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Clipping Diário - 15/06/2016

Publicado em 15/06/2016
Clipping Diário - 15/06/2016

Quarta-feira - 15/06

Geral

Fonte: G1
  Udesc divulga datas das chamadas de aprovados no Vestibular de Inverno
  A primeira chamada dos aprovados no Vestibular de Inverno 2016 na Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) será divulgada em 4 de julho. A matrícula ocorrerá em 14 e 15 de julho para quase todos os cursos, menos os do Centro de Ciências Tecnológicas (CCT), de Joinville. Segundo a instituição, poderá haver até cinco chamadas de aprovados. No CCT de Joinville, o dia 14 de julho está reservado exclusivamente para matrícula das engenharias - Civil, Elétrica, Mecânica e Produção e Sistemas. No dia seguinte, ocorre a matrícula dos aprovados em Física, Matemática, Química, Ciência da Computação e Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistema. As demais chamadas de aprovados, se houver necessidade, estão marcadas para ocorrer em 19 e 27 de julho e em 9 e 18 de agosto. Os horários serão informados em cada chamada. Documentos Os aprovados devem se apresentar na data definida com documentos mencionados no edital do concurso, caso contrário, perderão o direito à vaga. A universidade divulgou o gabarito oficial na última quinta (9) bem como as respostas para recursos contra as provas. De 100 questões do concurso, apenas três foram anuladas e uma teve o gabarito alterado.

Fonte: Exame
  IGP-10 acelera alta a 1,42% em junho, informa FGV
  São Paulo - O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) acelerou a alta a 1,42% em junho, contra avanço de 0,60% no mês anterior, diante da pressão dos preços no atacado, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta quarta-feira. O resultado ficou acima da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 1,29% na mediana das projeções de analistas. O Índice de Preços ao Produtor Amplo-10 (IPA-10), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, registrou alta de 1,89% em junho, contra avanço de 0,64% no mês anterior. O Índice de Preços ao Consumidor-10 (IPC-10), que responde por 30% do índice geral, mostrou desaceleração da alta ao subir 0,49%, após subir 0,60%. O Índice Nacional de Custo da Construção-10 (INCC-10), por sua vez, subiu 0,49% no período, contra alta de 0,33% em maio. O IGP-10 calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.

Fonte: Exame
  Feira de franquias da ABF começa amanhã em São Paulo
  São Paulo - Amanhã será o primeiro dia da 25ª edição da ABF Franchising Expo, evento voltado para quem quer divulgar sua franquia ou virar um franqueado. Organizada pela Associação Brasileira de Franchising (ABF), a feira ocorre em São Paulo, no Expo Center Norte. O evento começa nesta quarta-feira (15) e vai até o sábado (18). O preço do ingresso é de 70 reais, válido para todos os dias da feira. Faça sua inscrição pelo site e confira a programação. No local, será possível visitar estandes de franqueadoras dos setores de acessórios pessoais e calçados, alimentação, cosméticos, decoração, ensino profissionalizante e idiomas, esportes e lazer, prestação de serviços, vestuário, entre outros. A ABF Expo trará franquias com investimento inicial partindo de 10 mil reais e indo até mais de 1 milhão de reais. Serão mais de 400 marcas expondo na feira, sendo que 50 são estreantes. Com isso, os organizadores esperam reunir mais de 60 mil visitantes nesta edição.
Capacitação
  Durante a feira, haverá diversas palestras gratuitas sobre como investir bem nesse mercado de franquias. O visitante que busca uma orientação mais expressa terá à disposição a palestra “Etapas essenciais para escolher uma franquia”. Em duas horas, o empreendedor terá um guia de como visitar a feira e buscar informações dos expositores. Outra dessas iniciativas é o curso “Entendendo Franchising”, uma parceria entre a ABF e o Sebrae. Voltado para quem quer se aprofundar no tema, o curso aborda tópicos como conceitos do franchising, aspectos legais e vantagens e desvantagens do sistema de franquias. Com duração de oito horas, essa grande aula será feita nos dias 17 e 18 (sexta e sábado), no Auditório Jaçanã do Expo Center Norte.
Franchising Week
  Neste ano, a ABF Franchising Expo faz parte de um evento maior: a ABF Franchising Week. Essa é uma semana de imersão no universo do franchising, com congressos, seminários e simpósios. Diferente da feira, o resto do conteúdo da semana é voltado apenas para franqueadores ou para quem já está inserido no mercado de franquias. Ao todo, são sete atividades diferentes, todas acontecendo também no Expo Center Norte. Serão tratados temas como estratégias de expansão de redes de franquias; os mercados de food service, moda e cosméticos; o empoderamento da mulher no franchising; o “franchising emergente”; e aspectos gerenciais e jurídicos do setor. É preciso fazer um investimento para participar, diferente dos cursos que ocorrem especificamente na ABF Franchising Expo. Ao participar dos sete cursos da Franchising Week, por exemplo, o investimento é de 500 reais para associados e de 1 500 reais para não-associados. Veja mais informações no site da semana do franchising.

