uma praia, claro que você precisa de balneabilidade, mas ao mesmo tempo o problema pontual do rio do Brás não representa Santa Catarina”, entende.
secretário contesta
Na sexta-feira, durante reunião para discutir a crise ambiental e de saneamento no Norte da Ilha, o promotor Paulo Locatelli, do meio ambiente, disse que se persistirem os problemas de saneamento e mobilidade em Florianópolis a cidade talvez tenha que limitar a entrada de turistas, como acontece em Fernando de Noronha, também uma ilha. “Não adianta convidá-los e não ter estrutura para recebê-los”, disse.
Ao ser confrontado com a afirmação, o secretário Filipe Mello disse não poder falar sobre Florianópolis, mas assegurou que o turista está sendo bem recebido no Estado. “Volto a dizer, Canasvieiras não é Santa Catarina. É sim uma praia muito importante da Capital, que reflete a imagem de Santa Catarina, mas daí a dizer que o turista não está sendo bem recebido porque tem um problema de falta de balneabilidade em Canasvieiras não é correto. O turista que está em Piratuba nem sabe que o rio do Brás existe, o turista que está em Balneário Camboriú está curtindo a praia pra caramba, mesmo com algumas placas de mar impróprio. Então, temos muitos outros lugares sem problemas, o que reflete na melhor temporada de todos os tempos”, ressalta.
O secretário, entretanto, frisou que é preciso trabalhar para que esses problemas não se repitam na próxima temporada. Na próxima semana, uma reunião do Conselho Estadual de Turismo vai debater o assunto com o restante do trade turístico do Estado. “Um dos principais assuntos vai ser o rio do Brás, a praia de Canasvieiras e os últimos relatórios de balneabilidade da Fatma (Fundação Estadual do Meio Ambiente), até para fazer um balanço e planejar as próximas temporadas, que terão uma atenção especial na questão da balneabilidade das praias”, conclui Mello.
Fonte: G1
Pequeno varejo vai pedir que governo mude regras do novo ICMS
Entidades vão se reunir com órgão da Fazenda esta semana, diz Sebrae. Nova regra prevê partilha do imposto entre os estados também para PMEs.
As principais entidades que representam a atividade de e-commerce no Brasil vão se reunir nesta terça-feira (19) para discutir mudanças na nova regra tributária que tirou o sono de pequenos varejistas. A mudança prevê a partilha do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) entre os estados que compartilham mercadorias.
Pela nova regra, uma loja de São Paulo que vender vinhos nacionais pela internet para um consumidor do Piauí precisa agora dividir a arrecadação do imposto com o estado que recebe a mercadoria.
Antes da mudança, essa empresa recolhia toda a alíquota do ICMS apenas para São Paulo. O cálculo era bem mais simples. O estado de origem ficava com toda a parte do bolo da arrecadação e o estado que consumia, nada arrecadava. A medida trata então de repartir o ICMS entre os dois estados.
As entidades do pequeno varejo reclamam que as empresas do Simples Nacional recolhem o imposto de forma unificada em uma única guia, e a nova obrigação praticamente acaba com essa unificação do regime tributário. "A regra acabou com o tratamento diferenciado das micro e pequenas empresas", diz o presidente nacional do Sebrae, Afif Domingos.
Ao Jornal Nacional, o Confaz afirmou que "a medida é importante para reduzir o desequilíbrio tributário entre os estados”. Procurada pelo G1, a Fazenda não se pronunciou.
A nova regra também obriga o empresário a se cadastrar nas secretarias da Fazenda de cada um dos 26 estados ou Distrito Federal para onde vai vender. “Em vez de criar um sistema compensatório entre os Fiscos, eles jogaram nas costas do contribuinte todas as obrigações acessórias que o Fisco deveria assumir”, defende o presidente do Sebrae.
Protesto de lojas online
O e-Commerce Brasil, responsável por fomentar a atividade no país, lançou nesta segunda-feira (18) um movimento contra o Convênio 93 e pediu que as lojas virtuais coloquem uma tarja preta no rodapé de seus sites em protesto contra a nova regra.
