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Clipping Diário - 14/07/2014

Publicado em 14/07/2014
Clipping Diário - 14/07/2014

IPTU Tribunal de Justiça pautou para depois de amanhã o julgamento da ação direta de inconstitucionalidade que suspendeu a lei do pesado reajuste do IPTU pela prefeitura de Florianópolis. O aumento foi anulado em liminar do juiz José Gaspar Rubick e será submetido ao colegiado nesta quarta-feira. Fonte: Diário Catarinense – Moacir Pereira – 14-07   Confiança do consumidor em queda Temor pela volta da inflação e medo de perder o emprego fez com que brasileiros diminuíssem as compras neste ano O fantasma de uma inflação reprimida, certamente de preços administrados que podem explodir depois das eleições, está tirando o sono de muitos brasileiros. Essa preocupação vem sendo captada nas últimas semanas por vários indicadores que mostraram a deterioração da confiança do consumidor. Cada vez mais cauteloso com os gastos e inseguro em relação à manutenção do emprego, o brasileiro colocou o pé no freio nas compras no primeiro trimestre deste ano, quando o consumo das famílias, que responde por 63% do Produto Interno Bruto (PIB) e tem sido pilar do crescimento, caiu 0,1% em relação ao último trimestre de 2013. Para o segundo trimestre deste ano, o cenário é incerto e os indicadores antecedentes do consumo não são nada favoráveis. As vendas no varejo em abril, o último dado disponível, caíram 0,4% em relação a março, descontados os efeitos sazonais, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Previsão para próximo trimestre não é animadora Em maio, as vendas dos Dia das Mães decepcionaram e, em junho, os negócios do comércio foram prejudicados pelos jogos da Copa do Mundo. O quadro do consumo também não é animador para o terceiro trimestre. Sem datas sazonais importantes, menos da metade dos consumidores (46,6%) pretende adquirir bens duráveis ou semiduráveis entre julho e setembro, segundo a Pesquisa Trimestral de Intenção de Compras do Programa de Administração de Varejo (Provar) da Fundação Instituto de Administração (FIA). Trata-se da menor marca de intenção de compras para um terceiro trimestre em 12 anos. A cautela do brasileiro se baseia no temor de perder o emprego. Em junho, o Índice de Medo do Desemprego, apurado pela Confederação Nacional da Indústria, subiu pelo quinto trimestre seguido. No indicador nacional de confiança da Associação Comercial de São Paulo, levantado pelo instituto de pesquisas Ipsos Public Affairs, aumentou mais de 10 pontos, de 17% em maio de 2013 para 28% em maio deste ano, a fatia de brasileiros que está menos confiante com o seu emprego. Fonte: Diário Catarinense – Economia – 14-07   Fase mais difícil A economia brasileira já enfrentava baixo crescimento. Com a derrota na Copa, o ânimo do consumidor cai. Por isso o trabalhador precisa ter uma reserva para momentos mais difíceis. No emprego Em período de menor crescimento, o trabalhador precisa estar mais atento aos empregos e correr menos riscos na busca de melhores oportunidades. Os especialistas em finanças recomendam ter uma reserva de emergência de pelo menos três a seis meses de salário. Se a pessoa perde o emprego, tem reserva para procurar outro sem passar por dificuldades maiores. Em diversas regiões já há demissões. Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti – 14-07   Número de inadimplentes cresce 4,39% em junho Pesquisa do SPC Brasil e da CNDL divulga que os juros e inflação em alta devem manter o crescimento da inadimplência nos próximos meses Em junho, o número de pessoas inadimplentes registradas no banco de dados do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas)apresentou desaceleração e cresceu 4,39% em relação a junho de 2013. O indicador mensal de inadimplência do consumidor tem abrangência nacional e calcula tanto o número de brasileiros inadimplentes quanto a quantidade de dívidas em atraso. Os economistas da CNDL e do SPC Brasil apontam que, apesar do número de pessoas com parcelamentos em atraso ter crescido em junho, o resultado apresentado pelo indicador representa a interrupção de uma trajetória de consecutivas acelerações da inadimplência, iniciada desde o começo deste ano.  