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Clipping Diário - 15/01/2014

Publicado em 15/01/2014
Clipping Diário - 15/01/2014

“A Fatma não é tão ágil” O Ministério Público de Santa Catarina irá apurar os laudos da Fundação do Ambiente de Santa Catarina (Fatma) que liberaram a construção de um shopping em Criciúma, conforme revelado ontem pelo Diário Catarinense. O promotor Luiz Fernando Góes Ulysséa está à frente da investigação. De férias, concedeu esta entrevista na sexta-feira passada, por telefone. Ele comenta sobre o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado com o Parque Shopping de Criciúma, do Grupo Angeloni e a Partage, numa área em que havia nascente. Diz estar surpreso com as ações da Fatma que em 23 dias emitiu um de embargo e outro de desembargo.   Diário Catarinense – Havia denúncias de obras em cima de nascentes de água no Parque Shopping Criciúma? Luiz Fernando Góes Ulysséa – Chegou a informação ao MP de forma anônima por Florianópolis e instaurei inquérito civil de empreendimento onde teria se edificado, enfim, ia suprimir nascentes e cursos d'água. Foi verificado que essa área – que aliás foi desmembrada –, onde empreendimento vai se instalar não há nascente e curso d'água.Foi assinado um Termo de Ajustamento de Conduta no qual o empreendedor se compromete a observar o distanciamento que a legislação federal ambiental trata. Onde tem nascente, numa circunferência de 50 metros, não pode ter nenhum tipo de edificação e naqueles cursos d'água, que é o caso onde a largura do curso não é superior a 10 metros, tem que respeitar a preservação permanente, que são 30 metros.   DC – O que diz o TAC? Ulysséa – Eles se comprometeram a não apenas observar esse distanciamento como recuperar o que ocorreu anos atrás. Da parte do MP não vimos nenhum impedimento que pudesse haver para este empreendimento. Tanto é que posteriormente ele recebeu a Licença Ambiental Prévia e a Licença Ambiental de Instalação. Posterior a isso, chegou também a informação de que na outra área do outro shopping (das Nações), quando da terraplenagem, ocorreu o aterramento e a canalização de um curso d'água. Quando obtive essa informação, requisitei à Famcri (Fundação do Meio Ambiente de Criciúma) que se deslocasse à área. Não obstante a própria Famcri tivesse expedido a Licença Prévia e de Instalação, de fato ocorreu o aterramento ou a canalização. Para minha surpresa veio a informação que ocorreu. Foi instaurado outro procedimento para verificar a circunstância.   DC – Com relação à área nova do Parque Shopping Criciúma, chegaram mais denúncias sobre nascentes? Ulysséa – Era uma área única e muito grande e houve o desmembramento. Desde o início, a ideia era edificar onde não se encontra nascente e curso d’água. Ainda assim se comprometeram em preservar o distanciamento. Essa área é acidentada, tem declive e curso d'água. Com chuva provavelmente acumula água. Pode ter ocorrido no passado, na década de 1950, que ali o lençol freático é baixo e ali é uma área que tem umidade. Nascente não foi constatado. Tem um loteamento do lado que no passado pode ter sido aterrado algo. Os empreendedores fizeram sondagem do terreno e não ficou demonstrado.   DC – O senhor conhece o local? Ulysséa – Estive na área e como leigo e não vi essa característica de nascente e curso d’água. O que não impede depois em algum momento alguém demonstrar isso. Durante o processo de licenciamento, a Fatma acabou participando do processo e também encaminhou técnicos para essa área e não constatou nada. Te confesso que no primeiro momento embargaram não sei por que e depois liberaram. Primeiro fizeram embargo para que não desse continuidade a qualquer edificação. Ocorre que não havia qualquer edificação. Então, não dá para embargar aquilo que não foi iniciado. Segundo, eles não diziam qual área estavam embargando. Embargaram dois imóveis. Depois soube que levantaram o embargo porque não constataram nada. O que posso afirmar que existe é uma discussão comercial muito grande entre dois empreendedores que sabem que não tem condições de Criciúma – e ouvi deles isso – de ter dois shoppings desse porte. Então, é uma guerra comercial muito grande.   DC – A disputa é grande? Ulysséa – O que eu soube é que algumas lojas âncoras assinaram com um dos grupos e que, se não saísse a licença, iria haver desistência e poderiam migrar de um para o outro. Por parte do MP não temos nada a ver com a guerra comercial.   DC – A Fatma levou 23 dias para embargar e levantar o embargo. O senhor poderia formular alguma hipótese de por que isso aconteceu tão rápido? Ulysséa – Na verdade, é a primeira vez que eu vejo isso ocorrer. Me causou surpresa foi o embargo da Fatma. Porque a Fundação Municipal pode licenciar e estava fazendo. Chama a atenção, sobretudo, porque a todo momento o órgão ambiental (Fatma) menciona o número reduzido de servidores e, de repente, embarga um empreendimento que já tem processo de licenciamento no órgão municipal. Como também me chamou a atenção a forma lacônica como isso ocorreu. Essa surpresa minha foi no sentido de que 20 dias depois levanta o embargo. Não sei se fizeram estudo. Solicitei cópia do procedimento à Fatma. Deve estar chegando. Também fiquei curioso e quero saber como ocorreu todo esse procedimento, até para o MP verificar se houve algum tipo de excesso ou comportamento nada tradicional. A gente vai verificar o que ocorreu. Aí se pode, eventualmente, chegar a outra situação, como interferência política ou não. Quero saber como fundamentou o embargo e depois se levantou o embargo.   DC – Alguma suspeita do que pode ter levado a esse embargo e desembargo em pouco tempo? Ulysséa – Posso afirmar que fiquei surpreso. Normalmente a Fatma diz que tem número reduzido de técnicos, e os municípios criaram, por conta disso, fundações municipais de meio ambiente para dar vazão a licenciamentos. Causou surpresa. Agora afirmar que foi algo premeditado, ou sei lá com outras intenções, seria leviano. Na prática nunca vi isso ocorrer. Existem situações em que tenho que oficiar mais de uma vez a Fatma para que tome providência. Ela não é tão ágil para embargar empreendimento. Tenho caso concreto que demoraram a tomar essa providência. Se o embargo que ela fez foi pertinente, sem dúvida, também não dá para fazer nenhuma perícia na área para em 20 dias depois levantar o embargo. Fonte: Diário Catarinense – Reportagem Especial - 15-01   Laudos no centro da guerra dos shoppings Trâmite de documentos da Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina é questionado e aquece polêmica no Sul de SC Oque era uma disputa comercial entre dois grandes grupos catarinenses pelo mercado de shoppings do Sul do Estado se transformou numa guerra de bastidores e denúncias. Três documentos da Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma), com diferença de 23 dias entre eles, estão no centro do tiroteio. O primeiro, assinado pelo gerente de Desenvolvimento da Fatma em Criciúma, Alexandre Guimarães, pede à Fundação do Meio Ambiente de Criciúma (Famcri) que suspenda a Licença Ambiental Prévia e se abstenha de emitir a Licença Ambiental de Instalação ao empreendimento Parque Shopping Criciúma. Ele leva em conta embargo anterior feito pela Fatma, vistoria in loco dos técnicos e imagens aéreas as quais indicam a presença de nascentes e cursos de água no local onde seria erguido o empreendimento. Nele, Guimarães afirma que solicitará participação de geólogo e geógrafa para o caso. O segundo documento, assinado 19 dias depois pelo analista técnico da Fatma em gestão ambiental Ramon Meller Citadin sugere o cancelamento do