Clipping Diário - 14, 15 e 16/05/2016
Publicado em 16/05/2016
Sábado - 14/05
Fonte: Diário Catarinense
Entidades de SC reagem à fala de Meirelles e reforçam posição contrária ao aumento de impostos
Entidades e lideranças empresariais de Santa Catarina reagiram à fala do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e reforçaram o posicionamento contrário ao aumento de impostos. Aposta do presidente interino Michel Temer para recuperar a economia do país, Meirelles disse em entrevista coletiva nesta sexta-feira que "a prioridade é o equilíbrio fiscal", mas não descartou a volta da CPMF e o aumento de impostos a médio prazo, ainda que ambas as situações ocorressem de forma temporária.
Uma das principais defensoras da bandeira contra mais impostos, a Federação das Indústrias de SC (Fiesc) manteve a linha de argumentação e afirma que qualquer elevação da carga tributária manterá o crescimento do Brasil estagnado.
— Mantemos nossa posição de que o governo deve fazer um grande esforço para reduzir o déficit fiscal, mas com controle de gastos, e não com mais tributos. Aumento de impostos, ainda que temporário, prejudica o crescimento, tira mais competitividade das empresas. A prioridade tem que ser controlar gastos, melhorar a qualidade da aplicação e tomar outras medidas para melhorar a arrecadação. O governo, por exemplo, tem uma proposta bem aceita que é acelerar as concessões privadas de infraestrutura. Essa medida sim é capaz de estimular a economia a voltar a crescer — analisa o presidente da Fiesc, Glauco José Côrte.
Vice-presidente da Aurora Alimentos, Neivor Canton diz que o agronegócio também desaprova a possibilidade de se aumentar a carga tributária, mas destaca que as declarações do ministro da Fazenda demonstram mais transparência quanto às reais condições das contas públicas.
— Todo brasileiro tinha a expectativa de que nessa nova fase a transparência seja a tônica, que não se tenha pressa em estar anunciando aumento da carga tributária. Todo mundo entende que o ajuste fiscal é necessário, mas precisamos saber a razão. Quero crer que a afirmação do ministro foi preventiva, de quem precisa resolver o problema e se dispõe a isso, e então deixa essa abertura para que em algumas semanas sejam prestadas contas e se fale com clareza à nação sobre as medidas necessárias. Mas é certo que o crescimento econômico que se busca não poder ser apenas pelo aumento dos tributos — comenta o empresário.
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio) de Santa Catarina considera que a criação de impostos deve ser descartada pelo novo ministro, ainda que em caráter provisório. A entidade argumenta que a redução das margens de lucro no comércio e serviços, ocasionada pela inflação e a queda no volume de vendas, demonstra a incapacidade de penalizar o setor produtivo brasileiro e a sociedade em geral. A rejeição da PEC 140/2015, que recria a CPMF, também é pauta prioritária da Fecomércio.
Outras prioridades planejadas por Meirelles, porém, foram bem vistas pela Federação, entre elas o equilíbrio fiscal e da dívida pública e o diálogo sobre uma reforma trabalhista que não retire direitos, mas eleve a produtividade da economia brasileira.
— É fundamental que não se eleve a carga tributária, o que penalizaria ainda mais o setor produtivo, e reduzir o gasto público, a inflação e os juros básicos. Para o Brasil superar a atual crise, é preciso a adoção de uma política econômica que busque a obtenção de ganhos de produtividade na nossa economia. Este fator é determinante para a atual crise, visto que nos últimos anos os salários cresceram muito além da produtividade —, avalia o presidente da Fecomércio, Bruno Breithaupt.
O Sindicato dos Armadores e das Indústrias da Pesca de Itajaí e Região, maior entidade do setor em SC, é outra organização que critica o possível aumento de tributos. Para o presidente Jorge Neves, o setor produtivo hoje já tem uma carga tributária bastante elevada, que se soma aos custos de produção que a cada dia oneram mais a obtenção e processamento da matéria prima e a retração do consumo em função da crise econômica.