Fonte: Hora de Santa Cataria
  Prefeitura de Florianópolis vai rever corte de recursos para a área da saúde
  O prefeito de Florianópolis, Cesar Souza Junior, anunciou nesta terça-feira que vai rever parte do contingenciamento de R$ 28 milhões do orçamento municipal deste ano para a área da saúde. A decisão foi divulgada durante audiência com os conselheiros de saúde – que representam os quase 2 mil profissionais do setor–, depois que eles fizeram um protesto no Centro da Capital. A manifestação foi contra o corte no orçamento da pasta, que pode comprometer a prestação de serviço nos postos e nas Unidade de Pronto Atendimento (UPAs). No encontro, o prefeito se comprometeu ainda em participar da próxima reunião mensal do Conselho, que ocorrerá no dia 28 de junho. Na reunião, deve ser definido, em conjunto, os detalhes da revisão e os rumos da saúde municipal até o fim de 2016.

Também contribuiu para a revisão anunciada nesta terça-feira um ofício do secretário de Saúde, Daniel Moutinho, enviado à Secretaria da Fazenda em maio e ao qual o Diário Catarinense teve acesso, em que ele manifesta preocupação com os cortes e aponta os impactos o atendimento à população sofreria. Ainda não foi estimado o quanto da redução inicial será recolocado no orçamento, mas Souza Junior adiantou que não deve ser a verba total. No documento enviado à Fazenda, o secretário de Saúde faz ponderações sobre a estrutura e a gestão da área, destacando a organização e o bom controle das finanças, e indica problemas que o corte de recursos acarretaria. Entre os pontos levantados estavam falta de material de enfermagem a partir de agosto deste ano, falta de conservação dos imóveis, problemas para emissão de notificações da Vigilância Sanitária e redução de serviços contratados junto a laboratórios. O secretário da Fazenda, André Luiz Bazzo, confirmou que as informações do secretário da Saúde influenciaram na revisão do contingenciamento e ponderou que a redução de gastos atende a legislação federal. Mas ele destacou que a área é uma das prioridades absolutas do governo, ao lado da Educação e da Assistência Social: — Desde o início fomos obrigados, pela Lei de Responsabilidade Fiscal, a contingenciar. Com receita caindo e despesa subindo, não há equilíbrio sem corte de gastos. A Saúde é prioridade, mas isso não quer dizer que ela está imune. O que pedimos é uma gestão apurada para assegurar o que é mais urgente, o que é menos urgente e fazer adequações. Bazzo também cobrou responsabilidade da Câmara de Vereadores na situação orçamentária do município. — A prefeitura precisa de novas receitas e temos projetos nesse sentido desde 6 de maio na Câmara, que ainda não foram votados. Alienação de imóveis, tribunal tributário para cobranças na esfera administrativa, novo Refis (programa de parcelamento de débitos), são todas ferramentas para socorrer a arrecadação na crise, mas que precisam da sensibilidade dos vereadores para serem aprovadas. O foco tem que ser o Legislativo, não posso apertar o botão e votar. São projetos de estado, e não de governo — ressaltou. A assessoria de comunicação da Secretaria de Saúde informou que o secretário Daniel Moutinho não comentaria a revisão do contingenciamento, que ficaria a cargo apenas da Fazenda. O presidente da Câmara dos Vereadores, Erádio Gonçalves (PSD) não foi localizado até a última atualização desta matéria para falar sobre a tramitação dos projetos citados pelo secretário da Fazenda, André Bazzo.