embargo. Alega “inúmeras atividades dos técnicos da fundação bem como o número reduzido destes servidores” para dispensar o empreendimento da análise de geólogo e geógrafo. Quatro dias depois, a medida é encaminhada num terceiro documento assinado por Guimarães. Esses documentos têm como pano de fundo a guerra entre dois grandes empreendedores que disputam um mercado regional de cerca de 800 mil consumidores e que tem como polo principal a cidade de Criciúma, sul de SC. Um dos grupos pertence ao empresário Jaimes Almeida, da construtora Almeida Jr, que tem shoppings em outras cidades catarinenses. O outro tem à frente o Grupo Angeloni, conhecido como a maior rede de supermercados de SC e que se associou ao Partage, de São Paulo, para erguer o Parque Shopping Criciúma. O Angeloni obteve o primeiro aval para o empreendimento em dezembro de 2012 com o alvará de licença para construir o shopping dado pela prefeitura. Em outubro de 2013 obteve a Licença Ambiental Prévia da Fundação do Meio Ambiente de Criciúma (Famcri) e no último dia 13 de dezembro obteve a autorização para iniciar as obras. No dia 8 de janeiro, o Shopping das Nações da Almeida Júnior foi proibido pela Famcri de começar as obras do empreendimento e notificado a apresentar laudo geológico da área em 30 dias. Um dia antes, em 7 de janeiro, o grupo Almeida Júnior havia anunciado a construção de um shopping em Porto Alegre. Fonte: Diário Catarinense – Reportagem Especial - 15-01    Vendas 273.629 veículos foram vendidos em Santa Catarina no ano passado, segundo estatística divulgada pela Fenabrave-SC. Um aumento de 0,55% em relação a 2012, que comercializou 272.128 carros. O melhor mês de vendas foi em dezembro, com 20,56% a mais que novembro. O cenário nacional teve queda de 2,29% em 2013. Fonte: Diário Catarinense – Moacir Pereira - 15-01   Para onde vai o dinheiro do seu IPTU, por Bruno Timmermans Neves* Início de ano é o período de pagar o Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbano (IPTU), mas você conhece de fato este imposto? Ao contrário do conhecimento popular, o IPTU não é destinado à manutenção das ruas, calçadas ou outros serviços ligados à propriedade de um imóvel. Ele possui uma função fiscal, isto é, tem como objetivo a arrecadação financeira. É através dos impostos que os governos na esfera federal, estadual e municipal obtêm dinheiro para os cofres públicos. A grosso modo, a pessoa física ou jurídica que possuir um imóvel em zona urbana de município deve pagar o IPTU. O que ocasiona essa obrigação é a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel. Cabe ao município determinar por lei os valores a serem pagos de imposto, como também, quem fica com tudo o que for arrecadado à título de pagamento do IPTU e neste caso o dinheiro não precisa ser aplicado em melhorias para este. Este imposto é calculado em conformidade com o valor venal do imóvel, cuja apuração pode ser realizada pela prefeitura segundo características da área urbana, em função de elementos como preços correntes das transações e das ofertas à venda no mercado imobiliário e custos de produção. Este procedimento é finalizado com uma Planta Genérica de Valores, parâmetro para efeito de consideração do valor venal por representar elementos do mercado imobiliário. Trata-se de uma base calculada referente à regulação para possibilitar a apuração de valores específicos dos imóveis. Não é permitido ao município adotar como base de cálculo do imposto a superfície do imóvel ou status econômico do proprietário. O locatário ou o arrendante não são contribuintes do IPTU, podendo, no entanto, efetuar o pagamento do débito tributário. Ao contrário do conhecimento popular, o imposto não é para a manutenção das ruas, calçadas ou outros serviços ligados à propriedade de um imóvel. Fonte: Diário Catarinense – Artigo - 15-01   Órgão esclarece dúvidas do IPTU Representantes da Secretaria da Fazenda de Florianópolis respondem às perguntas de leitores sobre os reajustes do imposto A simulação do valor do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) pegou muitos contribuintes de Florianópolis de surpresa.Disponível desde segunda-feira no site da prefeitura, quem optou por fazer o cálculo pode conferir resultados além do esperado, com reajustes que ultrapassam 100%. Para esclarecer as dúvidas sobre o tema, o DC encaminhou aos representantes da Secretaria Municipal da Fazenda – o secretário André Rezende e o diretor de Tributos Imobiliários do órgão Alexandre Wolniewicz – as perguntas dos leitores. De acordo com eles, os dados finais (até então apurados, pois eles podem ser contestados pelos contribuintes) partem de um valor de cerca de R$ 700 por metro quadrado, limite estabelecido para não onerar a população. Confira no quadro ao lado como agir em caso de discordância nos valores, as siglas da simulação e como funciona o cálculo do imposto.   Tira-teima O aumento informado sobre o imposto residencial foi de 25%. Mas há relatos de valores bem acima de 30%. Como explicar esse desencontro de informação? O valor é calculado de acordo com as características de cada imóvel. Segundo a secretaria, os 25% são uma média do valor atribuído ao aumento do IPTU. Em Florianópolis, explica o secretário, 53 mil contribuintes estão inscritos no IPTU Social e 21 mil terão redução no valor do imposto, o que totaliza quase 48% da população nesse contexto. O que fazer caso discorde do valor? As reclamações podem ser encaminhadas às unidades do Pró-Cidadão. Depois de publicado o edital de lançamento, o contribuinte tem 30 dias para encaminhar a reclamação para aproveitar o desconto de 20% da parcela única, concedido até o dia 10 de março. Para fazer a reclamação, no entanto, será necessário provar que o imóvel vale menos do que a prefeitura afirma. O que é necessário para contestar o valor informado pela prefeitura? O contribuinte deverá encaminhar à Secretaria Municipal da Fazenda um laudo técnico emitido por especialista, além da documentação do imóvel – amparada por fotografias internas e externas do local – e a descrição do terreno, já que as características do imóvel são importantes no momento de definir o valor do imposto a ser pago. A partir dessas informações, o cálculo poderá ser mantido ou alterado. Em raríssimos casos, de acordo com o órgão, o valor será menor do que o apontado pela prefeitura.   Quem serão os responsáveis pela análise dos documentos? As reclamações encaminhadas pelos contribuintes serão analisadas por funcionários da prefeitura, especialistas em análise cadastral. A secretaria afirma que o retorno ocorrerá a tempo de aderir ao desconto da parcela única.   Há outras formas de parcelamento, já que o aumento deve impactar no orçamento dos contribuintes? O parcelamento continuará como em anos anteriores, em 12 meses. De acordo com a Secretaria da Fazenda, 48% dos contribuintes em Florianópolis se encaixam no imposto social ou já possuem descontos.   Qual o prazo para a entrega dos carnês aos contribuintes? Até o dia 21 de fevereiro.   