Clipping Diário 15/12/2013
Publicado em 15/12/2013
Clipping Diário 15/12/2013
Falta educação e mão de obra Empresários catarinenses, reunidos com representantes de outros Estados, em Brasília, no 8o. Encontro Nacional da Indústria, trouxeram antigos problemas, não superados, e novos desafios ao setor produtivo. Entre os temas, já não se bate mais na elevada carga tributária que retira competitividade dos produtos. Nem das carências de infraestrutura, que não são atacadas e se agravam a cada novo ano. Ou, então, a máquina burocrática pública, que não se cansa em criar empecilhos aos empreendedores. Os novos problemas se unem aos antigos, tornam o cenário sombrio e reduzem as esperanças até dos mais otimistas. Na lista estão as conhecidas debilidades da educação, que colocam o Brasil entre os piores do mundo e, sobretudo, a falta de qualificação da mão de obra. Ficou evidenciado no Enai: não é apenas em SC que os industriais se ressentem da falta de trabalhadores qualificados. Não é apenas na Fischer, de Brusque, que tem hoje 400 vagas para preencher. Ou no agronegócio do Oeste, que está importando trabalhadores do Haiti para manter a produção. Ou no setor de serviços de Florianópolis, que também está contratando haitianos pelo déficit de empregados qualificados. A gritaria é ampla, geral e irrestrita pelo baixo nível do ensino fundamental e pela inexistência de trabalhadores qualificados. A única boa notícia foi dada pela presidente Dilma Rousseff e pelo ministro Aloísio Mercadante: o Pronatec tem matriculados hoje 5.450.000 estudantes. Isto em apenas dois anos de funcionamento. Realmente, um recorde excepcional. Em Santa Catarina, na formação de trabalhadores qualificados, há décadas nenhuma instituição supera os elevados padrões do Senai. Fonte: Diário Catarinense – Moacir Pereira- 15-12 TÊXTEIS Hoepcke, 100 anos bordando história Companhia entrou no grupo das centenárias têxteis de SC formado por Hering, Döhler, Karsten, Lepper e Buettner O glamour das rendas e bordados feitos pela Hoepcke motivam brilho nos olhos de quem gosta de moda. É por isso que a fábrica, fundada pelo empreendedor alemão Carl Hoepcke em 1913, em Florianópolis, chegou aos 100 anos de atividades e, agora, se reinventa para as próximas décadas. A companhia entrou no grupo das centenárias têxteis catarinenses composto pela Hering, Döhler, Karsten, Lepper e Buettner. Quem está à frente da empresa é a bisneta do fundador, Silvia Hoepcke da Silva, que imprime uma gestão em que mistura o estilo alemão focado em qualidade com a habilidade política herdada do pai, o ex-governador Aderbal Ramos da Silva. A chegada ao centenário coincide com um momento de virada para a Hoepcke. Diante da ampla concorrência asiática e da necessidade de oferecer produtos com design e acabamentos cada vez mais aprimorados, a empresa reduziu a fabricação de rendas de algodão e está focando em serviços para grifes que inclui bordados sobre jeans, couro, malha, seda, algodão, felpudos, criação de drapeados, matelassês e a produção da renda guipure, este uma febre em vestidos de festa. Anos atrás, a Hoepcke participou da criação de tecidos para coleções de estilistas como André Lima, Glória Coelho, Alexandre Herchcovitch e Marcelo Sommer. Para dar essa guinada, a empresária conta com a colaboração dos dois filhos. Luciana assumiu a área de design de moda e contato com as grifes. Fábio toca a gestão financeira, comercial e os investimentos. Nos tempos áureos, quando tinha produção no Centro e em São José, a Hoepcke chegou a empregar mais de 800 pessoas. Hoje, tem menos de 100 colaboradores. A mudança tecnológica começou há três anos com a compra de uma máquina que é a única das Américas. Exigiu um investimento de 500 mil francos suíços só para o equipamento, sem contar frete e instalação. Agora, a Hoepcke seguirá comprando máquinas suíças que custam menos, cerca de 270 mil francos suíços. O plano, até 2020, é de uma máquina por ano, não só para a produção, mas também para acabamento e embalagem. – Nós tivemos que mudar. Suspendemos a tecelagem e concentramos nos bordados Agora, com essa tecnologia, temos que dar muito mais atenção aos clientes – disse Silvia. Silvia e a irmã Anita são herdeiras do Grupo Hoepcke que teve rede de lojas no Estado, companhia de navegação, estaleiro e outras empresas além da fábrica. Atualmente, ela também é sócia da Rádio Guarujá, que completou 70 anos. Tanto a Hoepcke quanto a Guarujá receberam diversas homenagens. O centenário será comemorado até outubro de 2014. Fonte: Diário Catarinense – Economia - 15-12 QUALIDADE Um achado no mapa catarinense Araquari se transformou, nos últimos anos, em uma grande vitrine para os investidores Sempre que é questionado sobre os efeitos da vinda da BMW para Santa Catarina, o governador Raimundo Colombo repete o discurso: a imagem do Estado no exterior atingiu um patamar de qualidade até então não alcançado desde que a multinacional alemã anunciou que construiria sua primeira fábrica da América Latina em Araquari. Agora, todos querem saber o que a montadora de veículos, sinônimo de charme e de luxo, enxergou na região – e mais especificamente no pequeno município, antes um mero coadjuvante diante de cidades como Joinville e Jaraguá do Sul. É verdade que as origens germânicas e os incentivos fiscais oferecidos pelo governo do Estado pesaram na decisão da BMW de aportar por aqui depois de longos 18 meses de negociações. Mas esses não foram os fatores predominantes. O que torna Araquari uma grande vitrine são os seus diferenciais logísticos e geográficos. A cidade é um verdadeiro corredor industrial, localizada em uma área que abrange, em um raio de 150 km, duas rodovias federais, três aeroportos e quatro portos. Por esta região passa uma significativa parcela do que é produzido em Santa Catarina. A prefeitura da cidade sabe deste potencial – e tem tirado bastante vantagem dele. Este é um dos principais argumentos utilizados na prospecção de novos negócios, revela o vice-prefeito e secretário de Desenvolvimento Econômico, Clenilton Carlos Pereira. – Araquari deixou de ser só a cidade vizinha de Joinville. Ela é uma extensão, com tudo o que Joinville pode oferecer. Só que menos burocrática – afirma. Nos últimos anos, os investimentos industriais na cidade têm crescido gradativamente. Apesar disso, quem visita Araquari custa a acreditar que ali esteja acontecendo uma revolução econômica, tamanhos são seus ares de município interiorano. Fonte: Diário Catarinense – Economia - 15-12 DESEQUILÍBRIO Receita do Estado cresce, mas investimentos caem Segurança, educação e saúde foram as áreas mais afetadas pela redução da capacidade de gastos do governo de Santa Catarina Prestes a entrar em um ano eleitoral, o governo de Santa Catarina terá de ajustar as finanças se quiser aumentar os investimentos próprios em 2014. Enquanto a receita cresceu 6% em 2012 na comparação com o ano anterior, os gastos com aumento de serviços e infraestrutura caíram 2% no mesmo período. A principal causa apontada pelo governo Colombo é o aumento de 15% da folha de pagamento. Por pouco, os gastos com o salário dos servidores não atingiram o limite prudencial definido pela Lei de Diretrizes Orçamentárias – de 46,5% do total arrecadado pelo Estado. De acordo com o secretário da Fazenda de Santa Catarina, Antonio Gavazzoni, o aumento da folha de pagamento foi a principal causa para a redução de investimentos com dinheiro do governo catarinense. – O crescimento da folha foi motivado sobretudo pela área de educação, que foi a mais pesada – afirmou Gavazzoni. Depois de o Estado passar a pagar o piso nacional dos professores, o gasto com o setor cresceu fortemente. Em 2012, a área da educação teve um aumento de 34,16% na folha de pagamento, o maior percentual no período, o que representou um gasto de quase R$ 1 bilhão a mais. São 77 mil professores contratados pelo governo, e o valor destinado a eles foi o maior entre os profissionais ativos. Investimento será 56% maior que no ano passado Especialistas da área de administração pública afirmam que gastos maiores com folha de pagamento costumam impactar as políticas de investimento. A área de segurança pública foi a mais afetada, com queda de 47% na comparação entre os primeiros dez meses deste ano com 2012. As áreas de educação, com retração de 25%, e saúde, com 24% no mesmo período, também sofreram impacto. De acordo com Gavazzoni, avaliar os números sem incluir os valores de novembro e dezembro faz com que se tenha um cenário distorcido da realidade. Até o final deste ano, o secretário afirma que está previsto um investimento total de R$ 1,521 bilhão com recursos do governo, cerca de 40% acima do que o calculado até o mês de outubro. Caso se concretize, o valor será 56% maior do que o investido no ano passado. – Este é um período [final de ano] que o governo mais investe em obras e infraestrutura. E, ainda que tenhamos reduzido alguns percentuais de investimento nos últimos dois anos, ampliamos com recursos externos. Fonte: Diário Catarinense – Economia - 15-12