Clipping Diário 14/10/2013
Publicado em 14/10/2013
Clipping Diário 14/10/2013
Insegurança O grupo Berlanda cogita fechar sua unidade na cidade de São José, na Grande Florianópolis. Inaugurada há três meses, a loja já sofreu quatro assaltos, com um prejuízo acumulado de R$ 200 mil. O presidente da FCDL, Sérgio Medeiros, revelou no Fórum Nacional do Comércio, em Brasília, que a situação da criminalidade no litoral assusta os comerciantes. Fonte: Jornal de Santa Catarina – Moacir Pereira - 14-10 Segurança em SC: Berlanda diz que vai fechar loja por causa de assaltos Comércio em pânico: Berlanda diz à Adjori que pode fechar loja aberta em abril, assaltada quatro vezes. Presidente da FCDL critica a polícia. A maior varejista de móveis e eletroeletrônicos de Santa Catarina teve um prejuízo de R$ 200 mil em pouco menos de três meses devido a assaltos e arrombamentos em suas lojas. Em entrevista à Agência Adjori de Jornalismo, o presidente da rede, Nilso Berlanda, disse que cogita fechar a unidade de São José, na Grande Florianópolis, que sofreu quatro ocorrências nesse período. O presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL), Sérgio Medeiros, que participa do Fórum Nacional do Comércio, falou à Agência Adjori em Brasília e afirmou que a situação ocorre em todo o Estado, especialmente no Litoral. “A Polícia não está fazendo o seu dever de casa, apesar de nós termos colaborado e feito ações preventivas conjuntas em todas as regiões, agindo de forma pró-positiva, mas a Polícia não está fazendo a parte dela”, disse Medeiros. A unidade da Berlanda em São José foi inaugurada em abril deste ano, marcando uma nova estratégia da rede, que estendeu seu plano de expansão às grandes cidades do Estado. Mas a violência registrada desde julho vem assustando os diretores da empresa. “É difícil suportar a situação. Registramos todas as ocorrências, mas não temos segurança”, lamenta Berlanda. A maioria das ocorrências acontece nas lojas do litoral – além das quatro em São José, houve outras em Itajaí, Canelinha, Piçarras e mais duas na região Oeste. Os assaltos geralmente são praticados no horário do almoço, quando há menos funcionários nas lojas. Os produtos mais visados são celulares, computadores, máquinas fotográficas e TVs de telas menores. O presidente da FCDL, Sérgio Medeiros, lembrou em Brasília que “quando o César Grubba assumiu a Secretaria de Segurança nós fomos e nos oferecemos para colaborar, numa atitude pró-ativa. Ele nos passou para o comandante da PM, o coronel Nazareno Marcineiro, como o qual fizemos diversas reuniões e elaboramos uma estratégia de prevenção. Elaboramos inclusive uma Cartilha e os lojistas do Estado foram treinados, em mais de 50 palestras, para se preparar e evitar dar oportunidade aos assaltantes”. Para Medeiros, este trabalho com a PM teve “bons resultados porque os comerciantes passaram a se prevenir, mas não houve a contrapartida do Governo, que não fez a parte dele. É preciso mais efetivo, policiamento ostensivo, e principalmente falta à Polícia fazer um trabalho de Inteligência, ficando à frente dos assaltantes e chegando antes deles. Depois da loja assaltada, tudo fica difícil, o prejuízo é certo: nossos varejistas não suportam mais essa situação”. Fonte: Portal Jornal Correio dos Lagos – 14-10 EM CALOTE Hora de colocar as contas em dia Possibilidades de compras que surgem com o fim do ano dão espaço para que consumidores deixem a lista de devedores A proximidade do final do ano e as possibilidades de consumo que surgem com o Natal abrem as portas para que consumidores endividados ou inadimplentes coloquem as contas em dia. Diante de um endividamento que suga 45% da renda das famílias brasileiras, manter as contas em dia exige cada vez mais planejamento e organização financeira. Com o amplo acesso a cartões de crédito e parcelamento facilitado pelo comércio, o consumidor tem rumado para níveis crescentes de endividamento. – O endividamento está em um nível normal para uma sociedade que tem cada vez mais acesso a crédito e formas de parcelar a compra de bens. Excluindo as dívidas com o sistema imobiliário, o comprometimento da renda com o consumo ainda é baixo – analisa Patrícia Palermo, economista-chefe do Sistema Fecomércio. O Brasil ainda se mantém em um patamar relativamente alto de inadimplência se comparado com países desenvolvidos, mas os calotes têm caído gradativamente. Após chegar a um pico de 8,17% em setembro de 2012, a proporção de consumidores com dívidas atrasadas por mais de 90 dias caiu para 7,06% em agosto passado, conforme o Banco