Segundo Viviane Vilela, diretora executiva da empresa, a obrigação de recolher o imposto em diferentes guias aumenta a carga tributária das pequenas empresas. “Tem pequena empresa fechando porque não tem condições de cumprir uma carga tributária multiplicada duas ou três vezes", diz Viviane.
A empresa diz que defende a partilha do ICMS entre os estados. “O que repudiamos é essa terceirização do trabalho do Fisco e a inclusão das pequenas empresas nessa regra de forma arbitrária, sem diálogo com ninguém.
Pequenos empresários reclamam da burocracia
As pequenas empresas também do aumento de burocracia que pode afogar empresas de estrutura menor, com poucos funcionários.
Ele afirmou que o Ministério da Fazenda e o Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária) vão se reunir com as entidades do varejo na próxima quarta-feira (20) para discutir as recentes alterações na nova lei que rege a tributação.
O Convênio 93, publicado pelo Confaz, estabeleceu que as empresas incluídas no Simples Nacional serão submetidas às mesmas regras de partilha do ICMS entre os estados previstas pela emenda constitucional.
Inaugurada em novembro de 2015, a loja virtual Tresur, especializada em roupas para mulheres plus size, recolhe os tributos pelo Simples Nacional. Mas João Carlos cunha Guarinello, que é pai de uma das sócias e auxilia na parte financeira, diz que isso ficará descaracterizado por causa da mudança.
“A Tresur é Simples Nacional, e quando a gente opera do modo que está na legislação, deixa de ser Simples, porque eu tenho que recolher o diferencial do ICM dentro dos estados. Ou seja, ela é uma Simples Nacional que funciona com tributação normal. Descaracterizou totalmente o Simples”, queixa-se Guarinello.
“Na Tresur, trabalha a minha filha e mais uma funcionária. A empresa está faturando de R$ 25 mil a R$ 30 mil neste início. A cada operação, eu tenho que recolher o tributo. Só que não existe um banco que recolha de todos os estados. Então ou eu tenho que ter inscrição estadual em todos os estados do Brasil e fazer o recolhimento uma vez por mês ou, a cada operação, eu tenho que recolher um tributo. A operação é uma coisa horrível para uma empresa pequena”, queixa-se ele.
"É um custo a mais na empresa. Hoje são 10 notas por dia, daqui a pouco são 40. Eu vou ter um funcionário que, em vez de estar fazendo operação de coisa mais interessante, está lá só para ficar recolhendo imposto."
Sócio de uma empresa de assinatura de snacks, o Farofa.la, Mikael Linder diz que a mudança já começou a prejudicar o negócio. "Tira o foco do desenvolvimento da empresa e atendimento ao cliente e passa para resolver burocracia que não torna atividade melhor ou o mercado mais dinâmico", diz.
A empresa tem dois anos de vida e faz entregas para consumidores de todo o Brasil. Tem dois sócios e cinco funcionários. Linder conta que vai precisar contratar mais um funcionário para cuidar só desse processo. "Isso, obviamente, elevará nossos custos mensais, sem gerar ganhos proporcionais. Essa equação é ruim para qualquer empresa, mas é particularmente penosa para empresas jovens e pequenas", opina o empresário.
Fonte: G1
Obra de saneamento interrompe trânsito de avenida em Florianópolis
Trecho fica na Avenida Patrício Caldeira de Andrade, no Bairro Abraão. Previsão é de que obras durem pelo menos três dias, segundo Casan.
A Companhia Catarinense de Água e Saneamento (Casan) informou que a partir desta terça-feira (19) parte do trânsito da Avenida Patrício Caldeira de Andrade, no Bairro Abraão em Florianópolis, será interrompido para a execução de uma obra de assentamento da rede de coleta da ampliação do sistema de esgotamento sanitário.
O trecho interditado fica entre as ruas Silvio Possobom e Médico Miguel Sales, também no Bairro Abraão, na região continental de Florianópolis. A obra deve interditar apenas a faixa de trânsito no sentido Capoeiras-Abraão, sendo que o sentido contrário fica totalmente liberado.
