Clipping Diário - 18/07/2016
Publicado em 18/07/2016
Clipping Diário - 18/07/2016
CDL de Florianópolis
Entrevista
Band - Programa Band Cidade
Pauta: 13º sálario dos servidores públicos
Fonte: Marco dos Santos
Geral
Fonte: FCDL/SC
Adiantamento do 13º salário será para quitar contas, prevê FCDL/SC
Fazer compras ficará em segundo lugar, de acordo com entidade varejista
O comércio varejista catarinense prevê que a circulação de R$ 2,3 bilhões em julho – impulsionada pela antecipação de parte do 13º salário aos servidores estaduais – resulte na quitação de contas. A Federação das CDLs de Santa Catarina (FCDL/SC) projeta ainda que, à semelhança dos anos anteriores, a segunda prioridade será para novas compras em uma parcela menor.
A liberação do abono será feita pelo governo do Estado no próximo dia 15. De acordo com a Secretaria de Estado da Fazenda, o pagamento do salário de junho, a primeira parcela do 13º salário e mais a remuneração de julho injetarão R$ 2,3 bilhões na economia em apenas um mês.
Para Ivan Tauffer, presidente da FCDL/SC, a renda adicional ameniza a inadimplência. "O catarinense aproveita a maior parte para saldar dívidas e a segunda opção é fazer novas compras do que sobrar. Em ambos os casos isto favorece a movimentação do comércio e reduz em parte os registros no SPC", avalia o empresário.
Serão contemplados pouco mais de 150 mil servidores do Poder Executivo, incluindo fundações e autarquias estaduais. Não entram na conta as folhas de pagamento das empresas estatais: Casan, Badesc e Celesc.
Fonte: Diário Catarinense
Mário Motta: Plano Diretor de Floripa tem Audiência Geral hoje
Cumprindo decisão judicial emanada em dezembro de 2014, o Núcleo Gestor do Plano Diretor de Florianópolis teve que ser reconstituído, assim como o cronograma e o plano de trabalho para a rediscussão com os moradores dos bairros.
A partir de maio de 2016, foram realizadas as 13 audiências públicas distritais e mais de 2,5 mil pessoas participaram. Além dessas obrigações legais, a Prefeitura Municipal também precisa reenviar o projeto de lei ao legislativo. A UFSC vem vivenciando momentos importantes dessa temática, destacando a Avaliação desenvolvida em 2009, o InterUniversitário (2010), o encontro Cidades do Futuro (2013) e o Planejamento de Desenvolvimento Urbano (2013).
Recentemente, em 13 de julho, o Centro Socioeconômico promoveu outro encontro para discutir a Gestão Democrática da Cidade. Agora, a Audiência Geral está programada para hoje às 19h, no auditório Garapuvu do Centro de Cultura e Eventos. No próximo mês, haverá as discussões finais – Etapa 1, no dia 1º de agosto, e Etapa 2, dia 29, provavelmente no mesmo local.
Fonte: Diário Catarinense
Você já se adaptou à lei do farol aceso?
Dez dias depois de entrar em vigor, a lei que obriga os motoristas a transitarem com o farol baixo aceso durante o dia em rodovias estaduais e federais ainda gera dúvidas para quem dirige na Grande Florianópolis. Os principais questionamentos são sobre os locais onde a medida é obrigatória e se outros tipos de luzes do carro, como a lanterna e o farol de neblina, servem para rodar sem o risco de ser multado. Mesmo assim, ao rodar pelas SCs e BRs da região, a equipe da Hora percebeu que a maioria dos motoristas cumpre a nova legislação, embora muitos liguem a lanterna ou o farol de neblina — que não são permitidos — ao invés do farol baixo. Entre os carros flagrados descumprindo a lei na ilha, a reportagem encontrou uma viatura da Polícia Militar na SC-403 com os faróis desligados. A corporação não quis comentar o caso.
Com o objetivo de aumentar a segurança nas estradas, sob o argumento de que a exigência pode contribuir com a redução de acidentes frontais e diminuir o número de mortes no trânsito, a Polícia Militar Rodoviária (PMRV) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) aconselham os motoristas a manterem o farol aceso sempre que circularem durante o dia, independente de estarem na SC-401, que leva para o Norte da Ilha, ou no Centro. Assim, você não será multado por esse tipo de infração.
