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Clipping Diário - 15/07/2014

Publicado em 15/07/2014

IPTU O Tribunal de Justiça transferiu para o dia 6 de agosto o julgamento da ação direta de inconstitucionalidade contra o reajuste do IPTU pela prefeitura de Florianópolis. A cobrança foi suspensa por liminar do desembargador Gaspar Rubick. O adiamento se deu a pedido do Sinduscon. 30 anos Os 30 anos de fundação da Associação de Dirigentes de Vendas do Brasil de Santa Catarina serão celebrados hoje, às 19h, durante sessão solene da Assembleia Legislativa. Lá estarão os fundadores Antunes Severo, Luiz Nozar, Roberto Costa, Carlos Mussi, entre outros. Hoje é presidida hoje por Otávio Lebarbechon. Fonte: Diário Catarinense – Moacir Pereira – 15-07   Pis/Pasep é liberado hoje Os trabalhadores com carteira assinada que recebem até dois salários mínimos terão um dinheiro extra a partir de hoje, quando começa o cronograma de pagamento do abono do Programa de Integração Social (PIS) e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep). Para os trabalhadores da iniciativa privada, o pagamento é feito conforme a data de aniversário. Quem tem conta na Caixa terá o dinheiro depositado antes, desde que o trabalhador possua conta individual, com saldo positivo e movimentação nos últimos meses. Já para os servidores públicos, o Pasep pode ser sacado no Banco do Brasil, e o pagamento segue o número de inscrição. Correntistas também têm o benefício creditado. O saque também pode ser com o Cartão do Cidadão com senha cadastrada. Fonte: Diário Catarinense – Economia – 15-07   Família Diniz vende ações SÃO PAULO - A família Diniz confirmou ontem que vendeu a totalidade de ações preferenciais em nome de filhos do empresário Abilio Diniz no Grupo Pão de Açúcar. Os papéis foram vendidos em um leilão na Bolsa que envolveu 11.496.500 ações e saiu ao preço de R$ 103,58 por ação. A operação movimentou R$ 1,190 bilhão. A família fica com uma participação residual no grupo. Fonte: Jornal de Santa Catarina – Economia – 15-07   Em São Paulo, cesta básica custa 50% do salário mínimo; em Aracaju, 30% Pesquisa Do Instituto Assaf Mostra Que Alimentos Básicos Pesam Mais No Bolso Do Consumidor Em Alguns Locais; Para Dieese, Salário Para Dar Conta Das Necessidades Básica Deveria Ser De R$ 3.079 Em São Paulo, a cesta básica custa R$ 366,54. Foto: Maurício de Souza/Estadão A diferença de custo de vida das cidades brasileiras é gritante, algo que pode ser percebido pelo custo da cesta básica. Em São Paulo, a cesta básica custa R$ 366,54, ou pouco mais de 50% do valor atual do salário mínimo (R$ 724). Na capital cuja cesta básica tem menor valor (Em Aracaju, ela custa R$ 241,72), o porcentual é de apenas 33,39%, apontou um levantamento do Instituto Assa, feito com base em dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) de maio. Em média, no Brasil a cesta custa 44,5% do salário mínimo. “Em maio do ano passado o porcentual era de 44,3%, mas o salário mínimo era menor (R$ 678). Ou seja, mesmo com o salário mínimo tendo subido entre os dois anos, o porcentual que a cesta básica representa manteve-se praticamente estável na média nacional”, comenta o pesquisados do Instituto Assaf, Fabiano Guasti. “Isso significa que gastou-se mais, embora porcentualmente não tenha tido variação significativa”, explica. Com base nisso, o Dieese calculou em maio que o salário mínimo necessário para satisfazer as necessidades básicas de uma família deveria ser de R$ 3.079,31, ou seja, 4,25 vezes o mínimo em vigor. No infográfico abaixo, o porcentual da cesta básica sobre o salário mínimo em 15 cidades cujo valor aumentou entre 2013 e 2014: Em relação a maio de 2013, o preço da cesta aumentou em 15 de 17 capitais, ou em 88% das cidades pesquisadas. “É a inflação que dói no bolso, no dia a dia, porque envolve os alimentos de consumo básico”, diz Guasti. Entre os fatores que contribuíram para a alta está o clima e a sazonalidade da produção. Entre as 15 altas, nove ficaram acima da inflação oficial do governo, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que até maio acumulava alta de 6,38%. Nas capitais em que o valor aumentou, a