Clipping Diário - 14/09/2014
Publicado em 14/09/2014
“Não dá para diminuir a inflação para menos de 5%”, diz Bernardini
Os bancos – um oligopólio – querem eleger Marina Silva presidente. Para isso, enxugaram a concessão de crédito. A análise é de Mário Bernardini, diretor de competitividade da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas (Abimaq). Ele fez palestra para empresários joinvilenses na segunda-feira, dia 8, sobre cenários macroeconômicos. Foi durante a reunião semanal da Associação Empresarial (Acij).
O empresário aposta que a inflação vai se aproximar do centro da meta até dezembro, mas o PIB se contenta com alta de apenas 0,6% neste ano. Bernardini ainda alerta que a produção industrial vai cair 2,5% em 2014 e que não é possível reduzir a inflação para menos de 5% ao ano.
Estados Unidos
– O PIB dos Estados Unidos cresce, em 2013-2014, cerca de 2%. E está subindo. No próximo ano, o desempenho da economia norte-americana deve ficar acima da média dos países desenvolvidos.
Europa
– A Europa passa pelo segundo mergulho desde o período 2008-2009. O continente não deve crescer neste ano, e, para 2015, a projeção é de alta de 1%. Até a Alemanha teve pequena retração no segundo trimestre de 2014. Isso mostra que nós, brasileiros, não estamos sós.
China
– A China continua puxando a economia global. Cresce 7% neste ano, podendo chegar a 8% em 2015. A Índia cresce 6%. Estes dois países garantem a expansão de todo o continente asiático. A América Latina cresce 2%, mas o México, nos últimos dez anos, cresceu menos do que o Brasil.
Brasil
– O PIB do Brasil vai crescer só 0,6% neste ano. Em janeiro, falávamos em 2%; em junho, em 1,5%. Expansão mais importante só veremos em 2016. Como a população mundial vai aumentar, no máximo, 2,5% e o comércio global subirá de 4% a 5%, chegará o momento em que as opções de demanda de nossos produtos, no exterior, se estabilizarão. Daí, a necessidade de voltarmos para o mercado interno. O Brasil terá de crescer para dentro. Só há uma fronteira a explorar: a da infraestrutura. Isso depende da competência dos futuros governantes.
Preço
– Os serviços só dependem da Selic no longo prazo. Quando há retração de renda, ou o desemprego aumenta, é claro que a procura por serviços cai junto. A consequência é a baixa do preço cobrado pelos prestadores de serviços. Não podemos esquecer que é o preço o motor do capitalismo.
Juros
– Os Estados Unidos vão aumentar os juros em 2015. Aí, os títulos norte-americanos vão concorrer com os títulos do governo brasileiro. Neste caso, ou o Banco Central sobe a taxa Selic, ou acerta o câmbio. O governo brasileiro sempre optou por elevar os juros. O sistema financeiro agradece.
Inflação
– Reduzir a meta da inflação não é coisa fácil de se fazer. Não dá para diminuir a inflação para menos de 5% ao ano. Em setembro, a inflação anualizada é de 6,52% – acima da meta oficial, de 6,5%. A tendência é rodarmos para abaixo da meta, tendendo ao centro, até o final do ano.
Recuo
– Pela primeira vez, a produção de automóveis vai cair. E a produção industrial recuará 2,5% em 2014. É um péssimo indicador. O câmbio vai fechar o ano em torno de R$ 2,45.
Marina, a preferida
– O Brasil está em recessão técnica. Isso tem seus efeitos negativos. Como os bancos – que se constituem em oligopólio muito poderoso – querem eleger Marina Silva presidente, reduzem concessão de créditos. Sem aumento de massa salarial, com crédito bem mais enxuto e caro, o consumo morreu. Isso significa que a inflação não deve subir.
Petróleo
– O governo quebrou a Petrobras para não aumentar as tarifas de combustíveis. Preferiu aplicar US$ 20 bilhões por ano na contratação de leasing de plataformas porque não tinha dinheiro para construí-las.
Fonte: A Notícia – Claudio Loetz – 13-14 /09
PESO DOS TRIBUTOS
Feirão alerta para os altos impostos. Ação ocorre em Joinville e em outras cidades do Estado. Quase metade do valor de uma caneta é imposto. O índice chega a 47,49%, a maior carga tributária entre os itens que compõem a lista de material escolar. Na cola, o índice é de 42,71% e na régua, de 44,65%. Estes são alguns dos produtos que estarão expostos neste sábado no 12º Feirão do Imposto, realizado pelo Núcleo de Jovens Empresários da Associação Empresarial de Joinville (Acij). O evento estende-se das 10 às 18 horas, no hall do piso térreo do Shopping Mueller. O objetivo é conscientizar a população sobre a elevada carga de tributos presente em cada compra.
– Não são apenas as empresas que pagam impostos, os cidadãos também – afirma o vice-presidente regional do conselho Estadual do Jovem Empreendedor de Santa Catarina (Cejesc), Tiago Coelho.
Os consumidores vão conferir em tempo real o placar do impostômetro, ferramenta que mostra todos os valores arrecadados nas três esferas do governo. Neste ano, o montante na cidade já ultrapassou os R$ 850 milhões. No Brasil passa de R$ 1 trilhão.
O Feirão do Imposto ocorre também em quase 40 cidades catarinenses no mesmo dia sob a coordenação do Cejesc. Além de detalhar a carga tributária, o evento servirá para colher assinaturas para tentar transforar em lei a reforma fiscal, uma bandeira do Movimento Brasil Eficiente, apoiado pelo Cejesc. São necessárias 1,5 milhão de assinaturas. A proposta prevê a redução gradativa, ano a ano, da carga tributária até chegar a 30% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Hoje, corresponde a 38%. Também busca aumentar o investimento em infraestrutura dos atuais 15% para 20% do PIB.
Uma das principais conquistas do movimento até agora foi a aprovação da lei que obriga informar o valor do imposto em cada cupom fiscal. A legislação está em vigor desde 2012, mas Coelho admite que há deficiência na fiscalização.
Fonte: A Notícia – Economia – 13-14 /09
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