— A nossa recomendação é para que os motoristas mantenham o farol ligado sempre que estiverem rodando durante o dia, para evitar esquecimentos, cumprir a lei, e evitar ser autuado — explica o coronel Fábio Martins, da PMRV de Florianópolis.
Entre os motoristas, há aqueles que já tinham o hábito de ligar o farol baixo durante o dia, e aqueles que tentam se acostumar à nova regra. No primeiro grupo, se enquadra o aposentado Cláudio Andrade Ramos, 76 anos, que sempre ligou as luzes do carro ao sair de casa por "segurança". Se não fizer isso já na garagem, conta, ele "esquece".
— E não quero ser multado — resume.
Já o autônomo Adelso Aparício, 50 anos, ainda não se adaptou à nova lei. Antes, costumava ligar o farol pouco antes de anoitecer. Agora, espera se acostumar no decorrer das próximas semanas.
— Olhando pela segurança de pedestres e motoristas, acho que a lei é válida — comenta.
De acordo com a PRF, o uso de faróis durante o dia permite que o veículo seja visualizado a uma distância de três quilômetros por quem trafega em sentido contrário. Em Florianópolis, cortada pela BR-282, a Via Expressa, já na entrada da cidade, e por diversas SCs no interior da Ilha, os cuidados devem ser redobrados, aponta o policial rodoviário federal Adriano Fiamoncini.
— Para não ficar na dúvida onde precisa e não precisa ligar o farol, a dica é entrar no carro, colocar o cinto de segurança e ligar os faróis — ensina.
Primeira semana já reduziu acidentes e mortes
A PRF parou de divulgar o número de multas registradas desde a entrada em vigor da nova lei, em 8 de julho. O motivo, segundo o inspetor Fiamoncini, foi uma ordem vinda de Brasília depois que manchetes jornalísticas multiplicaram as autuações pelos valores e estamparam o quanto já tinha sido arrecadado com as multas.
— Decidimos parar de divulgar porque estavam tirando o foco da redução de acidentes — diz.
Já a PMRV afirma que de 8 a 13 de julho foram registradas 598 multas para motoristas sem o farol baixo acesso no Estado.
Fiamoncini informa que na última sexta-feira, relatos de policiais que estavam nas rodovias federais do Estado, falavam em cerca de 90% de adesão dos motoristas que circulavam nas BRs catarinenses. Outro dado importante foi a redução no número de colisões frontais e mortes nas estradas federais de SC.
— Esta semana (até sexta), tivemos apenas uma morte durante o dia em BRs de Santa Catarina, e foi em uma saída de pista. Ou seja, não tivemos nenhuma morte em colisão frontal, a mais comum e violenta. E é justamente esse tipo de acidente que a lei do farol acesso visa combater — expõe.
A média histórica de mortes em BRs do Estado é de 1,5 morte por dia, diz Fiamoncini. Com as cinco mortes da última semana — apenas uma durante o dia —, essa média ficou em 0,7.
— O número é ótimo e mostra que a lei é importante. Desde fevereiro, não recordo de uma semana inteira sem vítimas fatais de colisões frontais — destaca, para dizer que a lei do farol ajuda tanto em pistas simples como em pistas duplicadas, caso da BR-101, que margeia o litoral.
— Na pista simples, você evita a colisão frontal. E na duplicada, você previne e evita bastante os atropelamentos, maior causa de mortes na BR-101, por exemplo.
Motoristas reclamam
A nova lei, que além do farol só abriu exceção para a luz diurna de LED, aquela faixa de lâmpadas que alguns carros mais modernos têm, é criticada por quem entende que a legislação nasceu para aumentar a arrecadação dos cofres públicos.
— É que nem a obrigatoriedade do kit primeiros socorros e do extintor, daqui a pouco, depois que multarem bastante, não é mais obrigatório. Se eles querem mais segurança no trânsito, deveriam arrumar as estradas — reclama a copeira Ângela Fernandes, 48 anos.
Questionado se a fiscalização foi intensificada para flagrar motoristas desavisados, o inspetor Fiamoncini afirma que não são realizadas operações especificas com intuito de multar que estiver de farol desligado durante o dia. As multas ocorrem quando motoristas em desacordo com a lei são flagrados nas estradas por viaturas ou em frente aos postos policiais rodoviários, segundo ele.