O trabalho será executado entre 8h30 e 17h30. Nesse período, o desvio do trânsito será feito pelas ruas Joaquim Fernandes de Oliveira e João Meireles. Moradores da Rua Médico Miguel Sales deverão acessar suas residências através da Rua Manoel Félix.
A Casan estima que esta etapa das obras de assentamento da rede de coleta dure três dias. Em caso de chuva, o serviço será adiado e o trânsito deve fluir normalmente em ambos os sentidos.
Fonte: Economia SC
Fecomércio SC analisa experiência de compras dos catarinenses
As tradicionais liquidações de janeiro devem render boas compras para os catarinenses e movimentar as vendas. É neste período que a maioria dos comerciantes aproveita para fazer saldões e queimar os estoques, posicionando janeiro como um dos melhores meses para o setor, atrás apenas de maio (Dia das Mães) e dezembro (Natal).
Um diagnóstico sobre a experiência de compras nas últimas semanas de dezembro, traçado pela Fecomércio SC, traz a avaliação dos consumidores sobre o Natal 2015 e pode ser um importante aliado dos empresários neste período de promoções.
Dos consumidores entrevistados na pesquisa de intenção de compras no início de dezembro, a maioria (94,9%) encontrou os produtos inicialmente pretendidos. O índice de efetivação das compras foi de 92,8%, já 7,2% de consumidores desistiram de fazê-la.
O principal destino desses consumidores foi o comércio de rua (76,9%) e shoppings (35%), equação que pode ser mais equilibrada nos saldões, visto que as grandes redes varejistas instaladas shoppings também participam das liquidações.
Os presentes mais comprados na data foram do segmento do vestuário (74,5%), seguidos pelos brinquedos (36,3%) e calçados (23,6%). Já os eletrônicos, que tiveram venda pouca expressiva (8%) no Natal, estão entre os produtos mais ofertados no período das liquidações, ao lado dos eletrodomésticos.
Enquanto na pesquisa de avaliação, os atributos dos produtos foram os que mais influenciaram na decisão de compra, com nota de 8,86 em uma escala de 1 a 10, seguido pela praça (local onde o produto pode ser adquirido) com média de 8,7, os itens Preço e Promoção costumam ter bastante relevância em períodos de liquidações pontuais.
A cordialidade do atendente (8,35) e a clareza das informações (8.8) também pesaram na decisão das compras e se destacaram na avaliação do atendimento no comércio catarinense, que recebeu a nota final de 8,12. Já o quesito agilidade foi o indicador com a pior pontuação (7,94), o que pode servir como um alerta aos empresários neste período de lojas movimentadas.
Recuo nas vendas
Mesmo com a queda de 7,3% nas vendas em 2015, em comparação ao mesmo período do ano anterior, os dias que antecedem o Natal tiveram faturamento maior (9,3%) do que os meses comuns do ano, conforme o presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt.
“O recuo é reflexo direto da recessão econômica e o menor acesso ao crédito, que é o grande impulsor das vendas do comércio. Sem dúvidas, os elevados juros e a perda na qualidade do emprego também tornaram o consumidor mais cauteloso em suas decisões. As liquidações no início do ano são uma boa oportunidade para o empresário, que conseguem escoar seus estoques e mostruários, e também para o consumidor, que consegue economizar e aproveitar descontos atrativos”, avalia Breihaupt.
Fonte: Adjori SC
Embratur abre inscrições para feiras internacionais de turismo
Interessados em participar da ITB Berlim e MITT Moscou 2016 já podem se preparar para enviar a documentação para a Embratur
A Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) abre as inscrições para interessados em participar como coexpositores nos estandes do Brasil em mais duas feiras internacionais de turismo deste ano: a ITB Berlim e a MITT 2016, ambas do segmento multiprodutos. Empresas e entidades públicas e privadas interessadas em divulgar seus produtos e destinos podem se inscrever de hoje (18) até o dia 29 de janeiro.
A ITB Berlim será realizada na Alemanha de 09 a 13 de março e a MITT ocorrerá de 23 a 26 de março, em Moscou, na Rússia. A inscrição para cada feira deve ser feita por meio do preenchimento completo da ficha de inscrição eletrônica. O documento está disponível, respectivamente, em ITB e MITT.