variação média foi de 7%, sendo portanto 0,62% superior ao IPCA. Duas capitais registraram queda: em Manaus houve recuo de 3,1% e em João Pessoa a cesta básica caiu 5% entre maio de 2013 e maio de 2014. A cesta básica do Dieese é composta por carne, leite, feijão, arroz, farinha, batata, legumes (tomate), pão francês, café em pó, frutas (banana), açúcar, óleo de banha e manteiga. A quantidade varia de acordo com a região. Fonte: O Estado de São Paulo – 15-07   Intenção de consumo em SP é a menor desde agosto de 2009, diz Fecomercio Os moradores de São Paulo estão menos confiantes quanto ao emprego e à renda e, com isso, menos interessados em consumir, em especial bens duráveis. A informação consta da pesquisa da FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo). O índice ICF (Intenção de Consumo das Famílias) caiu 2,5%, para 110,8 pontos, em junho, na comparação com maio, e recuou 15,1% no confronto com o mesmo período do ano passado. Com isso, o indicador registrou o menor patamar da série histórica da pesquisa, iniciada em agosto de 2009. O indicador vai de 0 a 200. Pontuações acima de 100 indicam otimismo, e abaixo, pessimismo. O subíndice em que os consumidores avaliam o momento para compra de bens duráveis foi o que mais caiu, 8,3%, se situando 87,5 pontos em junho, seguido pelo recuo de 3,8% em perspectiva de consumo, com 103,8 pontos. O subindicador de nível de consumo atual diminuiu 0,5% no período, ficando em 86 pontos - pior pontuação entre as variáveis do ICF. De todas as categorias que fazem parte do indicador, apenas acesso ao crédito avançou de maio para junho (0,9%), atingindo 133,7 pontos. O desaquecimento do mercado de trabalho, identificado nas últimas pesquisas sobre o tema, é apontado como motivo para as baixas nos quesitos emprego atual (-1,5%, aos 125,9 pontos), renda atual (-2,3%, para 126,9 pontos) e perspectiva profissional (-2,9%, a 112 pontos). De acordo com a FecomercioSP, a falta de água em alguns bairros e a ocorrência recente de paralisações no transporte público (ônibus e metrô) também foram fatores que reduziram a confiança dos moradores da capital paulista. Em nota, a entidade diz que o indicador de intenção de consumo deve continuar a cair. "As altas taxas de inflação têm pressionado insistentemente o orçamento doméstico. Além disso, o temor em relação ao futuro - provocado pelo crescimento mais modesto da renda - e a geração de empregos contribuem para segurar o consumo dos paulistanos", diz a entidade.  Fonte: Folha de São Paulo – 15-07   Líder no mercado corporativo, Dell dobra fatia no varejo Nos últimos 12 meses, a americana Dell passou por uma pequena revolução. Castigada pelo mercado financeiro, insatisfeito com seus resultados, a companhia optou por um caminho radical para acabar com o problema: o fundador Michael Dell resolveu tirar as ações de circulação em uma operação concluída em setembro do ano passado. Novamente uma "empresa de dono", livre do escrutínio dos investidores, a Dell acelerou o processo interno de tomada de decisões. Era preciso implantar mudanças. E rápido. Em busca de sangue novo, a empresa foi atrás de um talento do passado. Ainda antes do fechamento de capital, recontratou o executivo David Schmoock, que havia atuado na Dell e estava havia 11 anos na chinesa Lenovo. A Dell, líder e quase sinônimo de fornecimento de computadores e soluções de tecnologia para empresas, tinha percebido que havia ficado descoberta quando o assunto é o contato direto com o consumidor. A missão de Schmoock era assumir o comando global da área e mudar este quadro. "A verdade é que a opinião do consumidor sobre a marca tem peso", disse o presidente mundial de varejo da Dell à reportagem na última quinta-feira, na sede da empresa, em Eldorado do Sul, na região metropolitana de Porto Alegre. "Embora o varejo tenha margem mais baixa do que a venda de softwares, por exemplo, ele traz escala à empresa." Schmoock recebeu carta branca para ir atrás do tempo perdido e ampliar sua fatia na venda direta ao consumidor, mesmo à custa da perda de lucratividade. Sem o fechamento de capital, isso seria quase impossível de se fazer, pois os acionistas da