— Um aumento de impostos neste momento, embora possa ser necessário para a recuperação das contas do país, agravaria mais a situação. O setor só poderia suportar aumento da carga tributária se acompanhadas de políticas públicas que venham a desonerar estes custos de produção e processamento — comenta Neves.
Fonte: Diário Catarinense
Carolina Bahia: Henrique Meirelles e a novela da dívida dos Estados
Henrique Meirelles deve chamar os governadores para uma primeira conversa geral sobre a renegociação da dívida na próxima semana. Existe uma sinalização para os secretários de Fazenda, que se preparam para retomar as negociações. Ao contrário do que houve no governo Dilma, a equipe econômica não pretende empurrar um prato feito. Tudo indica que há disposição para o diálogo, o que já é uma boa notícia.
O novo ministro da Fazenda afirmou, em sua primeira manifestação, que vai cumprir a orientação do STF, para que Estados e União entrem em um acordo. Há 15 dias, em São Paulo, ele teve uma reunião com o governador Raimundo Colombo (SC). Meirelles queria entender o impasse e por que o assunto foi parar na Justiça. Mas fez uma ressalva: qualquer acordo precisa ser equilibrado, que não prejudique ainda mais as contas federais. Uma equação quase impossível.
Em seu discurso de apresentação, Temer falou em pacto federativo. Em tempos de crise para todos os lados, é difícil de acreditar que a União possa promover alguma mudança profunda na divisão dos tributos. A crise econômica revelou a irresponsabilidade fiscal dos governos. Chegam a uma situação insustentável porque deixaram a máquina crescer acima da arrecadação, não promoveram reformas impopulares como a da Previdência. Todos sabem disso. Mas Meirelles também sabe o quanto seria politicamente interessante ter o apoio dos governadores, resolver o impasse no Judiciário e ainda dar um fôlego para a economia dos Estados. Qual seria a saída milagrosa? Difícil saber. O novo ministro, no entanto, tem credibilidade e experiência suficientes para reabrir a mesa de negociações, e com a obrigação de ser bem mais transparente do que a equipe anterior.
Domingo - 15/05
Fonte: Diário Catarinense
Edital para aeroportos propicia competitividade, avaliam especialistas
As condições previstas no edital para a concessão dos aeroportos de Porto Alegre (Salgado Filho), de Salvador (Deputado Luís Eduardo Magalhães), de Florianópolis (Hercílio Luz) e de Fortaleza (Pinto Martins) devem possibilitar o aumento da competitividade. Essa é a avaliação de especialistas em um momento em que o cenário macroeconômico e a instabilidade política desestimulam a participação dos investidores.
Entre os pontos de destaque da minuta de edital e outros documentos jurídicos divulgados na última semana, advogados especializados em infraestrutura citaram a redução dos requisitos mínimos para os operadores, a possibilidade de um mesmo investidor controlar dois aeroportos de regiões diferentes e a chance de um dos atuais concessionários adquirirem até 15% dos aeroportos.
A advogada do Stocche Forbes, Mariana Saragoça, considerou as mudanças positivas.
— Empresas que talvez não atendessem aos requisitos mínimos anteriores agora podem participar dos leilões, assim como os atuais concessionários, que também poderão participar, mas com restrições. Isso tem um impacto na competitividade — afirma.
Pelas regras propostas, os operadores deverão demonstrar experiência em processamento mínimo de 9 milhões de passageiros em pelo menos um dos últimos cinco anos para os aeroportos de Salvador (BA) e Porto Alegre (RS), de no mínimo 7 milhões para o aeroporto de Fortaleza (CE) e de no mínimo 4 milhões para o aeroporto de Florianópolis (SC).
No leilão anterior, dos aeroportos de Galeão (RJ) e Confins (MG), o operador aeroportuário deveria ter experiência na operação de aeroportos com movimento superior a 22 milhões de passageiros por ano para o Galeão e de 12 milhões de passageiros/ano para Confins. Adicionalmente, os operadores deveriam ter no mínimo 25% de participação no consórcio, agora esse porcentual foi reduzido a 15%.