Em que se baseou o cálculo do imposto? O cálculo do imposto teve como base um estudo técnico iniciado em 2009 por uma empresa especializada. A partir daí, foi definida a base para nova planta de valores. Para o estudo, foram realizadas pesquisas com imobiliárias e contribuintes. Em alguns casos, o imposto do imóvel vizinho é maior. Por que existe essa diferença? As características dos imóveis podem variar, e cada uma delas impacta no valor final do imposto, como por exemplo a distância do imóvel da via principal, o tipo de construção sobre o local, se o terreno é de esquina ou se é de alto padrão. Uma série de questões vão auxiliar na definição do valor do imposto, quanto valem os imóveis da região, o bairro, a rua, o valor predial. Fonte: Diário Catarinense – Economia - 15-01   Vendas a prazo terão menor crescimento O modelo de incentivo ao consumo está perdendo fôlego no país e, por isso, a expectativa é de que as vendas a prazo crescerão menos neste ano: 4% (descontada a inflação). Para o presidente da Câmara Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), o catarinense Roque Pellizzaro Junior, o cenário macroeconômico foi muito favorável para o comércio até 2012. As medidas adotadas pelo governo para estimular o mercado interno frente à crise econômica global foram bem-sucedidas, mas o ciclo de crescimento do varejo em patamares chineses ficou para trás e agora a projeção de crescimento é mais modesta. Caso o ritmo de desaceleração da economia brasileira continue neste ano e o governo tenha dificuldades para domar a inflação, a taxa de desemprego corre o risco sofrer um leve aumento e conseqüentemente afetar o consumo, alerta a economista Luiza Rodrigues. Quanto à realização da Copa do Mundo no Brasil, Pellizzaro Junior acredita que nem todos os setores sairão lucrando de maneira igual. O comércio de alimentos, bebidas, supermercado e produtos eletrônicos devem ter um impacto mais positivo do que os de vestuários e calçados, por exemplo, que vendem a prazo. – A experiência da Copa das Confederações mostrou que as cidades que receberam jogos decretaram ponto facultativo e o comércio fechou as portas mais cedo. O mesmo padrão pode se repetir este ano – diz Pellizzaro Junior. Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti - 15-01   “Essa foi a pior temporada em abastecimento de água” Ao classificar a temporada como a pior da história de Florianópolis devido aos problemas causados pela falta de água entre o Natal e o Ano-Novo, o prefeito Cesar Souza Junior (PSD) responsabiliza a Casan pelos prejuízos e cobra providências a curto prazo. Nesta entrevista, o prefeito ainda fala em planejamento para novos investimentos e garante que novas multas podem ser aplicadas pela Agesan se a Casan não tirar do papel o Plano de Emergência traçado em dezembro. Confira, a seguir, os principais trechos da entrevista.   Diário Catarinense – O senhor já leu o relatório da Agesan? Cesar Souza Junior – Concluí. E posso dizer que realmente tivemos a situação mais severa da história do verão em Florianópolis. Quem tem competência técnica para dizer isso é a Agesan e, avaliando o relatório deles, nós podemos comprovar que tivemos uma falha considerável no Plano de Emergência da Casan.   DC – Faltou infraestrutura para a Casan? Cesar Junior – Faltou atender os requisitos do Plano de Emergência. Sobretudo na questão dos geradores, tanto na água como na questão do tratamento do esgoto, que deveriam estar em operação e não estavam. E também com relação ao número de caminhões-pipa, que foram insuficientes para garantir o básico à população. Por conta disso, estamos encaminhando um documento à Casan solicitando que, em sete dias, seja implementado todo o sistema alternativo de energia com geradores para o tratamento de água potável e de esgoto sanitário. E, também em sete dias, tem que ser disponibilizado um sistema alternativo de fornecimento de água via caminhão-pipa, que garanta ao menos as necessidades básicas da população.   DC – Mas isso já não estava previsto no planejamento? Cesar Junior – Estava previsto no planejamento da Casan e não foi cumprido. Nós estamos aqui reiterando para que em uma semana seja colocado à disposição da população.   DC – Mas o que leva o senhor a crer que agora a Casan vai cumprir com o planejamento? Cesar Junior – Cabe a mim, como concedente, reiterar que cumpram, sob a pena de novas penalizações contratuais. Já emitimos multa de R$ 300 mil e estamos reiterando os termos do próprio Plano de Emergência da Casan, que deveria ter sido observado e infelizmente não foi.   DC – Essas medidas estavam nos planejamentos da prefeitura e da estatal. Cesar Junior – Exatamente. Em agosto nos reunimos com a Casan.A Secretaria de Turismo comunicou que certamente seria uma virada de ano com um grande número de turistas. Em dezembro a Casan nos apresentou esse Plano de Emergência. E houve falhas em dois pontos: nos geradores e nos caminhões-pipa. Agora estamos dando sete dias para que a situação seja normalizada. Vamos novamente fiscalizar com a Agesan e, se isso não ocorrer, vamos usar o instrumento que nos cabe, previsto no contrato que a gente tem, novamente multando a empresa.   DC – Quando a Casan será informada dos prazos e exigências? Cesar Junior – Hoje (ontem) mesmo, está sobre a minha mesa, só falta assinar. São três itens. O primeiro, que tem de ser cumprido em até sete dias, trata da questão dos geradores e caminhões-pipa, reiterando o que já deveria ter acontecido. Outro exige em até 30 dias a apresentação de um plano de ampliação que garanta mais reserva de água já em dezembro de 2014, pensando já na próxima temporada. É necessário que se amplie a capacidade e a produção de água potável no Norte da Ilha.   DC – Por que a Casan não fez isso ainda? Cesar Junior – Na verdade, a Casan nos transmitiu, em dezembro, que para a temporada estava tudo OK. Mas agora ficou muito claro que não estava nada OK. Na verdade, nos tranquilizaram em agosto. Nos disseram que seria uma temporada melhor. E pelo contrário: essa foi a pior temporada da história em termos de abastecimento de água.   DC – O senhor falou que a Casan pode voltar a ser multada... Cesar Junior – Pode, o valor da multa pode ultrapassar até R$ 1 milhão, há uma graduação até a penalidade máxima, que seria a última, que é o rompimento do contrato. Lembrando que a Casan fornece água para Florianópolis desde 1971. E nós tivemos, em junho de 2012, seis meses antes de eu assumir, a renovação desse contrato por mais 20 anos. A multa contratual pelo rompimento é de R$ 1 bilhão. Então, não é tão simples romper esse contrato. Algo dessa magnitude tem que ser muito bem estudado sob o ponto de vista legal, é uma multa bastante pesada.   DC – Mas existe a possibilidade de se rever ou até mesmo de romper esse contrato? Cesar Junior – Minha responsabilidade principal não é com a Casan, é com o município de Florianópolis. Temos um contrato de 20 anos, mas em dezembro reafirmamos com a Casan todos os comprometimentos de prazos e de metas, tanto em saneamento como em fornecimento de água. E nós vamos acompanhar durante o ano esse desempenho. Se esse desempenho for aquém do esperado, essa medida pode sim ser tomada. Florianópolis hoje representa 40% do faturamento bruto da Casan. Agora, o meu compromisso não é com a saúde financeira da Casan, meu compromisso é com a cidade. É claro que trocar um fornecedor de água e esgoto não é como trocar um fornecedor de sabão em pó. Tem que haver muita responsabilidade nisso, mas te asseguro que em 2014 a cobrança será muito firme da prefeitura pelo cumprimento das metas.   DC – Municipalizar é uma alternativa? Cesar Junior – Nesse momento temos um contrato de 20 anos em andamento. Nós vamos avaliar durante o ano com muito critério. A municipalização, por si só, não é garantia nenhuma de melhorias. Houve municipalizações muito ruins, está aí o exemplo de Palhoça, onde não se conseguiu avançar. Há problemas sérios em Itapema. A municipalização, pura e simples, não garante solução. Mas se o modelo atual se revelar insuficiente para atender a cidade, a gente pode sim avaliar outros modelos, como a municipalização.   