Clipping Diário - 13/09/2014
Publicado em 13/09/2014
CONTRAPONTO
Acif, Sinduscon e o senador Casildo Maldaner (PMDB-SC) assinam nota conjunta para contestar informação publicada neste Visor na edição de ontem. Garantem que estão unidos na luta pela retomada urgente das obras de ampliação do Aeroporto Hercílio Luz, assim como os vereadores que integraram a comitiva a Brasília.
Fonte: Diário Catarinense – Visor – 13-09
RECORDISTA
O empresário Luciano Hang, da Havan, é um case mundial em empreendedorismo. Até 2012 tinha instalado 50 megalojas da Havan, contará com 86 até dezembro e sua meta é chegar a 100 em 2015. Tem hoje 15 mil empregados e atingirá 20 mil colaboradores até o final do próximo ano. Constrói mil metros quadrados de área comercial da Havan por dia.
Fonte: Diário Catarinense – Moacir Pereira – 13-09
INFLAÇÃO
O IPCA, inflação oficial do Brasil que está com alta acumulada de 6,51% nos últimos 12 meses, só vai começar a reduzir rumo à meta de 4,5% ao ano em 2016. Foi isso que sinalizou a ata do Copom divulgada pelo Banco Central. Essa inflação elevada está tirando o poder de compra dos mais pobres e da classe média. Quem sabe no segundo turno da eleição as candidatas à Presidência decidam sinalizar para um recuo mais rápido do índice.
LÍDER EM CELULARES
A rede Salfer, de Joinville, que comercializa móveis, eletrodomésticos e eletrônicos, alcançou a liderança na venda online de aparelhos de celular na região Sul. Segundo o presidente da rede, Clayton Salfer, as vendas estão crescendo em função da qualidade dos serviços, variedade e atuação agressiva em preços. A Salfer atua com vendas pela internet em todo o país. As lojas físicas estão nos Estados de Santa Catarina e Paraná.
Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti – 13-09
Uma saudosa figueira, Por Ronaldo Koerich*
Pesquisando sobre a saudosa Figueira, que nasceu numa planície próxima ao mar, pude conhecer um pouco mais de nossa história, da Praça XV de Novembro. Com sua pavimentação em petit-pavé reproduzindo um desenho com motivos do folclore ilhéu, a praça foi arborizada no século 19, quando recebeu árvores de grande porte, incluindo a grande vedete, a Figueira Centenária. Data-se que foi plantada em 1871 em frente à Igreja Matriz e transplantada para o seu lugar atual no ano de 1891.
Foi a partir dali que a cidade começou a se expandir, com suas pequenas ruelas margeando a praia. Até hoje, a malha viária original está conservada no centro histórico. A Figueira, cantada em prosa e verso, traz superstições, é um local místico – conta-se que são necessárias sete voltas para conquistar o grande amor. É um local de convívio, ponto de encontro e ponto turístico que se tornou referência Brasil afora.
Mas o que quero ressaltar é que, recentemente, e em ação inédita, por iniciativa da Floram e com custeio das Lojas Koerich, foi feita minuciosa limpeza e foram refeitas as estruturas de sustentação da velha centenária. O trabalho incluiu raspagem de plantas epífitas, poda e tratamento das lesões existentes, principalmente nos locais em que atualmente estão localizadas as escoras. Também foi realizada a desratização no entorno da árvore, tudo para dar mais vida à figueira.
Seis técnicos, acompanhados de um biólogo e de um engenheiro agrônomo, todos da Floram, subiram na árvore via rapel e realizaram a erradicação das plantas, algumas parasitas, e que ao longo do tempo sugavam a seiva bruta da velha formosa, secando os ramos e danificando seu crescimento. Gostaria de registrar a dedicação e empenho de todos os envolvidos nesse processo, que trouxe novamente vida a um dos maiores bens da história de nossa Florianópolis.
Acreditamos estar fazendo a nossa parte, para que você a aprecie por muitos e muitos anos, seus filhos e netos, ad eternum. Foi a partir dali que a cidade começou a se expandir, com suas pequenas ruelas.
Fonte: Diário Catarinense – Artigo – 13-09
ELE VOLTOU
O regresso do Bar do Alvim. TRADICIONAL PONTO DE encontro de nativos, moradores e turistas no Mercado Público reabre as portas em novo endereço. A partir da próxima sexta-feira, a casa estreia em Palhoça com os petiscos e o chope gelado de sempre da esquina número 1 do Mercado Público de Florianópolis para o encontro das ruas Orlando Tancredo com Capitão Augusto Vidal, no centro de Palhoça. Ali, 18 quilômetros além das pontes Ilha e continente, renasce o Bar e Fiambreria do Alvim. As portas serão abertas ao público sexta-feira, 19.