O sócio da área administrativa da Veirano Advogados, Ricardo Gama, acredita que a exigência mínima foi reduzida para incrementar a competição e diminuir o número de reclamações a respeito dessa condição. Segundo Gama, uma outra explicação para a redução é o fato de os aeroportos em questão serem menores do que os disputados anteriormente.
Os requisitos mínimos para os operadores colocados pelo governo estão dentro do esperado pelo mercado, na avaliação de Pablo Sorj, sócio do Mattos Filho.
— Há muito interesse nessas concessões, principalmente de operadores europeus e asiáticos — afirmou.
Para Sorj, a tendência é de que construtoras de médio porte participem como parceiras dos investidores internacionais. No próximo leilão de aeroportos, haverá a possibilidade de um mesmo grupo econômico vencer a disputa por mais de um deles, desde que não situados na mesma região geográfica. Além disso, acionistas diretos ou indiretos das concessões já existentes poderão compor consórcios para disputar os aeroportos na mesma região geográfica, mas a participação será limitada a 15% do consórcio.
Na visão de Ricardo Gama, da Veirano, essas duas questões — a possibilidade de um mesmo vencedor para dois aeroportos e possibilidade de investidores que detenham os direitos de outros aeroportos entrarem no leilão — podem provocar polêmica ao longo da audiência pública.
— Na última concessão, essas questões levantaram discussão, agora pode acontecer de novo — avalia.
A necessidade de contratação de funcionários da Infraero para trabalharem nos aeroportos concedidos é uma questão delicada das exigências do leilão, pondera Mariana Saragoça, do Stocche Forbes. Na sua avaliação, o ponto pode levantar dúvidas de possíveis investidores.
— Provavelmente, os participantes irão querer entender essa medida e compreender como isso pode impactar o negócio — explica.
Fonte: Diário Catarinense
Com desemprego e dívidas, consumo no Brasil volta aos níveis de 2010
Com as famílias endividadas e o fantasma do desemprego rondando a economia, o consumo, que já foi o motor de crescimento do país, deve chegar ao fim deste ano no mesmo nível de 2010. Um retrocesso de seis anos, se descontada a inflação. Nesse período, o mercado consumidor brasileiro encolheu R$ 1,6 bilhão, valor que se aproxima, em dólares, ao PIB da Argentina.
A expectativa para este ano é de que o total de gastos dos brasileiros com produtos e serviços chegue a R$ 3,9 trilhões, segundo projeções da IPC Marketing.
– A queda que houve em 2015 e a que é esperada para este ano anulam o crescimento que ocorreu entre 2011 e 2014 – diz Marcos Pazzini, responsável pelo estudo e diretor da consultoria.
O consumidor, na prática, já percebeu isso. O carrinho de supermercado não é mais o mesmo, o plano de trocar de carro ou de comprar um imóvel foi adiado, as férias no Exterior voltaram a ser uma meta de longo prazo.
– Uma das diferenças dessa crise é que, agora, o brasileiro tem uma sensação de perda muito maior – diz Renato Meirelles, do instituto Data Popular.
Por quatro anos consecutivos, de 2011 a 2014, a taxa de crescimento do consumo das famílias superou o desempenho do PIB. No ano passado, pela primeira vez, o consumo caiu 4% e superou a retração do PIB, de 3,8%.
Para 16 de 22 categorias de produtos analisadas, o consumo é ainda mais baixo do que o nível de 2010. Entre elas, estão despesas com vestuário, recreação e cultura, mensalidades escolares, alimentação no domicílio e gastos com viagens.
O que aconteceu no setor automotivo é emblemático para entender esse processo de ascensão e queda do consumo, diz o economista José Roberto Mendonça de Barros, sócio da MB Associados.
– O governo não entendeu que a demanda começou a cair e continuou estimulando a capacidade de produção – diz.
