Clipping Diário - 16/07/2014
Publicado em 16/07/2014
Clipping Diário - 16/07/2014
Ponte trincada
Os serviços de inspeção sobre o estado de conservação das pontes Colombo Salles e Pedro Ivo foram interrompidos. O contrato é de R$ 1,5 milhão. O engenheiro Honorato Tomelin realizou visita nas duas pontes e constatou: a ponte Pedro Ivo tem uma trinca no vão central. As saias das duas pontes também precisam de manutenção.
Fonte: Diário Catarinense - Moacir Pereira – 16-07
Fiscalização
No calçadão em frente ao terminal de ônibus do centro de Florianópolis temos uma atividade intensa de ambulantes. Por que a Guarda Municipal não consegue acabar com essa atividade ilegal?
Fonte: Diário Catarinense – Diário do Leitor– 16-07
Oportunidades para empreender
Pesquisa do Sebrae identifica padarias, açougues e livrarias como os setores de maior carência na Grande Florianópolis
Quem pensa em abrir um negócio na Grande Florianópolis ganhou uma ferramenta importante para começar. Uma pesquisa do Sebrae de Santa Catarina revela que a região é carente de padarias, açougues e livrarias. No setor de serviços, as creches aparecem como principal oportunidade de negócio.
Alinhada com a pesquisa, Nisandra Francisco Pan também identificou a falta de uma padaria com área para café em Coqueiros, onde mora há mais de 30 anos, como uma brecha para empreender. Atenta à oportunidade, ela decidiu abrir há quatro meses a L’epan Padaria e Café. Antes de inaugurar o negócio, contou com o serviço de uma consultoria, pesquisou o mercado e usou a experiência no ramo de alimentação.
O setor de livrarias também aparece como uma oportunidade. Depois de um ano e meio de pesquisa de mercado, o publicitário Marcelo de Souza decidiu apostar em uma livraria gourmet. A Tom de Luiza Livraria e Empório Cultural foi inaugurada há sete meses no Passeio Pedra Branca, em Palhoça, e une café, opções de vinhos, cerveja e livros. Souza defende que aos poucos a demanda por literatura vem crescendo. Prova disso é que ele já planeja uma nova unidade em Florianópolis ou Balneário Camboriú para o final de 2015.
Josiane Minuzzi, gestora da Feira do Empreendedor 2014, que começa amanhã em Florianópolis, afirma que a pesquisa do Sebrae/SC também serviu de base para a programação do evento, que deve receber 14 mil participantes. Ela ressalta que, embora as áreas consideradas carentes representem maior probabilidade de sucesso, só isso não basta. É necessário conhecimento técnico e de gestão, além de um diferencial para o negócio.
A especialista reforça que o evento oferece tudo que o empresário precisa saber para abrir ou melhorar o próprio negócio. Serão mais de 100 palestras e oficinas sobre empreendedorismo, mercado e finanças. Também estarão disponíveis consultores do Sebrae/SC para dar dicas e ajudar a montar o plano de negócio. Nessa edição há novas parcerias, com Mercado Livre e Facebook, além das ações com o Google.
Fonte: Diário Catarinense – Economia– 16-07
Arrecadação de SC cresce 13,5% no semestre
A receita do Estado alcançou R$ 9,9 bilhões no primeiro semestre do ano, 13,5% superior a do mesmo período do ano passado, incluindo a arrecadação de impostos pelo Estado e R$ 689 milhões de repasses da União. Os tributos estaduais ICMS, IPVA, ITCMD e taxas somaram R$ 9,2 bilhões, cifra 13,2% maior frente aos mesmos meses de 2013. A principal fonte foi o ICMS que alcançou maior crescimento nos setores de bebidas (28,61%), embalagens (26,5%), energia elétrica (21,62%), automação e restaurantes (21,8%) e transportes (21,2%). O mês de junho teve a maior arrecadação de impostos estaduais do ano, R$ 1,59 bilhão, 14,58% a mais frente ao mesmo mês do ano anterior sem considerar repasses federais. Vale observar que a alta é muito maior do que a do PIB do país, estimada por analistas de mercado para 1,05% para este ano. Na avaliação do secretário da Fazenda, Antonio Gavazzoni, o resultado foi bom e permitiu antecipar a primeira parcela do 13º salário ao funcionalismo, manter as contas e os investimentos em dia. Esse crescimento da acima da expansão do PIB é em função do trabalho intensivo de combate à sonegação. A Fazenda trabalha para atingir a supermeta de receita 16% maior este ano. Gavazzoni elogia o trabalho da equipe e avalia que o crescimento de 7% real (descontada a inflação) "é notável considerando a conjuntura nacional".
Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti – 16-07
Maiores receitas
Os combustíveis seguem com a maior contribuição ao caixa do Estado. O ICMS do setor somou R$ 1,57 bilhão no semestre, com alta de 12,78% frente a 2013. A energia, com R$ 826,78 milhão (21,62% mais) ficou em segundo lugar. O calor ajudou o setor e também o de bebidas que arrecadou R$ 565,6 milhões (28% mais).
Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti – 16-07
Facisc avança
A Facisc alcançou a marca de 33.500 empresas associadas às 145 entidades que são suas filiadas. São 15% a mais no número de associados e três ACIs, em Palma Sola, Balneário Rincão e Forquilhinha.
Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti – 16-07
Taxas sobem pelo 13º mês consecutivo
Pesquisa da Anefac revela que o aumento do crédito para o consumidor supera a Selic
As taxas de operações de crédito subiram novamente em junho, pelo 13o mês consecutivo, de acordo com pesquisa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). Em pontos percentuais, as elevações superaram as recentes altas da Selic, destaca a instituição. Para os próximos meses, a associação projeta ser “provável” que as taxas se mantenham “inalteradas”, caso a inadimplência se mantenha estável.
De março do ano passado para junho deste ano, a taxa Selic passou de 7,25% para 11% ao ano, alta de 3,75 pontos percentuais. No mesmo período, a taxa de juros média para pessoa física subiu de 87,97% ao ano para 101,90%, segundo a Anefac. Já para pessoa jurídica, na análise de março de 2013 para junho de 2014, as operações de crédito subiram 6,48 pontos porcentuais, ao passar de 43,58% para 50,06% ao ano.
Das seis linhas de crédito para pessoa física pesquisadas pela Anefac, cinco subiram em junho (juros do comércio, cartão de crédito rotativo, cheque especial, empréstimo pessoal em bancos e empréstimo pessoal em financeiras) e apenas uma teve uma queda – o CDC em bancos para financiamento de automóveis, com -1,11%. Na média, a taxa de juros subiu de 5,98% em maio para 6,03% ao mês em junho, a maior taxa registrada desde julho de 2012 (6,12%).
Aumento da inadimplência contribuiu para a expansão
O diretor executivo de Estudos e Pesquisas Econômicas da Anefac, Miguel de Oliveira, atribui as elevações tanto ao aumento da inadimplência quanto ao cenário econômico nacional, com expectativa de piora nos índices de inflação e de crescimento econômico. Para ele, esses fatores aumentam o risco de crédito, na medida em que há expectativa de aumento nos índices de inadimplência.
Fonte: Diário Catarinense – Economia – 16-07
Prejuízo de R$ 190 milhões
As fortes chuvas que atingiram Santa Catarina, no final de junho, deixaram um prejuízo de R$ 190 milhões na região Oeste, incluindo o Meio-Oeste e Extremo-Oeste, segundo relatório da Defesa Civil Estadual.
A estimativa não inclui as perdas do Planalto Sul e Alto Vale de Santa Catarina, além dos dados de Águas de Chapecó, uma das cidades mais atingidas.
O relatório aponta que são R$ 75,9 milhões de perdas em espaços públicos, como praças, rodovias, postos de saúde, museus e escolas, entre outros. Na área privada o prejuízo foi de R$ 115 milhões.
Foram 116 mil pessoas afetadas por alagamentos, deslizamentos, enxurradas e inundações, em 61 municípios do Oeste.
Somente em Chapecó choveu 430 milímetros de 24 a 29 de junho, quase três vezes a média de um mês.
Uma das cidades que não chegou a ser alagada mas com grande impacto foi Arvoredo, onde parte da população foi retirada das casas pelo rompimento de uma barragem em Ponte Serrada.
