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Clipping Diário - 16/06/2014

Publicado em 16/06/2014
Clipping Diário - 16/06/2014

INVESTIMENTOS NO VAREJO Brasil perde a liderança de país mais atrativo Depois de três anos na liderança, o Brasil perdeu a dianteira na lista de países com condições mais atrativas para o varejo, elaborada anualmente pela consultoria AT Kearney. O país caiu para a quinta posição. Publicado desde 2001, o GRDI (Índice de Desenvolvimento do Varejo Global, na sigla em inglês) classifica os 30 principais países em desenvolvimento para o investimento mundial em varejo. O índice parte de 25 variáveis macro e microeconômicas, sociopolíticas e análises específicas de varejo para ajudar os investidores do setor a identificar novas oportunidades de investimento. Segundo Pietro Gandolfi, diretor da AT Kearney, contribuíram para a queda do Brasil: a redução da velocidade de expansão da economia local, a aceleração de investimentos nos últimos anos – que leva a uma parada para avaliar se há saturação de mercado – e um pouco de cautela dos investidores com a política econômica. – O Brasil foi líder do ranking nos últimos três anos e recebeu vários investimentos. A quinta posição que ele está agora ainda é boa. E ele pode voltar a ser líder, caso haja uma recuperação no nível de confiança da política econômica – afirma o executivo. Nesse momento, Gandolfi vê um potencial maior para a vinda de comércios de nicho ao país. – A abertura de lojas da Forever 21 (norte-americana de roupas) é um exemplo. Para ele, reforça essa tese o anúncio da H&M, também varejista de moda, de que avalia a instalação no país. O líder da vez é o Chile, onde, segundo o executivo da AT Kearney, o varejo é mais tradicional, com investimentos visando mais a população de classe média e média alta. – O Chile já estava bem posicionado (era o segundo colocado no ano anterior) e tem a seu favor nível altíssimo de confiança dos investidores, além de baixos risco e saturação de mercado e crescimento econômico na faixa de 4% – explica Gandolfi. Fonte: Diário Catarinense – Economia – 16-06   ENCHENTE Seis mil estão desalojados no Estado Defesa Civil afirma que o nível dos rios está baixando, mas previsão de chuva ainda preocupa Em todo o Estado, seis mil pessoas ainda permanecem desalojadas após as chuvas que atingiram municípios do Planalto Norte e Vale do Itajaí há uma semana. No total, 400 mil foram afetadas pelas cheias dos rios e aumento das chuvas. A Defesa Civil divulga que os rios do Planalto Norte gradualmente diminuem o fluxo, o rio Iguaçu verve muita água e as cidades de Rio Negrinho e Guaramirim mantêm o decreto de calamidade pública. Com a volta das chuvas do último fim de semana, o alerta sobre o nível dos rios permanece na região, de acordo com a Defesa Civil. Entre as rodovias, a BR-208, na Serra de Corupá, continua totalmente interditada no km 93. Na mesma estrada, o km 269, em Canoinhas, estava liberado até a noite de ontem apenas para a passagem de caminhões. A preocupação com novos alagamentos permanece. A previsão do tempo dindica chuva hoje e amanhã no Oeste, Meio Oeste, Planalto Sul e Litoral Norte. A previão para quarta-feira promete amenizar a situação do Estado com o aparecimento do sol. Enquanto o nível dos rios baixa, os principais órgãos envolvidos no atendimento dos atingidos – Vigilância Sanitária e Epidemiológica – alertam para a prevenção de doenças que chegam com as cheias. À Vigilância Sanitária, explica a diretora do Departamento, Raquel Bittencourt, cabe a veiculação dos materiais informativos. Neles se ensina a jogar fora produtos submersos na água ou na lama. Também há informações sobre a limpeza da casa e distribuição de hipoclorito de sódio para desinfetar os poços artesianos. Postos de saúde recebem orientação sobre doenças Já a Vigilância Epidemiológica orienta os postos de saúde sobre os sintomas das doenças e tratamentos. O diretor do órgão, Eduardo Macário, alerta sobre o risco de animais peçonhentos – aranhas, cobras e escorpiões – que também perdem suas casas e procuram abrigo em lugares secos. Outro acidente possível é o curto-circuito