É importante ressaltar que para efetuar o cadastro, operadores, agências de turismo, meios de hospedagem, transportadoras, organizadoras de eventos, parques temáticos e acampamentos turísticos deverão preencher a Ficha de Inscrição, além de enviar, obrigatoriamente, o Certificado do CADASTUR válido para o e-mailinscricao.feiras@embratur.gov.br.
“Alemanha e Rússia são dois mercados importantíssimos para relações comerciais e turísticas com o Brasil. A presença da Embratur nos países fortalece o trabalho que iniciamos ano passado em Moscou, por exemplo, quando lançamos um site em russo. O Brasil precisa desenvolver mecanismos para aumentar o fluxo turístico da Rússia, já que o país é o quinto maior emissor de turistas em todo o mundo”, destacou o presidente da Embratur, Vinícius Lummertz.
Inscrições
Para o preenchimento das vagas, a confirmação da participação dependerá da análise das inscrições e aprovação das áreas técnicas competentes da Embratur, além da disponibilidade de postos de trabalho nos estandes do Brasil em cada feira. Como procedimento padrão, o Instituto entra em contato após análise das inscrições para confirmação (ou não) da participação do inscrito em cada feira.
A Embratur solicita o preenchimento criterioso das informações solicitadas, pois, caso a instituição ou empresa seja selecionada, essas informações serão fundamentais para a triagem e o direcionamento eficiente dos atendimentos durante os eventos.
Feiras 2016
O Brasil, por meio da Embratur, estará presente em 17 grandes feiras internacionais previstas na Agenda de Promoção Comercial do Turismo Brasileiro no Exterior em 2016. Elas serão realizadas em 12 importantes mercados, seguindo as diretrizes do Plano Aquarela, sendo eles: Alemanha, Argentina, Colômbia, Espanha, Estados Unidos, França, Japão, Paraguai, Peru, Portugal, Reino Unido e Rússia. Além do enfoque geral de produtos e destinos, as feiras contemplam os segmentos Cruzeiros, Intercâmbio de estudantes, MICE (Meetings, Incentives, Conferences and Exhibitions) e Negócios.
Fonte: SPC Brasil
Três em cada dez brasileiros planejam pagar as contas de início de ano com o 13º salário, mostra SPC Brasil
Com a crise econômica, poucos entrevistados conseguiram poupar em 2015. 13% afirmam que não fazem planejamento algum para começar o ano
Todo início de ano há gastos extras para o bolso do brasileiro, como o pagamento de compras de Natal, gastos com férias, impostos como IPTU e IPVA, matrícula da escola dos filhos e os materiais escolares. Com a crise econômica, poucos brasileiros conseguiram fazer uma reserva financeira ao longo de 2015 para pagar suas contas (19%) e três em cada dez (29%) planejam usar ao menos parte do 13º salário para quitar as pendências e evitar ficar com o nome sujo, segundo pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e do portal de educação financeira Meu Bolso Feliz.
Para os especialistas do SPC Brasil, o início de um novo ano é sempre um momento propício para colocar as contas no azul. “A palavra de ordem para 2016 é planejamento”, diz José Vignoli, educador financeiro do SPC Brasil. “Passada a época das festas de fim de ano, o consumidor se depara com uma série de obrigações financeiras que, se não são bem administradas, podem atrapalhar o controle do orçamento para o restante do ano”, explica.
Confira três dicas importantes para um bom planejamento para o pagamento das contas de início de ano e que também valem ao longo dos meses seguintes:
- Pagar à vista
“A preferência dos consumidores deve ser o pagamento das contas à vista, aproveitando os descontos oferecidos na maioria das vezes”, afirma Vignoli. “Já quem não tem dinheiro guardado acabará tendo que pagar as obrigações de início de ano a prazo. Entretanto, vale iniciar um planejamento para quitar essas despesas no próximo ano sem passar por sufoco.”
A sugestão do educador financeiro é que o consumidor vá separando todo mês um determinado valor para quitar os compromissos sazonais.