Central (BC). Fonte: Diário Catarinense – Economia - 14-10 Negociar é fundamental De acordo com especialistas, a redução na inadimplência no país é resultado de um cuidado maior dos bancos na entrega de crédito e um quadro de estabilidade no emprego. – Apesar do crescimento modesto da economia, o emprego e a renda continuam em crescimento, então muita gente coloca as contas em dia, e deixa as listas de devedores – explica Gabriel Torres, economista da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Porto Alegre. Muitos dos bancos e das empresas credoras são receptivos a renegociações de dívidas, destaca Vander Nagata, superintendente de informações sobre consumidores da Serasa Experian. Serasa realiza feirão online para limpar nome Conforme Nagata, o melhor caminho para colocar as contas em dia é evitar intermediários e ir diretamente aos departamentos de crédito das companhias, em busca de uma solução que limpe seu nome. – O acesso ao credor é bem mais fácil do que se imagina – garante. A partir de hoje (segunda-feira) e até domingo, a Serasa promove um mutirão online para limpar o nome de inadimplentes, em que pelo menos 30 grandes empresas apresentarão condições facilitadas para quitar as dívidas. O acesso é pelo site: www.serasaconsumidor.com.br/limpa-nome-online Saia da inadimplência - COMO LIMPAR O NOME - A negociação deve ser feita com o banco ou a empresa credora - Endereços e contatos devem constar no contrato - Serasa, SCPC e SPC podem ajudar o devedor a saber quem são seus credores e qual o tamanho da dívida - Ao negociar parcelas atrasadas, é recomendável levar comprovantes das parcelas já pagas - Depois de regularizada a dívida, o nome deve ser retirado imediatamente dos cadastros de devedores COMO NEGOCIAR - Procure obter descontos para o pagamento à vista da dívida, senão, tente reduzir o juro da parcela - Priorize o pagamento de dívidas que tenham os maiores juros ou as que pesem mais no orçamento - Estude o contrato de empréstimo ou parcelamento para saber se os juros e os prazos estão corretos - Se considerar os juros muito elevados ou se sentir constrangido pelo tom das cobranças, procure órgãos de defesa do consumidor, como o Procon Fonte: Diário Catarinense – Economia - 14-10 Maioria dos bancários em SC mantém greve A maioria dos bancários no Brasil retoma hoje as atividades. Em SC, no entanto, os bancos nas regiões de Florianópolis, Blumenau e Chapecó, devem continuar fechados. De acordo com Milano Cardoso, presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Florianópolis e região (Seeb), os cerca de 400 bancários reunidos em assembleia na sexta-feira julgaram insuficiente a proposta dos empregadores representados pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). – As propostas falam sobre aumento salarial sem se aprofundarem nas reinvindicações de melhorias das condições de trabalho – explica Cardoso. Ele destaca que Porto Alegre e os sindicatos do Ceará e do Maranhão também rejeitaram a proposta. Para o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL-SC), Sérgio Medeiros, a greve dos bancários afetou o comércio, que já sentiu os efeitos neste Dia das Crianças. O resultado das vendas para a data, de 0,4% de incremento em relação ao ano passado, foi abaixo dos 2% a 2,5% esperados. Segundo Medeiros, muitos lojistas protestaram contra a situação dos bancos. No Oeste, a reclamação foi de que os muitos pagamentos em cheque não puderam ser descontados. Fonte: Diário Catarinense – Economia - 14-10 Semana é decisiva para acordo nos EUA A perspectiva de acordo no Congresso dos Estados Unidos na negociação do orçamento fiscal norte-americano provocou forte reação do mercado acionário no encerramento da semana passada. A Bolsa de Nova York (Nyse) recuperou a marca de 15 mil pontos, enquanto a Bolsa de São Paulo (Bovespa) emplacou três altas seguidas. O índice Dow Jones ampliou para quase 18% o ganho acumulado em 2013. O Ibovespa, que retomou o patamar de 53 mil pontos, reduziu para 12,8% a perda registrada desde o começo de janeiro. Na Bovespa, apesar dessa reação, o volume de negócios segue muito baixo. A média diária em outubro alcança somente R$ 5,376 bilhões, diante de R$ 7,159 bilhões no mês anterior. Novas altas nos dois mercados, porém, dependem de um consenso entre republicanos e democratas em relação ao aumento do limite de endividamento dos EUA, o que acabaria com a paralisação de serviços federais, além de evitar eventual calote do governo norte-americano. Devido à acentuada alta da semana passada, muitos investidores podem desencadear