Hoje, as montadoras estão preparadas para produzir 5 milhões de unidades por ano, mas fazem apenas 2 milhões. No setor, a estimativa é de que se leve uma década para retomar os níveis recordes de venda.
Em quanto tempo o mercado consumidor como um todo vai se recuperar é uma previsão que os economistas ainda não conseguem fazer.
– As famílias estão muito endividadas. Primeiro, terão de pagar suas contas para depois voltar a consumir – avalia Zeina Latif, economista chefe da XP Investimentos.
– Será uma recuperação lenta – define.
No entanto, o caminho, relatam os economistas, pode ser mais curto do que se imagina se a equipe do presidente em exercício Michel Temer conseguir, como vem dizendo, retomar a confiança do mercado.
– Esse é um fator que não é possível medir, mas pode ser um acelerador – analisa Adriano Pitoli, da consultoria Tendências.
– É preciso estabilizar a economia, fazer o ajuste fiscal, reduzir a taxa de juros, controlar a inflação. Não tem outra saída – acrescenta.
Fonte: Diário Catarinense - Estela Benetti
Mais otimistas sobre a reversão da recessão
Diante da recessão profunda, a maioria acredita que vai ser difícil retomar o crescimento. Este ano, até pelo carregamento da crise de meses anteriores, o PIB terá retração. Mas há lideranças otimistas sobre a velocidade de reversão dessa queda. Entre elas estão o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e o economista Claudio Considera, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV).
Meirelles afirmou que a recuperação da economia pode vir num prazo mais curto do que o esperado. Ele fala com base na experiência positiva que teve nesse sentido quando assumiu o Banco Central em 2003, no primeiro governo Lula. Naquele período, era esperada uma recessão prolongada, mas ela durou apenas dois trimestres e o ano fechou com crescimento de 1,1% do PIB.
Embora muitas projeções feitas até agora tenham indicado queda do PIB próxima de 4% este ano, se a economia começar a melhorar, essa retração pode ser menor, prevê o economista Claudio Considera. Para ele, isso pode ser possível se o governo de Michel Temer conseguir reduzir as turbulências políticas e viabilizar a retomada da confiança do mercado com a volta de investimentos. Segundo o economista, há números melhores na indústria, que está caindo menos, e maior retomada de exportações.
Fonte: Diário Catarinense - Estela Benetti
Juros baixos atraem novos associados para cooperativas de crédito
Entre as razões da expansão das cooperativas de crédito estão os juros mais baixos do que os do sistema financeiro tradicional. Na entrevista que publiquei aqui em post anterior com o presidente do Sicoob SC, Rui Schneider da Silva, informei errado os juros. Na realidade, as taxas do Sicoob são o dobro mais baratas do que as cobradas por um grande banco público, tanto no caso do crédito pessoal, quando do cheque especial. No crédito pessoal não consignado, a taxa do Sicoob dias atrás, segundo a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), estava em 2,24% ao mês. No banco era 4,77% ao mês.
Segunda-feira - 16/05
Fonte: Diário Catarinense
PT diverge sobre tom da oposição a governo Temer
A cúpula do PT está dividida sobre o tom da estratégia de oposição ao governo comandado por Michel Temer. À procura de uma bandeira que vá além do discurso do "golpe" contra Dilma Rousseff, afastada da Presidência por até 180 dias, o comando petista pode apoiar até mesmo a proposta de antecipação das eleições presidenciais, mas ainda há divergências sobre o rumo a seguir.
O PT também abriga diferentes posições sobre a forma de tratar, a partir de agora, projetos que sempre defendeu, como a recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). A intenção de reeditar a CPMF como "imposto temporário" foi anunciada, na sexta-feira, pelo novo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
– Nada do que vier desse governo ilegítimo será aprovado por nós. Faremos oposição ferrenha – afirmou o deputado Paulo Pimenta (PT-RS).
