Clipping Diário - 18/05/2015
Publicado em 18/05/2015
Clipping Diário - 18/05/2015
Fonte: Diário Catarinense - Infraestrutura - 18/05
Governo estadual vai entregar estudo para pressionar por concessões de rodovias em Santa Catarina
Além do Aeroporto Hercílio Luz, em Florianópolis, BR-153, no Meio-Oeste, estaria no alvo das parcerias público-privadas
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, não poupou elogios a Santa Catarina em sua passagem pelo Estado no fim de semana. A lista incluiu os bons resultados na geração de emprego e na diversificação do polo industrial, além do equilíbrio das contas públicas. Entre afagos, porém, o próprio ministro foi obrigado a admitir que o Estado carece de soluções para acelerar entraves de infraestrutura e logística que se arrastam por anos.
— SC é um Estado com grande atividade econômica. É um caso em que a concessão, em geral, dá certo — afirmou Levy.
O governador Raimundo Colombo (PSD) e parte dos empresários que ouviram Levy no sábado pela manhã, em Florianópolis, parecem gostar da ideia. O pessedista diz que o governo trabalha em um estudo para apontar ao Planalto quais obras federais devem ser priorizadas através do modelo de concessão. O trabalho foi desenvolvido a partir de conversas realizadas por telefone na semana passada com o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, e será apresentado na próxima semana em Brasília.
— Eles fizeram uma pré-seleção dos trechos e estamos levando os argumentos sobre eles. As cinco rodovias principais, as BRs, estão no estudo — disse Colombo.
Uma das rodovias que tem chance de ser repassada para gestão da iniciativa privada é a BR-153, que corta o Estado na região Meio-Oeste. O trecho que vai de Irani, onde a estrada corta a BR-282, até o Paraná, é o mais cotado. O caminho é a principal ligação com a região Sudeste e não está em boas condições. Seguindo a mesma linha, o trecho entre Irani e Chapecó da BR-282 é outro cotado. O estudo ainda está em conclusão na Secretaria de Infraestrutura e no Deinfra.
Cobrança por mais agilidade
Mais avançada, a concessão do Aeroporto Hercílio Luz à iniciativa privada deve ocorrer ainda este ano, afirmou Levy. O presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Glauco José Côrte, cobrou do ministro celeridade no processo:
— A gente nota um descasamento entre os tempos. O ajuste fiscal, bem ou mal, está avançando no Congresso. E as concessões demoram muito para sair. Queremos pedir que o senhor aplique a mesma energia que tem usado para fazer caminhar o ajuste fiscal para medidas que possam restabelecer as concessões.
Fonte: Diário Catarinense - Estela Benetti - 18/05
Visita do Ministro Joaquim Levy
Foi de trabalho intenso a passagem do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, por Florianópolis e Joinville sábado. Logo no café da manhã com o governador Raimundo Colombo e outras autoridades na Casa dAgronômica, ele conheceu os números positivos do Estado apresentados pelo secretário da Fazenda, Antonio Gavazzoni, e dados da indústria bons e ruins, informados pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado (Fiesc), Glauco José Côrte. Levy aproveitou o momento para defender o ajuste fiscal e renovar o pedido de apoio de SC para a aprovação das medidas. Preocupado com o cenário atual, Côrte cobrou uma agenda positiva com urgência, para que seja simultânea às medidas do ajuste fiscal.
Segundo o empresário, a prioridade para essa agenda são os investimentos em infraestrutura, com a participação privada ou não. Conforme Gavazzoni, Levy conhece os bons números do governo do Estado. Nosso Estado é referência no Tesouro Nacional sobre disciplina fiscal, eles definem regras e a gente cumpre explicou o secretário, ao observar que as maiores preocupações, atualmente, são as pressões causadas pela folha de salários e a previdência, que precisam ficar dentro do limite fiscal. Convidado para falar sobre a indústria e outros dados, Côrte destacou para Levy que no ano passado a indústria de SC liderou a oferta de empregos no Brasil e este ano também. De janeiro a março, a indústria nacional registrou saldo de 15 mil novos empregos e a de SC alcançou 17.500. Mas registra queda na produção, vendas e exportações, embora menor do que a média do país. Por isso o empresário defendeu a continuidade da desoneração da folha e investimentos em infraestrutura.