de equipamentos que foram molhados e os choques elétricos. O Ministério da Saúde mapeou oito contaminações comuns às cidades alagadas, todas podem matar. Leptospirose, hepatite A, febre tifoide, dengue e até mesmo gripe estão entre elas. Estas e outras enfermidades vitimam cerca de 28 mil brasileiros por ano. A Organização Mundial da Saúde, que divulgou o número, informa que o principal motivo para as infecções são as inundações, mas não é possível ignorar o saneamento básico, que apesar da riqueza do Brasil, segue o modelo dos países pobres. Fonte: Diário Catarinense – Geral – 16-06   ENCHENTE Vendaval provoca prejuízo no Oeste Cerca de mil pessoas tiveram prejuízos com o vendaval que atingiu 11 municípios no Oeste catarinense na madrugada de sábado. O levantamento foi feito ontem pela Defesa Civil do Estado. Entre 10% e 15% dos atingidos ainda necessitam de auxílio do poder público, segundo o coordenador regional da Defesa Civil no Oeste, Luciano Peri. Peri disse que a maioria dos moradores que teve poucos danos comprou telhas e consertou os estragos no sábado. A Defesa Civil, prefeituras, bombeiros e Polícia Militar prestaram auxílio aos atingidos. O vendaval ocorreu por volta das 13h de sábado e atingiu uma faixa de 80 a 90 quilômetros, entre São Domingos e Ponte Serrada, e com uma largura de 10 a 15 quilômetros. Aproximadamente 240 casas foram destelhadas pelos ventos que atingiram entre 60 e 80 quilômetros por hora. Ipuaçu foi a mais afetada, com mais de 100 casas destelhadas. Segundo Peri, dentro da Terra Indígena Xapecó, que fica em Ipuaçu, 10 casas tiveram destelhamento total e os moradores apenas cobriram o telhado com lonas e aguardam o auxílio do poder público. Na manhã de hoje, a Defesa Civil do Estado deve se reunir com a Defesa Civil do município para avaliar a situação. O levantamento das perdas está sendo realizado. Para fazer o decreto de situação de emergência, os prejuízos devem ultrapassar 2,77% da receita líquida do município no ano anterior. No caso de Ipuaçu o valor corresponde a cerca de R$ 300 mil. Outro município em situação crítica é Ouro Verde, onde 60 casas foram destelhadas, e teve problemas no interior do município. Fonte: Diário Catarinense – Geral – 16-06   Calçadão no Centro Já que demora para sair do papel a ideia de transformar a rua Capitão Euclides de Castro, no Centro de Blumenau, em calçadão – tema já explorado pela coluna – os lojistas da via tomaram uma iniciativa louvável. Decidiram bloquear o trânsito de veículos na chamada Rua do Brueckheimer todos os sábados, das 8h às 17h. Para isso, conseguiram o apoio da prefeitura que concedeu as devidas autorizações. A primeira experiência, sábado passado, foi prejudicada pela previsão de chuva, mas no próximo sábado a ideia é tornar a via em um grande espaço de convivência, com atrações para crianças e adultos. O projeto do calçadão definitivo continua em andamento na Secretaria Municipal de Planejamento. Deve ser implantado na via até o fim do ano. Espero que sirva de experiência positiva para a implantação de um calçadão na rua XV de Novembro. Fonte: Jornal de Santa Catarina – Pancho – 16-06   CNDL e SPC apontam queda de 8,63% nas vendas do Dia dos Namorados Segundo os varejistas, abertura da Copa no dia 12 contribuiu para o pior resultado dos últimos cinco anos. O movimento de vendas no comércio na semana que antecedeu o Dia dos Namorados, entre os dias 5 e 11 de junho, caiu 8,63% em relação ao mesmo período do ano passado. Este foi o pior resultado para o setor, nesta data, nos últimos cinco anos. O dado foi extraído do banco de dados do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e divulgado pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas). Embora os comerciantes brasileiros já aguardassem um desempenho fraco, a forte queda surpreendeu até os mais pessimistas. "O comércio já tinha sofrido com resultados historicamente ruins neste ano com as vendas da Páscoa e do Dia das Mães, mas uma queda tão expressiva, de 8,63%, era algo que não estava nas nossas expectativas", disse o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior. Segundo Roque Pellizzaro, não