Nem todos, porém, têm a mesma opinião:
– Em princípio, o que nós defendíamos antes, continuaremos defendendo. Se os recursos da CPMF forem vinculados à saúde, a proposta pode ter nosso apoio. Sou favorável a isso – disse o ex-líder do governo no Senado Humberto Costa (PT-PE), que foi ministro da Saúde no primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva.
O modelo da oposição petista será discutido nesta segunda-feira, durante reunião da Executiva do partido, e também na terça, quando haverá encontro do Diretório Nacional, em Brasília, com a presença de ex-ministros, governadores e prefeitos. Lula foi convidado, mas, no domingo, informou que não poderá comparecer.
Antes de o impeachment ser aprovado pelo Senado, em primeira votação, Dilma chegou a cogitar a possibilidade de enviar ao Congresso uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) para encurtar o seu mandato. Seria uma tentativa de fazer um aceno para o diálogo com outras forças e, ao mesmo tempo, de "emparedar" Temer.
Recuo
Dilma desistiu de enviar a proposta porque a CUT e o MST foram contrários à ideia. Agora que ela não tem mais a caneta na mão, uma ala do PT quer avalizar uma proposta em tramitação no Senado, que prevê eleições presidenciais em outubro, mês das disputas municipais.
A chance de aprovação de um projeto assim é remota, mas correntes do PT julgam necessário movimentar o debate político e constranger Temer. Mais uma vez, há divergências.
– Não é o momento de tratar disso. Temos de fazer a defesa do mandato de Dilma, lutar pelo "Fora Temer" e cuidar das eleições para prefeituras – comentou o deputado Paulo Teixeira (PT-SP).
– Essas devem ser nossas prioridades – emendou.
Fonte: Diário Catarinense
Estudos para concessão da BR-280, no Norte de SC, são adiados pela segunda vez
O que era para estar pronto em janeiro ficou para o final de agosto. Em julho do ano passado, quando as empresas se cadastraram, o governo federal queria prontos em seis meses os estudos sobre a concessão da BR-280 para a iniciativa privada, um investimento estimado entre R$ 2,1 bilhões entre São Francisco e Porto União.
Os levantamentos apontariam os locais prováveis das praças de pedágios, os valores estimados da tarifa e quais obras deveriam ser feitas. Pois em janeiro, o prazo foi esticado para julho e, na semana passada, houve nova prorrogação, desta vez para o dia 31 de agosto.
Assim, a possibilidade de leilão ainda em outubro, como chegou a ser aventado, ficou remota. Não está definido exatamente qual o modelo da concessão, se os trechos já em obras ficam com as atuais empreiteiras ou são transferidos para a concessionária do pedágio ou mesmo se será adotado modelo híbrido, com a rodovia privatizada e o governo federal ajudando nas obras.
Chance de paralisação
A BR-280 está sendo duplicada em dois dos três lotes do trecho entre São Francisco e Jaraguá. Por falta de dinheiro, o DNIT chegou a sugerir a paralisação das obras – e em outras rodovias federais –mas o Ministério dos Transportes ainda não se manifestou.
Fonte: De Olho na Ilha
Cobertura retrátil do Mercado Público começa a ganhar forma
Obra está na fase da montagem da estrutura para sustentação da membrana que vai cobrir o vão central
Com a retirada dos andaimes, a estrutura da cobertura retrátil do vão central do Mercado Público já está ganhando forma . A obra está na fase de pintura dos perfis e montagem da estrutura para sustentação da membrana que vai cobrir o vão, o que inclui a instalação de trilhos, tubos, calhas e motores. Ao fim dessa fase, começa a colocação da membrana em si. A obra deve ficar pronta ainda neste semestre. As informações são da Prefeitura da Capital.
A membrana de quase mil metros quadrados de área que será utilizada é composta por um tecido de fios de poliéster de alta tenacidade, recoberto por uma massa de polímeros com PVC, protegida por um verniz acrílico nas duas faces. A escolha deste material, com aparência branca fosca, se deu pelo fato de servir como barreira contra raios solares, evitando a sensação de ‘estufa’ na área sob a cobertura, o que provocaria desconforto aos usuários do vão central.