em Wall Street um movimento de venda independentemente de acerto na negociação do orçamento fiscal dos EUA. Sem acordo rápido no Congresso, a tendência será de crescimento da tensão nos mercados até quinta-feira, quando termina o prazo legal de votação do orçamento norte-americano. A ausência de pagamentos geraria efeito em cadeia, começando por danos maiores à economia da China – o principal credor. Os chineses, por sua vez, poderiam dar calote nos países com os quais mantêm relações comerciais, como o Brasil, que também seria afetado diretamente pelos EUA. Fonte: Diário Catarinense – Economia - 14-10 O Plano Diretor e os corvos Leitor adverte para os perigos em torno do Plano Diretor, tendo em vista as pressões de lobistas contra o Cidade Limpa Amigo da coluna, ligado às questões urbanísticas e comunitárias, manda um alerta: se os lobistas de plantão mostram seu poder de fogo para combater um projeto de interesse de Florianópolis – o Cidade Limpa –, "que haverá com a tramitação do Plano Diretor? Tem muita gente nas comunidades e nos meios técnicos suspeitando de que há uma grande armação nos bastidores, com a participação de muitos vereadores que defendem a cidade suja, com o objetivo de descaracterizar o Plano Diretor, isso que se passaram mais de sete anos desde que começou a ser discutida a sua elaboração". Pois então. Não há que se duvidar, caro leitor, de que as coisas se encaminhem para uma novela repleta de ardis, favorecimentos e esquemas subterrâneos, tendo em vista justamente o que tem acontecido com o projeto da Cidade Limpa. "Não sou contra a atividade empresarial", prossegue o leitor, "mas considero importante que tudo seja regulamentado e fiscalizado, por tudo quanto já testemunhamos de barbaridades em Florianópolis. Como disse um expoente da arquitetura e do urbanismo, 'a ilha é finita, portanto tem limites objetivos para o crescimento, não para desenvolvimento'". E ainda sobre a bancada da cidade suja, o leitor lembra o provérbio espanhol: "Cria cuervos y te sacarán los ojos". Em bom português: "Cria corvos e eles te arrancarão os olhos". Bem isso. Fonte: Notícias do Dia – Damião - 14-10 Só 1% das empresas sai da recuperação judicial no Brasil Índice é bem inferior ao dos Estados Unidos, onde cerca de 30% das companhias conseguem emergir da crise sem ir à falência Apenas 1% das empresas que pediu recuperação judicial no Brasil saiu do processo recuperada. Desde que a lei foi criada, em fevereiro de 2005 até o último dia 10, cerca de 4 mil companhias pediram recuperação judicial, mas só 45 voltaram a operar como empresas regulares. No decorrer desses oito anos e meio, só 23% delas tiveram seus planos de recuperação aprovados pelos credores, 398 faliram e a maioria dos processos se arrasta no Judiciário sem definição final. Os dados são de um levantamento da consultoria Corporate Consulting e do escritório de advocacia Moraes Salles feito a pedido do Estado. A pesquisa não considera empresas que estavam em concordata e migraram para a recuperação judicial quando a lei foi criada. "A maioria dos planos aprovados não é um projeto de reestruturação para tornar a empresa viável economicamente. São basicamente renegociações de dívidas", disse Paulo Carnaúba, sócio do Moraes Salles e presidente da comissão de estudos em falência e recuperação judicial da OAB/Campinas. "Isso explica em parte por que a taxa de sucesso é tão baixa." A recuperação judicial foi criada para substituir a antiga concordata e evitar a falência das empresas. As companhias que recorrerem à lei ficam blindadas de cobranças de credores por 180 dias e deverão elaborar um plano para recuperar a empresa. Esse plano precisa ser aprovado pelos credores e executado com sucesso pela companhia para o processo chegar ao fim. A decisão de encerrar a ação é da Justiça. Companhias como a calçadista Via Uno e a fabricante de eletrodomésticos Mabe pediram recentemente recuperação judicial. Outras como a companhia aérea Varig e a Agrenco também tentaram esse caminho, mas faliram depois. A próxima a entrar em recuperação judicial deve ser a OGX, petroleira de Eike Batista, que está inadimplente por deixar de pagar credores externos. A empresa tem até o fim do mês s para quitar o débito e, se não o fizer, os credores poderão pedir a sua falência. O mercado espera que a OGX recorra à recuperação judicial até o fim do mês. "O empresário só recorre à recuperação quanto não vê outra saída. Quem passa a decidir o futuro da empresa são os credores e a Justiça", explica Luis de Paiva, sócio da Corporate Consulting, que