há dúvidas de que o atual cenário de aperto monetário e de inflação elevada tem prejudicado as vendas a prazo. "Além de todo esse contexto econômico, a abertura da Copa do Mundo no dia 12 concorreu com o Dia dos Namorados e, de certa forma, contribuiu com esta queda. É natural que haja um redirecionamento de gastos, ou seja, parte do que ia ser investido nos presentes e nos encontros românticos foi gasto com comemorações em grupo para a Copa", disse Pellizzaro Junior. O Dia dos Namorados é a terceira data mais lucrativa para o comércio, ficando atrás somente do Natal e do Dia das Mães. Os produtos mais procurados nas lojas durante este período são itens de vestuário, calçados, perfumaria, floricultura, joias e bijuterias. Fonte: Portal Adjori/SC – 16-06   Varejo brasileiro deixa de ser o mais atrativo para investimentos FABÍOLA SALANI DE SÃO PAULO Depois de três anos na liderança, o Brasil perdeu a dianteira na lista de países com condições mais atrativas para o varejo, elaborada anualmente pela consultoria AT Kearney. O país caiu para a quinta posição. Publicado desde 2001, o GRDI (Índice de Desenvolvimento do Varejo Global, na sigla em inglês) classifica os 30 principais países em desenvolvimento para o investimento mundial em varejo. O índice parte de 25 variáveis macro e microeconômicas, sociopolíticas e análises específicas de varejo para ajudar os investidores do setor a identificar novas oportunidades de investimento. Segundo Pietro Gandolfi, diretor da AT Kearney, contribuíram para a queda do Brasil: a redução da velocidade de expansão da economia local, a aceleração de investimentos nos últimos anos –que leva a uma parada para avaliar se há saturação de mercado– e um pouco de cautela dos investidores com a política econômica. "O Brasil foi líder do ranking nos últimos três anos e recebeu vários investimentos. A quinta posição que ele está agora ainda é boa. E ele pode voltar a ser líder, caso haja uma recuperação no nível de confiança da política econômica", afirma o executivo. Nesse momento, Gandolfi vê um potencial maior para a vinda de comércios de nicho ao país. "A abertura de lojas da Forever 21 [norte-americana de roupas] é um exemplo." Para ele, reforça essa tese o anúncio da H&M, também varejista de moda, de que avalia a instalação no país. VIZINHOS NA FRENTE O líder da vez é o Chile, onde, segundo o executivo da AT Kearney, o varejo é mais tradicional, com investimentos visando mais a população de classe média e média alta. "O Chile já estava bem posicionado [era o segundo colocado no ano anterior] e tem a seu favor nível altíssimo de confiança dos investidores, além de baixos risco e saturação de mercado, crescimento econômico na faixa de 4% e com previsão de continuar nesse patamar por algum tempo e capacidade de gasto crescente para o consumidor", explica Gandolfi. Em terceiro na lista, o Uruguai foi definido no relatório como "pedra preciosa". Segundo o diretor da consultoria, o fato de ter zonas francas, com reduzidos impostos sobre produtos comerciados, atrai consumidores também de outros países. Ali, o maior potencial está nos segmentos de luxo e turístico, pois os consumidores que vão ao Uruguai para compras têm capacidade de gasto alto. "Um consumidor do Brasil pode preferir comprar uma bolsa da Gucci no Uruguai, pois sai mais barato", diz. Além do destaque para os vizinhos bem posicionados, na América do Sul há um fato relevante, mas negativo: a exclusão de Argentina e Venezuela da lista neste ano. Isso ocorreu nessa versão do ranking, segundo Gandolfi, por causa da instabilidade social e política dos dois países, tornando os investimentos em ambos mais arriscados.  