— Esta é só mais uma das centenas de itens que o policial fiscaliza.
Andar com o farol desligado durante o dia é considerado infração média, com 4 pontos na carteira de habilitação e multa de R$ 85,13, que passará para R$ 130,16 em novembro próximo. A exigência do farol aceso de dia nas estradas foi sancionada no fim de maio pelo presidente em exercício Michel Temer, mas ele vetou a validade imediata e deu prazo de 45 dias para que entrada em vigor, "para os cidadãos se adaptarem às novas regras".
Lugares onde não é obrigatório o uso do farol, apesar da proximidade com rodovias, em Florianópolis
- Pontes Pedro Ivo e Colombo Salles
- Avenida Beira-Mar Norte
- Centro
Lugares onde é obrigatório
- SCs 401, 403, 404, 405 e 406
- BRs 101 e 282 (Via Expressa Continental)
- Via Expressa Sul
- Marginais da BR-101 e da BR-282
- Rodovia Admar Gonzaga
- Rodovia Jornalista Manoel de Menezes (Praia Mole)
Fonte: Diário Catarinense
Casan reajusta tarifa de água e esgoto em 10,81% em Santa Catarina
A Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) publicou neste fim de semana o anúncio do aumento do valor da tarifa da água e esgoto em Santa Catarina. A partir de 15 de agosto, os serviços terão reajuste de 10,81%.
A alteração foi autorizada pela Agência Reguladora Intermunicipal de Saneamento (Aris) e pela Agência Reguladora de Serviços Públicos de Santa Catarina (Aresc) nos últimos dias 6 e 7 de julho. No documento da Aresc que permitiu o aumento, o pedido da Casan se baseia no índice inflacionário e no custo dos serviços.
O documento da Aresc que autoriza o aumento explica que "no setor de saneamento o reajustamento tarifário mostra-se ainda mais importante diante do viés de saúde pública que os serviços carregam, onde a manutenção, a melhoria e a ampliação dos sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário são imprescindíveis para a qualidade de vida do cidadão".
O texto ainda explica que para o cálculo do percentual do reajuste foi usado o índice de correção monetária relativo ao período de junho de 2015 a junho de 2016 do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) calculado pelo IBGE, que foi de 8,84%.
Além disso, se somaram os valores de 0,984% da defasagem recorrente do impacto da projeção subdimensionada do custo de energia elétrica e mais uma vez esse mesmo índice por conta da recuperação do faturamento não realizado no período 2015/2016.
A Aresc complementa a resolução que autorizou o aumento, assinado pelo presidente da entidade, Reno Caramori, com a informação de que está fazendo estudos para a elaboração da metodologia de revisão tarifária para os prestadores de serviços de saneamento em Santa Catarina regulados pela agência. Após esta revisão a metodologia pode ser comparada com a usada pela Casan atualmente.
Esse reajuste é menor do que o de 2015, quando a conta foi aumentada em 11,94%. O reajuste é válido para as cidades onde a Casan opera no Estado.
Fonte: Diário Catarinense
Segurança no acesso à área de embarque dos aeroportos será mais rigorosa a partir desta segunda-feira
Viajar de avião vai requerer mais paciência dos passageiros a partir desta segunda-feira, quando entram em práticas novos procedimentos de segurança instituídos pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). As medidas vão trazer mudanças no acesso à área de embarque dos aeroportos brasileiros. Por isso, a agência recomenda que as pessoas com voos marcados passem a chegar com uma hora e meia de antecedência, quando antes uma hora era suficiente. Isso porque, com o novo método exigindo mais controle, o tempo de espera para acesso irá aumentar.
O anúncio ocorre a poucos dias do início dos jogos Olímpicos, depois que o Ministério da Defesa afirmou que irá reforçar a segurança no Rio de Janeiro por conta do último ataque ocorrido na França, na semana passada. Mas a Anac nega que a medida tenha ligação com o evento esportivo ou qualquer outro fato externo. Por isso, a Anac diz que não há prazo para o rigor terminar, e garante que as medidas são padronizadas e adotadas internacionalmente. Com as mudanças, todos os passageiros estão sujeitos a passar por revista física por um agente do mesmo sexo, independentemente do disparo do alarme do equipamento de raios-x.