empresa chiariam para não perder dividendos. O objetivo de ganhar espaço no varejo foi atingido rapidamente, no exterior e no Brasil. Citando a consultoria IDC, a empresa diz que sua fatia geral no mercado total de PCs no País chegou a 12,2% no primeiro trimestre, contra 6,8% do mesmo período do ano passado - o bastante para incomodar suas principais rivais locais, a Positivo e a Lenovo. A expansão foi ainda maior quando se leva em conta só a venda no varejo: citando a GfK, a Dell diz que sua fatia mais do que dobrou em um ano, para 8,7%. Responsável pelas vendas para pessoas físicas na Dell no Brasil, Rosandra Silveira, diz que a empresa teve de se reaproximar do varejo tradicional, do qual andava meio sumida. Hoje, seus produtos estão nas prateleiras de Casas Bahia, Ponto Frio e Fast Shop, entre outras. Para se sobressair entre concorrentes agressivas, a Dell transferiu benefícios do setor corporativo ao varejo, como a troca facilitada em caso de defeitos e o agendamento de visitas de técnicos na casa do cliente. Resultados Desde que fechou o capital, a Dell deixou de divulgar o seu balanço publicamente - só informa o resultado a um grupo de investidores. No último resultado trimestral divulgado em setembro de 2013, a receita ficou em US$ 14,5 bilhões, estável em relação a 2012, e o lucro caiu 72%. Entre seus principais mercados, o Brasil apresentava o maior crescimento. O faturamento anual da Dell, até então, girava em torno de US$ 50 bilhões. Desde que se livrou do escrutínio do mercado financeiro, a Dell intensificou a busca por uma fatia maior do mercado de PCs. A empresa precisa ter um domínio maior do setor, pois a venda de computadores está em queda em vários países. A situação não é diferente no Brasil, onde o recuo foi de 10% no ano passado, segundo a consultoria IDC. E analistas dizem que a situação ainda pode piorar. Enquanto os PCs continuarem a ser seu carro-chefe no varejo, a única saída da Dell será buscar uma fatia maior de um bolo que não para de diminuir.  Fonte: Gouvêa de Souza – 15-07   Após duas quedas, analistas estimam que vendas ficaram estáveis em maio A redução dos preços dos alimentos ao longo de maio deve ter dado algum fôlego para as vendas no varejo no período, afirmam economistas ouvidos pelo Valor, após dois meses consecutivos de redução da atividade no comércio. Por outro lado, a confiança dos consumidores em nível baixo, o crédito mais escasso e a desaceleração da renda sugerem que o alívio dado pela inflação teve alcance limitado e que o desempenho das vendas ainda foi bastante morno na passagem mensal. De acordo com a média das projeções de 17 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data, o volume de vendas no comércio restrito ficou estável em maio, após retração de 0,4% em abril, sempre em relação ao mês anterior, na série com ajuste sazonal. As estimativas para a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), a ser divulgada amanhã pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), variam entre queda de 0,7% e alta de 1,1% no período. Já para o varejo ampliado, que considera, além dos oito segmentos pesquisados no varejo restrito, os de automóveis e material de construção, 12 economistas projetam, em média, queda de 0,8% na passagem mensal, em função da expectativa de retração das vendas de veículos. Mariana Oliveira, economista da Tendências Consultoria, estima alta de 0,3% das vendas no varejo no conceito restrito entre abril e maio, após duas quedas consecutivas do comércio. Em sua avaliação, a leve recuperação que deve ser mostrada pelo indicador é resultado, principalmente, do fim dos efeitos da estiagem sobre os preços de alimentos. Com o choque agrícola por causa da seca, a inflação de alimentação e bebidas tinha sido de 1,92% em março e de 1,19% em abril. No mês seguinte, esses preços começaram a desacelerar, com alta de 0,58% em maio e deflação de 0,11% em junho. "Em maio já observamos níveis mais favoráveis de preços de alimentos, o que favorece o comércio de uma forma geral", afirma a economista. Como esses são itens que não podem ser substituídos, a descompressão de preços observada nos últimos dois meses eleva o