Fonte: Folha de São Paulo – 16-06   Comércios apostam em marketing e segurança redobrada na madrugada CHICO FELITTI DE SÃO PAULO "Espero conseguir comer até as cinco da manhã", diz a loira na fila que encobre toda a fachada do restaurante nos Jardins. Ela não está de ironia: são 3h15 na frente do Paris 6, bistrô que funciona 24 horas por dia. Para Isaac Azar, dono do lugar, o segredo da fila de espera não está nas caçarolas, e sim na porta de entrada. "Tem segurança, vallet e a própria disposição espacial do restaurante dificulta a ação de ladrões." Isaac é a prova viva de que o modelo de negócios 24 horas ainda pode funcionar. Ele abriu nesta semana outro restaurante, o Paris 6 Vaudeville, a 70 metros do original, na mesma rua Haddock Lobo. Outras redes, especialmente de padarias, também estão em plena expansão na cidade. Antônio Augusto Mirandez, sócio da Dona Deôla, faz planos de expansão para os próximos meses. A rede vai abrir ainda neste ano uma loja no Itaim Bibi, na rua Joaquim Floriano, que será 24 horas. E "está praticamente certa" uma filial em Santo Amaro, 24 horas. Mas Mirandez admite que o modelo tem seus problemas. "Tem assaltos. Mas nunca é na madrugada, é de manhãzinha." Ainda assim, vale o investimento, garante ele. Com parcimônia: a Dona Deôla abriu neste ano a única unidade que fecha à noite, na Saúde. "Não é muito bom de movimento à noite, então decidimos fechar." A Galeria dos Pães, na rua Estados Unidos, celebra as filas de até uma hora na madrugada. "Fomos os primeiros a adotar esse horário, em 1999. Chamavam a gente de louco", conta o sócio Renato Rinaldi. Ele diz ter conseguido provar que o cliente do salão era importante, mas não era tudo. "Se tiver gente ou não, tudo bem, pois 90% da produção de pães vai para hospitais e hotéis." Outro segredo de nunca fechar, diz ele, é cuidar do negócio de perto noite e dia. "É por causa da atenção que tenho de dar para essa padaria que não vamos abrir outras." A Bella Paulista, que fica a um quarteirão da Paulista, tem planos diferentes. Com meia hora de fila de espera para comer um queijo quente de R$ 10, deve aumentar a casa ainda neste ano, ainda que não confirme oficialmente a expansão. A MercadoCar oferece aos insones pneus, lubrificantes e limpadores de para-brisa. Um "supermercado automotivo" no meio da Barra Funda, o negócio tinha cerca de 40 clientes na madrugada de uma quinta-feira. "Parece ser o tipo de estabelecimento que deu certo por sua peculiaridade. Só funciona porque está sozinho numa cidade gigantesca como São Paulo, e com um público que tem carro para chegar lá", diz o analista de varejo Paulo Visconde. SEM CLIENTE, SEM PROBLEMA Já outros negócios não dependem de movimento. A academia Gaviões da rua 13 de Maio, na Bela Vista, fica quase vazia à noite. "De madrugada, tenho de dez a 20 alunos. De dia, são 2.500. Vale a pena ficar aberto porque é um diferencial", diz a gerente Elaine Buava. Mesmo que "não renda, é um bom marketing", garante ela. Funciona tão bem que a rede deve abrir mais duas casas neste ano, chegando a um total de seis. Mas bonança não é tudo. Isaac, do Paris 6, diz que desistiu. "Não tenho plano de fazer outro 24 horas em São Paulo. É muito trabalho. Agora, é só fora do Brasil, para atender ao brasileiro de Orlando [EUA]." Fonte: Folha de São Paulo – 16-06   Projeção de crescimento do PIB em 2014 cai para 1,24% na pesquisa Focus VICTOR MARTINS - AGÊNCIA ESTADO Segundo o Banco Central, para 2015 a estimativa também recuou para alta do PIB de 1,73% BRASÍLIA - Analistas esperam que a economia vá crescer menos em 2014 e 2015. A previsão de crescimento da economia brasileira em 2014 recuou de 1,44% para 1,24% na pesquisa Focus do Banco Central. Há quatro semanas a expectativa era de 1,62%. Para 2015, a estimativa de expansão recuou de 1,80% para 1,73%. A projeção para o crescimento do setor industrial em 2014 também apresentou queda em relação a semana anterior, passou de 0,96% para 0,51%. Para 2015, segue em 2,25%. Quatro semanas antes, a Focus apontava estimativa de expansão de 1,40% para 2014 e de 2,37% em 2015 para o setor. Os analistas corrigiram de 34,85% para 34,70% a previsão para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB em 2014. Para 2015, recuou de 35,05% para 35,00%. Um mês antes a previsão era de 34,80% e 35,05% respectivamente.  