DC – Qual é o planejamento para o Carnaval? Cesar Junior – Nós estamos exigindo que a Casan prepare os geradores e os caminhões-pipa. Não dá para fazer nenhuma obra até lá. Então, realmente nos preocupa muito a situação e nós queremos até ser avisados com antecedência (dos problemas), o que não aconteceu da outra vez. É importante saber para poder avisar a população. É outro ponto em que temos de avançar. Temos que admitir que neste momento, água, num período de hiper-concentração turística, é um bem escasso no Norte da Ilha. Temos que trabalhar com essa realidade e também nos adaptar e evitar desperdícios. Logicamente que a culpa não é do turista nem da população. Não estou transferindo responsabilidades. Mas, num momento de crise, cabe a todos nós fazer a nossa parte. E se a Casan nos informar que podem haver novos problemas, temos que fazer um esforço, tanto da Casan, de propiciar geradores e caminhões-pipa, como da população, de poupar o máximo possível durante esses períodos.   DC – Dá para garantir que não vai faltar água no Carnaval? Cesar Junior – Em dezembro, tive a garantia de que teríamos uma temporada tranquila, o que não aconteceu. Confesso que estou muito preocupado e trabalhando, exigindo da Casan que tome todas as medidas para, caso isso aconteça, a gente tenha condições ao menos de minimizar o problema.   DC – E com relação ao turismo: é possível reverter essa má impressão de Florianópolis? Cesar Junior – A única maneira de reverter a má impressão é resolver o problema. Nenhuma publicidade que a gente faça vai reverter essa situação extremamente desagradável. Eu não me preocupo apenas com o turista, apesar de Florianópolis ser uma cidade turística e precisar do turista. Mas e a população do Norte, dos Ingleses, de Canasvieiras, da Cachoeira, gente que estava trabalhando e não teve água para as necessidades básicas. A única maneira de a gente minorar esse arranhão na imagem, que inevitavelmente a gente teve, é trabalhar para que o ano que vem isso não ocorra outra vez.   DC – Durante a falta de água, surgiram várias ideias, como limitar o número de turistas na Ilha, cobrar pedágio e até mesmo taxa de visitação para alguns pontos turísticos. São sugestões viáveis, na sua avaliação? Cesar Junior – Na minha avaliação, nós precisamos fazer as obras, garantir água à população em todos os momentos. Essa é uma cidade turística. Nenhuma cidade no mundo pratica restrição ao turismo: Paris, Londres, Nova Iorque... O turismo é algo tão rentável que as cidades se preparam para receber todo o tipo de público.   DC – Mas também há exemplos de cobrança de taxas. Cesar Junior – Sou frontalmente contrário a desestímulos para a vinda do turista. Seria uma medida antipática e inconstitucional (instalar pedágios). Eu penso que a gente pode avançar, e quero discutir isso, é na questão das locações. Todo o setor hoteleiro lotado, não gera falta de água, a gente atende bem. O problema é um apartamento onde cabem quatro pessoas ter 20 pessoas. É necessário melhorar essa situação. Agora o que a gente tem que fazer mesmo são as obras para ampliar a capacidade e atender bem o turista. E não é só o turismo que me preocupa. O Norte da Ilha é a região da cidade que mais vai crescer, segundo o novo Plano Diretor. Há duas obras fundamentais: a interligação do sistema Costa-Norte ao sistema integrado de Florianópolis. A outra questão, e essa sim é uma obra de R$ 90 milhões e que tem de ser feita, é a captação no Rio Tijucas, fazendo a água chegar ao Norte da Ilha e também a região de Porto Belo, Bombinhas, Celso Ramos, que também sofreram com a falta de água.   DC – Mas há esse dinheiro? Cesar Junior – Para saneamento hoje no país tem muito recurso. O governo federal investe muito nessa área. Então, o que estamos pedindo à Casan é que, num prazo de 60 dias, nos apresente prazos e projetos. Estou disposto a correr, ir atrás para buscar recursos, ir a Brasília. O que não da é para a gente se conformar com isso. Temos que agir na melhoria da infraestrutura e não na restrição da vinda do turista.   DC – O senhor tirou férias agora, logo depois do Ano Novo. Como o senhor acompanhou as notícias sobre a falta de água? Cesar Junior – Estive fora, mas acompanhei as notícias diariamente, o vice-prefeito esteve muito presente e me municiou com todo tipo de informação. Na verdade, em dezembro fui tranquilizado pela Casan, que me disse que teríamos um janeiro tranquilo, o que não aconteceu. Acompanhei tudo, diariamente, com muita angústia. Abria sites para ver as notícias do Brasil e estava lá a gente em destaque e de maneira tão negativa! E foram apenas cinco dias úteis fora...   DC – Foi a primeira vez que o senhor tirou férias como prefeito. E tivemos todos esses problemas. Considerando essa experiência, o senhor vai repensar a data das próximas férias? Cesar Junior – Eu trabalhei durante o ano inteiro, todos os sábados com a Prefeitura no Bairro e quase todos os domingos. Fiquei apenas cinco dias úteis fora (da cidade). Agora, esse fato da falta de água, vai realmente me fazer repensar muito.   DC – É que esse período acabou sendo complicado. Cesar Junior – Mas também não havia nada que a minha presença física aqui fosse resolver. Tenho uma bela equipe e que trabalhou muito...   DC – Mas agora o senhor vai rever as férias no próximo ano? Cesar Junior – Em janeiro, não saio mais, pode apostar.   A Casan nos transmitiu, em dezembro, que para a temporada estava tudo OK. Mas agora ficou claro que não estava nada OK.   Medidas exigidas   A prestação dos serviços de água e esgoto em Florianópolis pela Casan ocorre desde o início da década de 1970, tendo sido renovada, através de concessão, em julho de 2012, pelo prazo de 20 anos. Tal contrato vincula a empresa a metas de desempenho e ações previstas no Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico (PMISB), além de estabelecer penalidades, dentre as quais multa. A prefeitura de Florianópolis, através da Secretaria de Habitação e Saneamento Ambiental, determinou – para evitar que o município sofra com o desabastecimento de água no feriadão do Carnaval – que a Casan adote as seguintes medidas: Em até 7 dias, o atendimento operacional do previsto no Plano de Emergência apresentado pela Casan ao município em dezembro de 2013, garantindo: 1 Sistema alternativo de energia (geradores) para fornecimento de água potável e tratamento de esgoto sanitário; 2 Sistema alternativo de fornecimento de água potável (caminhões-pipa), em número suficiente para suprir a demanda de eventual interrupção do serviço.   Em até 30 dias, a elaboração de Planos de Ampliação: 1 Aumentar a capacidade de armazenamento de água no Sistema Costa Norte (SCN), com viabilidade operacional até dezembro de 2014; 2 Ampliar a capacidade de produção de água potável no SCN, com viabilidade operacional até dezembro de 2014.   