No teatro, após a palestra de Levy, Côrte reforçou o alerta. A gente nota um descasamento entre os tempos. O ajuste fiscal, bem ou mal, está avançando no Congresso. E as concessões demoram muito para sair. Então, nós queremos pedir que o senhor aplique a mesma energia que tem usado para fazer caminhar o ajuste fiscal no sentido de apressar medidas e decisões que possam restabelecer as concessões. Este é um tema importante para SC explicou Côrte.
Fonte: Diário Catarinense - Visor - 18/05
Mercado no Continente
O interesse é grande. A Secretaria de Administração de Florianópolis vai abrir os envelopes de habilitação para a licitação dos 28 boxes do Mercado Público do Continente (terminal do Jardim Atlântico) no próximo dia 22. Até agora, cerca de 160 empresas já retiraram cópia do edital.
Fonte: Diário Catarinense - Visor - 18/05
No limite
O Tribunal de Contas do Estado (TCE) enviou alerta à prefeitura de Florianópolis sobre o aumento das despesas com pessoal em 2014. Se o gasto com folha de pagamento chegar a 54% do orçamento, a Lei de Responsabilidade Fiscal prevê bloqueio dos repasses estaduais e federais. No mês de março bateu em 53%.
Fonte: G1 - 18/05
Pela 5ª semana seguida, mercado eleva estimativa de inflação de 2015
Entretanto, pela 2ª semana seguida, previsão para IPCA de 2016 recuou. Expectativa dos analistas de retração do PIB deste ano seguiu em 1,2%.
Os economistas do mercado financeiro subiram, pela quinta semana consecutiva, sua estimativa de inflação para este ano, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – que passou de 8,29% para 8,31%.
O levantamento foi feito pelo Banco Central na semana passada com mais de 100 instituições financeiras, e divulgado nesta segunda-feira (18) por meio do relatório de mercado, também conhecido como Focus.
Para 2016, porém, a previsão dos economistas para o IPCA recuou de 5,51% para 5,50% na última semana. Foi a segunda queda seguida deste indicador. Se confirmada, a previsão do mercado para a inflação de 2015 (de 8,31%) atingirá o maior patamar desde 2003, quando ficou em 9,3%.
A expectativa oficial do governo para a inflação deste ano, divulgada recentemente por meio do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias, está em 8,2%. A equipe econômica informou, na ocasião, que está utilizando as previsões do mercado financeiro em seus documentos.
Segundo economistas, a alta do dólar e dos preços administrados (como telefonia, água, energia, combustíveis e tarifas de ônibus, entre outros) pressiona os preços em 2015. Além disso, a inflação de serviços, impulsionada pelos ganhos reais de salários, segue elevada.
Produto Interno Bruto
Para o comportamento do PIB neste ano, os economistas do mercado financeiro mantiveram sua previsão, na semana passada, para uma retração de 1,20%. Se confirmado, será o pior resultado em 25 anos, ou seja, desde 1990 – quando foi registrada uma queda de 4,35%.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira. Para 2016, o mercado manteve sua previsão de alta do PIB em 1%.
No fim de março, o IBGE informou que a economia brasileira cresceu 0,1% em 2014.
Em valores correntes (em reais), a soma das riquezas produzidas no ano passado chegou a R$ 5,52 trilhões, e o PIB per capita (por pessoa) caiu a R$ 27.229. Esse é o pior resultado desde 2009, ano da crise internacional, quando a economia recuou 0,2%.
Taxa de juros
Após o Banco Central ter subido os juros para 13,25% ao ano no fim de abril, o maior patamar em seis anos, o mercado manteve em 13,50% sua previsão para a taxa básica da economia no fim do ano – o que pressupõe novo aumento da Selic em 2015. A aposta dos economistas é de que este aumento virá em junho, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária.
A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para tentar conter pressões inflacionárias. Pelo sistema de metas de inflação brasileiro, o BC tem de calibrar os juros para atingir objetivos pré-determinados. As taxas mais altas tendem a reduzir o consumo e o crédito, o que pode contribuir para o controle dos preços.