O ponto está localizado no prédio da antiga Panificadora Santista. Aos clientes conquistados nos 57 anos em que esteve atrás do balcão do Boxe 1, memorável ponto de encontro de nativos e turistas, o recado de Alvim Nelson Fernandez da Luz, 72 anos:
– Só tem uma coisa diferente de lá, o espaço. Eram 56 metros quadrados e agora são 306 metros quadrados. As porções, os petiscos e o chope gelado estão garantidos.
Quem chega já é surpreendido por um deque sobre a calçada da Orlando Tancredo. Na parte interna, dois espaços. O primeiro salão tem lugar para 50 mesas. O segundo é um pouco menor e funcionará reservado para festas – com choperia exclusiva para mais conforto dos fregueses.
Nas paredes, retratos da Florianópolis dos tempos em que a água do mar trazida pelo vento batia na porta do boxe demolido no processo de revitalização do Mercado Público. O empresário não venceu nenhuma das duas licitações da prefeitura para reorganizar os boxes.
Velha equipe está mantida
Exceto o espaço mais amplo, o resto continuará quase igual ao Boxe 1. A equipe de funcionários é a mesma. O garçom Marcelo Vidal, que por 20 anos serve a freguesia, virou sócio. Assim como a esposa dele, Silvana Wagner, que se mantém no comando da cozinha. Ao casal, inclusive, foi feita uma exigência pelo comandante Alvim: morar no andar superior. Por falar em acessos, o velho elevador que muitas vezes enguiçou no sobe e desce levando cliente para o banheiro está guardado como peça de museu.
Além de não combinar com o ambiente “meio fresco”, o novo bar segue as exigências legais. Possui sanitários distintos para homens, mulheres e cadeirantes.
– Eu continuarei pesando bacalhau, dando uma olhada na cozinha, conversando com os clientes e amigos – avisa Alvim.
Por enquanto, o horário de funcionamento será das 10h às 22h. Mas como o próprio Alvim diz que “é o cliente que faz o bar”, a turma boêmia pode manter a esperança: os bombeiros deram autorização até as 23h59min.
A emoção é grande
O tradicional Bar do Alvim nasceu Fiambreria do Espinoza. A história durou 57 anos, desde que o pai comprou da prefeitura o espaço no Mercado Público de Florianópolis. No começo funcionava como açougue, mas o serviço foi ampliado para atender a clientela. Apesar de empolgado com a nova casa, o comerciante ainda se emociona quando fala do antigo lugar onde trabalhou por décadas e cultivou amigos.
Diário Catarinense – Foi difícil você deixar o Mercado Público depois de tantos anos. Como você se sente vendo o novo espaço quase pronto?
Alvim Nelson Fernandez da Luz – A emoção é grande. Nós não tivemos a mínima chance, quando vimos o processo estava todo andando.
DC – Alguma mágoa?
Alvim – Procuro não ter. Eu sei o que sou e o que posso ser.
DC – Você acredita que a clientela moradora na Ilha virá para curtir o bar?
Alvim – O nosso boxe era ponto de encontro para muita gente que só conversava lá. Já tem alguns vindo aqui nos abraçar e dizer que nunca mais viram fulano, beltrano. Eu convido a todos a retomarem isso.
DC – Com a experiência de tantos anos: é o bar que faz o cliente ou o cliente que faz o bar?
Alvim – Eu acho que o cliente é que faz o bar.
Fonte: Diário Catarinense – Sua Vida – 13-09
IRREGULARIDADES
Fiscalização identifica problemas no esgoto. LIGAÇÕES ESTAVAM SEM conformidade em 59% das unidades vistoriadas. Desde outubro, Casan e prefeitura já fizeram 15 mil visitas em Florianópolis.
Uma série de fiscalizações em seis bairros de Florianópolis identificou irregularidades em ligações na rede de esgoto sanitário de 59% dos imóveis inspecionados.
Foram 15 mil visitas e 5.964 pontos vistoriados entre outubro de 2013 e agosto de 2014 em Florianópolis, nos bairros Barra da Lagoa, Lagoa da Conceição, Costa da Lagoa, Cachoeira do Bom Jesus, Ponta das Canas, Canasvieiras e Ingleses.