A agência explica que a revista poderá ocorrer em local público ou reservado, a critério do passageiro e do agente, e com presença de testemunha. Também será exigida a retirada de computador portátil e de outros dispositivos eletrônicos do interior de malas e mochilas transportadas na bagagem de mão, que terão de passar por raio-x. Atualmente, a medida é adotada somente para voos internacionais.
A inspeção manual aleatória de pertences de mão no momento da passagem pelo equipamento de raio-x também poderá ser solicitada. Neste caso, informa a Anac, os passageiros deverão abrir suas bagagens de mão para inspeção pelo agente. Em caso de recusa, o passageiro será proibido de acessar a área de embarque. Nem mesmo crianças poderão ficar fora das normais de inspeção. Contudo, a agência afirma que "a idade mínima é uma informação reservada por questões de segurança". Os passageiros com necessidade de assistência especial também serão inspecionados.
Por meia da assessoria de imprensa, a agência diz que com as novas regras, podem ocorrer mudanças por parte dos operadores dos aeroportos na estrutura de acesso á área de embarque, com o aumento de equipes para as revistas para diminuir as filas nos terminais. A Anac ainda esclarece que no check-in os procedimentos não serão alterados.
Fonte: SPC Brasil
Apenas três em cada dez brasileiros são consumidores conscientes, mostra SPC Brasil
Indicador abrange práticas financeiras, ambientais e sociais. Em meio à crise econômica, consumidor contem despesas e evita compras não planejadas
Com o objetivo de acompanhar as mudanças nos hábitos de compra e outras ações cotidianas e também compreender se os brasileiros caminham em direção ao consumo sustentável, o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), calcularam pelo segundo ano consecutivo o Indicador de Consumo Consciente (ICC), que atingiu 72,7%, permanecendo estável em relação a 2015, quando estava em 69,3%. O ICC pode variar de 0% a 100%: quanto maior o índice, maior é o nível de consumo consciente. Em uma escala de 1 a 10, os entrevistados dão nota média de 8,9 para a importância do tema consumo consciente, mas apenas três em cada dez brasileiros (32,0%) podem ser considerados consumidores conscientes de fato – um aumento de 10,2 pontos percentuais em relação a 2015, quando esse percentual era de 21,8%.
Apesar de ter apresentado melhora, o aumento do indicador foi discreto em relação a 2015. “O consumidor brasileiro ainda possui desempenho abaixo do que é considerado ideal, representando um consumidor em transição. Assim como em 2015, os entrevistados associam mais frequentemente o consumo consciente com atitudes relacionadas apenas a aspectos financeiros, ficando em um segundo plano as esferas ambientais e sociais”, explica a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. O principal benefício percebido pelos entrevistados continua a ser o de economizar e fazer o dinheiro render mais (37,1%), prevalecendo a dimensão financeira do consumo consciente.
O estudo do SPC Brasil segmentou os consumidores em três categorias, de acordo com a intensidade da prática dos comportamentos considerados adequados: ‘consumidores conscientes’ – que apresentam frequência de atitudes corretas acima de 80% – ‘consumidores em transição’, cuja frequência varia entre 60% e 80% de atitudes adequadas e ‘consumidores nada ou pouco conscientes’, quando a incidência de comportamentos apropriados não atinge 60%.
Para elaborar o indicador, foi realizada uma pesquisa com uma série de perguntas para investigar os hábitos, atitudes e comportamentos que fazem parte da rotina dos brasileiros. Estas questões permearam as três dimensões que compõem o conceito de consumo consciente, e todas elas obtiveram resultados abaixo do desempenho ideal de 80%: práticas ambientais (72,5%), práticas financeiras (73,8%) e práticas sociais (70,6%). Apesar de apresentarem pequenos aumentos quando comparados a 2015, apenas a diferença percentual no subindicador relacionado às finanças é estatisticamente superior.
Antes de fazer novas compras, 90% avaliam o impacto no orçamento
O subindicador de Práticas Financeiras foi o único a apresentar um crescimento significativo, de 5,8 pontos percentuais em relação a 2015, ficando em 73,8% em 2016 ante 68,0% no ano passado. Este crescimento está possivelmente associado não a uma maior consciência dos consumidores, mas a restrições financeiras e receio do futuro, gerados pela crise econômica que o país atravessa.