participou de mais de 200 reestruturações. Execução. A tarefa de reerguer uma empresa envolve, no mínimo, dois grandes desafios: ganhar a confiança dos credores e conseguir manter a empresa operante. Muitas empresas em crise interrompem as atividades por falta de caixa e crédito para honrar compromissos básicos como pagar funcionários e comprar matéria-prima. "É muito mais difícil recuperar a empresa se ela parar", avalia o presidente da Strategos Consultoria, Telmo Schoeler, que já participou de cerca de 150 reestruturações de empresas. "O plano de recuperação tem de considerar de onde sairá o dinheiro para a empresa continuar a operar nesse período." Com a operação parada, as empresas perdem clientes e ficam com produtos e maquinário obsoletos. Na maioria dos casos assim, é questão de tempo para a recuperação judicial virar falência. Nos decretos de falência, é comum encontrar afirmações de juízes de que a recuperação é inviável porque as empresas já não existem mais. Batalha jurídica. Os processos frequentemente se tornam uma batalha jurídica entre credores, acionistas e administradores judiciais. Cada um invoca a lei para tentar garantir seus interesses e a recuperação da empresa em si fica em segundo plano. Há muitos casos assim na história da lei brasileira. O processo do laticínio Nilza, de Ribeirão Preto (SP), que já teve mil funcionários e tem fábricas paradas desde 2009, virou uma espécie de "novela". Os credores aprovaram a transferência da empresa a um investidor, mas o processo foi contestado por um acionista -o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) - e o Ministério Público pediu a falência da empresa por suspeita de compra de votos na assembleia de credores. Depois de uma batalha jurídica, a empresa faliu em outubro de 2012. "A empresa foi vendida para um grupo que não tinha intenção de operar a fábrica. Era só para especular", disse o síndico da massa falida, Alexandre Borges Leite. "É mais prejudicial aprovar uma recuperação inviável do que decretar a falência." A razão é simples: o tempo é inimigo de empresas em crise. Quanto mais se demora para resolver a questão, menos vale a companhia e mais difícil fica reerguer a empresa. A Agrenco, por exemplo, pediu recuperação após uma investigação da Polícia Federal ter deflagrado uma crise na empresa, um ano depois de ela ter captado R$ 500 milhões na Bolsa. A ideia era simples: vender a usina de Marialva (PR) para terminar de construir outras duas usinas e se reerguer. Não deu certo. O processo foi marcado por disputas judiciais entre credores, administradores e acionistas e trocas de gestão da empresa durante o processo. Um segundo plano foi elaborado, mas não foi aprovado pelos credores. A companhia teve sua falência decretada em agosto deste ano. EUA. A recuperação judicial foi inspirada no chamado "Chapter 11" da legislação americana. Lá, a taxa de sucesso, historicamente, varia entre 20% e 30%, bem acima do 1% brasileiro. A lei americana é mais aprimorada, mas as grandes diferenças são a agilidade do processo e a maturidade do mercado em enfrentar uma reestruturação, dizem os especialistas. Nos Estados Unidos, o envolvimento do credor é muito maior e não se resume a aprovar ou não o plano de recuperação. No caso da montadora General Motors, por exemplo, que pediu concordata em 2009, credores como o governo americano e o sindicato United Auto Workers converteram suas dívidas em ações de uma "Nova GM". O plano foi aprovado em cerca de 30 dias. A empresa se recuperou e os credores venderam suas ações anos depois. Além da GM, entraram e saíram do "Chapter 11" diversas grandes empresas, como United Airlines, Citibank e até o banco Lehman Brothers, estopim da crise de 2008. Por aqui, ainda não há casos de gigantes que emergiram da recuperação judicial. Fonte: O Estadão On-line – 14-10 Para empresários, infraestrutura no País está piorando De 2009 para cá, o governo federal investiu quase R$ 140 bilhões no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Como o PAC foi, há até pouco tempo, a grande opção para tocar obras que podem destravar a logística nacional, a expectativa era que tal volume de recursos, se não sanasse, ao menos aliviasse os entraves para o transporte de carga. Na prática, porém, não foi o que ocorreu. Segundo pesquisa do Instituto Ilos, consultoria especializada em logística, que ouviu 300 executivos da área de transporte das maiores empresas do País, a percepção piorou. A pesquisa é realizada desde 2009, a cada dois anos, e os executivos atribuem notas às condições da logística, em