O Rio Uruguai subiu 14 metros e, o Rio do Peixe, nove metros. Foram 1927 desalojados e 928 desabrigados. Somente São Carlos teve 304 desabrigados e 296 desalojados.
Ainda não foram computados os números oficiais de Águas de Chapecó, de acordo com o coordenador regional da Defesa Civil no Oeste, Luciano Peri.
Fonte: Diário Catarinense – Economia – 16-07
Sinal vermelho
A Copa parou o país. Enquanto a bola rolou ninguém comprou mais nada e o dinheiro não circulou. Tem gente assustada.
Fonte: Diário Catarinense – Cacau Menezes – 16-07
ESPAÇO AMPLIADO
O novo supermercado Giassi, em Joinville, a ser inaugurado amanhã, terá seção especialmente ampliada com cervejas artesanais (nacionais e importadas), além de vinhos e espumantes.
HISTÓRIA
Zefiro Giassi – do pó de giz ao supermercado é o nome do livro que conta a história do empreendedor e presidente da rede Giassi de supermercados. O autor é Archimedes Naspolini.
Fonte: A Notícia – Claudio Loetz – 16-07
Vendas no varejo se recuperam e sobem 0,5% em maio
Em abril, vendas haviam caído 0,4%; na comparação com maio do ano passado, as vendas tiveram alta de 4,8%
RIO - Após registrar queda de 0,4% em abril e ter o pior resultado da história para o mês, as vendas do comércio varejista se recuperaram e subiram 0,5% em maio na série com ajuste sazonal, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pela Agência Estado, que esperavam desde uma queda de 1% a uma alta de 1,10%, e acima da mediana positiva, de 0,10%.
Além de abril, o varejo também havia tido más vendas em março, quando houve queda de 0,4%.
Na comparação com maio do ano passado, as vendas do varejo tiveram alta de 4,8% em maio deste ano. Nesse confronto, as projeções variavam de expansão de 1,78% a 5,30%, com mediana de 3,80%. Até maio, as vendas do varejo restrito acumulam altas de 5,0% no ano e de 4,9% nos últimos 12 meses.
Construção e veículos. Quanto ao varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção e de veículos, as vendas caíram 0,3% em maio ante abril. O resultado ficou dentro do intervalo das estimativas que iam de queda de 0,10% a 1,50%.
Na comparação com maio do ano passado, sem ajuste, as vendas do varejo ampliado tiveram alta de 0,9% em maio deste ano. Nesse confronto, as projeções variavam de um recuo de 1,00% a aumento de 4,40%, com mediana positiva de 0,60%. Até maio, as vendas do comércio varejista ampliado acumulam altas de 1,4% no ano e de 2,2% nos últimos 12 meses.
Setores. Em maio, oito das dez atividades pesquisadas no varejo ampliado registraram aumento no volume de vendas em relação a abril. No varejo restrito, houve expansão em todas as atividades o que explica a alta de 0,5% nas vendas em maio ante abril.
Fonte: O Estado de São Paulo – 16-07
Com o fim da Copa, 37 mil temporários podem ser demitidos
Trabalhadores do setor de serviços, como bares e hotéis, foram contratados nas férias de verão e mantidos até o Mundial
Terminada a Copa do Mundo, o setor de serviços pode dispensar até 37 mil trabalhadores temporários que permaneciam empregados desde o último verão, à espera do aumento na demanda durante o evento. Esse é o número de contratados em regime temporário que permaneciam trabalhando em junho e julho nos hotéis, bares e restaurantes das cidades que receberam jogos do Mundial, segundo estimativas da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA).
O movimento de dispensa desses trabalhadores pode afetar a taxa de desemprego no País, que vem atingindo mínimas históricas mês a mês. A entidade leva em consideração um aumento sazonal de 5% no número de funcionários no setor durante a alta temporada. Normalmente, esses temporários são dispensados após o carnaval, mas, este ano, os contratos teriam sido prolongados até a Copa.