A situação mais problemática foi localizada nos Ingleses, no norte da Ilha. No bairro, 614 dos 862 imóveis inspecionados – cerca de 80% – apresentaram irregularidades. Mais de 400 deles sequer estão ligados à rede de esgoto, e 237 não possuem caixa de gordura.
Já em Canasvieiras, também no norte da Ilha, a situação não é muito melhor. Das 932 ligações inspecionadas, 532 – 57% – apresentaram irregularidades. Em Ponta das Canas e Cachoeira do Bom Jesus, o índice foi de 68%.
As fiscalizações fazem parte do programa Floripa Se Liga na Rede, realizado numa parceria entre a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) e a prefeitura de Florianópolis.
No começo de setembro, o Ministério Público Federal (MPF) ajuizou uma ação civil pública contra a prefeitura e a Casan, cobrando uma posição sobre a poluição no mar por afluentes de esgoto nos bairros de Santo Antônio de Lisboa e Sambaqui, também no norte da Ilha. Reflexos no sistema de esgoto da cidade
É importante ressaltar que 50% dos imóveis visitados e inspecionados e que haviam sido notificados por alguma inadequação já regularizaram sua situação. No documento, o MPF diz buscar soluções extrajudiciais junto aos órgãos desde 2001, mas que os contatos resultaram apenas em ações de fiscalização e obras isoladas.
Engenheiro sanitarista da prefeitura, João Henrique Pereira explica que ligações irregulares como as flagradas interferem de forma significativa no funcionamento da rede de esgoto, dificultando o trabalho do poder público, além de gerar problemas como a poluição das praias e, consequentemente, deterioração da saúde pública.
Segundo a Casan, os moradores das casas onde foram identificados problemas podem ser notificados pela Vigilância Sanitária nos próximos dias. A partir da notificação, o proprietário tem 15 dias para regularizar a situação da ligação à rede de esgoto sanitário. Depois desse prazo, o local será novamente visitado e, caso sejam encontrados novas irregularidades, o proprietário pode ser multado.
Fonte: Diário Catarinense – Sanemaneto – 13-09
Negócios | Conferência reúne empresários
Estão abertas as inscrições para a Empreende Brazil, conferência que deve reunir dois mil micros e pequenos empresários de Santa Catarina no dia 25 de setembro, em Florianópolis. Durante as 24 horas ininterruptas de evento, os participantes terão acesso a oficinas, palestras, talk shows com personalidades do mercado e outras programações. Mais informações estão disponíveis através do site www.empreendebrazil.com.br. As inscrições também podem ser realizadas pela internet.
Fonte: Diário Catarinense – Serviço – 13-09
TINTA NELE
Já está mais do que na hora de o prédio histórico ocupado pelo Ipuf ser revitalizado. O mau estado da fachada contrasta com a beleza e o colorido da vizinhança na pracinha dos Bombeiros, onde a grande maioria dos casarões antigos está preservada e bem pintada. A situação fica especialmente constrangedora porque, desde 1980, é no Ipuf que funciona o Sephan - Serviço do Patrimônio Histórico, Artístico e Natural do Município. O órgão deveria começar dando o exemplo em casa...
Fonte: Diário Catarinense – Cacau Menezes – 13-09
Economia brasileira tem expansão no início do 2º semestre, aponta BC
BRASÍLIA - Depois de dois meses seguidos de retração, a economia brasileira apresentou expansão no começo do segundo semestre. Pela métrica do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), houve crescimento de 1,50% em julho, após retração de 1,51% em junho (dado revisado de queda de 1,48%), considerando a série com ajuste sazonal.
Com a revisão dos dados, a contração da atividade no segundo trimestre ficou em 0,83%, ante 1,2%, sobre os três primeiros meses do ano. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) já apresentou os dados oficiais sobre o desempenho do PIB, que apontou retração de 0,6% de abril a junho ante o período de janeiro a março.
A variação mensal ficou acima da projeção média feita pelas 17 instituições consultadas pelo Valor Data, que sugeria alta de 1% para o indicador. O intervalo de projeções variava entre avanço de 0,3% a 1,56%.
A previsão feita pelas instituições ouvidas pelo Valor Data leva em consideração a alta de 0,7% da produção industrial no mês de julho e o resultado das vendas no varejo, que apontou retração de 1,1% no sétimo mês do ano, contrariando as previsões de alta.