Para o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, ainda que o indicador tenha mostrado uma acomodação, o atual contexto macroeconômico de juros altos e de inflação elevada não colabora para reverter a tendência de alta dos próximos meses. "O consumidor endividado fica praticamente sem perspectivas ao ver a própria renda perder valor com a aceleração da inflação. Além disso, a alta dos juros contribui para encarecer o valor das parcelas dos financiamentos", disse Pellizzaro Junior. Na variação mensal, junho em relação ao maio deste ano, o número de consumidores com parcelamentos em atraso recuou 4,95%. Na avaliação dos economistas do SPC Brasil, a queda verificada em junho pode ser pontual e não deve se repetir ao longo dos meses seguintes. "É preciso aguardar os desdobramentos do indicador daqui pra frente para se chegar a uma avaliação mais clara", disse a economista do SPC Brasil, Marcela Kawauti. Dívidas em atraso mantêm crescimento A quantidade de dívidas em atraso no banco de dados do SPC Brasil mostrou, em junho, aumento de 5,0% em relação ao mesmo mês de 2013. A variação ficou muito próxima à alta de 5,21% que já havia sido verificada no mês anterior. Os analistas das duas entidades explicam que o número de dívidas ainda não pagas mantém o patamar de crescimento anual por volta de 5,0%, o que vem sendo verificado desde abril de 2014. "A tendência do indicador é de alta, e assim como acontece no indicador de pessoas inadimplentes, este comportamento deve se repetir ao longo dos próximos meses", diz Marcela Kawauti.  Fonte: Portal da Adjori / SC- 14-07   REOCUPAÇÃO COM ALTA DOS PREÇOS SE REFLETE NO CONSUMO Indicadores apontam que cautela e perda de confiança do brasileiro também se baseiam no temor de perder emprego O fantasma de uma inflação reprimida, certamente de preços administrados que podem explodir depois das eleições, está tirando o sono de muitos brasileiros. Essa preocupação vem sendo captada nas últimas semanas por vários indicadores que mostraram a deterioração da confiança do consumidor. Cada vez mais cauteloso com os gastos e inseguro em relação à manutenção do emprego, o brasileiro colocou o pé no freio nas compras no primeiro trimestre deste ano, quando o consumo das famílias, que responde por 63% do Produto Interno Bruto (PIB) e tem sido pilar do crescimento, caiu 0,1% em relação ao último trimestre de 2013. Para o segundo trimestre deste ano, o cenário é incerto e os indicadores antecedentes do consumo não são nada favoráveis. As vendas no varejo em abril, o último dado disponível, caíram 0,4% em relação a março, descontados os efeitos sazonais, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em maio, as vendas dos Dia das Mães decepcionaram e, em junho, os negócios do comércio foram prejudicados pelos jogos da Copa do Mundo. O quadro do consumo também não é animador para o terceiro trimestre. Sem datas sazonais importantes, menos da metade dos consumidores (46,6%) pretende adquirir bens duráveis ou semiduráveis entre julho e setembro, segundo a Pesquisa Trimestral de Intenção de Compras do Programa de Administração de Varejo (Provar) da Fundação Instituto de Administração (FIA). Trata-se da menor marca de intenção de compras para um terceiro trimestre em 12 anos. A cautela do brasileiro se baseia no temor de perder o emprego. Em junho, o Índice de Medo do Desemprego, apurado pela Confederação Nacional da Indústria, subiu pelo quinto trimestre seguido. No indicador nacional de confiança da Associação Comercial de São Paulo, levantado pelo instituto de pesquisas Ipsos Public Affairs, aumentou mais de 10 pontos, de 17% em maio de 2013 para 28% em maio deste ano, a fatia de brasileiros que está menos confiante com o seu emprego. Diante da incerteza em relação à inflação e à empregabilidade, o consumidor adotou um comportamento defensivo. A secretária executiva Vanessa