poder de compra das famílias e permite aumento de vendas de supermercados e de outros itens mais dependentes da renda, como vestuário, por exemplo. Paulo Neves, economista da LCA Consultores, também avalia que a evolução de preços é relevante para explicar a estimativa de pequena alta de 0,1% do varejo na passagem mensal. "A renda está perdendo fôlego, mas pelo menos tivemos algum alívio da inflação", diz o economista. Além disso, as consultas ao UseCheque, que é um indicativo de desempenho das vendas à vista, aumentaram 10,3% em relação a maio de 2013, após queda de 8,7% em abril, na mesma comparação. Por outro lado, afirma, o contexto atual, em que a confiança do consumidor segue em patamar bastante baixo, dificulta recuperação mais forte das vendas. "Os dados de massa salarial, confiança do consumidor e comprometimento da renda continuam a sugerir um cenário de expansão limitada para o comércio", concorda Mariana, da Tendências, que projeta alta de 3,4% das vendas neste ano, após aumento de 4,3% em 2013. O cenário para bens duráveis, por exemplo, continua mais complicado por causa da oferta de empréstimos mais restrita e o nível ainda elevado de endividamento das famílias. A economista estima retração de 0,5% das vendas no varejo ampliado entre maio e abril, principalmente por causa do segmento de veículos. "A queda da confiança desfavorece a compra de bens duráveis, como carros, que comprometem orçamento por um período mais longo", acrescenta. Para Mariana, mesmo a Copa do Mundo não deve ter dado grande impulso ao segmento em junho, embora a expectativa seja de alta do comércio no período. Já a Rosenberg & Associados que estima um aumento mais forte das vendas, de 1,1% entre abril e maio, com ajuste sazonal, afirma em relatório que possivelmente o varejo já tenha registrado os primeiros reflexos da preparação para a Copa do Mundo ao longo daquele período. Por outro lado, a base de comparação baixa também deve ter ajudado, segundo os economistas da consultoria. A Rosenberg espera que os dados sejam revisados e que a queda em março e abril passe de -0,86% para -1%. Para Neves, da LCA, a demanda deve ter ficado um pouco mais aquecida no mês passado, especialmente em segmentos como supermercados e bens duráveis, ainda que de forma modesta. Mesmo assim, afirma, dificilmente veio do consumo alguma ajuda para a atividade econômica no segundo trimestre, que parece ter sido bastante fraco. Para o economista, porém, o segundo semestre deve ser de crescimento um pouco melhor das vendas, de 1,7% no período, contra 1,2% entre janeiro e junho deste ano. Fonte: Valor Econômico – 15-07   Distância entre inflação de serviços e de bens cai A distância entre a inflação de bens comercializáveis e não comercializáveis que marcou boa parte dos últimos anos diminuiu ao longo do primeiro semestre e foi mais um fator de pressão no índice de preços oficial. Nos 12 meses encerrados em junho, os itens que podem ser comercializados com o exterior - em sua maioria produtos industrializados - subiram 6,97% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Ao mesmo tempo, os preços que não sofrem competição externa aumentaram 7,60%, variação ainda superior à do outro setor e à do "IPCA cheio", de 6,52%, mas menos distante destas duas medidas do que no período recente. Os cálculos são da Tendências Consultoria. As trajetórias distintas dos dois setores vieram se aproximando desde o ano passado, influenciadas principalmente pelo efeito do câmbio nos bens comercializáveis, movimento que se intensificou no começo deste ano (ver gráfico). Em agosto de 2012, por exemplo, a inflação dos "tradables", como também são chamados os itens comercializáveis, acumulava alta de 3,3%, ante avanço de 8,37% dos "non tradables". Naquele mês, a diferença entre a inflação dos dois segmentos alcançou cinco pontos percentuais, distância que ficou em 0,63 ponto no mês passado. Para economistas, o menor descompasso é explicado principalmente pela alta do dólar observada desde meados de 2012, que puxou para cima preços sensíveis à moeda americana. Mesmo com períodos de relativa acomodação do câmbio, como o que ocorre a partir do segundo trimestre