Sobre julho do ano passado, o IBC-Br aponta baixa de 0,23% na série sem ajuste e queda de 0,31% com ajuste. No ano, o crescimento é de 0,07% sem ajuste assim como com ajuste. Em 12 meses, o avanço é de 1,17% - e de 1,14% com ajuste.
Devido às revisões constantes do indicador, o IBC-Br medido em 12 meses é mais estável do que a medição mensal, assim como o próprio PIB.
O indicador do BC leva em conta a trajetória das variáveis consideradas como bons indicadores para o desempenho dos setores da economia (agropecuária, indústria e serviços). A estimativa do IBC-Br incorpora a produção estimada para os três setores acrescida dos impostos sobre produtos. O PIB calculado pelo IBGE, por sua vez, é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país durante certo período.
No Relatório de Inflação de junho, o BC projetou crescimento do PIB de 1,6% em 2014, dado revisado de 2%. O BC revisará sua projeção no fim deste mês, quando apresentará uma nova edição do documento. Os analistas consultados para a confecção do Boletim Focus estimam avanço de 0,48% para a economia neste ano.
Fonte: Valor Econômico – 13-09
Índice de preços das famílias de menor renda fica estável em agosto
O Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), que mede a cesta de produtos e serviços mais consumidos pelas famílias de baixa renda, ficou estável em agosto, após ter registrado deflação de 0,04% em julho, informa a Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Com o resultado, o indicador acumula alta de 4,01% no ano e de 6,22% nos últimos 12 meses.
O IPC-C1 ficou abaixo da inflação geral, medida pelo IPC-BR, que marcou alta de 0,33%. Em 12 meses, a inflação das famílias de renda mais baixa também é menor que a de 6,76% registrada pelo IPC-BR.
De acordo com a FGV, das oito classes de despesa componentes do IPC-C1, registraram taxas mais altas entre julho e agosto Saúde e cuidados pessoais (0,14% para 0,20%) e Educação, leitura e recreação (0,25% para 0,38%). Alimentação, por sua vez, reduziu o ritmo de queda, indo recuo de 0,59% para baixa de 0,03%.
Em contrapartida, Transportes foram de alta de 0,25% para decréscimo de 0,25%), Comunicação passou de declínio de 0,07% para retração de 0,93% e Vestuário saiu de queda de 0,10% para baixa de 0,48%. Ficaram no terreno positivo Habitação (0,36% para 0,23%) e Despesas diversas (0,14% para 0,12%).
Individualmente, os itens que mais contribuíram para a ligeira aceleração do IPC-C1 de julho para agosto foram o leite longa vida (1,29% para 2,94%), aluguel residencial (0,56% para 0,63%) e carne salgada de bovino (-1,79% para 7,15%). Na outra ponta, as maiores influências negativas foram tarifa de telefone residencial e tarifa de ônibus urbano.
Fonte: Valor Econômico – 13-09
Varejo frustra projeções de alta e encolhe 1,1% em julho
Copa do Mundo, crédito restrito, inflação e confiança do consumidor em baixa. Tudo isso já estava na conta, mas o desempenho do varejo em julho, divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) superou negativamente todas as expectativas. À espera de uma retomada das vendas no segmento de hiper e supermercados, o de maior peso no setor, a média das estimativas coletadas pelo Valor Data apontava aumento de 0,7%. Mas o varejo restrito caiu 1,1%, já descontados efeitos sazonais, na comparação com junho - resultado nunca registrado no mês desde que a pesquisa começou a ser feita, em 2000, e o pior da série desde outubro de 2008, quando a variação também foi negativa em 1,1%.
Além de reduzir as compras no supermercado, o brasileiro também freou o consumo de bens duráveis, como móveis e eletrodomésticos, e semiduráveis. O varejo ampliado teve alta de 0,8% - abaixo da média esperada pelos analistas, de 1,2% - e o aparente bom resultado nas vendas de veículos, alta de 4,3%, não recupera a queda anterior, de 7%.
A pior queda do mês veio do grupo de móveis e eletrodomésticos, que retraiu 4,1%. O que mais puxou o desempenho ruim, no entanto, foi o grupo que inclui mercados e supermercados, que tem o maior peso no varejo como um todo: a retração no mês foi de 1,3%.