Marques Acencio, de 34 anos, por exemplo, reduziu as idas ao supermercado: antes ia entre duas a três vezes por mês. Hoje vai só uma vez e estoca os produtos no freezer. Já o analista fiscal Alex Henrique Lima, de 30 anos, começou a poupar. Agora guarda 20% da sua renda e até pouco tempo atrás não poupava nada. Também na defensiva, a administradora de empresas Sandra Hoffmam, de 36 anos, não pretende comprar nada a prazo, muito menos fazer aquisições de produtos de grande valor nos próximos meses. Para o gerente comercial Marcelo Murilo Carraca, de 68 anos, que desistiu de uma viagem ao Chile programada para este mês, o momento é de segurar as despesas e fazer uma poupança forçada. 'A INFLAÇÃO VAI EXPLODIR APÓS AS ELEIÇÕES', DIZ ADMINISTRADORA Sandra Hoffmam, 36 anos,administradora  "Faz dois meses que eu não faço compras em geral. O último mercado que eu fiz foi em abril, depois só fui repondo. Na parte da comida eu não economizo, mas nas demais compras, sim. Isso está acontecendo desde abril. Passei a substituir marcas: no lugar de Omo estou usando Ariel, por exemplo. Também reduzi as idas ao supermercado: antes ia três vezes ao mês e agora, uma vez. Indo menos eu compro menos. Antes, todo mês eu comprava roupa nova para os meus filhos, comprava tênis, um brinquedo ou outro. Decidi economizar porque achei que o governo está escondendo muita coisa. O PIB, a inflação, os custos que eu tenho certeza que depois da Copa vão subir bastante. Acho que o governo está segurando por causa da eleição. Depois, vai explodir. Tenho medo do desemprego. E, para me precaver, estou poupando mais. Antes eu guardava 10% da minha renda; agora poupo 40%. Não tenho dívidas pendentes. A última dívida pendente foi de R$ 15 mil e faz um ano. Também estou evitando compras a prazo. Não estou confiante na economia. Tenho casa própria e carro e não estou pretendendo comprar nada de grande valor nos próximos meses." 'É O MOMENTO DE SEGURAR DESPESAS', DIZ GERENTE DE COMPRAS Marcelo Murilo Carraca, 68 anos, gerente de compras "Na nossa empresa de telefonia celular, sentimos uma queda de 40% nas vendas em maio na comparação com 2013. A queda ocorreu por causa da Copa, mas também em razão das manifestações e do medo da inflação. O que vendeu até agora foi alimento e bebida. É a hora de trabalhar. Tenho de arrumar alguma maneira de levar o cliente para a loja. Fazemos campanha, oferta. Smartphone continua bem, mas sentimos a caída. Não acho que ainda estamos em crise, mas caminhamos para alguma coisa parecida. Não acho que seja recessão, mas dificuldade. A eleição de outubro afeta muito o humor das pessoas. Acho que vai ter algum número bloqueado de inflação e vai aparecer depois da eleição. Na minha empresa estamos cautelosos, segurando contratações maiores. Por causa da queda nas vendas, caiu o meu ganho variável. Não troquei a TV para a Copa, procurei segurar um pouco as compras. Antigamente, quando havia reuniões em casa para assistir aos jogos eu comprava tudo. Agora divido com os meus genros. Planejava ir para o Chile, mas cortei a viagem. Agora é momento de segurar as despesas. É uma poupança forçada. Viagem, tô fora." 'REDUZI AS IDAS AO SUPERMERCADO', DIZ SECRETÁRIA Vanessa Marques Acencio, 34 anos, secretária executiva "Tenho reduzido as compras todo mês. Faz um ano que comprei um apartamento na planta. Aí tem juros, INCC, financiamento. Tenho economizado bastante para poder pagar. Reduzi as despesas nos últimos meses porque agora vem a parcela intermediária. Trabalho há quatro anos na mesma empresa e sempre temos corte. A economia tem oscilações. Todo mundo está sujeito a isso. Por eu ser secretária executiva, não tenho tanto esse temor de perder o emprego. Mas a gente vê que a empresa está reduzindo muito os custos. Hoje estou poupando, no mínimo, 30% da minha renda. No passado, eu poupava bem menos porque não tinha toda essa responsabilidade da compra do apartamento. Também reduzi as idas ao supermercado. Antigamente, ia duas a três vezes ao mês. Hoje eu vou uma vez só. Antigamente, lavava roupa duas a três vezes por semana. Hoje eu espero juntar e lavo tudo de uma vez, porque economizo no sabão e no amaciante. Antes quase toda a semana eu ia ao supermercado. Hoje compro tudo, estoco os produtos no freezer. Assim eu economizo mais. Não substituí marcas de produtos, mas reduzi as quantidades compradas. Tenho cortado esses gastos de almoçar fora, jantar fora." 