Câmbio, balança e investimentos
Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2015 permaneceu em R$ 3,20 por dólar. Para o término de 2016, a previsão dos analistas para a taxa de câmbio ficou estável em R$ 3,30 por dólar.
A projeção para o resultado da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações) em 2015 permaneceu inalterada em US$ 3 bilhões de resultado positivo. Para 2016, a previsão de superávit caiu de US$ 10 bilhões para US$ 9,45 bilhões.
Para este ano, a projeção de entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil subiu de US$ 59 bilhões para US$ 61 bilhões. Para 2016, a estimativa dos analistas para o aporte permaneceu avançou de US$ 60 bilhões para US$ 64 bilhões.
Fonte: Veja online - 18/05
A poupança secou
O aumento dos juros e do desemprego leva a retiradas recordes das cadernetas, diminuindo a principal fonte de recursos para o financiamento de imóveis no país
O setor imobiliário é um dos termômetros mais sensíveis para avaliar a confiança em uma economia. No caso dos empreendimentos residenciais, as famílias apenas se animam a contratar um financiamento quando conseguem poupar pelo menos parte dos recursos necessários e acreditam que terão condições de pagar, por muitos meses, as prestações da dívida - que será quitada em até trinta anos, muitas vezes.
O mercado de imóveis viveu
dias promissores entre 2008 e 2012, impulsionado pelo aumento do emprego e dos salários, além da expansão da oferta de crédito. O volume de empréstimos chegou a crescer 42% em 2011. Desde então, entretanto, o ritmo arrefeceu. Em São Paulo, o número de imóveis vendidos, considerando-se os novos e os usados, caiu 35% em 2014. O lançamento de novas unidades recuou 7%.
Trata-se de uma notícia negativa, em um país onde o déficit habitacional ainda é imenso. Com o aumento do desemprego e a elevação dos juros, o setor deverá se manter em ritmo lento nos próximos meses. Para completar, outra dificuldade já começa a afetar a liberação de crédito para a compra da casa própria: a falta de recursos.
A grande fonte de dinheiro
para os financiamentos são os depósitos nas cadernetas de poupança. De todo o volume de recursos guardado nessas aplicações, 65% deve ser usado, obrigatoriamente, no crédito imobiliário. Mas a caderneta deixou de ser uma aplicação vantajosa por causa do aumento da inflação e dos juros, fazendo com que muitos poupadores transfiram seus recursos para outros investimentos, como os fundos DI. Além disso, várias pessoas precisaram sacar seus depósitos para pagar dívidas. Como resultado, desde o início do ano os saques superam os depósitos.
No atual ritmo de retirada, os especialistas do setor calculam que, até meados do próximo ano, não haverá mais recursos da poupança para bancar o financiamento imobiliário. Restariam apenas as linhas subsidiadas, para a baixa renda, ou financiamentos com recursos próprios dos bancos, com juros ainda mais altos.
Entre janeiro e abril deste ano, o Banco Central registrou retirada de 23,7 bilhões de reais da poupança, o pior saldo da série histórica desse indicador. Estima-se que 70% desse valor tenha sido reaplicado em investimentos mais rentáveis. Os outros 30% tiveram como destino o pagamento de contas. "Se esse ritmo de retirada continuar, deveremos fechar o ano com uma saída líquida de recursos da poupança de 74 bilhões de reais", diz Octavio de Lazari Jr., presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).
A Caixa Econômica Federal, o banco responsável por 70% dos financiamentos, já restringiu drasticamente a concessão de novos empréstimos. Além de aumentar duas vezes os juros em menos de seis meses, anunciou que financiará no máximo 50% do valor de imóveis usados, e não mais 80%. A Caixa, presidida pela ex-ministra do Planejamento Miriam Belchior, tem dito que as mudanças fazem parte de uma estratégia de privilegiar a habitação para famílias mais pobres, financiada pelos recursos do FGTS, e os imóveis do Minha Casa, Minha Vida. O crédito com os recursos do Fundo de Garantia pode ser obtido por pessoas com renda de até 5?400 reais, para imóveis de até 190?000 reais. Os bancos tentam negociar o aumento desse teto, para até 300?000 reais.