deste ano, o impacto pode ficar mais nítido, porque os repasses do câmbio à inflação não são imediatos. Ao mesmo tempo, do lado dos bens não transacionáveis, não houve nenhum grande alívio que possa sugerir um processo de ajuste dos preços relativos. Os serviços - que têm o maior peso no grupo e poderiam ter começado a ceder em resposta à perda de fôlego da demanda e do mercado de trabalho - saltaram 9,1% nos 12 meses até junho. Passado o "efeito Copa ", alguns analistas esperam que, finalmente, esse conjunto de preços mostre alguma moderação, movimento que pode manter a menor discrepância entre a aceleração de "tradables" e "non tradables". O economista-chefe da Icatu Vanguarda, Rodrigo Alves de Melo, lembra que, por não sofrer concorrência com importados, o setor de serviços tem facilidade para repassar ao consumidor aumentos de custos com mão de obra e matérias-primas, vantagem aproveitada durante o período em que a demanda estava mais aquecida. O mesmo não ocorre com a indústria de transformação, que pode ter seus produtos substituídos por itens de fora e, por isso, tem dificuldades para reajustar seus preços finais, principalmente num contexto de câmbio valorizado. Desde meados de 2011, no entanto, o real vem perdendo valor em relação ao dólar, aponta Melo. Ainda que, ao longo deste ano, a moeda americana tenha recuado um pouco e se estabilizado no patamar de R$ 2,20, o repasse da variação do câmbio à inflação ocorre com defasagem. Por isso, para o economista, os preços industriais ainda estariam sendo impactados pela desvalorização de 8,5% e 13,3% da moeda brasileira em 2012 e 2013, respectivamente. Esse efeito, de acordo com Melo, pode ser facilmente observado nos bens duráveis, que chegaram a cair 5,4% nos 12 meses terminados em junho de 2012 e, no mesmo período deste ano, subiram 4,3%. Além da trajetória do câmbio, Adriana Molinari, da Tendências, afirma que a recomposição parcial do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) foi outro fator de pressão sobre os preços comercializáveis neste ano. Na virada de 2013 para 2014, o IPI de automóveis 1.0 aumentou de 2% para 3%. No caso dos carros flex de 1.0 a 2.0, a alíquota subiu de 7% para 9% e, nos movidos a gasolina de 1.0 a 2.0, de 8% para 10%. O imposto deveria voltar a seus percentuais originais a partir de julho, mas o desconto foi mantido pelo governo em meio ao cenário de enfraquecimento das vendas e da produção. "Tivemos uma década de câmbio favorável e, depois, redução de impostos para bens duráveis. Neste ano, a ligeira recomposição do IPI e o reajuste no preço do aço levaram a pressões adicionais sobre estes produtos", comenta Adriana, para quem uma nova rodada de desvalorização cambial neste e nos próximos anos deve manter os tens não comercializáveis em alta. Como a expectativa é que, na segunda metade do ano, os serviços comecem a mostrar alguma desaceleração - ainda que modesta - em função da atividade mais fraca, a economista avalia que o descompasso entre a inflação de "tradables" e "non tradables" deve seguir diminuindo, mas às custas de preços maiores dos bens comercializáveis. Para que a "inflação cheia" voltasse a rodar a patamares mais próximos do centro da meta, de 4,5%, com um processo de ajuste dos preços relativos, a convergência ideal seria uma descompressão dos preços não comercializáveis puxada pelos serviços, diz Emerson Marçal, coordenador do centro de macroeconomia aplicada da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (EESP-FGV). Ao mesmo tempo, complementa ele, os preços dos "tradables" deveriam subir mais do que os de "non tradables", mas ainda em níveis próximos a 4,5%. O problema, na avaliação de Marçal, é que a inflação dos dois setores se equiparou em um patamar elevado, e a estratégia do Banco Central de "suavizar" a trajetória de desvalorização do câmbio não parece ser a mais correta. "Se o país começar a crescer mais rápido, teremos uma pressão ainda maior no déficit em transações correntes", diz. Por isso, para ele, uma política fiscal mais apertada, capaz de conter a demanda, seria o melhor ajuste a ser feito em 2015, porque, desse modo, os juros poderiam diminuir em