Em até 60 dias, providenciar a aprovação junto ao Grupo Técnico Executivo (GTE) do calendário de ações estruturantes para ampliação do fornecimento de água no SCN, avaliando as seguintes alternativas: 1 Interligação do Sistema Integrado de Florianópolis (SIF) ao SCN; 2 Captação e tratamento alternativo de água do Rio Tijucas, com futura interligação aos sistemas SCN e SIF. Fonte: Diário Catarinense – Geral - 15-01   Rolezinho em Florianópolis é convocado em rede social Alunos e ex-alunos da UFSC e da Udesc criam encontro para discutir sobre o movimento que teve origem em São Paulo Florianópolis vai ganhar sua versão do rolezinho – encontro marcado pela internet por adolescentes e que tem causado polêmica no país. Esses encontros de jovens, normalmente de periferia, querendo se divertir, namorar no shopping começou em São Paulo. A diversão resultou em decisão judicial permitindo triagem de clientes em seis shoppings da capital paulista devido a tumultos. Essa reação tem sido chamada de Apartheid de shopping nas redes sociais. Grupos de diversas cidades têm organizado rolezinhos em apoio aos jovens de São Paulo. O rolezinho local está marcado para o próximo dia 26 no Shopping Iguatemi. Até as 19h24min de ontem, 189 pessoas confirmaram presença e 44 responderam que talvez participem, na página do Facebook, Rolezinho Iguatemi. A ideia surgiu na segunda-feira, no grupo de Facebook da UFSC com alunos e ex-alunos da universidade e também da Udesc. – Sou contra roubos e violência que eventualmente ocorrem nesses movimentos e a favor do pessoal da favela se reunir e aproveitar os mesmos espaços de qualquer grupo de classe média e alta – disse o idealizador do Rolezinho Iguatemi, que não quis ser identificado.   Lojistas de SP planejam processar pais de jovens O presidente da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping, Nabil Sahyoun, disse que o rolezinho é um movimento de jovens que incentiva um constrangimento dentro de estabelecimentos privados. – Estivemos com o secretário de Segurança de São Paulo e estamos monitorando estas ações. Vamos abrir uma ação judicial contra os pais de quem for identificado, caso sejam chamados à delegacia, prestem depoimento e não tomem nenhuma atitude com relação à proibição de seus filhos organizarem este tipo de ação – argumentou Sahyoun. O presidente da associação disse que a repressão da Polícia Militar (PM) serve para evitar a desordem.   Como surgiram Estes encontros nos shoppings de São Paulo começaram no final de 2013, reunindo centenas de jovens da periferia. Entre os primeiros rolezinhos, estavam atos organizados por cantores de funk em resposta à aprovação pela Câmara de Vereadores de São Paulo de um projeto de lei que proibia bailes do estilo musical nas ruas da capital paulista. A proposta foi vetada pelo prefeito Fernando Haddad. No início de dezembro, os comerciantes do Shopping Aricanduva, na Zona Leste, tiveram de baixar as portas durante um tumulto seguido de diversas tentativas de roubo às lojas durante o rolê, conforme o Sindilojas-SP. Em 7 de dezembro, cerca de 6 mil jovens haviam ocupado o estacionamento do Shopping Metrô Itaquera, que atrai gente de todas as regiões da cidade devido ao fácil acesso, e também foram reprimidos. Cantando refrões de funk ostentação, dezenas de jovens entraram no Shopping Internacional de Guarulhos, no dia 14 de dezembro. Ao todo, 23 foram levados à delegacia. No dia 22, no Shopping Interlagos, de classe média, os manifestantes foram revistados assim que chegaram ao local e um forte esquema policial foi montado. Um dia antes, a polícia foi chamada pela administração do Shopping Campo Limpo e não constatou nenhum tumulto, mas permaneceu no estacionamento para inibir e também entrou no shopping com bombas de gás. Quatro estabelecimentos, incluindo o shopping JK Iguatemi, – considerado um dos mais luxuosos da cidade – conseguiram no final da semana passada uma liminar na Justiça proibindo as manifestações. No último sábado, a PM de SP usou bombas de gás lacrimogêneo e efeito moral, além de balas de borracha contra um grupo de aproximadamente mil pessoas que se reuniram para um rolezinho no Shopping Itaquera. Fonte: Diário Catarinense – Geral - 15-01   Vendas em SC sobem em 2013 Mesmo com avanço tímido, de 0,55%, desempenho é melhor do que o nacional, onde queda foi de 2,29% Concessionárias de Santa Catarina registraram crescimento nas vendas de veículos em 2013. O avanço foi pequeno, de 0,55%, mas o desempenho é melhor do que o contabilizado pelo País, onde a queda foi de 2,29%. Os números são da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores em Santa Catarina (Fenabrave-SC). Ao longo de 2013, foram comercializadas 273.629 unidades no Estado. O Vale do Itajaí foi o campeão de vendas. No ano passado, 69.614 novos veículos começaram a circular na região. Em seguida, aparece a Grande Florianópolis (55.973). O Norte aparece apenas na quarta posição, com 4.561 veículos vendidos. A frota catarinense já soma 4.184.345 unidades. O resultado geral foi influenciado pelo bom desempenho de dezembro. Apenas o segmento de automóveis teve crescimento de 20,56% na comparação com novembro. Para a Fenabrave-SC, isso é um reflexo do fim do IPI reduzido, que fez clientes correrem às lojas para aproveitar últimos modelos com o desconto. Fonte: A Notícia – Economia – 15-01   Ordem... O prefeito em exercício de São José, José Natal Pereira, assinou decreto regulamentando o comércio eventual na cidade. A medida cria critérios para o funcionamento de feiras itinerantes, como a chamada Feira do Brás, que virou uma praga. De acordo com a legislação, este tipo de evento pode ser prejudicial para a atividade econômica do município.   ... na casa A partir de agora, as feiras estão proibidas de acontecer antes ou depois de 45 dias de qualquer data festiva, além de terem que se enquadrar em exigências para licenciamento na Prefeitura, no Corpo de Bombeiros e na Polícia Civil. Em outros municípios os organizadores conseguem se estabelecer com a conivência das autoridades.   “Taquarada” A repercussão da consulta aos índices de reajuste do IPTU em Florianópolis não é das mais barulhentas. Imaginava-se, inclusive este colunista, que haveria uma reação muito mais contundente. Há descontentes, mas há também os que festejam a redução dos valores, por causa da localização dos imóveis. Entre as queixas mais comuns, no caso de aumento, a chamada “taquarada”, ou seja, de uma vez só, sem parcelamento.   Direitinho É sempre bom lembrar que todos os insatisfeitos com os novos índices do IPTU da Capital podem recorrer ao Pró-Cidadão e expressar seu inconformismo, pedindo a revisão dos cálculos. Em outras palavras, e até prova em contrário, a prefeitura fez tudo direitinho, justamente para evitar uma enxurrada de críticas ou ações judiciais. Fonte: Notícias do Dia – Damião – 15-01   Biguaçu dá posse a empresários Novas diretorias da Acibig e da CDL do município assumem na noite desta quarta-feira (15) para um mandato de dois anos A Acibig (Associação Empresarial e Cultural de Biguaçu) e a CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) do município empossam suas novas diretorias na noite de hoje, às 20h, no Petry Premium Lounge. Nas duas entidades, que atuam em conjunto e contam com aproximadamente 500 associados, a nova diretoria terá uma gestão de dois anos, encerrando o mandato no início de 2016. Na Acibig, a nova presidente é Sandra Molinaro, que há dois anos assumiu a diretoria de Marketing e Eventos, integrando a chapa comandada por Valério Silva. No final de seu mandato, Valério disputou a reeleição, mas foi derrotado. Sandra terá Robson Rodrigo de Carvalho como vice-presidente.   Na CDL, quem assume a presidência na noite de hoje é Luís Renato Petry, que concorreu pela primeira vez ao cargo. Ele é o sucessor de Marco Aurélio Dias, que teve um mandato de quatro anos. Como houve mudança do estatuto da entidade, a partir de agora cada diretoria terá um mandato de dois anos, com a possibilidade de reeleição. Fonte: Notícias do Dia – Região – 15-01   Inadimplência no varejo pode subir em 2014, diz CNDL A inadimplência no varejo aumentou em 2013 mais do que os lojistas esperavam e a previsão do setor é que a situação se agrave este ano. O crescimento no ano passado foi de 2,33%, superior aos 2% que projetavam a Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) e o SPC Brasil, responsáveis pelos dados. Apesar de o número de inadimplentes ter subido, o movimento de alta perdeu fôlego na comparação com 2012, quando o crescimento foi de 12,18%. Essa desaceleração é explicada, segundo o SPC Brasil, por juros mais altos e maior rigor dos bancos na hora de conceder empréstimos. Ou seja, na avaliação da CNDL há um número menor de pessoas contraindo novas dívidas. "A queda na inadimplência foi gerada porque menos pessoas tomaram empréstimo. Crédito fácil não existe mais, porque as taxas estão mais altas e os bancos, mais restritivos", afirmou a economista da entidade, Luiza Rodrigues. Para 2014, a expectativa da CNDL é que a inadimplência no setor fique, no mínimo, igual à de 2013, mas "com viés de alta". A justificativa é que, pela primeira vez em vários anos, a perspectiva é de uma inversão no "panorama positivo" do mercado de trabalho. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou em dezembro que o financiamento para o consumo está escasso no País, quando declarou que a economia brasileira cresce com duas pernas mancas. O Banco Central, também no mês passado, apontou que espera diminuição no crescimento do crédito no País em 2014. De acordo com cálculos apresentados pelo BC, a projeção de expansão para este ano ficou em 13%, menor do que os 14% aguardados para o ano de 2013.   Compras Mesmo com o impulso da Copa do Mundo, as vendas a prazo no varejo devem encerrar 2014 com crescimento menos favorável do que em 2013. No ano passado, o aumento foi de 4,12%, abaixo dos 4,5% esperados pela CNDL. Para este ano, a expectativa é que a alta chegue, no máximo, a 4%. Segundo Luiza Rodrigues, a massa salarial continuará crescendo a baixa velocidade ao longo de 2014. Ela disse, ainda, que o cenário econômico "é ligeiramente adverso para o comércio", devido à inflação alta e das taxas de juros elevadas. "Com menos vagas de trabalho sendo criadas e com inflação comendo salários, o poder de compra é limitado." A diferença entre o resultado de 2013 e a projeção da entidade para as vendas no varejo, segundo ela, se deve ao movimento do emprego. "O mercado de trabalho está menos aquecido do que a gente esperava", justificou.   Futebol A Copa do Mundo terá impactos diferentes nos setores do varejo, de acordo com a economista. Um dos grandes beneficiados pelo evento será o comércio de bebidas e alimentos, que não ocorrem por meio de vendas a prazo. A compra de televisões já cresceu, segundo a CNDL, mas ainda tem grande fôlego para este ano. Luiza explica que, se não houvesse o impulso do evento, o crescimento das vendas no varejo poderia ser ainda menor. "Poucas contratações, taxas de juros elevadas e inflação alta são desestimulantes para o comércio." A economista afirmou que é esperada uma queda na venda de carros neste ano devido à recomposição da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Para os eletrodomésticos da chamada linha branca, que também teve o tributo recomposto, a expectativa é de estabilidade nas vendas. Em relação à taxa básica de juros, a Selic, a CNDL espera um aumento de 10% para 10,25% na primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), cujo resultado será divulgado hoje. Depois desse crescimento, a entidade espera que a taxa se mantenha em 10,25% no restante do ano.  Fonte: O Estado de São Paulo – 15-01   Para Banco Mundial, Brasil deve crescer 2,4% este ano O Brasil deve ter uma das menores taxas de crescimento este ano entre os países emergentes, prevê o Banco Mundial. O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve se expandir 2,4%, maior apenas que as taxas previstas para o Irã e o Egito, respectivamente de 1% e 2,2%, de acordo com números citados no relatório "Perspectiva Econômica Global 2014", divulgado nesta terça-feira, 14, em Washington. O Brasil deve também crescer menos que a economia global, com expansão prevista de 3,2% em 2014, e que os países em desenvolvimento (média de 5,3%), prevê o Banco Mundial. A instituição, porém, está mais otimista com o País que economistas brasileiros. O mercado financeiro, de acordo com o Relatório Focus, do Banco Central, espera crescimento de 1,99% este ano. O Banco Mundial vê a economia brasileira se recuperando nos próximos dois anos, puxada pela expansão das exportações e investimentos públicos para a Copa do Mundo e a Olimpíada. Em 2015, segundo a instituição, o PIB deve crescer 2,7%. Apesar da melhora, ainda deve ficar abaixo da média mundial. As projeções dos economistas do banco apontam para uma expansão de 3,4% para a economia global e de 5,5% para os emergentes no ano que vem. Em 2016, o PIB brasileiro deve avançar 3,7%, voltando depois de alguns anos a ficar acima da média da economia global, de 3,5%, mas ainda abaixo dos emergentes, com 5,7%.   Contas públicas Ainda no documento, o Banco Mundial divulga projeções para o balanço da conta corrente em relação ao PIB, que deve piorar este ano no Brasil na comparação a 2013, para em seguida melhorar. O indicador deve ficar negativo em 3,7% em 2014, ante 3,6% em 2013. Em 2016, deve ficar negativo em 3,2%, prevê o relatório. São os países com pior situação nas contas externas os mais sujeitos a reações adversas às mudanças na política monetária dos Estados Unidos, destaca o documento. O relatório avalia que o crescimento dos emergentes voltou a melhorar na segunda metade de 2013, depois de um fraco início de ano. Mas o documento aponta que essa recuperação tem sido desigual, com países como o Brasil mostrando contração no PIB no terceiro trimestre do ano passado, enquanto outros países como Tailândia, China, México e Malásia aceleravam suas taxas de expansão da economia. Boa parte do relatório é dedicada a avaliar os impactos na economia global da mudança na política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos). O Banco Mundial chama atenção para o fato de que os investidores estão fazendo uma maior diferenciação entre os emergentes, ao contrário de outros momentos. Assim, países com números piores, por exemplo, nas contas externas, como Brasil, África do Sul, Indonésia e Índia, foram mais afetados desde maio, quando o Fed sinalizou pela primeira vez que poderia mudar sua política.   Capital externo Agora que o Fed vai efetivamente começar a reduzir as compras mensais de ativos, o Banco Mundial alerta que os países emergentes precisam ficar vigilantes e prontos para responder a pressões no mercado financeiro. O documento também recomenda que esses países façam, para lidar com esse novo cenário, reformas estruturais e reforcem mecanismos de proteção. No caso da América Latina, a previsão do Banco Mundial é de que a região receba menos capital externo este ano, com US$ 278 bilhões, considerando os fluxos líquidos de capital privado. Em 2013, foram US$ 290 bilhões. Para 2015, a previsão é de recuperação, com US$ 295 bilhões. Ainda sobre o Brasil, o relatório comenta a piora das contas públicas do País e cita a estratégia do governo de usar os bancos públicos para estimular o mercado de crédito. A estratégia, diz o documento, pode contribuir para aumentar a vulnerabilidade do País. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.  Fonte: O Estado de São Paulo – 15-01   Contra inflação, consumidor retoma 'compra de mês' em supermercado Depois de sentir no bolso a escalada da inflação nas compras do supermercado ao longo de 2013, o consumidor começa a adotar estratégias para compensar o aumento dos preços e evitar novas surpresas neste ano. A terapeuta Maria Elisa Gothardi Soares, 71, tem apostado em compras uma vez por mês para tentar reduzir o impacto das altas em seu orçamento doméstico. "Quando acaba algum item, eu até apelo para o mercadinho do bairro, mas tento agora comprar tudo de uma vez", afirma.   