'DESEMPREGO COMEÇA A PREOCUPAR', DIZ ANALISTA FISCAL Alex Henrique Lima, 30 anos, analista fiscal "Estou reduzindo as compras em geral ultimamente por causa da inflação e comecei a poupar. Estou poupando 20% da renda; antes não poupava nada, comecei a poupar este ano. Tudo está muito caro e para conseguir comprar algo à vista tem que guardar dinheiro. Não estou comprando nada a prazo. A minha última compra foi de um tablet à vista. A prazo, dá uns 30% a 40% a mais do que valor à vista. Guardei dinheiro desde o início do ano e comprei agora. Trabalho há quatro anos na mesma empresa de produtos de informática. Nos últimos meses deu uma diminuída nas vendas de um modo geral e a gente fica preocupado com o desemprego. Com a caída nas vendas, consequentemente deve ter uma redução no quadro de funcionários. Nenhuma empresa consegue manter o seu quadro de funcionários sem estar vendendo mais. Também reduzi as compras de supermercado: estou indo uma vez por mês ao supermercado ou uma vez a cada um mês e meio. Antes ia a cada 15 dias. Isso faz a gente economizar: deixei de comprar produtos por impulso. Também comecei a trocar de marcas: analiso aquela marca que está em promoção. Antes eu não fazia isso. Ia para a marca que eu já conhecia e que tinha um certo prestígio no mercado. Diminuí as saídas para jantar fora. Acho que sempre em anos de eleição é complicado. Eles prometem um milhão de coisas e quando entra um novo presidente sempre acaba tendo aumento da inflação. Estou cauteloso." Fonte: O Estado de São Paulo – 14-07   PIB crescerá menos que 1%, apontam previsões Bancos voltam a reduzir previsões para 2014; se confirmadas, taxa de crescimento do PIB será a menor desde 2009 A economia brasileira deve crescer menos de 1% este ano. Se as projeções se confirmarem será a menor taxa de expansão do Produto Interno Bruto (PIB)desde 2009, quando a economia teve retração de 0,3% por causa da crise financeira internacional. Ontem, o Departamento Econômico do Itaú Unibanco reduziu de 1% para 0,7% a projeção de avanço do PIB para este ano. A consultoria GO Associados também revisou de 1,5% para 0,5% a estimativa de crescimento do PIB. O Departamento Econômico do Bradesco vai anunciar na próxima semana a nova estimativa de crescimento, em torno de 1% para este ano, ante projeção 1,5%. Faz um mês que a consultoria MB Associados considera um crescimento de 0,9% para 2014. Com o número crescente de revisões do PIB, provavelmente a mediana das projeções do mercado captada pelo Boletim Focus do BC, que será divulgada na segunda-feira, deve ficar abaixo de 1%. Nesta semana, a mediana das projeções de alta do PIB estava em 1,07%. Fábio Silveira, diretor de pesquisas da consultoria GO Associados, reduziu ontem de 1,5% para 0,5% a projeção de crescimento do PIB para este ano, fundamentalmente por causa da fraco desempenho da indústria. "A indústria teve um 2º trimestre muito ruim", diz ele, que prevê retração de 0,7% na produção industrial de 2014. "Revisamos tudo", afirma Caio Megale, economista do Itaú Unibanco. O corte na projeção do ano ocorreu porque houve revisões para baixo nas estimativas trimestrais do PIB. O crescimento do 2º trimestre, inicialmente projetado em 0,2% na comparação com o trimestre anterior, virou uma queda de 0,2% e, agora, retração de 0,3%. "Essa foi a primeira mudança, pois vimos fundamentalmente uma queda na produção industrial. Para junho projetamos recuo de 2,5% na indústria." Estoques. O economista explica que parte da retração se deve ao menor número de dias úteis na indústria por causa da Copa. Outra parte decorre dos fundamentos econômicos, que sinalizam uma atividade mais fraca, com juros em alta, estoques