“Pode ser que as dispensas ocorram agora ou só no fim de julho, porque ainda tem duas semanas de férias. Mas eu soube que em Natal, por exemplo, a temporada este ano está ruim, as pessoas deixaram de viajar por causa da Copa, então já pode ter dispensa”, alertou o presidente da FBHA, Alexandre Sampaio.
Ano atípico. O fenômeno também ocorre em São Paulo. A cidade, que registrou queda no turismo empresarial por causa do Mundial, dificilmente deve recuperar o seu movimento original nos próximos meses, em parte, por conta da proximidade das eleições.
“Não vai haver tantos eventos para aumentar a demanda pelos hotéis. É um ano atípico, que envolve Copa e eleições. As pessoas não costumam investir nessa época, não vão abrir tantos restaurantes”, considerou Sampaio.
Confiança em queda. A percepção das empresas de serviços para o emprego nos próximos meses vem piorando, acompanhando a deterioração do humor dos empresários do setor. Segundo o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), a confiança do setor de serviços, após quatro quedas consecutivas, atingiu em junho o menor patamar desde abril de 2009, ficando em 103,5 pontos.
“É um setor que emprega muito e ainda vem sustentando algum saldo de geração de vagas no mercado de trabalho. Mas a percepção das empresas para o emprego no setor tem tendência declinante, que se acentua nos últimos três meses”, contou o economista Silvio Sales, consultor do Ibre/FGV. “A queda na confiança provavelmente impacta na intenção de contratação nos próximos três meses.”
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima que atividades relacionadas ao turismo contrataram 47,9 mil trabalhadores entre abril e junho, o que aumentaria ainda mais o potencial de dispensados ao fim da Copa. Os Estados que receberam partidas do Mundial seriam responsáveis por 29,5 mil dessas novas vagas. “O enxugamento (de empregados) já está acontecendo. Esse verão foi esticado por causa da Copa do Mundo. A contenção desses temporários, assim como ajudou a baixar a taxa de desemprego um pouco antes da Copa, vai atrapalhar depois”, disse Fabio Bentes, economista da CNC.
A última taxa de desemprego conhecida para o total das seis principais regiões metropolitanas do País é de abril, 4,9%, a menor para o mês desde o início da Pesquisa Mensal de Emprego, apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) desde 2002. Os dados de maio foram divulgados sem as informações de Salvador e Porto Alegre, por causa da greve de servidores no órgão.
Fonte: O Estado de São Paulo – 16-07
Juros ao consumidor atingem maior patamar desde julho de 2012
O aumento dos níveis de inadimplência e a piora das perspectivas econômicas fizeram com que os juros médios ao consumidor registrassem, em junho, sua 13ª alta seguida, de acordo com pesquisa divulgada pela Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade) nesta terça-feira (15).
As taxas médias cobradas da pessoa física passaram de 5,98% ao mês em maio para 6,03% ao mês em junho, no maior patamar desde julho de 2012.
Segundo Miguel José Ribeiro de Oliveira, diretor da Anefac, as perspectivas ruins para a economia e a preocupação com a inflação aumentam o risco de crédito, o que pode elevar os índices de inadimplência. "Estes fatos têm levado as instituições financeiras a elevarem suas taxas de juros acima das elevações da Selic", diz.
Desde março de 2013 até o mês passado, a Selic registrou elevação de 3,75 pontos percentuais, passando de 7,25% a 11%. No mesmo período, os juros médios para pessoa física subiram de 87,97% ao ano em março de 2013 para 101,90% ao ano em junho deste ano, avanço de 13,93 pontos percentuais.
Oliveira acredita que, no curto prazo, a tendência é o Banco Central manter a taxa básica Selic inalterada na reunião do Copom que termina nesta quarta-feira (16).
"Por conta disto é provável que as taxas de juros das operações de crédito se mantenham inalteradas neste período, a não ser que, eventualmente, por conta da piora no cenário econômico, a inadimplência venha a ser elevada, o que levaria as instituições financeiras a subir suas taxas de juros mesmo em um ambiente de manutenção da taxa básica de juros".
Entre as seis linhas pesquisadas pela associação, somente financiamento de veículos se manteve inalterada em junho, com leve queda de 0,02 ponto percentual. As cinco restantes -juros no comércio, cheque especial, cartão de crédito, empréstimo pessoal em bancos e empréstimo pessoal em financeiras- subiram.