um intervalo que vai de zero a 10. Em 2009, a nota foi regular: 5,2. Na versão de 2011 caiu para 5. Neste ano, desceu mais um pouco e foi para 4,8. "Nesse patamar podemos dizer que a nota indica que as condições da logística no Brasil são consideradas medíocres", diz o presidente do Ilos, Paulo Fleury. O resultado não significa que haja novos buracos nas estradas ou que os dormentes dos trilhos estejam mais bambos que antes. Fonte: O Estadão On-line – 14-10 Greve dos bancos atrasa financiamento A greve dos bancários, que terminou na sexta na maior parte do país, pode ter causado prejuízo ao consumidor que busca financiar o imóvel. O motivo é que, diferentemente de operações também feitas pela internet, o financiamento exige que o cliente seja atendido diretamente pelos funcionários. Além disso, é praxe nos contratos haver multa de 2% sobre o saldo devedor, mais juros mensais de 1% e correção, caso o dinheiro não seja liberado no prazo acertado, em geral de 60 a 90 dias, diz o advogado de direito imobiliário Marcelo Tapai. Para Renata Reis, supervisora de assuntos financeiros e habitação do Procon-SP, a greve por si só não serve de argumento para o consumidor "descumprir as obrigações". "Formas de atendimento foram muito difundidas, como a criação do correspondente bancário, em que você pode fazer pagamentos, e o atendimento via internet. As alternativas são muitas e o consumidor não pode simplesmente alegar a greve para deixar de cumprir as obrigações." Ainda assim, ela diz que o cliente poderá recorrer de eventual multa se "materializar" o prejuízo, apresentando protocolos de atendimento, e-mails ou cartas com aviso de recebimento que provem que foi impedido de conseguir o financiamento. Para Tapai, o cliente cujo prazo esteja se esgotando deve solicitar à incorporadora um acréscimo para compensar o período de greve, mesmo que ela tenha sido parcial. Se não der certo ou ele já tiver sido multado, poderá ter de pagar a multa e buscar ressarcimento na Justiça. No caso de imóveis usados negociados diretamente entre o comprador e o proprietário, a solução deve ser buscada sempre na Justiça, não no Procon, já que não se trata de relação de consumo. A recomendação dos especialistas é sempre procurar antes uma solução "amigável". RECLAMAÇÃO Tapai acrescenta que, por ser comum as empresas pedirem que o cliente faça o financiamento em certa agência de um banco parceiro, isso pode diminuir as chances de atendimento, ainda com greve parcial. "Se a sua agência está em greve, o que você faz? Pega o gerente pelo colarinho?", questiona Tapai. De acordo com José Augusto Viana Neto, presidente do Creci-SP (associação de corretores), mesmo quando o financiamento é coordenado por um correspondente bancário, ele pode estar ligado a uma agência em greve. Para Viana, o financiamento "parou" com a greve de 23 dias, e os negócios fechados foram exceções. Ele diz que houve casos de transações concluídas com contrato registrado em cartório sem que o banco liberasse o dinheiro. Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP (sindicato do mercado imobiliário), afirma que as estatísticas de crédito imobiliário para pessoa física tendem a ser "bem piores" do que nos meses anteriores à greve. Fonte: O Estadão On-line – 14-10 Bancários retomam trabalho com uma hora a mais de jornada Os bancários da maior parte do país retornam hoje ao trabalho após 23 dias de greve, a mais longa desde de 2004. A greve terminou nos Estados de São Paulo, Rio, Minas Gerais, Mato Grosso, Paraná, Roraima, Rondônia, Paraíba, Piauí e Alagoas, entre outros. Para recuperar o tempo perdido, os funcionários grevistas aceitaram estender em uma hora, até 15 de dezembro, a duração dos trabalhos internos. As agências, no entanto, não alteração o expediente de atendimento ao público, pelo menos por enquanto. A Caixa Econômica Federal estuda alongar o atendimento aos clientes para dar conta da demanda de trabalhos interrompidos durante a greve. Além de ser a maior financiadora de imóveis do país, o banco estatal opera os programas do sociais do governo como Bolsa Família, Minha Casa Melhor, seguro-desemprego e PIS. A greve dos bancários causou prejuízo ao comércio e ao setor habitacional. Segundo a Serasa Experian, as concessões de crédito também desaceleraram entre setembro e outubro devido ao movimento, que ajudou a esfriar os negócios nas últimas semanas. Imobiliárias e construtoras relatam atrasos na liberação de documentos, avaliações de imóveis e de recursos já acertados. GREVE A paralisação segue em Brasília, Porto