Fonte: Diário Catarinense
  Governo federal autoriza apenas três barcos catarinenses para pesca industrial de tainha
  O Diário Oficial da União publicou enfim, nesta terça-feira, a lista das 40 embarcações autorizadas para a pesca industrial de tainha no Sul e Sudeste do país. Dos barcos licenciados, apenas três são catarinenses _ dois de Porto Belo e um de Florianópolis. Entre o restante, três são de São Paulo, e os outros 34 do Rio de Janeiro. Uma inversão na histórica prevalência das embarcações catarinenses e um revés para a região de Itajaí e Navegantes, que tem a maior frota de embarcações traineiras no Brasil. Os armadores locais questionam a lista. Afirmam que não havia tempo hábil para avaliação dos pedidos para as vagas remanescentes em Brasília e que parte dos barcos aprovados não atua mais na modalidade de cerco, usada para a captura de tainha. O Ministério da Agricultura ainda não se pronunciou a respeito. Vale lembrar que as embarcações catarinenses tiveram os pedidos de licença indeferidos, na semana passada, porque o sistema de monitoramento via satélite indicou que fizeram capturas em locais proibidos na última safra.
  Captura no defeso
  A expectativa dos empresários costuma ser grande em relação à tainha porque a safra coincide com o início do defeso de sardinha, que começa nesta quarta. As embarcações, que ficariam paradas, são direcionadas para a captura sazonal dos cardumes e garantem receita em época de ganho baixo. O impacto do indeferimento das licenças já atingiu os pescadores: embora o sindicato dos trabalhadores ainda não tenha números oficiais, desde o início da semana os armadores estão dispensando tripulação. Pelo menos oito dos 50 empresários que atuam no cerco decidiram demitir _ é o caso de Emerson Nagel, que esta semana entregou o aviso prévio a 50 empregados e decidiu fechar a empresa de pesca que mantém. O problema agrava porque o setor já vinha demitindo por falta de licenças. Desde abril, 600 pescadores que atuavam nas modalidades de arrasto e emalhe foram dispensados _ as licenças para esses modelos de captura só foram emitidas no fim de maio. Para quem conseguiu as licenças, a temporada de pesca será curta. As capturas só podem ocorrer até dia 30 de junho, quando termina a safra.