“À primeira vista, este poderia ser um sinal de que o brasileiro está caminhando em direção a hábitos de consumo mais racionais, mas não se pode deixar de relacionar esses dados ao contexto econômico recessivo atual do país. O crescimento dos níveis de desemprego, inflação alta e as incertezas em relação ao futuro do país fazem com que o consumidor adote uma postura mais precavida em relação a suas finanças”, afirma Kawauti. Para a economista, por um lado o consumidor age com maior cautela nas compras e toma mais atitudes para economizar, no sentido de fazer seu orçamento render mais; por outro, ele parece mais pressionado a resistir às compras sem planejamento, pois entende que esse comportamento se torna ainda mais arriscado em tempos de crise.
O subindicador de práticas financeiras observa a habilidade do entrevistado para lidar com os apelos do consumismo e a capacidade de gerenciar as próprias finanças sem fazer dívidas ou comprometer o orçamento. Entre as 18 atitudes investigadas, 11 apresentaram crescimento significativo em 2016, quando comparado ao ano passado, sendo as mais praticadas a avaliação do impacto de compras no orçamento antes de realizá-las (90,2%), não ter vontade de fazer compras por ver os amigos com coisas novas que estão na moda (87,7%), sempre pesquisar preços (86,9%), priorizar a qualidade dos produtos e não as marcas (86,6%) e preferir consertar um produto que ainda pode ser utilizado a comprar um novo (86,0%, 80,9% em 2015).
Frear o impulso de realizar compras desnecessárias também tem sido um hábito comum do consumidor brasileiro: 82,9% garantem que geralmente quando sentem vontade de comprar um produto perguntam a si mesmos se realmente precisam e, caso contrário, preferem não comprar (contra 75,3% em 2015).
As atividades menos praticadas pelos entrevistados são: alugar ou pegar emprestado produtos que usa com pouca frequência em vez de comprar um novo (43,2%) e não arrepender de compras desnecessárias feitas (21,4%).
Prática ambiental mais adotada é doar produtos ao invés de jogar fora
O subindicador de práticas ambientais, relacionadas às preocupações e cuidados com o meio ambiente e consumo de água e luz, tem como objetivo investigar a disposição do consumidor para minimizar o impacto de suas ações e agir de modo a não causar danos ao meio ambiente, utilizando de forma racional os recursos que tem a seu dispor. Em 2016, o subindicador atingiu 72,5%, sem alteração estatística em relação a 2015 (71,7%).
Entre as atitudes mais praticadas estão a de doar ou trocar produtos que não precisa mais antes de jogar fora (87,1%), não usar carro para ir a qualquer lugar (76,3%) e evitar imprimir papeis para evitar gastos e cuidar do meio ambiente (75,6%). A preferência pelo álcool em detrimento da gasolina, além de ser a prática menos frequente, foi a única a apresentar queda significativa – de 41,4% em 2015 para 32,6% em 2016.
Em relação às práticas que abordam o uso da água, a maioria apresentou crescimento significativo na variação anual, sendo as mais adotadas fechar a torneira enquanto escova os dentes (94,3%, contra 90,4% em 2015), ensaboar a louça com a torneira da pia fechada (89,1%, ante 79,1%), controlar o valor mensal da conta visando economizar (88,4%, ante 81,2%). Por outro lado, algumas práticas ainda encontram resistência, como ligar a máquina de lavar com a capacidade máxima (42,8%), fechar a torneira do chuveiro enquanto se ensaboa durante o banho (61,5%) e não lavar o carro com mangueira ou em lava a jatos (67,2%).
Já as práticas adequadas em relação ao uso de energia elétrica, as mais adotadas são apagar as luzes de ambientes não utilizados (96,2%), controlar o valor da conta mensalmente para economizar (crescimento de 5,5% em 2016 chegando ao patamar de 89,2%) e ter a maioria das lâmpadas na residência fluorescentes (87,9%). Já a menos adotada é tirar da tomada os eletrônicos que não estão sendo utilizados (54,9%).
Apenas 47% recusam a compra de produtos falsificados
O subindicador de práticas de engajamento social analisa a disposição do consumidor para pensar coletivamente, medindo as consequências de suas ações na sociedade, bem como a capacidade para incentivar os outros a também consumir de maneira responsável. Em 2016, o subindicador foi calculado em 70,6%, também sem alteração estatística em relação a 2015 (68,1%).