Inflação. A projeção para a inflação medida pelo Índice de Preços Nacional ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2014 recuou de 6,47% para 6,46%. Há quatro semanas, a estimativa era de 6,43%. Para 2015, a projeção subiu de 6,03% para 6,08%. Um mês antes, a expectativa estava em 6%. A previsão de inflação para os próximos 12 meses à frente também caiu, passou de 6,01% para 5,91%, conforme a projeção suavizada para o IPCA. Há quatro semanas estava em 5,88%. Entre todos os analistas ouvidos pelo BC, a mediana das estimativas para o IPCA de junho permaneceu estável em 0,34%, taxa registrada pela quinta semana seguida. Para julho, a projeção recuou de 0,28% para 0,27%. Há quatro semanas era 0,30%. Juro. Os economistas consultados pelo Banco Central mantiveram a previsão para a taxa Selic no fim de 2014 de 11% ao ano. Para 2015, a mediana ficou estável em 12% pela terceira semana consecutiva. A taxa básica de juros está em 11,00% ao ano desde a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que ocorreu em 27 e 28 de maio. O próximo encontro da diretoria colegiada do BC ocorre em 15 e 16 de julho. Fonte: O Estado de São Paulo – 16-06   Apesar das turbulências do mercado, ações de bancos avançam 22% em 2014 YOLANDA FORDELONE, GUSTAVO SANTOS FERREIRA - O ESTADO DE S.PAULO Balanços positivos impulsionam índice do segmento bem acima da alta de 6,41% da Bolsa; setores industrial e de commodities acumulam perdas O setor bancário ignora o fraco desempenho geral da ações listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) neste ano e tem a maior alta entre os índices setoriais que formam o Ibovespa. O Índice Financeiro, que inclui papéis de bancos e seguradoras, avançou 21,82% em 2014 até sexta-feira. Enquanto isso, a Bolsa acumula alta de 6,41% no período, ritmo de avanço pouco superior ao do CDI (4,5%), que baliza as aplicações de renda fixa. A evolução do segmento pode ser explicada em partes pelo resultado dos balanços positivos das instituições financeiras no primeiro trimestre. Em relação aos primeiros três meses do ano passado, os lucros dos dois maiores bancos privados brasileiros, Itaú e Bradesco, registraram ganhos de 27% e 18%, respectivamente. São resultados bem superiores aos observados durante o ano passado. "Todos tiveram perspectiva de redução dos ativos em carteira, mas também houve queda nas despesas com devedores duvidosos", explica o economista-chefe da TOV, Pedro Paulo Silveira. O Banco do Brasil também registrou alta, mas menos expressiva: 4,7%. O Santander foge da explicação geral. Já disparou mais de 30% neste ano, apesar da baixa de 14,9% no lucro do primeiro trimestre. Nesse caso, influi positivamente a informação de que seu controlador espanhol pretende adquirir cerca de 25% do capital da unidade brasileira, em oferta voluntária feita inclusive aos acionistas minoritários da empresa. Foi oferecido prêmio de 20% sobre o preço de fechamento das ações no dia 28 de abril. Mas o Santander já subiu o que tinha de subir, avalia o responsável pela área de estratégias da Rico, Roberto Indech. "A tendência é de estabilidade até a assembleia geral de acionistas, em outubro". Para Itaú e Bradesco, a perspectiva é boa, sobretudo pela gestão eficiente dos bancos, diz o especialista. De acordo com os cálculos da AE Consenso de Ações, serviço da Agência Estado que coleta perspectivas para as empresas listadas na Bovespa, o preço-alvo para as ações units do Santander em 2014 é de R$ 16,74; para as preferenciais do Itaú Unibanco, R$ 39,41; e para as preferenciais do Bradesco, R$ 37,64. "A tendência é continuar gerando valor acima da média do mercado para quem tem essas ações na carteira", entende Silveira. Planos econômicos. Se entre os bancos privados o ano é bom e a expectativa é de mais valorização, para os públicos o cenário não parece tão favorável. A discussão sobre a correção da caderneta de poupança durante os planos econômicos dos anos 80 e 90 tem impacto mais forte sobre as instituições públicas. Poupadores reivindicam na Justiça correção maior para a poupança. No fim de maio, o Supremo Tribunal Federal (STF) adiou mais uma vez a decisão sobre o processo. Está em pauta se a correção aplicada no passado ocorreu dentro da legalidade. Caso percam, o passivo para os bancos pode chegar a R$ 180 bilhões, calculam analistas. Se a decisão favorecer os poupadores, a maior parte do passivo, cerca de 50%, ficará com a Caixa