Fonte: Folha de São Paulo – 16-07
IBGE: Dia das Mães e Copa do Mundo elevaram vendas do varejo em maio
SÃO PAULO - As vendas do varejo, que ficaram acima do esperado em maio, foram puxadas por vendas relacionadas ao Dia das Mães e à Copa do Mundo, notou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No confronto com o mesmo período do ano passado, sete de dez subiram.
Para o IBGE, ao menos três atividades foram fortemente influenciadas pelo Dia das Mães: hipermercados e supermercados, alimentos, bebidas e fumo; tecidos, vestuário e calçados, além de outros artigos de uso pessoal e doméstico. Este último engloba diversos segmentos do varejo como, por exemplo, lojas de departamentos, ótica, joalheria, artigos esportivos, etc.
O segmento de móveis e eletrodomésticos, por sua vez, foi influenciado pelo aumento de aparelhos de TV, movimento que o instituto relacionou à realização da Copa do Mundo, entre junho e julho.
Na comparação entre maio e abril, o melhor resultado foi verificado nas vendas de outros artigos de uso pessoal e domésticos e na atividade equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, que cresceram 2,4%. Na mesma base de comparação, as vendas de livros, jornais, revista e papelaria teve alta de 1,9%, enquanto a de móveis e eletrodomésticos subiram 1,8%. As demais atividades apresentaram as seguintes variações entre abril e maio: combustíveis e lubrificantes (0,1%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,1%), tecidos, vestuário e calçados (0,5%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (1,2%), veículos, motos, partes e peças (-1,9%) e material de construção (-0,3%).
No confronto com maio do ano passado, hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com variação de 3,1%, seguiu como o principal impacto na formação da taxa do varejo, respondendo por 31%.
Outros artigos de uso pessoal e doméstico, com crescimento de 12,4% no volume de vendas em relação a maio de 2013 (variação de dois dígitos pelo segundo mês consecutivo), foi o segundo maior impacto na formação da taxa do varejo, sendo responsável por 26%. O volume de vendas de móveis e eletrodomésticos cresceu 8,3%; a atividade de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, subiu 10,0%; combustíveis e lubrificantes tiveram alta de 1,9% no volume de vendas; tecidos, vestuário e calçados cresceu 1,9%; as vendas de veículos caíram 6,3% e as de material de construção subiram 2,1%.
Fonte: Valor Econômico – 16-07
Distância entre inflação de serviços e de bens cai
A distância entre a inflação de bens comercializáveis e não comercializáveis que marcou boa parte dos últimos anos diminuiu ao longo do primeiro semestre e foi mais um fator de pressão no índice de preços oficial. Nos 12 meses encerrados em junho, os itens que podem ser comercializados com o exterior - em sua maioria produtos industrializados - subiram 6,97% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Ao mesmo tempo, os preços que não sofrem competição externa aumentaram 7,60%, variação ainda superior à do outro setor e à do "IPCA cheio", de 6,52%, mas menos distante destas duas medidas do que no período recente. Os cálculos são da Tendências Consultoria.
As trajetórias distintas dos dois setores vieram se aproximando desde o ano passado, influenciadas principalmente pelo efeito do câmbio nos bens comercializáveis, movimento que se intensificou no começo deste ano (ver gráfico).
Em agosto de 2012, por exemplo, a inflação dos "tradables", como também são chamados os itens comercializáveis, acumulava alta de 3,3%, ante avanço de 8,37% dos "non tradables". Naquele mês, a diferença entre a inflação dos dois segmentos alcançou cinco pontos percentuais, distância que ficou em 0,63 ponto no mês passado.
Para economistas, o menor descompasso é explicado principalmente pela alta do dólar observada desde meados de 2012, que puxou para cima preços sensíveis à moeda americana. Mesmo com períodos de relativa acomodação do câmbio, como o que ocorre a partir do segundo trimestre deste ano, o impacto pode ficar mais nítido, porque os repasses do câmbio à inflação não são imediatos.