Alegre, Florianópolis, Guarulhos (SP), além dos Estados do Acre e do Pará. Em Salvador e em Fortaleza, voltarão ao trabalhos os funcionários dos bancos privados, sendo que continuarão em greve os da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil. Nessas regiões, os bancários fazem assembleia hoje para decidir se aceitam a proposta patronal, de aumento de 8% (1,82% acima da inflação), entre outros benefícios. Além desse aumento nos salários, os bancários conseguiram uma elevação de 10% na parcela fixa da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e um aumento de 2% para 2,2% na fatia de lucro que deve ser distribuído pelos bancos aos funcionários. O piso dos bancários terá aumento de 8,5% (ganho real de 2,29%). A inflação no período foi de 6,07%. O salário médio da categoria é de R$ 4.740, e o piso salarial é de R$ 1.519. A PLR paga aos caixas de bancos, segundo a Fenaban (sindicato patronal), varia entre 3,5 e 4 salários adicionais. No início da campanha salarial, a categoria pediu 11,93% de reajuste, o que incluía 5% de aumento real, além de um valor maior para a PLR e para a fatia do lucro dos bancos. "Quando começamos a negociar, os bancos falavam em aumento real zero; acabamos com 1,82%, que é acima da média da maioria das categorias", disse Juvandia Moreira, presidente dos sindicato dos bancários de São Paulo. "Esperamos que outras categorias consigam isso também", disse Carlos Cordeiro, presidente da Contraf (federação dos bancários). Fonte: Folha On-line – 14-10 Juro em alta beneficia fundos da alta renda Com a trajetória de alta do juro básico do país, a taxa Selic, alguns fundos de investimento têm sido beneficiados. São produtos de renda fixa que investem boa parte dos recursos em títulos do governo, remunerados pela Selic, ou em papéis de empresas privadas que pagam um percentual do CDI, taxa média dos juros dos empréstimos entre bancos e que acompanha a taxa básica. Os fundos mais beneficiados, porém, são aqueles voltados a investidores de alta renda, que, em geral, podem bancar aplicações mínimas a partir de R$ 50 mil. Isso porque esses investimentos, normalmente, são os que cobram as menores taxas de administração, custo que tem impacto relevante no desempenho final do fundo. Além disso, as opções mais rentáveis envolvem a possibilidade de resgate dos recursos no maior prazo possível. Quanto mais tempo o dinheiro puder ficar investido, menor o Imposto de Renda. Nos fundos de renda fixa, o IR vai de 22,5%, para resgates em até seis meses, a 15%, para os feitos após dois anos. O quadro ao lado traz simulações que mostram o impacto da taxa de administração e do IR nos ganhos. Um investidor que aplique R$ 1.000 por 12 meses em um fundo com taxa de administração de 0,5% teria um ganho líquido (descontados custos e imposto) de R$ 81,83. Se a taxa sobe a 2,5%, o ganho líquido cai para R$ 65,61. O cálculo não considera a inflação projetada para o período, de 5,83%. "Para o investidor que tem até R$ 10 mil é pouco vantajoso escolher um fundo porque ele terá dificuldade em encontrar taxas de administração abaixo de 1,5% ao ano, que tornariam o investimento mais atraente", diz José Raymundo de Faria Junior, planejador financeiro. "Pode ser uma boa estratégia juntar dinheiro na poupança para aumentar a aplicação inicial e ter acesso a produtos melhores." Além disso, os fundos com melhor desempenho têm aumentado a participação de papéis de empresas privadas em suas carteiras. "Esses títulos pagam mais porque as empresas, para vender os papéis, oferecem juros mais altos do que a Selic para compensar o risco de calote, maior que o do governo", diz Marcelo d'Agosto, consultor de investimentos. Dados da Anbima (associação das entidades do mercado) mostram que, dos dez fundos de renda fixa mais rentáveis neste ano até 30 de setembro, pelo menos nove investem em crédito privado. Além do risco maior, esses produtos têm um outro porém: não são acessíveis ao pequeno investidor. Dos 10 mais rentáveis, 5 exigem aplicação inicial superior a R$ 300 mil. E os outros quatro são de instituições financeiras menores, o que pode adicionar mais risco se a qualidade da gestão dos investimentos for menor. Vale destacar que, para os fundos, não há cobertura do FGC (Fundo Garantidor de Créditos) em caso de quebra da empresa que emite dívida. Para obter bons ganhos em fundos de renda fixa, o pequeno investidor tem de garimpar no mercado e se sujeitar a mais risco, diz o economista Samy Dana, da FGV. Fonte: Folha On-line – 14-10 Preço dos legumes cai e inflação da 3ª idade perde força no 3º trimestre