elevados na indústria e no comércio e confiança em baixa. "Tudo isso afeta o nível de produção." Na análise de Megale, o segundo semestre começa mais fraco do que o inicialmente previsto. Para o 3º e o 4º trimestre, o Itaú Unibanco cortou a projeção de crescimento que era de 0,5% e 0,4%, respectivamente, para 0,3% para os dois trimestres. Já o economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale, diz que a forte queda na atividade nos últimos meses não deve se repetir no segundo semestre. De toda forma, ele projeta crescimento de 0,9% para o PIB do ano. Fonte: O Estado de São Paulo – 14-07   Para driblar inflação, consumidor deve manter referência de preços Em tempos de inflação acumulada acima da meta e consumidores mais preocupados (a expectativa quanto à alta de preços passou de 7,2% em maio para 7,4% em junho, de acordo com medição da FGV), consultores financeiros sugerem estratégias para driblar a carestia. Um dos principais problemas é que a inflação tende a matar as referências de preço, diz Nuno Fouto, da FIA (Fundação Instituto de Administração). "Mas é preciso tentar mantê-las e substituir os itens mais caros. Tentar fazer uma substituição com produtos que eventualmente não tenham subido tanto." Uma das principais recomendações é elaborar um orçamento detalhado, incluindo os itens comprados em supermercados, porque a partir dele é que se podem planejar as ações mais práticas. A primeira providência, ao sair para abastecer a casa, é fazer uma lista, o que torna a compra mais objetiva e evita gastos desnecessários, seja na quantidade, seja na escolha dos produtos. Outra recomendação é pesquisar, verificando em quais supermercados as marcas que costuma usar estão mais baratas. Mas não vale a pena fazer muitas viagens, pois o custo com combustível ou transporte pode anular a vantagem de achar um produto mais barato. Se o preço de algum item tiver subido muito, o consumidor pode experimentar trocar por outra marca, desde que a qualidade do produto se mantenha. A dona de casa Rosângela Bosolani da Silva, 45, adota boa parte dessas táticas. "Faço compras mensais e busco aproveitar promoções semanais em supermercados. Também compro marcas mais baratas, mas não é todo produto que compensa", diz. Rosângela Bosolani da Silva, que compara preços e troca marcas para driblar inflação Outra medida que pode ser adotada é buscar as redes atacadistas, que costumam ter produtos mais em conta. "É uma boa opção fazer estoque de itens não perecíveis em promoção. Observe a data de validade", diz Álvaro Modernell, diretor da Mais Ativos Educação Financeira. Se não quiser estoque alto, dá para aproveitar esses preços fazendo grupos com amigos para comprar grandes quantidades, complementa. Ter dinheiro para pagar um produto à vista aumenta o poder de barganha do consumidor, afirma a planejadora financeira Annalisa Dal Zotto. "Um desconto de 10% em um cenário de inflação na casa dos 6% é vantajoso", diz. Por esse motivo, o orçamento que é base do planejamento deve incluir uma quantia a ser poupada. Em casa, o consumidor pode reduzir o consumo de energia e água. Além de aliviar o orçamento doméstico, a medida também proporciona benefícios ambientais. Além disso, em tempos de juros altos, só se deve tomar empréstimo se não houver alternativa. PERCEPÇÃO Nos últimos 12 meses, o IPCA, índice oficial de inflação, ficou em 6,52%, acima do teto da meta estabelecida pelo governo, de 6,5%. Embora a expectativa seja de que a pressão sobre os preços, principalmente de alimentos, caia no segundo semestre, o IPCA em 12 meses deve continuar em nível mais alto até o final do ano. O índice de expectativa de inflação medido pela FGV em junho mostra que 34,1% dos brasileiros estimavam inflação entre 7% e 8% neste ano. "Se o consumidor percebe que os preços vão subir, segura o ímpeto de consumo, concentrando-se os produtos e serviços de necessidade básica", diz Angelo Polydoro, responsável pelo indicador.  Fonte: Folha de São Paulo – 14-07

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