A instalação da cobertura foi dividida em duas etapas, a primeira, já concluída, com a montagem da estrutura de suporte, nivelamento e colocação do piso. A segunda etapa, que está em andamento, refere-se à instalação da cobertura em si.
A cobertura definitiva do Mercado Público de Florianópolis é composta por um metal não oxidável com partes retráteis para possibilitar sua abertura e fechamento, de acordo com a condição climática do dia. A obra está sendo realizada pela empresa Esfera Sul, vencedora da licitação.
Fonte: Exame
O Brasil está pronto para a indústria 4.0?
O que é indústria do futuro para você? Esqueça todas as ideias de um ambiente cibernético distante da realidade atual. Em países como Estados Unidos e Alemanha, todas as decisões no chão de fábrica já são tomadas pelas próprias máquinas, a partir de informações fornecidas em tempo real. A quarta revolução industrial já começou e empresas de todo o mundo começam uma corrida contra o tempo para entrar na era da chamada indústria 4.0.
Estamos falando aqui de uma nova lógica de produção que nasceu na Alemanha, em 2011, e deu início ao processo de digitalização da operação industrial. A união do conceito de internet das coisas com a automatização industrial gera inteligência à manufatura e um universo de possibilidades para diferentes fabricantes. Máquinas interconectadas conversam e trocam comandos entre si, armazenam dados na nuvem, identificam defeitos e fazem correções sem precisar de ajuda.
E o Brasil? Em que estágio está nesse movimento? Muitas indústrias brasileiras já automatizaram seus processos, mas ainda não alcançamos a manufatura digital. “A indústria 4.0 é composta por duas vertentes: processos integrados que garantem a produção customizada e produtos inovadores. O Brasil precisa ainda andar muito nesses dois sentidos. Temos poucos setores competitivos em escala global”, afirma o professor Eduardo de Senzi Zancul, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP).
Algumas indústrias brasileiras saíram na frente, com projetos que podem ser considerados 4.0. Veja o caso da Ambev. Em 2015, a multinacional de bebidas adotou um sistema de automação para melhorar o controle do processo de resfriamento da cerveja e reduzir as variações de temperatura, evitando, assim, o desperdício de energia. A tecnologia já está em oito cervejarias da empresa e a previsão é expandir o uso para outras unidades ao longo deste ano.
Na Volkswagen Brasil, todos os projetos nascem a partir de um modelo digital. Os produtos são simulados em ambiente 3D, o que acelera o processo, garante flexibilidade, otimiza o tempo de produção e ainda abre postos de trabalho altamente qualificados. A Volkswagen tem investido em software, hardware e treinamento para que os funcionários passem a lidar com essa nova realidade. Cinco novas iniciativas nas fábricas brasileiras já permitiram uma economia para a empresa de 93 milhões de reais em dois anos.
“A indústria 4.0 cria uma produção em rede mais precisa, de baixo custo, e permite personalizações em massa com velocidade”, afirma Rosane Prado, diretora da área de digital da consultoria Innovative. As máquinas podem reproduzir diferentes modelos de um produto em sequência, sem qualquer necessidade de parada para reconfiguração.
A intenção é que o consumidor possa escolher um carro de cor diferente, por exemplo. Ainda na linha de montagem, aquele automóvel já teria um dono, pois as máquinas podem receber o pedido e fazer as customizações necessárias. “Tradicionalmente, a produção industrial acontece em lotes muito grandes. Mas, com a digitalização, cada produto é único na linha de produção”, diz Zancul.
Essa é uma realidade possível em países como Alemanha e Estados Unidos, porque existem grandes projetos e iniciativas com participação do governo e da iniciativa privada. Nos Estados Unidos, foi criada a organização sem fins lucrativos Smart Manufacturing Leadership Coalition (coalização para a liderança em indústria inteligente, em tradução livre) para mostrar, com a ajuda de pesquisas, os benefícios da manufatura avançada e facilitar sua adoção.