Econômica Federal e com o Banco do Brasil, diz Indech. "Bradesco e Itaú devem arcar com 10% cada." As ações do Banco do Brasil, das listadas no Índice Financeiro, são as que menos subiram no ano. Acumulam avanço de 12% até o último fechamento do mercado. Na Rico, recomenda-se a manutenção do papel em carteira. Para quem não tem e pensa em contar com as ações, o momento pode ser muito arriscado no curto prazo. Eleições. Assim como em 2002, ano em que Luiz Inácio Lula da Silva se elegeu à Presidência, o mercado tem sofrido forte influência política. À época, a perspectiva de vitória do então candidato do Partido dos Trabalhadores afugentava investidores. Agora, a cada queda da presidente Dilma Rousseff nas pesquisas de intenções de voto, a Bolsa sobe. A decepção no mercado é generalizada por causa das intervenções do governo nos negócios - diz Eduardo Rezende, diretor da Jardim Botânico Investimento. Os empresários entendem que a capacidade de crescimento econômico depende da questão política. "E, ao contrário de Lula, Dilma não parece tão amigável", afirma. Nesta fase de alta volatilidade, potencialmente dissipada em 2015, Rezende sugere calma. Mesmo com abalos, a melhor aposta para médio e longo prazos está nas empresas mais sólidas. Fonte: O Estado de São Paulo – 16-06   Pesquisas acentuam queda de confiança na economia Da indústria ao agronegócio, do comerciante ao consumidor, a situação é a mesma. Do ano passado para cá, os principais indicadores de confiança de diferentes atividades no Brasil apresentam um viés de queda. Em alguns casos, o cenário é pessimista. Em outros, o otimismo permanece, mas em uma proporção reduzida se comparada com tempos atrás. Um dos principais pesquisadores de índices de confiança no País, o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) faz sondagens mensais de comércio, construção, indústria, serviços e consumidores. De maio de 2013 para cá, todas apresentam retração nos números. As pesquisas se baseiam em uma variável de 0 a 200 pontos, no qual acima de 100 significa cenário de confiança. Dentre os segmentos pesquisados, somente a indústria está em um estágio considerado pessimista. Os demais até estão acima da pontuação média, porém, todos apresentam diminuição no grau de otimismo. O superintendente adjunto de ciclos econômicos do Ibre/FGV, Aloísio Campelo, relata que a conjuntura do momento é o principal balizador dos resultados dos levantamentos. Essa é, segundo ele, a razão para que diferentes setores apresentem uma trajetória similar nos últimos tempos. “A política monetária ficou mais apertada, com a alta na taxa de juros, a economia tem crescido pouco, os preços dos serviços estão subindo muito e a renda não está crescendo mais na mesma velocidade de antes”, aponta Campelo.  Mesmo assim, Campelo recomenda cautela na hora de se analisar os resultados apontados nos índices de confiança. “Eles são um bom indicador de nível de atividade, mas não conseguem avaliar se há recessão ou não”, afirma. Nesse sentido, através das pesquisas, é possível ter uma percepção se as empresas estão dispostas a realizar investimentos e a contratar. Fatores sazonais também influenciam nos resultados. O economista do Ibre/FGV lembra que, nos primeiros anos após o País ser anunciado como sede da Copa do Mundo, o otimismo era generalizado. Por outro lado, quando as manifestações populares eclodiram, em julho de 2013, os índices despencaram.  As amostras são uma espécie de fotografia do momento, podendo ajudar a determinar as mudanças necessárias no planejamento de uma empresa. Essa é a avaliação do gerente executivo da unidade de Pesquisa e Competitividade da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Renato da Fonseca. No caso do setor produtivo, a queda na confiança existe há mais tempo. “Desde 2010, o setor está praticamente estagnado. O industrial está perdendo mercado para os produtos importados, a produtividade está em baixa e os salários estão crescendo. Com isso, você tem uma redução na margem de lucro e o empresário começa a não acreditar em recuperação”, justifica. Mesmo com o anúncio do governo federal sobre a permanência da