Dentro de alimentação, item hortaliças e legumes caiu 33,25% no período. O Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i), que mede a inflação de famílias majoritariamente compostas por pessoas com mais de 60 anos, subiu 0,19% no terceiro trimestre de 2013 - uma desaceleração de 1,07 ponto percentual sobre a taxa de 1,26% do segundo trimestre. Em 12 meses, acumula alta de 4,96%. A principal contribuição para a desaceleração partiu do grupo alimentação, cuja taxa passou de 0,55% para -1,79%. O item que mais influenciou o comportamento foi hortaliças e legumes, que registrou queda de 33,25%, no terceiro trimestre, sobre recuo de 4,04% no anterior. São oito classes de despesa. Registraram desaceleração: saúde e cuidados pessoais (2,66% para 1,19%); habitação (1,70% para 1,04%); transportes (0,09% para -0,51%) e vestuário (2,78% para 0,40%). Para cada uma destas classes de despesa, a FGV cita o comportamento dos itens: medicamentos em geral (4,40% para 0,02%), condomínio residencial (2,11% para 0,15%), automóvel novo (0,83% para -0,48%) e roupas (3,54% para 0,02%), respectivamente. Em contrapartida, registraram alta nas taxas de variação os grupos comunicação (-0,55% para 0,17%); educação, leitura e recreação (0,73% para 0,89%); e despesas diversas (0,40% para 0,53%). Nestas classes, contribuíram para os movimentos os itens: tarifa de telefone residencial (-1,96% para 0,20%), hotel (-1,12% para 3,94%) e clínica veterinária (1,42% para 1,96%), nesta ordem, diz a divulgação. Fonte: G1 Economia – 14-10 Mercado projeta avanço maior do PIB e IPCA menor em 2013 Analistas do mercado financeiro elevaram pela segunda semana consecutiva a projeção para o desempenho da economia neste ano e, desta vez, melhoraram também sua avaliação a respeito da produção industrial, de acordo com o boletim Focus, do Banco Central. Semanalmente, a autoridade monetária colhe estimativas junto a cerca de cem instituições. A mediana das projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) saiu de alta de 2,47% para aumento de 2,48%. Há um mês as apostas eram de um crescimento de 2,40%. As estimativas para 2014 no boletim Focus se mantiveram em crescimento de 2,20%. As avaliações a respeito da economia têm melhorado desde a divulgação do PIB do segundo trimestre, que surpreendeu analistas ao crescer 1,5% sobre os primeiros três meses do ano. A semana passada foi pontuada por avaliações de organismos internacionais sobre a economia brasileira. O FMI manteve a estimativa de expansão do PIB em 2,5% neste ano, mas reduziu a projeção de 2014 de 3,2% para iguais 2,5%. O fundo avaliou que a resposta brasileira ao cenário global adverso foi adequada, mas voltou a criticar os gargalos de infraestrutura e a política fiscal. O Banco Mundial disse ser preocupante a desaceleração da economia nacional. Ainda no boletim do BC divulgado nesta segunda-feira, os analistas voltaram a elevar a projeção para a produção industrial deste ano, após tê-la reduzido por três semanas consecutivas. Agora, eles estimam aumento de 1,80%, ante 1,70% previsto na semana passada, mas um desempenho ainda abaixo daquele esperado há um mês, de 2,12%. Para 2014, a projeção subiu de 2,30% para 2,39%. Dois relatórios divulgados na semana passada sobre a atividade industrial mostraram sinais opostos. Enquanto o IBGE mostrou emprego e produção industrial em queda em agosto, a CNI trouxe números positivos, a ponto de avaliar que atividade da indústria oscilará menos entre setembro e dezembro. Embora as metodologias sejam diferentes, o gerente de política econômica da CNI, Flavio Castelo Branco, considerou: “É um puzzle [quebra-cabeça] que precisamos destrinchar”. Outro dado do setor, desta vez da FGV, mostrou que metade dos segmentos da indústria acumulou mais estoques entre o segundo e o terceiro trimestres, apesar da queda da produção. IPCA A projeção do mercado financeiro para a inflação deste ano teve uma leve melhora, enquanto as apostas para os juros se mantiveram. O Focus mostra que a mediana das estimativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) saiu de 5,82% para 5,81% em 2013 e se manteve em 5,95% para 2014. Na semana passada, o IBGE mostrou que o IPCA acumulado no terceiro trimestre foi de 0,62%, representando uma trégua em um ano em que a inflação tem sido muito pressionada, a despeito de desonerações e outras medidas empreendidas pelo governo. Mas setembro, em que o IPCA subiu 0,35%, encerrou o período mais favorável ao crescimento mais baixo da inflação, segundo analistas e, assim, essa trégua parece ter sido temporária. No