A terapeuta Maria Elisa Gothardi Soares, 71, e o aposentado Nelson Soares, 74, reduziram a quantidade de produtos Outra tática da terapeuta é comprar alguns itens em atacadistas, que geralmente cobram mais barato pelo volume de produtos iguais adquiridos pelos clientes. De olho nos preços, ela também varia o cardápio quando percebe que um produto está ficando mais caro. "Se a carne está cara, vou para o peixe ou o frango", diz. A aposentada Ivanir Sonner, 66, que fazia compras semanais com o marido, também passou a ir apenas uma vez ao mês ao supermercado. "Faço agora compras mais pesadas para economizar", afirma a aposentada, que sentiu principalmente o aumento do preço dos laticínios. Além disso, Ivanir resolveu substituir algumas marcas por similares mais baratas. "Não me arrependo. Às vezes você está tão acostumada com uma marca que nem percebe que há outras melhores", diz. Ana Lúcia Pais, 51, é outra que apostou na substituição de alguns produtos. "Com a inflação, fiquei mais atenta aos preços. Troquei algumas marcas, como a do sal e do óleo de cozinha, e me surpreendi, pois a qualidade era bem próxima à dos produtos mais caros", diz a dona de casa, que vai ao supermercado semanalmente. "Assim ajusto a lista de compras de acordo com as necessidades de cada semana e evito desperdícios em casa", diz.   MENOS ITENS NO CARRINHO De setembro para cá, a representante comercial Regina Aparecida Martins Minha, 49, também viu suas compras ficarem mais caras. "Os produtos de limpeza e de higiene pessoal subiram muito em pouco tempo, mais até do que os artigos de primeira necessidade", afirma. Para não se enrolar financeiramente, Regina resolveu reduzir a quantidade de itens comprados. "Se eu comprava cinco litros de leite para durar uma semana, agora compro quatro. Mas não abro mão de marca de qualidade", afirma a representante comercial, adepta das compras mensais. Foi a mesma decisão tomada pelo aposentado Tarcísio Dorotheu Silva, 61. "Todo mês eu via um aumento de 5% no total das compras. Então decidi cortar supérfluos e estou comprando apenas coisas básicas. Estamos comprando menos para não inflacionar o orçamento", diz.   O aposentado Tarcísio Dorotheu Silva, 61, resolveu cortar supérfluos para economizar Essa tendência é confirmada por Paulo Marcos Gomes dos Santos, responsável pela área administrativa da loja do supermercado Extra em Perdizes. "Eles estão segurando mais o dinheiro, tentando economizar. Estão focando mais nos produtos essenciais", diz. Pesquisar é outra das armas dos consumidores para enfrentar a alta dos preços. A diarista Elenilda Almeida da Silva, 41, costuma checar o preço em vários supermercados antes de ir às compras. "Faço uma pesquisa para saber onde os produtos estão mais baratos. No final do mês a diferença compensa", diz.   ORIENTAÇÕES Para Celso Grisi, coordenador de projetos da FIA, entidade privada ligada à USP, a redução do número de idas ao supermercado é uma das principais estratégias contra a inflação. "Se a pessoa comprava quatro vezes ao mês, deve considerar comprar duas, uma no início e outra no meio do mês. É uma forma de tentar não ser vítima da inflação, pois os preços estão subindo rapidamente", diz. Mas vale lembrar que essa regra não vale para todos os produtos. "É preciso fazer uma compra consciente. Há produtos com data de validade bem curta. Não adianta ir ao mercado e comprar alface para o mês inteiro. Não vai dar certo", afirma o planejador financeiro Valdir Valdir Carlos Jr. Para ele, pesquisar é sempre válido, mas o consumidor deve evitar compras muito "pingadas". "Veja os preços nos supermercados, mas, antes de comprar um item em um e outro item em outro, coloque na ponta do lápis gastos com gasolina, ônibus ou táxi. Até porque ir a muitos locais consome um tempo desnecessário", diz. Além disso, a substituição de produtos mais caros por similares mais em conta também é indicada. O planejador financeiro também lembra que, embora os atacadistas geralmente ofereçam preços mais competitivos, é preciso ter espaço para estocar os produtos e saber se eles serão consumidos antes de expirar seu prazo de validade. "O momento de inflação que a gente vive não requer atitudes desesperadas. O risco de uma inflação maior sempre vai existir, mas é pouco provável que vejamos aquele cenário de inflação da década de 1980. Vejo um cenário inflacionário, mas não de superinflação", diz. Segundo Ricardo Rocha, professor de finanças do Insper, instituto de ensino e pesquisa, é interessante que cada um calcule sua própria inflação para que saiba quais itens podem ser cortados. Para isso, basta anotar todos os gastos e os da família em uma planilha ou caderno e verificar a variação de preços de cada item ao longo dos meses. Dessa forma, fica mais fácil reorganizar as finanças por meio de substituições simples de produtos e hábitos que não afetam radicalmente a rotina. Manter uma reserva de emergência na poupança ganha mais importância em época de escalada de preços. "Não são recursos para comprar algo, mas para administrar o orçamento do ano em caso de surpresas, como um conserto em casa ou um tratamento médico", diz Rocha, do Insper.  Fonte: Folha de São Paulo – 15-01   A face oculta da inflação Apesar de o BC ter desistido de trazer a inflação à meta, adotando um objetivo para lá de medíocre (alcançar um número menor do que o de 2012), e a despeito de controles de preços como havia muito não se via, aquela atingiu 5,91% em 2013, ficando pelo quarto ano consecutivo bastante acima de 4,5%. Sob a atual diretoria o desvio da inflação com relação à meta foi, em média até agora, 1,6% por ano, marca nada invejável, ainda mais num ambiente global em que o problema tem sido precisamente o oposto. Há quem ainda acredite, equivocadamente, que o problema vem dos preços dos alimentos. Estes, de fato, subiram fortemente no ano passado, quase 8,5%. Os preços dos produtos consumidos no domicílio aumentaram 7,7%, enquanto o preço da comida fora de casa se elevou ainda mais, 10%, discrepância relativamente modesta, mas reveladora. Mais importante, porém, é a diferença entre os preços dos alimentos no atacado e no varejo. De acordo com a Fundação Getulio Vargas, os preços de produtos agrícolas no atacado caíram 1,8% no ano passado, desempenho difícil de reconciliar à primeira vista com o comportamento dos preços ao consumidor. A verdade, porém, é que, em ambos os casos, as razões da discrepância são as mesmas, associadas de perto à natureza da inflação dos últimos anos. Considere a diferença entre a inflação de alimentos no domicílio e fora dele. É claro que o prato de arroz e feijão consumido fora do domicílio é distinto daquele servido em casa. No primeiro caso há custos, tais como aluguéis, o salário do cozinheiro, dos garçons etc., não presentes no segundo. Posto de outra forma, o prato do restaurante contém uma medida considerável de serviços além de arroz e feijão. Da mesma forma, os alimentos colocados à disposição dos consumidores num supermercado carregam consigo uma variedade de serviços: aluguéis, transportes, pessoal etc. O feijão do varejo não é o mesmo feijão do atacado, mas um produto mais elaborado (por exemplo, está ao alcance do consumidor, que não precisa viajar para uma região produtora para obtê-lo). O conteúdo de serviços explica, pois, por que o feijão do supermercado é mais caro que o do atacado e, da mesma forma, por que o prato de feijão do restaurante é ainda mais caro, mas não esclarece o motivo de o ritmo de aumento de preços ser distinto. Ocorre que a inflação de serviços tem sido particularmente intensa. Apenas no