Atualmente, 8 a cada 10 reais de empréstimos imobiliários concedidos pelos bancos privados valem-se dos recursos da poupança. Por isso, o emagrecimento no saldo das cadernetas preocupa os empresários do setor, que já lidam com a dificuldade da retração na economia. Uma proposta apresentada pelas construtoras é a liberação de parte dos depósitos compulsórios, que não podem ser emprestados - 30% do saldo fica retido pelo Banco Central. Dessa forma haveria mais recursos disponíveis.
Entretanto, o BC é contrário a essa ideia, porque aumentaria a circulação de dinheiro na economia em um momento de aperto na liquidez monetária como maneira de combater a inflação. O setor só voltará a ter dias mais favoráveis, portanto, quando a inflação ceder e os juros diminuírem. Assim o crédito começará a fluir novamente, e as famílias voltarão a ter confiança no futuro da economia.
Fonte: Folha S. Paulo - 18/05
Equipe econômica já se prepara para a segunda onda de pressão política
Definido o valor do corte de gastos e aprovadas as medidas do ajuste fiscal no Congresso, a equipe econômica já se prepara para uma onda de pressões no meio do ano, diante da retração da atividade econômica do país.
Até agora, as equipes de Joaquim Levy (Fazenda) e Alexandre Tombini (Banco Central) vivem mais um período de trégua do que de críticas dentro do governo, já que a prioridade é corrigir o rumo da política econômica brasileira para resgatar a confiança dos investidores.
Mas a tendência, na avaliação da equipe de Tombini e Levy, é que os ventos mudem e a artilharia contra a atual política econômica –focada em ajuste fiscal e aperto nos juros– cresça quando aumentar a sensação de que a economia "está no chão" e o desemprego em alta.
Segundo um assessor presidencial, isto vai acontecer no momento em que a inflação começar a cair, a partir de maio, e o ajuste fiscal já estiver implementado, estimulando a ala política do governo a pedir flexibilização no receituário ortodoxo.
Aí, a equipe econômica será alvo de pressões principalmente para afrouxar a política monetária e também para liberar gastos públicos para tentar reverter o quadro de desaceleração da economia.
No Palácio do Planalto, o maior pesadelo da ala política é que as estimativas mais pessimistas do mercado se confirmem e a retração da economia brasileira chegue aos 2% neste ano.
Âncora
A equipe econômica não acredita num recuo desta magnitude. Diz que essa possibilidade "não existe" e trabalha com algo mais na casa de 1%, o que já será uma desaceleração forte, suficiente para despertar dentro do Planalto as primeiras críticas, ainda um pouco tímidas, ao aperto monetário do BC.
Críticas que devem aumentar porque a equipe de Tombini já sinalizou que seguirá subindo a taxa de juros, hoje em 13,25% ao ano, mesmo num momento de forte retração da economia.
O BC tem sinalizado que, neste momento, seu foco é levar a inflação para o centro da meta de 4,5% ao final de 2016. E que não pretende ceder à artilharia, quando ela aumentar, por considerar que se não conseguir ancorar as expectativas nesta direção nos próximos meses perderá novamente a batalha.
Os problemas do governo, contudo, não estão restritos à condução da política econômica. Outro pesadelo a atormentar a equipe de Dilma são os reflexos da Operação Lava Jato sobre a saúde financeira das empreiteiras.
A cada novidade nas investigações, como a delação de Ricardo Pessoa, da UTC, aumenta o risco de quebradeira no setor. Um complicador a mais para a fraca atividade econômica do país e para o futuro do plano de concessões que Dilma vai lançar para tirar o país do chão.
Fonte: SPC Brasil - 18/05
Número de empresas com contas em atraso cresce 7,46% em abril
Para economistas do SPC Brasil, cenário econômico de baixo crescimento compromete fluxo de caixa das empresas.
O volume de empresas com dívidas atrasadas registrou nova alta no último mês de abril. De acordo com o indicador calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), a quantidade de empresas inadimplentes apresentou crescimento de 7,46% em abril de 2015 na comparação com o mesmo mês do ano passado. Foi a terceira aceleração consecutiva no ano - em janeiro, a alta havia sido de 5,89% na base anual.