Fonte: Diário Catarinense
  Conheça o Método do Presidente, estratégia de gestão que fez empresa catarinense crescer 36%
  Em 2014, o argentino Mateo Raúl largou o emprego em uma multinacional no exterior e voltou para o Brasil. Formado em Administração, ele vinha em socorro dos pais, cuja empresa precisava de ajustes. Ao mesmo tempo, queria realizar a vontade de empreender. A Mais Q Básica, fundada em 2006, em Florianópolis, por um casal de argentinos, contava com duas unidades na cidade. A proposta sempre foi vender roupa básica, de qualidade e a preços acessíveis. Em 2013, chegou a abrir duas franquias no interior de São Paulo. Mas, nesse mesmo período, viu as vendas das lojas próprias caírem e o caixa apertar. — Foi mais ou menos o que aconteceu com a Hering — compara Raúl. No diagnóstico, o argentino percebeu que faltavam uma gestão mais atenta, com acompanhamento do fluxo de caixa, treinamento de vendedores e foco maior nos clientes. Além disso, o mercado mudava e a loja não acompanhava essas transformações. Então, Raúl decidiu investir em gestão. Foi atrás do Sebrae e descobriu um serviço de aconselhamento voltado para empreendedores de pequeno porte. Chamado de Método do Presidente, o programa tem o intuito de imitar as grandes empresas. Assim como nos conselhos de administração das grandes corporações, profissionais experientes ajudam a guiar decisões, alertam para o que funciona e o que não funciona. O problema é que manter um board de conselheiros é caro e inacessível para empresas menores. Com o Método do Presidente, os empreendedores ganham aconselhamento de grandes administradores a um baixo custo mensal. A metodologia é oferecida em uma parceria do Sebrae no programa Impacto nos Resultados, que inclusive subsidia uma parte do custo da empresa na contratação do serviço. — São pessoas que têm uma experiência de mercado de 20 ou 30 anos à minha frente e conseguem dizer o que já foi feito e não deu certo, por exemplo. Todo mês eu presto contas para meus conselheiros, um ex-executivo da Tigre e um diretor da Portobello — relata Raúl. A aplicação da metodologia na Mais Q Básica começou em fevereiro de 2015. Com ajustes e trabalho constante, a empresa voltou a crescer. Fechou o ano passado com aumento de 36% no faturamento na comparação com 2014. No primeiro trimestre de 2016, houve crescimento de 94% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Fonte: Diário Catarinense
  Conheça os sete erros mais comuns do empreendedor brasileiro
  Empreender não é para amadores. É preciso lidar com fornecedores, funcionários, clientes e ainda enfrentar desafios imprevisíveis, muito comuns no ambiente de negócios do Brasil. Apesar das adversidades, o brasileiro segue empreendendo, e a instabilidade do país é, justamente, uma das motivadoras da abertura de empresas. Em Santa Catarina, para se ter uma ideia, de janeiro a maio deste ano foram criados 10.747 novos negócios, crescimento de 4,35% segundo a Junta Comercial do Estado (Jucesc). — Já faz alguns anos que a abertura de negócios por necessidade ultrapassou a por oportunidade. É na crise que o empreendedorismo floresce, como mostram pesquisas feitas na Grécia e nos Estados Unidos em 2008 — afirma a coordenadora Regional do Sebrae/SC na Grande Florianópolis, Soraya Tonelli. Esse ambiente desafiador também faz do brasileiro um empresário criativo. Segundo Roberto Salazar, diretor do curso de Administração da ESPM Sul, Por outro lado, essa atitude de quem dá um jeitinho para resolver tudo pode levar o empreendedor a não prestar atenção a pontos cruciais, como fazer planejamento e reciclagem de conhecimentos.A seguir, você confere alguns dos erros mais comuns do empreendedor brasileiro e dicas para evitá-los.
  1) Misturar CPF com CNPJ