algum momento e o dólar subiria em relação ao real sem pressões significativas sobre o IPCA total. Fonte: Valor Econômico – 15-07   Fecomércio recomenda promoções para recuperar prejuízos na Copa A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Amapá (Fecomércio) informou que está orientando lojistas amapaenses a lançarem promoções para a venda de produtos relacionados à Copa do Mundo no Brasil. Segundo a entidade, a medida é uma alternativa para esvaziar os estoques de artigos verde-amarelo e recuperar os prejuízos contabilizados após a derrota por 7x1 da seleção brasileira, no confronto com a Alemanha, na terça-feira (8). "Nossa orientação para o empresário é promover os estoques. Mas é claro, quando se fala de artigos esportivos de um país que foi derrotado desta forma, é muito difícil que mesmo com essas promoções haja um retorno de 100%. Além disso, não podemos esquecer que estamos mediante uma crise onde há recessão no consumo, o que também pode ter contribuindo para a queda nas vendas", destacou o presidente da Fecomércio, Eliezir Viterbino. Ao menos 2 mil comerciantes estão associados à Fecomércio. O presidente da Associação Comercial e Industrial do Amapá (Acia), Altair Pereira, ressaltou que a entidade está promovendo reuniões para ajudar a orientar os empresários na forma de desenvolver as vendas no mês de julho.  "A associação está trabalhando em conjunto com os órgãos filiados no estado para verificar as opções para desenvolver a economia em seu sentido mais amplo", frisou. A Fecormércio adiantou que realizará reuniões periódicas com empresários sobre as expectativas de vendas para o segundo semestre de 2014. "Precisamos acreditar que as vendas irão alavancar neste período", reforçou Eliezir Virterbino. Fonte: Portal Varejista – 15-07   Serasa culpa feriados da Copa do Mundo por forte queda no comércio brasileiro SÃO PAULO - Com forte diminuição no movimento de consumidores em supermercados, postos de gasolina e lojas de materiais de construção, a atividade do comércio varejista caiu 3,2% em junho, na comparação com maio, feitos os ajustes sazonais, informou a Serasa Experian. Em maio, o movimento do varejo tinha aumentado 0,6%. Na comparação com junho do ano passado, houve aumento de 0,7%, uma expansão bem menor que a de 5,2% registrada em maio, na mesma base. Com o resultado, o varejo acumulou alta 3,6% no primeiro semestre sobre o mesmo período do ano passado. A Serasa Experian atribui a queda da atividade no comércio por causa dos feriados em várias cidades-sede da Copa do Mundo, que reduziram o expediente das lojas no período. Além disso, fatores já presentes em outros meses também contribuíram: juros mais elevados, baixo índice de confiança dos consumidores e desaceleração do mercado de trabalho. Com exceção do segmento tecidos, vestuário, calçados e acessórios, em que o movimento ficou estável em junho ante maio, todos os outros registraram quedas expressivas: material de construção (-13,1%), combustíveis e lubrificantes (-12,3%), veículos, motos e peças (-6,4%), supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas (-4,2%) e móveis, eletroeletrônicos e informática (-3,0%). No acumulado dos primeiros seis meses de 2014, a atividade varejista cresceu 3,6% liderada pelo setor de supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas (expansão de 3,7%), combustíveis e lubrificantes (3,0%), material de construção (2,4%), móveis, eletroeletrônicos e informática (0,5%) e veículos, motos e peças (0,3%). Tecidos, vestuário, calçados e acessórios é o único segmento do varejo que se retraiu no acumulado de janeiro a junho de 2014: queda de 3,4% frente ao mesmo período do ano passado. Fonte: Portal Varejista – 15-07   Mercado de Outlets no Brasil tem nova onda de investimento Com a maturidade do varejo, shoppings com lojas com itens com descontos devem fechar o ano com dez empreendimentos no país Depois de uma tentativa mal sucedida de implementação de outlets no Brasil, nos anos 90, a indústria de shoppings volta a olhar para esse mercado, embalada pelo desenvolvimento do varejo no país e, mais uma vez, pelo poder de compra da classe média. Não há um número fechado