Investir em inovação e em educação é uma das principais formas de reverter o cenário brasileiro, até mesmo para aumentar a compreensão do que é digitalização. “Já existem instituições, empresas e universidades trabalhando em torno da indústria 4.0. Mas o movimento ainda está disperso. Não temos um grande projeto para agregar esforços e gerar massa crítica de mão de obra, de qualificação e de mercado”, afirma Zancul.
Para competir globalmente, a indústria nacional deve aumentar sua produtividade e sua participação na economia brasileira. “As empresas precisam fazer uma transformação digital tanto em hardware quanto em software para ter uma integração completa de todos os processos”, diz Rosane, da Innovative. Disposição e vontade não faltam, mas o Brasil precisa ousar para dar um salto de desenvolvimento e entrar para valer na nova era da indústria 4.0.
Fonte: Exame
Conta de luz não suporta mais repasses, diz ministro
Brasília - O ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Filho, afirmou neste domingo, 15, que há uma posição "unânime" dentro de sua pasta de que não é possível repassar à conta de energia do consumidor reajustes a partir de desequilíbrios tarifários apontados na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).
"A gente está conversando com pessoas da própria secretaria do ministério e é unânime que não da mais para repassar para a tarifa nenhuma conta. Temos de buscar uma solução, mas com a equipe formatada vamos fazer isso com calma", afirmou o ministro, após uma reunião com entidades do setor, a primeira após a assumir o cargo, na última quinta-feira (12).
Bezerra Filho considerou ainda como "urgente" a questão da apresentação dos balanços da Eletrobras de 2014 e 2015 à SEC (órgão regulador do mercado de capitais americano), cujo prazo final é na próxima quarta-feira (18).
A SEC (sigla em inglês para Securities and Exchange Commission) não aceita receber os balanços com ressalvas e a e KPMG, consultoria responsável por auditar os documentos da Eletrobras, se recusa a assiná-los.
Se o balanço não for apresentado, a Eletrobras corre o risco de ter suas ações suspensas na Bolsa de Nova York e ainda ter o resgate de bônus de dívida antecipado, um total de R$ 40 bilhões que seria arcado pelo Tesouro.
"De fato é uma questão que tem que se ver por conta do prazo e amanhã (segunda-feira, 16) vamos ter uma reunião com ministro do Planejamento (Romero Jucá), um representante da Fazenda e o presidente da Eletrobras (José da Costa Carvalho Neto) para aprofundar a situação e tentar encontrar uma saída", disse.
"Estou focado na montagem da equipe, mas a questão da Eletrobras se colocou na frente por conta da urgência", emendou o ministro.
Bezerra Filho afirmou que ao longo desta semana deve preencher os cargos de sua Pasta e "assim que formatar a equipe" poderá receber os pleitos do setor.
No entanto, em reunião hoje com as entidades, Bezerra Filho recebeu um documento com as principais demandas do setor elétrico e propostas apresentadas para o governo.
O documento final será apresentado no Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico (Enase), principal evento da área, entre quarta e quinta-feira (19).
Entre os problemas do setor estão a constante judicialização, a inadimplência mensal na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCE), de R$ 1 bilhão, e, principalmente, a falta de diálogo do governo.
Fonte: Folha de S.Paulo
Economistas pioram contração do PIB neste ano e cortam inflação em 2017
A pesquisa semanal do Banco Central com economistas e instituições financeiras voltou a mostrar contração maior da atividade econômica neste ano e alívio na inflação em 2017, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (16).
Segundo o Boletim Focus, o PIB (Produto Interno Bruto) deve recuar 3,88% neste ano, enquanto na semana passada a estimativa era de queda de 3,86%. Quatro semanas antes, o mercado via contração de 3,80% da atividade econômica em 2016. Para o próximo ano, a perspectiva de crescimento foi mantida em 0,50%.