- Cortar compras supérfluas
Dica válida para todos os brasileiros e principalmente para os que já estão inadimplentes é cortar os gastos desnecessários e evitar compras impulsivas. Uma pesquisa recente do SPC Brasil mostrou que 41% dos brasileiros que compram por impulso estão inadimplentes.
Entre os principais gastos feitos por impulso e que podem ser cortados ou substituídos por alternativas mais baratas estão os relacionados com lazer, como bares, restaurantes e cinema. Os especialistas do SPC Brasil também alertam: promoções e possíveis preços atrativos comuns nesta época do ano são os fatores que mais influenciam nas compras.
- Renegociar ou substituir as dívidas
Casos as dívidas já estejam prejudicando o orçamento, o educador financeiro recomenda uma renegociação da dívida com o credor, contratando novas condições e formas de pagamento que melhor se encaixem no orçamento. Outra dica é fazer a substituição de uma dívida mais cara por outra mais barata, como trocar uma pendência no cartão de crédito ou cheque especial por um empréstimo pessoal ou consignado, que possui taxas de juros menores. “A substituição da dívida pode evitar com que ela se transforme em uma bola de neve – principalmente as de cartão de crédito e cheque especial”, conclui Vignoli.
Fonte: Agência Brasil
Brasileiro está menos otimista que a média mundial, revela pesquisa
Pesquisa feita pelo Ibope Inteligência, em parceria com a Worldwide Independent Network of Market Research, revelou que 50% da população brasileira não acredita que 2016 será melhor que 2015. Desses, 13% dizem esperar um ano igual e 32% acreditam que será pior que o anterior.
Para os outros 50% da população, 2016 será melhor que o ano passado, segundo a pesquisa. No entanto, o percentual de otimistas no Brasil está abaixo da média global, de 54%, e já foi muito maior.
“A série histórica da pesquisa revela que a perspectiva da população brasileira para o ano seguinte permaneceu otimista, no patamar de 73%, de 2008 até 2014, quando ocorreu a primeira queda no otimismo (57%), seguida de um novo recuo em 2015 (49%)”, destacou o Ibope Inteligência.
Do outro lado, o nível de pessimismo no país é o maior já registrado pelo levantamento. Em 2011, por exemplo, apenas 6% dos brasileiros achavam que teriam um ano pior do que o anterior.
O país mais otimista do mundo, segundo a pesquisa, é Bangladesh, onde 81% da população acha que 2016 será melhor que o ano anterior. Os outros dois países mais otimistas são a Nigéria (78%) e a China (76%). Na outra ponta estão o Iraque, onde 56% das pessoas acreditam que esse ano será pior que 2015, os italianos (52% de pessimistas) e os gregos (51%).
Fonte: Folha de S.Paulo
Tecnologia cortará 5,1 milhões de empregos nos próximos 5 anos
A crescente automação e outros avanços tecnológicos já em andamento deceparão algo em torno de 7,1 milhões de empregos nos próximos cinco anos, número que não será nem remotamente compensado pela criação de 2 milhões de postos de trabalho.
A tecnologia avançada deixará, portanto, um deficit de 5,1 milhões de empregos, informa a pesquisa "O Futuro do Trabalho", publicada nesta segunda-feira (18) pelo Fórum Econômico Mundial.
O levantamento foi feito em 15 países, Brasil inclusive, que concentram 65% da força mundial de trabalho.
O criador do Fórum, o empresário e professor suíço Klaus Schwab, acaba de lançar livro em que batiza de "Quarta Revolução Industrial" o notável avanço tecnológico cujo impacto no emprego é analisado na pesquisa.
"A 4ª Revolução Industrial, que inclui desenvolvimento em campos antes desconectados como inteligência artificial, robótica, nanotecnologia, impressoras 3D, genética e biotecnologia, causará disseminada perturbação não somente para os modelos de negócios, mas também para o mercado de trabalho nos próximos cinco anos, com enormes mudanças previstas no conjunto de habilidades requeridas para prosperar no novo panorama", diz o relatório do Fórum.