  Quando o dono do negócio confunde o próprio dinheiro com o da empresa, provavelmente vai ter problemas. É um fenômeno chamado ¿empresário rico, empresa pobre¿. Isso porque tal atitude tende a descapitalizar a empresa. — Dinheiro no caixa não é sinal de dinheiro disponível. Toda empresa tem uma estrutura de custos. O empresário não pode chegar no caixa da empresa e retirar o quanto quiser. A falta de capital de giro, por exemplo, é um sintoma desse problema — explica Soraya, do Sebrae/SC. Para evitar essa confusão, o dono do negócio tem de estabelecer o quanto vai separar para si todo mês, no formato de pró-labore, por exemplo, e ser muito rígido quanto a isso.
  2) Não quero ter chefe, vou abrir uma empresa
  Abrir uma empresa para se livrar do chefe é um dos maiores mitos entre os brasileiros. Para a coordandora do Sebrae/SC na Grande Florianópolis, o empreendedor vai perceber no cotidiano que ele não tem um, mas vários chefes, a começar por todos os seus clientes. – Ele tem de lidar com vários tipos de pressão: dos clientes, dos fornecedores, dos empregados – afirma Soraya.
  3) Não observar o que acontece ao redor
  O que outras empresas estão fazendo? O que estão deixando de fazer? O que os consumidores estão procurando? Todas essas perguntas são fundamentais. Pode-se aprender muito com outros empreendedores, concorrentes ou não, ao trocar experiências sobre ações e ferramentas. É preciso estar constantemente atento às tendências e movimentações do mercado e em diálogo permanente com outros empreendedores. — O empresário de antigamente era mais individualista. Hoje, vivemos em rede: temos coworking, crowdfunding. Não vivemos mais de forma linear — diz Salazar.
  4) Não se planejar e pensar a curto prazo
  – A empresa não tem que dar certo só no primeiro ano, mas daqui a dois, cinco anos ou mais. E o empresário tem que pensar nisso – diz Rogério Nunes, professor da UFSC e especialista em estratégia organizacional e empreendedorismo. Um exemplo é o planejamento dos gastos com funcionários. Segundo Nunes, além de garantir o salário mensal, é preciso pensar no discídio, férias, 13º e até uma eventual licença. Uma empresa pode passar por sérias dificuldades e até entrar em falência por uma questão trabalhista, afirma o professor.Dentro da visão de longo prazo, o empresário também deve separar algum recurso para investimento. O dinheiro próprio acaba sendo sempre mais barato que um empréstimo, prática mais comum no Brasil.
  5) Não procurar preparo formal
  Não é que todo o empreendedor precise fazer um MBA. Mas buscar conhecimento, seja por meio de cursos rápidos, workshops ou mesmo pesquisando por conta própria, é uma atitude importante. — É muito comum a pessoa achar que porque trabalhou a vida inteira em determinado setor, vai saber administrar uma empresa nesta mesma área. Mas gerenciar um negócio exige várias competências. Não é porque você sabe fazer roupa que sabe administrar uma malharia — exemplifica Soraya. O próprio Sebrae oferece cursos gratuitos e a distância para quem quiser aprender mais.
  6) Escolher sócio só por afinidade
  Sociedade é quase como um casamento. E como no matrimônio, escolher o par ideal nos negócios exige muito cuidado. — Não dá para escolher só pelo que tem mais dinheiro ou porque é o cara mais legal na balada. É preciso analisar vários aspectos. Também é bom escolher alguém com competências complementares à sua: se sou bom em marketing, talvez seja melhor escolher alguém que seja bom no financeiro, por exemplo — explica Soraya. Além disso, ter os mesmos valores e a mesma visão de negócio é fundamental, afirma o professor Nunes, da UFSC. Com a escolha feita, é preciso formalizar o papel de cada um. Não apenas dizer quanto cada um tem da empresa, mas deixar muito claras as atribuições de cada sócio. E colocar tudo isso em um contrato para evitar dissabores futuros. — Quando você começa um empreendimento e ele é mais regrado, até mesmo na hora de romper uma sociedade vai ser menos complexo — diz Salazar, da ESPM Sul.
  7) Acomodar-se
  Uma coisa que funciona agora, não necessariamente dará certo em cinco anos. É preciso ficar atento às mudanças pelas quais o mundo e os consumidores passam. — O mundo sempre mudou, mas hoje muda muito, mas muito mais rápido — diz Soraya.