desoneração da folha de pagamentos de uma série de setores, a confiança industrial segue despencando nos indicadores da CNI e do Ibre/FGV. A metodologia utilizada pelas instituições que realizam os estudos segue um padrão parecido. No caso dos empresários, pergunta-se sobre a situação dos estoques, sobre o andamento das exportações, se há ociosidade e outras variáveis ligadas ao nível de produção. Já quando a pesquisa envolve o consumidor, há algumas modificações. “Não perguntamos se ele está confiante ou não, mas sim se ele acredita que os preços estão subindo ou se ele acha que a situação do Brasil está melhor ou pior na comparação com seis meses atrás”, exemplifica Fonseca.  O cenário pouco amistoso não se restringe à indústria. O índice de confiança do comércio, feito pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), atingiu em maio 113,4 pontos, seu menor patamar histórico. Em um ano, a queda foi de 9%. Até mesmo o agronegócio brasileiro, que teve duas supersafras em sequência, apresenta um quadro de insatisfação. “Em algumas culturas houve queda de produtividade e, além disso, os custos de produção cresceram até 15% no primeiro trimestre de 2014”, aponta Paulo Cesar Dias, coordenador do ramo agropecuário da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). Desde o quarto trimestre de 2013, a entidade publica o indicador do setor primário em parceria com a Fiesp.  Economistas de bancos revisam para baixo previsão de crescimento do País neste ano O fraco desempenho do setor industrial está fazendo com que os bancos revisem para baixo suas projeções de crescimento econômico para o País este ano. Pesquisa feita pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) com 28 economistas de instituições financeiras mostrou que a expectativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) recuou de 1,8%, da pesquisa anterior, para 1,4% atualmente.  Para 2015, a previsão para o PIB também recuou de 2,2% na pesquisa anterior para 1,7% nesta pesquisa. A pesquisa Projeções Macroeconômicas e Expectativas de Mercado foi realizada entre os dias 6 e 10 de junho. As previsões para inflação oficial, medida pelo IPCA, seguem em elevação. O IPCA previsto para 2014 subiu de 6,3% para 6,41% e, para 2015, de 6% para 6,1%. Em relação à expansão do crédito, a previsão dos economistas também mostrou recuo neste ano. Na pesquisa anterior, a expectativa era de uma expansão de 13,1% do crédito. Agora, a estimativa recuou para 12,4%, o mesmo percentual previsto para 2015. Na pesquisa anterior, os economistas previam uma expansão do crédito de 12,7% para o ano que vem. De acordo com os economistas ouvidos pela Febraban, 81% dos economistas consultados acreditam que haverá moderação tanto nas concessões de crédito privadas como nas concessões públicas. Os analistas esperam uma expansão balanceada entre o crédito livre e o direcionado. “O desempenho do crédito esperado para 2014, apesar da redução, segue melhor do que 2013 nos dois segmentos: pessoa jurídica e física”, diz a pesquisa. A taxa de inadimplência esperada para o crédito com recursos livres em 2014 apresentou ligeiro recuo de 5% na pesquisa anterior para 4,9% na pesquisa atual. Para 2015, os economistas esperam uma taxa de inadimplência no mesmo patamar, de 4,9%. Em relação à taxa básica de juros, 75% dos economistas acreditam que a taxa Selic será de 11% ao fim de 2014, ante uma previsão de 11,25% na pesquisa anterior. Para 2015, a expectativa para a Selic recuou a 11,75%, de 12% na pesquisa anterior. Para a taxa de câmbio, os profissionais acreditam num dólar a R$ 2,39 no fim deste ano e em R$ 2,45 para 2015. Fonte: Portal Varejista – 16-06   CNC revisa projeção de vendas do comércio varejista para 4,7% em 2014 Venda no varejo teve queda de 0,4% em abril, a segunda consecutiva no ano. Queda seguida não acontecia desde 2008, segundo economista. A alta no preço dos alimentos e o crédito mais caro fez a Confederação Nacional do Comércio (CNC) revisar a projeção do crescimento do varejo para 4,7% em 2014. O volume de vendas do comércio varejista teve queda de 0,4% em abril, a segunda consecutiva no ano, segundo