O impacto dessa nova revolução industrial —na verdade, vai muito além da indústria tradicional— variará consideravelmente de setor para setor, prevê a pesquisa, feita com funcionários qualificados do setor de Recursos Humanos e com especialistas em estratégia.
"O setor de saúde é o que sofrerá o maior impacto negativo em termos de empregos nos próximos cinco anos, seguido conjuntamente por Energia e Serviços Financeiros e de Investimento", diz o texto.
Previsivelmente, o setor que criará mais empregos é o de Tecnologia da Informação e da Comunicação, seguido por Serviços Profissionais, Mídia e Entretenimento.
A pesquisa tratou de saber também como os profissionais interrogados pensavam responder ao desafio. Descobriu que "a mais popular estratégia relativa à força de trabalho, através de todas as indústrias, é investir em requalificar os empregados atuais".
Também foram apontadas iniciativas como respaldar a mobilidade dos trabalhadores e a rotação no trabalho, atrair (mais) mulheres e talentos estrangeiros, além de oferecer estágios.
Menos popular é a estratégia de empregar pessoal temporário ou virtual.
No caso específico do Brasil, os pontos mais defendidos pelos entrevistados são exatamente a requalificação dos trabalhadores (apontadas por 59%) e a mobilidade (52%).
A pesquisa apurou também, sempre no caso do Brasil, que o maior obstáculo para enfrentar a revolução já em curso é "insuficiente entendimento das mudanças", item mencionado por 55% dos entrevistados.
Seguem-se "força de trabalho não alinhada à estratégia de inovação" (48%) e "pressão dos acionistas para resultados no curto prazo" (48% também).
O tema do encontro anual-2016 do Fórum Econômico Mundial, que começa nesta quarta-feira (20) é exatamente "Gerenciando a Quarta Revolução Industrial".
Fonte: Folha de S.Paulo
Recessão no Brasil derruba crescimento global, diz FMI
A recessão no Brasil será um dos principais fatores para o desempenho abaixo do esperado que a economia global deve ter em 2016, prevê o FMI (Fundo Monetário Internacional). Em sua atualização do relatório Panorama Econômico Global, divulgada nesta terça (19), o Fundo reduz a expansão mundial neste ano para 3,4%, 0,2 ponto percentual a menos que nas projeções de outubro.
No caso do Brasil, o corte foi bem mais agudo. De acordo com o FMI, a economia do país recuará 3,5% em 2016, baixa de 2,5 pontos percentuais em relação ao relatório anterior. A esperança de retomada do crescimento brasileiro, que nas previsões de outubro do FMI aconteceria em 2017, foi adiada para 2018, último ano do governo Dilma Rousseff. No ano que vem, estima o Fundo, o Brasil sairá do vermelho, mas terá expansão zero, uma piora de 2,3 pontos percentuais em relação à previsão de outubro.
Dos 16 países que compõem a tabela incluída no relatório, o Brasil é o que tem o pior desempenho projetado para 2016. O país é citado como destaque negativo também numa entrevista do economista-chefe do FMI, Maurice Obstfeld, divulgada junto com o relatório.
"A principal mensagem desta atualização, especialmente se comparada com as anteriores, é a queda consistente na expectativa de crescimento", diz Obstfeld ao justificar o corte na projeção global. Grande parte disso se deve ao fraco desempenho das economias em desenvolvimento, responsáveis por mais de 70% do crescimento mundial. As estimativas de expansão do PIB global foram reduzidas em 0,2 ponto percentual tanto para 2016 (para 3,4%) quanto para 2017 (para 3,6%).
"Tais revisões refletem em grande medida, mas não exclusivamente, uma recuperação mais fraca nas economias emergentes do que fora projetado em outubro. Em termos de composição por país, as revisões se devem em grande parte ao Brasil, onde a recessão causada pela incerteza política, em meio à contínua crise das investigações na Petrobras, está se mostrando mais profunda e prolongada do que se esperava", diz o Fundo.
Entre os outros fatores para o corte nas previsões de crescimento global, o relatório cita os baixos preços do petróleo, que atingem as economias do Oriente Médio, a recuperação mais lenta da economia americana e a alta dos juros nos Estados Unidos, além da desaceleração da China, em meio ao "rebalanceamento" pelo qual passa o país asiático.