Fonte: Notícias do Dia
  Maricultores de Florianópolis começam a demitir, 22 dias depois da interdição da maré vermelha
  Fora do cardápio há 22 dias, ostras, mexilhões, vieiras e berbigões - também em falta nos restaurantes sofisticados de frutos do mar de São Paulo, Rio de Janeiro e capitais nordestinas -, nas rotas gastronômicas de Florianópolis são substituídos por camarão e peixes, principalmente tainha – a vedete do inverno. A queda no movimento e no faturamento no setor tem sido em média de 20%, de acordo com os cálculos do proprietário do Rancho Açoriano, Bruno Dias Gonçalves, 28 anos, que administra um dos restaurantes da família. Com base em dados de 2014 da Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária de Santa Catarina), entre os produtores a estimativa é de que pelo menos 900 toneladas deixem de ser comercializadas em 15 dias. Em dinheiro, representa cerca de R$ 2,9 milhões, apesar de que os moluscos contaminados se autodepuram e voltam à cadeia produtiva depois da descontaminação. “Muita gente procura os moluscos, nossos principais pratos. Mas, tentamos oferecer outra coisa ao cliente”, diz Gonçalves, que nesta semana serviu as últimas unidades de ostras gratinadas do estoque. O pai dele, Dario Hudson, 55, pioneiro da maricultura no Ribeirão da Ilha, retira do mar 2,2 milhões de unidades por ano e, mesmo com a linha de produção parada desde 24 de maio, mantém três funcionários na manutenção das lanternas nas áreas de cultivo. Assim como a extração, a venda e o consumo de moluscos bivalves foram interditados em todo o Estado desde que análises da qualidade da água e dos animais detectaram a presença de microalgas contaminadas pela toxina diarreica DST. Trata-se do mais longo e abrangente período de maré vermelha no litoral catarinense, entressafra forçada que para os produtores traz dívidas e incertezas. Nelson Silveira Júnior, 55, um dos sócios da fazenda marinha Atlântico Sul, fala até em “falência” e “colapso”. Em crise, a empresa começa a demitir ou, em alguns casos, reduzir a jornada de trabalhos de quem fica. “Estou preocupado até com a próxima conta de luz”, admite Silveira, que considera ultrapassado o método de análise e a proibição do consumo de ostra. “Apenas o mexilhão está contaminado”, garante.
  Produtores reivindicam seguro ou defeso
  A adoção de seguro para cobrir perdas por fatores climáticos, como ocorre na agricultura, ou defeso para o período de entressafra da maré vermelha, são propostas que a Cooperativa dos Maricultores de Florianópolis deve levar às secretarias municipal e estadual de Agricultura e Pesca. Segundo o presidente David Carridone, 33 anos, é incalculável a perda no setor nestes 22 dias de interdição. “Perdemos o feriadão de Corpus Christi, quando a cidade estava cheia de turistas, e o Dia dos Namorados, data que só perde para a virada de ano e Dia das Mães”, diz. Sem vender o que produz, ele e colegas de cooperativa mantêm enquanto podem os funcionários entretidos na manutenção de lanternas e cabos e preparação das ostras em cultivo para retomarem vendas no fim da maré vermelha. Em três notas técnicas publicadas no site oficial, a Cidasc (Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina) mantém a proibição de retirada, venda e consumo de ostras, vieiras, mexilhões nos 800 pontos de cultivo da costa catarinense. Também está proibida a extração de mariscos de costões e de berbigões dos criadouros naturais das baías.
  Correntes das Malvinas trazem toxinas
  As causas da floração de algas nocivas na costa catarinense ainda não estão determinadas. Segundo o pesquisador da Epagri João Guzenski, há vários fatores que atuam em conjunto para que ocorra a concentração suficiente para que contaminem moluscos e, consequentemente, quem os consome. Entre as possibilidades, Guzenski aponta correntes marinhas das Malvinas, ricas em nutrientes, com grande concentração de algas. “Trata-se de fenômeno temporário”, garante. A corrente oceânica das Malvinas, de águas frias, banha as costas da Argentina, do Uruguai e o litoral Sul e Sudeste do Brasil durante outono e inverno. “Quando se aproxima da costa, favorece a pesca da tainha, e também influencia no clima na região”, explica. O fenômeno atual, de acordo com o pesquisador, é atípico, com grande concentração de algas visível a olho nu e capaz de mudar a cor da água do mar nas regiões costeiras. “Passa a ser alaranjada ou rosácea nos locais de maior incidência”, confirma. Situação semelhante ocorreu em 2008. Com baixo teor de gorduras, a ostra é fonte de ômega 3 e diversas vitaminas. Santa Catarina é o único Estado com monitoramento constante das áreas de cultivo.

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