Pesquisa Mensal de Comércio do IBGE. “A gente revisou para baixo a previsão de 4,9% para 4,7% muito mais em função desse resultado negativo em comparação com março do que com o resultado positivo com abril do ano passado [6,7%]. No curtíssimo prazo, as vendas estão caindo, mas no longo prazo [comparação anual] tiveram alta surpreendente”, explicou o economista Fabio Bentes. Ainda segundo Bentes, esta segunda queda não acontecia desde o último trimestre da crise em 2008. O economista afirmou que desde 2004 o comércio não tem um começo de ano tão complicado. “Dois meses de queda não poderia provocar outro efeito senão uma revisão para baixo. Estamos nos aproximando do ano passado, 4,3%. A expectativa no início do ano era de 5,5% a 6%. Nova surpresa nos preços elevados dos alimentos foi o principal fator. Existe a possibilidade de, em alguns meses, revisarmos o crescimento do varejo para níveis melhores, mas vai precisar que os alimentos cresçam menos do que têm crescido”, afirmou. Televisão e supermercado em alta As maiores altas ocorreram nos ramos de artigos de uso pessoal e doméstico (16%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (10,1%). Já o setor que apresentou o pior desempenho em maio foi o de jornais, revistas e papelaria, com queda de 10,6% em relação a abril de 2013. “O comércio está tendo um começo difícil. Todos os segmentos do varejo tiveram queda, exceto o segmento de artigo de uso pessoal ou doméstico que cresceu. Nesse segmento, a gente pode refletir a Copa. Ele [o setor] evitou que o resultado fosse pior. Os televisores e eletroeletrônicos [que fazem parte do segmento de uso pessoal] tiveram alta de 16%. Quem ajudou o comércio a ter esse resultado, foram eles”, completou Bentes. Outro item que teve influencia no resultado do comércio varejista foram os itens de supermercado, segundo a CNC. No entanto, segundo Bentes, este número não é reflexo da Copa. “No caso deles, não é a Copa. Cresceu porque a gente teve uma inflação menor nos itens de supermercado em abril, comparando 2014 com 2013, foram menos 6,8%. Isso segundo dados de preços da própria CNC. Em abril do ano passado, a gente teve inflação de 13,1%. O resultado de vendas foi terrível naquele mês. Para você ver como preço é fundamental nesse setor [supermercado]”, explicou. Recuperação Apesar de afirmar que até o momento não houve sinalização de melhora, o economista acredita que por causa do segmento de supermercado e uso pessoal e doméstico, existe chance de alguma recuperação. “Juntos, eles explicam 97% desse crescimento de 6,7%. No caso do televisor, teve a questão do preço: eles ficaram 4,5% mais baratos do que no ano passado. Os supermercados sem dúvida foi o que impactou. Acredito que foi um fator pontual, o segundo semestre é favorável em relação ao preço de alimentos. A partir de julho, agosto, é possível que tenha um esfriamento no preço do alimento, as pressões geralmente costumam acontecer na primeira metade do ano. Preço mais alto é venda mais fraca no varejo”, concluiu. Fonte: G1 Economia – 16-06   Copa atrapalha, e vendas do Dia dos Namorados têm menor alta em 5 anos Crescimento na semana antes da data foi de 0,5% frente a 2013.  Em São Paulo, varejo vendeu menos que no ano passado. As vendas relacionadas ao Dia dos Namorados cresceram pouco este ano, segundo levantamento divulgado nesta sexta-feira (13) pela Serasa. Na semana que antecedeu a data, a alta foi de 0,5% frente ao mesmo período de 2013 – o pior desempenho desde 2009, quando as vendas tiveram queda de 1,7%. Segundo a Serasa, a coincidência do Dia dos Namorados com a data de abertura da Copa do Mundo prejudicou o desempenho das vendas. O encarecimento do crédito, a baixa confiança dos consumidores e a inflação também contribuíram para o resultado. No final de semana da data, houve alta de 1% nas vendas, quando comparado ao mesmo período do ano passado. Em São Paulo, o resultado foi ainda mais fraco: as vendas tiveram queda de 0,6% na semana anterior ao Dia dos Namorados, frente a 2013. No final de semana, a queda foi maior, de 1,7%. Fonte: G1 Economia – 16-06

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