Ao mesmo tempo, do lado dos bens não transacionáveis, não houve nenhum grande alívio que possa sugerir um processo de ajuste dos preços relativos. Os serviços - que têm o maior peso no grupo e poderiam ter começado a ceder em resposta à perda de fôlego da demanda e do mercado de trabalho - saltaram 9,1% nos 12 meses até junho. Passado o "efeito Copa ", alguns analistas esperam que, finalmente, esse conjunto de preços mostre alguma moderação, movimento que pode manter a menor discrepância entre a aceleração de "tradables" e "non tradables".
O economista-chefe da Icatu Vanguarda, Rodrigo Alves de Melo, lembra que, por não sofrer concorrência com importados, o setor de serviços tem facilidade para repassar ao consumidor aumentos de custos com mão de obra e matérias-primas, vantagem aproveitada durante o período em que a demanda estava mais aquecida. O mesmo não ocorre com a indústria de transformação, que pode ter seus produtos substituídos por itens de fora e, por isso, tem dificuldades para reajustar seus preços finais, principalmente num contexto de câmbio valorizado.
Desde meados de 2011, no entanto, o real vem perdendo valor em relação ao dólar, aponta Melo. Ainda que, ao longo deste ano, a moeda americana tenha recuado um pouco e se estabilizado no patamar de R$ 2,20, o repasse da variação do câmbio à inflação ocorre com defasagem.
Por isso, para o economista, os preços industriais ainda estariam sendo impactados pela desvalorização de 8,5% e 13,3% da moeda brasileira em 2012 e 2013, respectivamente. Esse efeito, de acordo com Melo, pode ser facilmente observado nos bens duráveis, que chegaram a cair 5,4% nos 12 meses terminados em junho de 2012 e, no mesmo período deste ano, subiram 4,3%.
Além da trajetória do câmbio, Adriana Molinari, da Tendências, afirma que a recomposição parcial do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) foi outro fator de pressão sobre os preços comercializáveis neste ano. Na virada de 2013 para 2014, o IPI de automóveis 1.0 aumentou de 2% para 3%. No caso dos carros flex de 1.0 a 2.0, a alíquota subiu de 7% para 9% e, nos movidos a gasolina de 1.0 a 2.0, de 8% para 10%. O imposto deveria voltar a seus percentuais originais a partir de julho, mas o desconto foi mantido pelo governo em meio ao cenário de enfraquecimento das vendas e da produção.
"Tivemos uma década de câmbio favorável e, depois, redução de impostos para bens duráveis. Neste ano, a ligeira recomposição do IPI e o reajuste no preço do aço levaram a pressões adicionais sobre estes produtos", comenta Adriana, para quem uma nova rodada de desvalorização cambial neste e nos próximos anos deve manter os tens não comercializáveis em alta.
Como a expectativa é que, na segunda metade do ano, os serviços comecem a mostrar alguma desaceleração - ainda que modesta - em função da atividade mais fraca, a economista avalia que o descompasso entre a inflação de "tradables" e "non tradables" deve seguir diminuindo, mas às custas de preços maiores dos bens comercializáveis.
Para que a "inflação cheia" voltasse a rodar a patamares mais próximos do centro da meta, de 4,5%, com um processo de ajuste dos preços relativos, a convergência ideal seria uma descompressão dos preços não comercializáveis puxada pelos serviços, diz Emerson Marçal, coordenador do centro de macroeconomia aplicada da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (EESP-FGV). Ao mesmo tempo, complementa ele, os preços dos "tradables" deveriam subir mais do que os de "non tradables", mas ainda em níveis próximos a 4,5%.
O problema, na avaliação de Marçal, é que a inflação dos dois setores se equiparou em um patamar elevado, e a estratégia do Banco Central de "suavizar" a trajetória de desvalorização do câmbio não parece ser a mais correta. "Se o país começar a crescer mais rápido, teremos uma pressão ainda maior no déficit em transações correntes", diz.
Por isso, para ele, uma política fiscal mais apertada, capaz de conter a demanda, seria o melhor ajuste a ser feito em 2015, porque, desse modo, os juros poderiam diminuir em algum momento e o dólar subiria em relação ao real sem pressões significativas sobre o IPCA total.
Fonte: Gouvêa de Souza – 16-07