mesmo dia em que o IBGE informou o dado - quarta-feira -, o Copom se reuniu para definir a taxa de juros e, como esperado, elevou a Selic a 9,50%. E ao repetir o comunicado das três decisões anteriores, que também trouxeram elevação no juro, incentivou apostas de que a Selic irá a 10% no último encontro do colegiado em 2013, no fim de novembro. Essa percepção ainda não apareceu no Focus, que traz a mediana das projeções em 9,75% para o fim deste e do no próximo ano. Para 2013, parte das avaliações do mercado é de que o IPCA deve ultrapassar os 5,84% de 2012. Mas na sexta-feira, o presidente do BC, Alexandre Tombini, reiterou, em discurso feito em Washington, que a inflação deste ano será menor que a do ano passado. Fonte: Valor Econômico – 14-10 Economia de SC no primeiro semestre do ano reflete baixa nacional e mundial Investimentos diretos e indiretos, no primeiro semestre de 2013, atingiram R$ 513 milhões. A Cae (Consultoria de Assuntos Econômicos) disponibilizou a a edição do 1º semestre de 2013 do Boletim Informativo "Santa Catarina - Perfil Econômico, Financeiro e Social". O informativo apresenta informações sobre o setor industrial, mercado de trabalho, execução orçamentária, investimentos, segurança pública, comércio exterior e varejista, turismo, programa pró-emprego, fundo social entre outros dados que traçam o perfil sócio-econômico do governo do Estado de Santa Catarina. A conjuntura de Santa Catarina neste primeiro semestre de 2013 reflete os baixos índices daeconomia nacional e mundial, apresentando um rendimento menor do que o esperado. A produção industrial catarinense registrou queda de 0,5%, neste primeiro semestre. O comércio varejista ampliado registrou crescimento de apenas 3,3%, também inferior ao brasileiro, e as exportações caíram 3,11%. Entretanto, o mercado de trabalho catarinense mostrou bons resultados, superiores ao nacional e aos outros estados da região Sul. A receita tributária própria do Estado não atingiu o esperado, registrando crescimento de 8,53% no primeiro semestre de 2013. Nos meses de maio e junho, os resultados foram mais positivos em face da intensificação da fiscalização e do maior esforço na cobrança da dívida ativa. Em relação à dívida pública, o pagamento no primeiro semestre foi 85,62% superior em comparação ao mesmo período de 2012, com desembolso de R$ 743 milhões a mais. A cobrança da dívida ativa teve incremento de mais de 35%, nesse mesmo período, e o pagamento dos precatórios foi 125,30% superior. Entretanto, as despesas com pessoal continuam elevadas. Em junho, elas representavam 47,18% da Receita Corrente Líquida. Visando equilibrar o orçamento, o governo do Estado vem realizando ações efetivas para conter os gastos e aumentar a arrecadação. Além disso, novos recursos estão sendo alocados para investimentos mediante o Pacto por Santa Catarina. Os repasses, feitos pelo BNDES, são direcionados para as áreas de infraestrutura, saúde, educação e segurança, entre outras. Um total de R$ 1,51 bilhão já foi repassado. As principais ações contempladas são: restauração da Ponte Hercílio Luz; acesso ao Aeroporto Hercílio Luz; pavimentação de rodovias; readequação e complemento de escolas; aquisição de veículos para renovação de frota da segurança pública; e PGS (Plano de Gestão da Saúde), cujo objetivo é concretizar as mudanças necessárias para melhorar o atendimento nas unidades de saúde. Também é destaque o aumento nas aplicações nas áreas da saúde (+26,24%) e segurança pública (+6,94%). Na educação, os investimentos realizados até agora já superaram em 2,82% os limites mínimos fixados pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Além disso, para ampliar a capacidade de investimento, o governo do Estado criou o Fundam (Fundo de Apoio aos Municípios), que disponibilizará R$ 500 milhões para projetos de todos os 295 municípios catarinenses. Com recursos próprios, os investimentos diretos e indiretos, no primeiro semestre de 2013, atingiram o montante de R$ 513 milhões, superior em praticamente 160 % em iguais semestres nos últimos dois anos. Outros recursos, superiores a R$ 6 bilhões, estão sendo captados junto ao Banco do Brasil e outros agentes. O informativo semestral é distribuído desde 2007 a diferentes órgãos do governo, prefeituras municipais, entidades representativas da indústria, comércio e tecnologia. Aproximadamente 2.000 exemplares em formato de livreto são impressos, além de ser disponibilizado virtualmente para todos os cidadãos no portal da SEF (Secretaria de Estado da Fazenda). Fonte: Economia SC – 14-10