Apesar de reconhecer a incerteza que esse processo gera na economia mundial, sobretudo pela dificuldade dos mercados em interpretá-lo, o FMI considera que a China segue a transição conforme o que foi planejado pelas autoridades do país, com menos ênfase em investimentos e mais em consumo e no setor de serviços. Assim, o relatório manteve inalteradas suas projeções para o crescimento chinês em 2016 (6,3%) e 2017 (6%). Nesta terça, as autoridades de Pequim anunciaram que o PIB chinês avançou 6,9% em 2015. O resultado ficou dentro da meta do governo, mas foi o pior desde 1990.
"O crescimento na China evolui conforme planejado, mas com uma desaceleração em importação e exportação mais rápida que o esperado, em parte refletindo o enfraquecimento do investimento e da atividade industrial", diz o estudo. "Tais desdobramentos, juntamente com a preocupação sobre o futuro desempenho da economia chinesa, estão causando contágios em outras economias por meio dos canais de comércio e dos preços mais baixos das commodities, assim como da confiança em baixa e a volatilidade crescente nos mercados financeiros."
Sobre os Estados Unidos, o FMI prevê que a maior economia do mundo crescerá 2,6% em 2016, mais que os 2,5% de 2015, mas 0,2 ponto percentual a menos que a projeção de outubro. Para 2017, os EUA devem repetir a mesma taxa de expansão, diz o relatório. A economia americana continua "resiliente", mas tem alguns entraves, como a alta do dólar, que prejudica setores da indústria.
Fonte: Exame
IPC-S acelera em todas as 7 capitais pesquisadas em janeiro
O Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), acelerou em todas as sete capitais pesquisadas na segunda quadrissemana de janeiro em relação à primeira leitura do mês, divulgou a instituição nesta terça-feira, dia 19. No geral, o IPC-S avançou de 0,99% para 1,30% entre os dois períodos.
Por região, a alta do IPC-S foi de 1,07% para 1,37% em Salvador; de 0,84% para 1,07% em Brasília; de 0,92% para 1,22% em Belo Horizonte; de 0,98% para 1,05% no Recife; de 1,41% para 1,77% no Rio de Janeiro; de 0,83% para 1,19% em Porto Alegre; e de 0,83% para 1,18% em São Paulo.
Fonte: Exame
Contra burocracia, Sebrae quer mudar regras do ICMS
O Sebrae promove nesta terça-feira (19) reunião com as entidades ligadas ao comércio para discutir e propor alterações nas regras de cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). A reunião acontecerá às 10h, no escritório do Sebrae Nacional em São Paulo, localizado na Avenida Paulista (Ed. Ouroinvest, nº 1728, 3º andar). As propostas apresentadas serão levadas para a reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), na quarta-feira (20), no Ministério da Fazenda, em Brasília.
Desde o início do ano, o contribuinte passou a ser responsável pelo cálculo da diferença entre as alíquotas cobradas no estado de origem e na unidade de destino do produto. A medida também obriga o empresário a se cadastrar no fisco do estado para o qual está vendendo, ou seja, o empresário terá que se registrar em até 27 secretarias de fazenda diferentes. A decisão afeta diretamente todas as empresas incluídas no Simples Nacional que fazem operações interestaduais.
O presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, ressalta que essa medida burocratiza e aumenta o custo das micro e pequenas empresas e que os empreendedores podem contar com a ajuda da instituição para reverter essa determinação. “O Sebrae está disposto a apoiar as sugestões e possíveis ações na Justiça que visem a acabar com essa determinação, que é um retrocesso no processo de desburocratização e de diminuição da carga tributária que temos conseguido implementar no Brasil desde a criação da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa”, afirma.
As novas regras valem para todas as atividades, mas os donos de pequenos negócios que atuam no e-commerce estão entre os principais prejudicados. “Isso pode inviabilizar milhões de pequenos negócios que vendem seus produtos para outros estados e pode levar essas empresas a fecharem as portas”, destaca Afif.