Clipping Diário - 18/05/2014
Publicado em 18/05/2014
Dos 76 boxes da ala norte do Mercado Público, apenas 11 estão aptos para a reabertura
Com grande número de indeferimento dos projetos, ala norte pode ser inaugurada com 86% dos boxes fechados. Comerciantes criticam a falta de planejamento da Prefeitura da Capital
Bares e restaurantes não poderão ter cozinha instalada no mezanino
A pouco mais de duas semanas para a reabertura da ala norte do novo Mercado Público de Florianópolis, apenas 11 dos 76 projetos para ocupação dos boxes foram aprovados pelo Sephan (Serviço do Patrimônio Histórico do Município). Na tarde desta sexta-feira, os vencedores da licitação se reuniram com membros da Prefeitura e do Corpo de Bombeiros. Muitos comerciantes se mostraram surpresos ao saberem que está proibido pontos de queima (uso de gás) nos mezaninos dos boxes.
Segundo os técnicos do Sephan, os projetos estavam mal elaborados ou não atendiam aos padrões de segurança. Agora, caberá aos comerciantes refazerem os projetos e darem entrada novamente no órgão. Os boxes só poderão ser ocupados por aqueles que tiverem alvarás expedidos pela Prefeitura e passarem pela vistoria do Corpo de Bombeiros.
A notícia de que “não poderá haver pontos de queimas nos mezaninos por questão de segurança”, como disse o major Gesiel Maycon Alves, chefe da Seção de Atividades Técnicas do Corpo de Bombeiros, pegou os comerciantes de surpresa. Isso porque praticamente todos os projetos dos boxes que abrirão como bar, lanchonete ou restaurante previam a cozinha justamente no mezanino. “O prédio é antigo e tem algumas limitações. Uma das saídas é o uso de equipamentos elétricos, desde que atendam também as normas de segurança”, argumentou o major. A reabertura está marcada para o dia 2 de junho.
Comerciantes alegam falta de planejamento
Para os comerciantes não houve planejamento da Prefeitura antes de decidir o que poderia ser feito em cada box. “A primeira informação que eu tive é de que a cozinha deveria ser em cima, no mezanino. Agora o Corpo de Bombeiros diz que é proibido. Se eu colocar a cozinha embaixo, terei que atender o cliente na porta do box”, reclamou Leoberto Roberto Leal, 58 anos, que venceu a licitação para uma petiscaria, num box com 31 m².
Durante o encontro, que aconteceu no Teatro da Ubro, no Centro de Florianópolis, muitos se disseram lesados com a informação tardia, e reclamaram da inviabilidade de conseguirem ocupar o espaço conforme a que foi destinado. “Se querem segurança não deveriam ter vendido os boxes para restaurantes”, reclamou outra proprietária que não se identificou.
As obras de restauração da ala norte começaram em novembro do ano passado, quando os comerciantes antigos tiveram que deixar o local. Segundo o Sephan, nos próximos dias os projetos indeferidos devem retornar para análise e até a reabertura da ala norte mais boxes poderão ser liberados para os comerciantes.
Fonte: Notícias do Dia – 17-18/05
Para ontem
A prefeitura de Florianópolis bem que poderia agilizar as obras do Museu da Cidade – a antiga Câmara Municipal e Cadeia – no coração da Praça XV, cercada por tapumes há pelo menos sete anos.
É um péssimo cartão de visitas exibido no principal salão de recepção da cidade, transmitindo a sensação de desleixo e inércia. Não bastam os R$ 4,5 milhões do Iphan. É preciso contrapartida municipal e vontade férrea para acabar com aquele mafuá.
A propósito: depois de vetar o Hotel Marina da Ponta do Coral, investimento de meio bilhão de reais para uma cidade turística, o que a administração pretende fazer com o matagal daquele ermo?
Desapropriar por interesse público e plantar praça-mirante e marina seria uma boa resposta – que não deveria esperar por gerações...
Fonte: Diário Catarinense – Sérgio da Costa Ramos – 18-05
Sobre salários
A Orcali, que presta serviços de segurança e limpeza, entre outros, está contratando profissionais oferecendo, ao que consta, ótimos salários. Médico do trabalho, R$ 5,7 mil; engenheiro mecânico, R$ 8 mil; analista de controladoria sênior, R$ 4,7 mil; supervisor de manutenção, R$ 3,9 mil.
Nessa oferta de trabalho, há algumas considerações a fazer:
- A empresa está há mais de seis meses precisando desses profissionais, o que significa que eles não estão disponíveis no mercado.
- Um médico do trabalho, ao contrário do que normalmente se espera, ganha menos que um engenheiro mecânico.
- Qualquer um dos profissionais procurados ganha mais, mas muito mais, do que um jornalista ou um professor.
Conclusão: vamos estudar, rapaziada. Mas o jornalista e o professor estudam, Cacau. Bem, aí eu não sei explicar.