ano passado atingiu pouco menos de 9%, bastante acima do IPCA. Não é difícil entender essa dinâmica. Por um lado, premidos por um mercado de trabalho bastante apertado, os salários têm aumentado a uma velocidade bem maior que a da produtividade do trabalho. Assim, nos 12 meses terminados em novembro de 2013, o salário médio nominal aumentou 8%, enquanto o crescimento da produtividade deve ter ficado na casa de 1%, implicando aumento do custo unitário do trabalho. Por outro lado, ao contrário dos bens em geral, serviços não estão sujeitos à concorrência internacional. Enquanto no caso dos primeiros o repasse dos custos é limitado pelo preço do concorrente externo, quando se trata de serviços, o limite é a demanda, isto é, quanto o consumidor está disposto a pagar. Em particular, a demanda tem sido forte o suficiente para acomodar aumentos da ordem de 9% nos últimos três anos. É este o fenômeno que elucida o aparente paradoxo de preços de alimentos em queda no atacado e em alta no varejo: trata-se da "face oculta" da inflação de serviços. Esclarece também, a propósito, a miopia dos que fazem uma explicação "contábil" da inflação, apenas multiplicando os aumentos de preços dos produtos por sua ponderação no IPCA. Sem uma base teórica que lhes permita entender o comportamento por trás dos fatos econômicos, repetem chavões sobre preços de alimentos e não conseguem capturar os elementos essenciais da dinâmica inflacionária no Brasil.  Alexandre Schwartsman, formado em administração pela FGV-SP e em economia pela USP, é doutor em economia pela Universidade da Califórnia (Berkeley). Ex-diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central e sócio-diretor da Schwartsman & Associados Consultoria Econômica, é também professor do Insper. Escreve às quartas, semanalmente, no caderno 'Mercado'. Fonte: Folha de São Paulo – 15-01   Operação com contas irregulares ajudou a Caixa a ampliar o crédito Os R$ 719 milhões das contas com irregularidade de cadastro que foram encerradas pela Caixa Econômica Federal engordaram o lucro do banco num momento crítico para a instituição. Com a operação, a Caixa ampliou sua capacidade de crédito. Em 2012, o tamanho do patrimônio da Caixa para enfrentar riscos de calote nas operações de empréstimo, medido por um indicador chamado de índice de Basileia, encontrava-se em torno de 13% e vinha caindo de forma acelerada.   O valor mínimo estabelecido pelo BC é de 11%. Com isso, a Caixa e o governo (controlador da instituição) sabiam que não seria possível adiar por muito tempo uma solução que reforçasse o capital do banco para manter o ritmo de concessão de empréstimos desejado. A Caixa, ao lado dos demais bancos oficiais, é o principal agente do governo para financiar o consumo das famílias, um dos pilares do crescimento da economia. A média de crescimento da carteira de crédito (cerca 40% ao ano) era quatro vezes maior que a das instituições privadas (em torno de 10% ao ano). E, à medida que um banco empresta mais, necessita de mais patrimônio. O banco recebeu uma pequena injeção de recurso do Tesouro Nacional de R$ 1,5 bilhão ao longo de 2012. Para o ano passado, mais R$ 12 bilhões foram anunciados. Com a operação que incluiu os recursos das contas canceladas no balanço, a Caixa elevou seu lucro e pode conceder mais empréstimos. Apesar de canceladas, essas contas com irregularidades cadastrais podem ser regularizadas a qualquer momento e o cliente pode ter o dinheiro de volta, com as devidas correções. Por esse motivo, tais contas devem ser registradas num sistema dos bancos, segundo as regras do Banco Central. Nesta semana, dez clientes procuraram a Caixa para regularizar a situação. O BC já determinou que a o banco expurgue os recursos de seu balanço de 2012. O ajuste deverá se feito na contabilidade do ano passado, informou a Caixa. Em 2013, a folga no patrimônio é maior. Depois da capitalização e de alguns ajustes, o índice de Basileia subiu para 17% em setembro. Assim, a retirada dos recursos das contas terá efeito negativo menor.   IMPACTO A Caixa afirma que, após pagamento de impostos, a incorporação dos saldos das contas à contabilidade do banco, aumentou o lucro de 2012 em R$ 420 milhões, com baixo impacto no patrimônio. "Mesmo pequeno, o ganho deu capacidade para o banco estatal iniciar um ciclo de crédito. Não fosse isso, o banco estaria com o tanque mais vazio", afirma Luís Miguel Santacreu, analista da Austin Rating. Questionada sobre a operação, a Caixa afirma que os procedimentos para encerrar as contas foram decididos em dezembro de 2010 e diz que "não houve nenhuma comunicação ao Tesouro" nem vinculação aos pagamentos de dividendos exigidos pelo controlador naquele ano. Fonte: Folha de São Paulo – 15-01   Vendas no varejo crescem 4,12% em 2013, diz CNDL As vendas a prazo no varejo cresceram, em média, 4,12% em 2013 ante 2012, de acordo com informações divulgada nesta terça-feira, 14, pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Sistema de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). O resultado ficou abaixo da expectativa da CNDL, que era de um crescimento de 4,5% no ano. Em dezembro, houve crescimento de 28,65% ante novembro. O SPC Brasil considera o número "fraco" para o período porque em dezembro de 2012 as consultas para vendas a prazo haviam crescido 32,28% em relação ao mês anterior. Na comparação com dezembro de 2012, o aumento das vendas no varejo no último mês de 2013 foi de 2,9%. A CNDL aponta que o resultado é reflexo de um resultado modesto do Natal e da alta de juros, que impacta no custo dos financiamentos de bens no comércio. De acordo com as informações da CNDL e do SPC Brasil, a inadimplência aumentou, em média, 2,33% em 2013 ante 2012. O resultado ficou acima da expectativa da CNDL, que era de um crescimento de 2%, nessa base de comparação. Em 2012, o crescimento foi de 12,18% em relação a 2011. Em dezembro, houve queda de 4,44% na inadimplência ante o mesmo mês de 2012. Em relação a novembro, o recuo foi de 1,73%.  Projeção. A CNDL projeta para 2014 uma taxa de inadimplência semelhante a de 2013, de 2,33%, mas "com viés de alta". "Pela primeira vez em vários anos a perspectiva é de uma inversão no panorama positivo do mercado de trabalho", justificou a entidade em nota. A CNDL e o SPC Brasil esperam um crescimento de 4% nas vendas a prazo no varejo em 2014, menor do que os 4,12% de 2013. "É uma expectativa otimista. Estamos inclusive com viés de baixa", afirmou a economista do SPC Brasil, Luiza Rodrigues. Segundo ela, a massa salarial continuará crescendo menos ao longo de 2014 porque o cenário econômico "é ligeiramente adverso para o comércio", devido à inflação alta e às taxas de juros elevadas. A Copa do Mundo deste ano, que será realizada no Brasil, terá impactos diferentes entre os setores do varejo, de acordo com Luiza. Setores como o de bebida e alimentos serão beneficiados, mas não impactam o indicador de vendas a prazo. Em relação à compra de televisões, há "grande fôlego" para este ano, porém já foi registrado um crescimento. A CNDL e o SPC Brasil esperam um aumento de 0,25% da taxa Selic e, depois, estabilidade. "Com poucas contratações, taxas de juros elevadas e inflação alta, há desestímulo para o comércio", disse Luiza. Sobre o aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros, a economista do SPC Brasil afirmou que a entidade espera queda nas vendas ao longo de 2014, mas não tem um dado próprio. Para a linha branca, que também teve o IPI recomposto, a expectativa é de estabilidade nas vendas. Fonte: Portal Varejista – 15-01

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