As práticas sociais mais adotadas são: incentivar as pessoas da casa a economizarem água e luz (90,9%), preferir passar o tempo livre com família e amigos a fazer compras (85,9%) e apoiar o controle da propaganda (77,4%). Já as práticas menos adotadas são relacionadas à compra de produtos falsificados: 47,3% afirmam que não compram esses itens mesmo se o preço for muito atrativo, enquanto 59,3% não o fazem porque não querem financiar o crime organizado.
Apenas dois dos nove comportamentos testados na pesquisa tiveram aumento significativo em 2016 em relação a 2015. São eles o incentivo às pessoas da casa a pechincharem nas compras (de 67,8% para 76,5%) e a reutilização de peças de roupas antigas (de 52,6% para 59,9%).
Esquecimento e falta de tempo são principais barreiras
Para os entrevistados pelo SPC Brasil e pela CNDL, o principal motivador para o consumo consciente de água e luz é o não desperdício (35,5%), porém o esquecimento (31,5%) e a falta de tempo (29,8%) são as principais barreiras encontradas pelos consumidores.
De acordo com o educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli, apesar dos consumidores reconhecerem a importância do consumo consciente e responsável, a grande maioria não vê as práticas sustentáveis como prioridade em seu dia a dia. “Ainda predomina a percepção de que os aspectos financeiros são mais importantes, ficando em segundo plano as implicações ambientais e sociais. É preciso que mais pessoas passem a enxergar o consumo de maneira mais ampla”, analisa Vignoli. “Ser um consumidor consciente é entender que pagar por um produto ou serviço é apenas uma parte da relação de consumo, e que esta ação sempre produz efeitos sociais e ambientais”.
Considerando os tipos de consumidores conscientes, em transição ou nada ou pouco conscientes, percebe-se que não há diferenças entre os grupos com relação ao sexo ou classe social. No entanto, percebe-se que os consumidores conscientes são relativamente mais jovens, com uma média de 38 anos, enquanto a média de idade dos nada ou pouco conscientes é de 45 anos.
Metodologia
O Indicador de Consumo Consciente (ICC) tem como objetivo medir os conhecimentos e níveis de práticas de consumo consciente pelo brasileiro em três esferas: financeira, ambiental e social. Para isso, foram entrevistados 600 consumidores nas 26 capitais mais Distrito Federal com idade igual ou superior a 18 anos, de ambos os sexos e de todas as classes sociais. A margem de erro é de no máximo 4,00 pp com margem de confiança de 95%.
Fonte: Agência Brasil
Mercado financeiro espera que taxa Selic fique em 14,25% ao ano
Instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) esperam pela manutenção da taxa básica de juros, a Selic, em 14,25% ao ano, na reunião desta semana do Comitê de Política Monetária (Copom), que começa amanhã (19) e termina quarta-feira (20).
Mas até o final do ano, a expectativa é de redução da taxa básica. De acordo com as projeções, ao final de 2016 a Selic estará em 13,25% ao ano. Em 2017, a expectativa é de mais cortes na taxa Selic, que encerrá o período em 11% ao ano.
Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
Já quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, mas a medida alivia o controle sobre a inflação. Quando mantém a taxa, o Copom considera que ajustes anteriores foram suficientes para alcançar o objetivo de controlar a inflação.
Meta de inflação
O BC tem que encontrar equilíbrio ao tomar decisões sobre a taxa básica de juros, de modo a fazer com que a inflação fique dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. A meta de inflação é de 4,5%, com limite superior de 6,5% este ano e 6% em 2017.
A expectativa de redução na taxa Selic acompanha uma estimativa de inflação menor no próximo ano. Para 2017, as instituições financeiras projetam inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), abaixo do teto da meta, em 5,30%, mas ainda longe do centro do objetivo. A projeção anterior para o IPCA em 2017 era 5,40%. Para este ano, a estimativa para o IPCA foi mantida em 7,26%, portanto, acima do limite superior da meta.
Atividade econômica
Os números constam do Boletim Focus, divulgado hoje pelo Banco Central. A estimativa de instituições financeiras para a queda do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, foi ajustada de 3,30% para 3,25%, neste ano. Para 2017, a estimativa de crescimento subiu de 1% para 1,1%.