Já na passagem de março de 2015 para abril do mesmo ano, sem ajuste sazonal, houve crescimento de 1,82% na quantidade de pessoas jurídicas inadimplentes. Além do aumento no número de empresas inadimplentes, a aceleração atingiu também a variação da quantidade de dívidas em atraso em nome de pessoas jurídicas: 7,01% a mais em abril deste ano, em relação a abril do ano passado, depois de atingir, em janeiro de 2015, o menor valor da série histórica (3,49%).
Na comparação mensal, isto é, entre abril de 2015 e março do mesmo ano, as dívidas com vencimento mais recente - atrasadas no período de até 90 dias - apresentaram crescimento de 9,51%, a maior alta para os meses de abril desde 2010. Na opinião dos economistas do SPC Brasil, o dado demonstra que nos últimos meses os empresários brasileiros passaram a enfrentar um cenário mais adverso para pagamento de dívidas.
A economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, esclarece que a dificuldade dos empresários em manter os compromissos financeiros em dia está relacionada à atual conjuntura econômica de baixo crescimento, quedas da produção industrial, além de inflação e juros em patamares elevados. "O resultado reflete o cenário econômico adverso de menor dinamismo da economia e maior restrição ao crédito, fatores que afetam a capacidade de pagamento tanto das famílias como das empresas", explica a economista.
Comércio concentra quase a metade das dívidas não pagas
No mês de abril, todos os ramos da economia apresentaram crescimento no número de empresas inadimplentes. A abertura do indicador por segmento revela que o setor de serviços, composto principalmente por bancos e financeiras, foi o que apresentou maior crescimento: alta de 11,83% na comparação entre abril de 2015 contra o mesmo mês do ano passado. A segunda maior alta ficou por conta das indústrias (8,36%), seguida pelos comerciantes (6,72%) e também pelas empresas que formam o ramo da agricultura (6,52%).
O setor do comércio concentra sozinho quase a metade (49,48%) do total de empresas que devem a outras empresas jurídicas. Dentre os setores credores, ou seja, aqueles que deixaram de receber os valores que lhes são devidos, o segmento de serviços, que engloba bancos e financeiras - instituições responsáveis por conceder empréstimos e linhas de financiamento -, é quem mais se destaca, concentrando 70,85% de todas as dívidas no Brasil.
Sudeste lidera inadimplência
O Sudeste, responsável pela principal fatia do PIB nacional, é a região que concentra a maior parte das pessoas jurídicas inadimplentes (43,58%), seguido pelo Nordeste (19,38%) e pelo Sul (16,99%). Os economistas do SPC Brasil esclarecem que a posição de destaque do Nordeste no ranking da inadimplência das empresas se explica pelo fato de a região ter crescido de modo muito acelerado nos últimos anos, com muitas empresas lidando ainda recentemente com os novos instrumentos de financiamento.
O maior crescimento no número de empresas inadimplentes também foi registrado pelo Sudeste, onde a quantidade de devedores aumentou 7,73%, seguido pelo Nordeste, cuja alta anual foi de 7,30%. O avanço menos expressivo ficou por conta do Sul, cuja variação apresentada no período foi de 2,79%. As regiões Centro-Oeste e Norte apresentaram crescimento de 4,11% e 3,88%, respectivamente, na quantidade de empresas que não honraram compromissos financeiros.
Fonte: Exame - 18/05
Brasil contribui com 39% do PIB da América Latina
A economista-chefe para América Latina da Coface Seguradora de Crédito, Patrícia Krause, discordou do pessimismo em relação à economia brasileira.
De acordo com ela, dos oito países da América Latina que respondem por 92% do Produto Interno Bruto (PIB) da região, o Brasil é o primeiro dando uma contribuição de 39%. O segundo é o México com 22%. A Argentina aparece em terceiro, respondendo por 11%.
Depois, em escalas menores, aparecem países como Peru, Chile, Colômbia, entre outros. "Sempre ouvimos dizer que o Brasil está mal e que nossos vizinhos do Pacífico estão bem. Na verdade não é bem por ai. Cada país da América Latina tem suas peculiaridades, mas não estamos tão mal assim", disse a economista durante participação no 8º Forum GoOn - Riscos & Negócios com Consciência, realizado na semana passada.