Fonte: Diário Catarinense – Cacau Menezes – 18-05
Por que o varejo fará menos “gols”
Enquanto a Seleção Brasileira treina para fazer muitos gols na Copa do Mundo, o varejo brasileiro não espera o mesmo “em campo.” Um dos motivos é justamente o mundial que vai gerar feriados nas cidades sedes e vendas menores. O presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Junior, aponta mais razões para o setor ter cautela, como a inflação e os juros.
Qual será o impacto da Copa do Mundo no varejo?
Roque Pellizzaro Junior – As cidades brasileiras que terão jogos sofrerão um impacto maior nas vendas. Foi uma dádiva para Florianópolis a Copa não ter vindo para cá. A situação é mais difícil no Nordeste, em função de feriados das festas juninas. Lá o recuo nas vendas será maior. Uma grande operadora de cartões de crédito prevê que o volume que vai transacionar no Brasil durante os dias da Copa terá queda em torno de R$ 1 bilhão.
Quanto o setor deve crescer este ano?
Pellizzaro – Estamos vivendo um dilema. Vínhamos num crescimento enorme de vendas, investimentos elevados em abertura de pontos de venda e a vinda de muitas empresas internacionais. Mas em agosto do ano passado ocorreu um divisor de águas, quando o Brasil passou a crescer num ritmo menor. Este ano, o varejo restrito (que não inclui automóveis e materiais de construção) não deve crescer mais de 3%. Ano passado foi 4,3% e no ano anterior, 8,5% (dados do IBGE).
Quais são as causas desse recuo? Pellizzaro – As molas propulsoras se esgotaram. Como temos pleno emprego, não entram pessoas novas no mercado e a ascensão para classes de maior renda parou. Para subir, tem que fazer uma graduação ou outro curso, o que demora. Além disso, temos a inflação alta de um lado comendo o aumento de renda e, de outro, os juros limitando o acesso de recursos por preço razoável. Por isso a relação crédito –PIB praticamente parou de crescer, está em cerca de 45% desde o final de 2012. A inadimplência aumentou para 8% no último mês, o que preocupa muito.
E o cenário para a inflação e o PIB?
Pellizzaro – Teremos uma inflação em 2014 muito represada que vai estourar. Isso vai acontecer depois da eleição. A inflação real está acima dos 6% e o Brasil está indo para o caminho perigoso de maquiar números. É o pior dos mundos. É como enganar o médico alterando o resultado dos exames. O médico vai receitar o remédio errado. Para o governo reduzir a infllação, hoje, não basta juros altos. É preciso reduzir despesas públicas e o déficit fiscal. Quanto ao PIB, este ano deve ficar em cerca de 1,8%.
Como está o projeto CDL shopping de lojas virtuais?
Pellizzaro – Estamos vivendo a entrada de uma nova geração no consumo, principalmente a geração “Y” (de 20 a 25 anos), que gosta de ver a loja pela internet antes de visitar. Dentro de 10 anos só eles vão consumidor. Quem não trabalhar na linguagem dessas pessoas, não vai ter sucesso. Eu não acredito no fim da loja física, mas as empresas precisam ter um canal digital. Criamos, com a ajuda de uma empressa de florianópolis, a Flexy Negócios Digitais, o CDL Shopping Virtual (www.cdlshopping.com) que vai abrigar milhares de lojas de todo o Brasil. Com esse projeto coletivo o preço ficará mais acessível ao lojista e seu negócio terá mais visibilidade.
A substituição tributária, que antecipa a arrecadação de ICMS,prejudica o setor. Há perspectiva de mudança?
Pellizzaro – Hoje o lojista tem que pagar o ICMS na hora da compra e não na hora da venda. Como os governadores estão precisando de dinheiro, não podem ceder. Só mudando o pacto federativo.
Eu não acredito no fim da loja física, mas as empresas precisam ter um canal digital, por isso criamos o CDL Shopping Vitual, com preço mais acessível
No Brasil e exterior
À frente da CNDL pelo segundo mandato, que vai se encerrar no final do ano, o empresário catarinense Roque Pellizzaro, de Curitibanos, tem defendido as causas do setor no Brasil e, paralelamente, busca tendências do varejo no exterior. Também analisa uma participação maior na política.
Advogado e economista, é casado com Dhébora e tem dois filhos: Luiz Guilherme e Maria Eduarda (foto). No tempo livre gosta de motociclismo, de cuidar da fazenda, pescar e nadar.
Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti – 18-05
galeria de imagens
destaques
-
Carnaval 2025: Sindilojas de Florianópolis e Região orienta sobre o funcionamento do comércio
Por Assessoria Sindilojas em 20.02.2025
-
CDL Florianópolis promove o primeiro encontro do Papo Inova no Centro
Por Marketing CDL em 11.02.2025
-
CDL Florianópolis apresenta projeto-piloto para otimizar a coleta de lixo no Centro com carro coletor motorizado elétrico
Por Assessoria CDL em 28.01.2025