de quanto os empreendedores de shoppings estão investindo no segmento. Mas segundo uma fonte do setor, o custo gira, em média, entre R$ 80 milhões e R$ 150 milhões por shopping erguido. De acordo com a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), o Censo 2013-2014 da entidade mostrou que 13% dos shoppings são especializados. Desses, 12% pertencem à categoria dos outlets. Em 2012, esse percentual correspondia a 6%. Existem seis outlets em funcionamento e outros quatro com previsão de abertura ainda neste ano. Michel Cutait, especialista em Shopping Center e Varejo e Diretor Executivo da Make it Work, diz que a redescoberta dos outlets tem ligação direta com a economia . “Um dos propulsores desse mercado é o crescimento econômico e o ingresso de muitas empresas internacionais de varejo no mercado brasileiro. A indústria se profissionalizou. No passado, o varejo era menor, e portanto, poucas empresas tinham estoque suficiente para alimentar as lojas.Atualmente, a situação é diferente, e agora, os outlets encontram grandes oportunidades no Brasil. Os primeiros empreendimentos já estão começando a demonstrar que essa aposta pode ser interessante ”, afirma ele.  Michel lembra que apesar de haver um grande espaço para crescimento desse mercado no país, dificilmente chegaremos a bater a marca de 193 outlets, caso dos Estados Unidos, conforme dados da VRN Global Outlet Project Directory. O mercado brasileiro, segundo o setor, comportaria 30 unidades com esse perfil em todo o país. Luiz Alberto Marinho, sócio da GS&MD Gouvêa de Souza, lembra que nos anos 90, a inflação era muito alta, as marcas tinham pouco prestígio e o consumidor não tinha visão de valor de produtos.  “Ainda trabalhamos com artigos de coleções passadas e itens com um padrão de qualidade inferior, que se traduz em um botão ou zíper diferente. Já nos Estados Unidos, 82% dos produtos de outlets são feitos para eles, exclusivamente”, destaca Marinho. A General Shopping foi a primeira empresa do setor que investiu na retomada do mercado, com o Outlet Premium São Paulo, em 2009. De lá para cá, abriu um empreendimento em Brasília, em 2012, outro em Salvador, em 2013 e o próximo será inaugurado no início de 2015, no Rio. Todos em áreas periféricas para não canibalizar as operações tradicionais das marcas, afirmam especialistas. “Estamos com mais três projetos que deverão ficar prontos até 2016. O outlet é um bom negócio para o lojista desovar estoques. Ainda falta muito para ter aqui marcas que invistam em uma divisão de produtos para outlets, como acontece em outros países. Aqui, somos os maiores parceiros da Nike, que tem produtos específicos para o mercado outlet, diz Alexandre Dias, diretor de Marketing e Varejo da General Shopping Brasil. Segundo ele, hoje, o desafio do desenvolvimento dos outlets não é o terreno, mas ter mercadoria suficiente para abastecer todos os empreendimentos, afirma o executivo. Além da General Shopping, o Iguatemi também está investindo no setor de outlets. Em 2013, foram R$ 46,2 milhões na aquisição de 41% do Platinum Outlet, em Novo Hamburgo (RS), que foi inaugurado em setembro daquele ano. Pouco depois a companhia anunciou outros dois projetos: Outlet Tijucas (SC), que fica pronto em 2015, e o Outlet Nova Lima (MG), em 2016. A JHSF está investindo R$ 102,2 milhões no Catarina Fashion Outlet, primeiro empreendimento do grupo no segmento e que será construído no km 60 da Rodovia Castello Branco, em São Paulo, dentro do complexo Catarina, que tem como principal atividade um aeroporto para aviação executiva. De acordo com a empresa, será inaugurado até o final desse ano. A empresa já atua no setor com empreendimentos tradicionais. Outlet de nicho é a aposta da Kochen Associados. A empresa, responsável pela implantação de shoppings de decoração como D&D (SP) e CasaShopping (RJ), abrirá o Casa Outlet, também de itens de decoração, na Rodovia Regis Bittencourt, em agosto, com investimentos de R$ 80 milhões, resultado de recursos vindos do fundo imobiliário Vida Nova, administrado pela consultoria Oliveira Trust. Fonte: Portal Brasil Econômico – 15-07

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