Na sexta-feira (13), IBC-Br, indicador de atividade do Banco Central, mostrou que a atividade econômica do país recuou 1,44% no primeiro trimestre do ano. Em março, a queda foi de 0,36% em relação a fevereiro, enquanto na comparação com o mesmo mês de 2015 o recuo foi de 6,64%. Em 12 meses, o índice cai 5,11%.
A projeção para o IPCA (índice oficial de inflação) neste ano foi mantida em 7%, mas a de 2017 foi cortada de 5,62% na pesquisa passada para 5,50% neste boletim.
Em relação ao câmbio, a projeção para o dólar no final deste ano foi mantida em R$ 3,70 e permaneceu em R$ 3,90 em 2017.
A estimativa para a taxa básica de juros (Selic) também foi mantida em 13% neste ano e cortada de 11,75% para 11,50% no próximo.
Fonte: Folha de S.Paulo
Banco lança versão digital do cofrinho para correntistas
Aqueles centavos que nunca fizeram sentido podem virar reserva financeira –por que, afinal, cobrar R$ 24,49 e não R$ 24,50? O Bradesco lança nesta segunda-feira (16) uma poupança que emula um cofrinho, só que em uma versão eletrônica, inspirada em produtos já lançados no exterior. As aplicações são feitas com o que seria troco de uma compra qualquer.
Funciona assim: se um produto custa R$ 45,63, o banco arredonda o valor cobrado do correntista para R$ 46. Os R$ 0,37 de "troco" vão para uma poupança. Isso vale para qualquer transação realizada com o cartão de débito ou pagamento de contas. Todos os centavos serão somados e transferidos, no dia seguinte, para a poupança escolhida pelo cliente –que poderá ser a dele ou de outra pessoa.
O cliente também pode escolher um valor diário, entre R$ 1 e R$ 5, para transferir para a poupança junto com os centavos de troco. A operação só acontece quando o cliente realiza algum gasto no dia. Se a compra for feita com o cheque especial, não haverá aplicação.
Um exemplo: se o total de arredondamentos do dia for R$ 1,50 e o correntista decidir acrescentar R$ 2,50 todos os dias, o valor depositado no "cofrinho" será de R$ 4.
O banco não pode impor adesão automática ao correntista. Para contratar o produto, será preciso entrar em contato com o banco em um dos canais de atendimento.
"Temos uma expectativa de, no primeiro ano, ter a adesão de uns 300 mil clientes ao serviço", diz Altair Antônio de Souza, diretor-executivo do Bradesco, que tem 25,6 milhões de correntistas.
Para o planejador financeiro Renato Roizenblit, o produto é interessante para aquele cliente que não tem disciplina para poupar e investir. "O brasileiro, em geral, tem pouca cultura de poupança, então qualquer ação que ajude nesse sentido é bem-vinda", afirma.
A desvantagem é que não há planejamento. "É uma poupança simplesmente porque a pessoa não enxerga o troco como algo que mereça ser guardado", acrescenta.
Outro problema é que a poupança tem perdido para a inflação desde o ano passado. Nos quatro primeiros meses deste ano, o IPCA (índice oficial de preços do país) avança 3,25%, enquanto a poupança acumula ganho de apenas 2,60%.
Com a menor rentabilidade e o desemprego elevado, a caderneta tem sofrido com saques seguidos desde janeiro de 2015.
Apenas no primeiro quadrimestre deste ano, os resgates superaram as aplicações em R$ 32,3 bilhões, o que afeta diretamente o financiamento imobiliário.
Souza afirma que o objetivo do banco é estimular o hábito de poupar e não aumentar a captação de recursos para esse segmento do crédito.
"Temos uma expectativa de adesões, mas no primeiro momento não traz um volume tão grande para o crédito imobiliário", afirma.
Lá fora
Alguns países têm produtos semelhantes. Nos Estados Unidos, por exemplo, o Bank of America lançou em 2005 o "keep the change" ("fique com o troco", em tradução livre). Em menos de um ano, o banco conseguiu a adesão de 2,5 milhões de clientes e 1 milhão de novas contas-poupança –sendo 200 mil de clientes de outras instituições financeiras.
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