A projeção para a cotação do dólar foi alterada de R$ 3,40 para R$ 3,39, no fim deste ano, e de R$ 3,55 para 3,50, no fim de 2017.
Fonte: Folha de S.Paulo
Brasileiro quer se aposentar antes de completar 60 anos, diz Datafolha
Parcela significativa da população brasileira espera se aposentar antes de completar 60 anos de idade e resiste à proposta de estabelecer uma idade mínima para a aposentadoria dos trabalhadores do setor privado, defendida pelo governo do presidente interino, Michel Temer.
Pesquisa concluída na semana passada pelo Datafolha mostra que somente 24% dos brasileiros esperam se aposentar depois dos 60 anos. Outros 24% querem se aposentar quando tiverem entre 56 e 60 anos de idade, e 21% gostariam de chegar à aposentadoria antes disso.
Na média, os entrevistados apontaram 60 anos como a idade ideal para a aposentadoria. Os homens gostariam de se aposentar aos 61, e as mulheres, aos 59, de acordo com a pesquisa do Datafolha.
O governo Temer promete apresentar ao Congresso no segundo semestre uma proposta de reforma da Previdência Social para estabelecer idade mínima para as aposentadorias e outras medidas para conter a expansão dos gastos com o benefício.
Somente no ano passado, o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) acumulou deficit de R$ 86 bilhões com o pagamento de aposentadorias, equivalente a 1,5% do PIB (Produto Interno Bruto). A previsão do governo é que o deficit previdenciário atinja 2,7% do PIB no próximo ano.
REFORMA
O governo Temer ainda não tem uma proposta de reforma pronta para apresentar ao Congresso. Negociações com as centrais sindicais foram suspensas recentemente, à espera do desfecho do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, previsto para agosto.
O presidente interino já indicou que gostaria de fixar a idade mínima para aposentadoria em 65 anos para os homens e um pouco menos para as mulheres, considerando o aumento da expectativa de vida dos brasileiros. Os sindicatos são contra.
A ideia divide a opinião pública ao meio. Segundo o Datafolha, 53% dos brasileiros são a favor da definição de uma idade mínima e 43% são contra. O apoio à proposta é maior entre os mais ricos do que entre os mais pobres.
Para 57% dos entrevistados pelo instituto, a idade mínima para aposentadoria poderia ser a mesma para homens e mulheres. Outros 41% são contra a ideia e preferem que o limite seja diferente.
Segundo a pesquisa do Datafolha, 59% dos entrevistados acham que os brasileiros se aposentam mais tarde do que deveriam e 27% dizem que eles param de trabalhar no momento certo. Somente 11% acham que os brasileiros se aposentam cedo demais.
Essa impressão é mais forte para os brasileiros com renda mais alta do que para os mais pobres. Entre os que têm renda superior a dez salários mínimos, 24% afirmam que os brasileiros se aposentam muito cedo. Entre os mais pobres, com renda inferior a dois mínimos, somente 9% concordam com isso.
TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
A legislação atual permite que os trabalhadores do setor privado se aposentem após 35 anos de contribuição com a Previdência, no caso dos homens, ou 30, no caso das mulheres. Quem não tiver tempo de serviço suficiente pode se aposentar por idade, aos 60.
As estatísticas do Ministério do Trabalho e da Previdência Social mostram que, em média, os brasileiros se aposentam aos 59,4 anos, mais cedo do que em países ricos como os Estados Unidos, a Alemanha e a França.
A pesquisa do Datafolha foi realizada na quarta e na quinta-feira da semana passada. Foram feitas 2.792 entrevistas em 171 municípios.
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A PREVIDÊNCIA EM NÚMEROS
R$ 86 bi
Foi o deficit da Previdência no ano passado com o pagamento de aposentadorias, o equivalente a 1,5% do PIB
R$ 91 bi
Foi o rombo na Previdência rural em 2015. A urbana teve superavit de R$ 5,1 bilhões
59,4 anos
É a idade média em que os brasileiros se aposentam
1,06 milhão
Foi o total de aposentadorias concedidas em 2015 pelo INSS
73,5 milhões
Será a população idosa em 2060 (33,7% do total). Hoje, são 22 milhões (10%)
Tempo de contribuição
Além do Brasil, só Equador, Irã e Iraque permitem se aposentar sem idade mínima.