Patrícia ressalta, no entanto, que em termos de PIB mundial, a América Latina representa muito pouco, apenas 8,3%. Isso ela atribui à pouca abertura das economias dos maiores países da região, particularidades nos fundamentos econômicos e políticos e à precária infraestrutura.
"A região é claramente produtora de commodities agrícolas e minerais, que subiram muito nos últimos anos em decorrência da alta demanda da China. Isso foi possível mesmo com os problemas de infraestrutura, o que é uma questão negativa não só para o Brasil, mas como para toda a região", disse.
O problema é que a América Latina não soube aproveitar os ganhos com os elevados preços das commodities para investir na infraestrutura.
Por outro lado, no caso do Brasil, observou Patrícia, por conta do boom das commodities, o país conseguiu elevar bastante as reservas internacionais. "É isso que tem ajudado o Brasil a manter o grau seu de investimento", explicou.
Agora, disse ela, o cenário mudou e a Coface prevê um crescimento de 7% para a China. O país asiático não está mais importando tanto commodities, os preços estão para baixo e tem a questão do excesso de oferta.
"Os países da Aliança do Pacífico estão crescendo mais que os do Mercosul por causa dos fundamentos econômicos e políticos na Venezuela, queda do PIB e questão dos fundos abutres para ser resolvida na Argentina e o Brasil, com crise e um ajuste fiscal que levará a uma recessão em 2015", disse.
Para este ano, a Coface prevê crescimento de 1,1% para as América Latina e queda em torno de 1,5% para o Brasil. Para 2016, a economista espera crescimento de 1% do PIB brasileiro.
Fonte: Exame - 18/05
Governo estuda alternativas para adiar aposentadorias
O governo Dilma Rousseff estuda uma alternativa à proposta aprovada pela Câmara para, ao mesmo tempo, acabar com o fator previdenciário e retardar a idade de aposentadoria dos brasileiros, reduzindo assim os gastos públicos.
Na quarta-feira, 14, os deputados incluíram em uma medida provisória a criação da fórmula 85/95, que soma a idade com o tempo de contribuição (resultando em 85 anos para mulheres e 95 anos para homens).
Técnicos do governo querem apresentar às centrais sindicais fórmulas um pouco mais apertadas, como 88/98 ou 90/100.
Com o mecanismo criado pelos congressistas, o 85/95, uma mulher que tenha 52 anos de idade e começou a trabalhar aos 18 anos já poderá se aposentar e receber um benefício integral do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Isso porque a soma de sua idade, 52, com o tempo de contribuição, de 33 anos, atinge 85 anos.
Caso prevaleça uma das alternativas que o governo Dilma deve propor, a fórmula 90/100, essa mesma mulher terá que trabalhar até os 57 anos, no mínimo.
Especialistas em previdência consultados por técnicos do governo, no entanto, avaliam que a melhor fórmula para a sustentabilidade do regime brasileiro seria 95/105.
Esse mecanismo já levaria em conta a atual expectativa de vida no País e, também, a capacidade do setor público de gerar recursos no futuro para pagar todos os aposentados e pensionistas.
Mas o próprio governo avalia ser delicado, neste momento, sugerir uma fórmula mais apertada que 90/100.
A ideia do governo é iniciar uma negociação sobre a melhor alternativa ao fim do fator previdenciário com sindicalistas e empresários no recém-criado Fórum de Debates sobre Políticas de Emprego, Trabalho, Renda e Previdência.
Criado em 1999, o fator reduz o valor do benefício pago pelo INSS caso um contribuinte se aposente antes de completar 60 anos, para mulheres, ou 65 anos, para homens.
O governo estuda vetar a emenda parlamentar que trocou o fator previdenciário pela fórmula 85/95 e levar a discussão para o fórum.
Fonte: Exame - 18/05
IPC-S desacelera alta a 0,65% na 2ª quadrissemana de maio
O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) subiu 0,65 por cento na segunda quadrissemana de maio, ante avanço de 0,70 por cento na primeira quadrissemana do mês, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta segunda-feira.