Os dados ruins provocaram uma onda de revisões. A Confederação Nacional do Comércio (CNC), que previa crescimento de 4% para o varejo neste ano, revisou para 3,7%. Na LCA a projeção caiu de 3% para 2,7% e, na Tendências, ainda é de 3,4%, mas deve ser cortada em breve. (Ver também Lista de compras encolhe e projeções de vendas mudam).
No geral, o varejo deixou mais feio o retrato da economia brasileira no início do terceiro trimestre. Os dados parecem indicar que a inflação, a restrição de crédito e os menores ganhos salariais estão pesando mais que o esperado no humor do consumidor. Os temores em relação à perda do emprego podem também ser maiores que o imaginado até aqui - pesquisa da FGV mostrou que a percepção do brasileiro a respeito do mercado de trabalho piorou em todas as classes de renda.
Outro fenômeno começa a acontecer. Desde o ano passado as vendas perdem força e crescem a taxas cada vez menores - em alguns meses, chegaram inclusive a ter quedas. Ainda assim, a receita continuava crescendo, resultado de preços mais altos. Agora, o aumento de preços não parece mais ser recurso suficiente para que o empresário recomponha as margens. "O comerciante começa a ficar em uma sinuca de bico: se quiser aumentar preço para recompor margem, vai ser contraproducente", disse Paulo Neves, analista da LCA Consultores.
A freada nos desembolsos do consumidores passa por uma conjunção de fatores desfavoráveis. "Em julho houve uma forte queda na concessão de crédito, e isso em um ambiente já muito ruim, em que o mercado de trabalho está se acomodando, a renda cresce pouco e a inflação ainda está alta", diz João Ricardo Morais, da Tendências Consultoria.
Neves, da LCA, explica que há dois fenômenos diferentes, mas complementares, que explicam essa tendência de compressão. Por um lado, aumentos de preços muito fortes, como aconteceu no ano passado e neste, principalmente em alimentos, fazem o hábito do consumidor mudar: ele não necessariamente deixa de comprar, mas troca os produtos mais caros por outros mais baratos. Isso tem impacto direto na receita do estabelecimento ligados principalmente aos bens mais baratos e de consumo imediato, como alimentos ou produtos de higiene.
De outro lado, as vendas de bens duráveis, como automóveis e eletrodomésticos, caem não só pelo crédito curto, mas porque daqui para frente as vendas devem crescer principalmente pela troca desses aparelhos, e isso leva mais tempo.
Fábio Bentes, economista da CNC, destaca que a chave para a resposta passa pelo crédito. "Não adianta, por exemplo, reduzir o preços de um carro de R$ 30 mil para R$ 27 mil, um desconto de 10%, se a prestação ficará mais cara mesmo assim." Pelos dados do BC, os juros comerciais de empréstimos a pessoa física estão hoje em média em 43,2% ao ano. No ano passado, essa média havia sido de 36,1%. "Em todos os anos em que os juros passaram de 40% os resultados do comércio pioraram."
Fonte: Valor Econômico – 13-09
Prévia do PIB de julho aponta recuperação da atividade econômica
Na primeira metade do ano, o Brasil entrou em recessão técnica; índice do BC mostra crescimento de 1,50% em relação a junho. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) divulgado nesta sexta-feira, 12, aponta para recuperação do ritmo de crescimento da economia em julho em relação ao desempenho de junho. Na comparação, foi apontado pela autoridade monetária avanço de 1,50%. Trata-se da maior variação positiva em seis anos.
No último semestre, após dois trimestres consecutivos de retração da produção de bens e serviços da economia, ficou registrada a situação de recessão técnica da economia brasileira.
De acordo com dados divulgados, o número passou de 144,14 pontos em junho, na série dessazonalizada, para 146,30 pontos em julho. Esse nível é quase o mesmo de maio, quando índice ficou na altura de 146,35 pontos. O resultado ficou acima da mediana das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE Projeções (1,05%), mas dentro do intervalo das estimativas (-0,60% a +1,70%).
Nos 12 meses encerrados em julho de 2014, é possível observar crescimento de 1,17% na série sem ajuste. No acumulado dos sete primeiros meses do ano, o indicador ainda se mantém no terreno positivo, ao ficar com uma taxa de 0,07% (sem ajuste).
Até junho, por esse critério, ainda era verificada uma leve alta de 0,13%. Na comparação entre os meses de julho de 2014 e de 2013, houve retração de 0,23% também na série sem ajustes sazonais. Na série observada, julho terminou com IBC-Br em 150,09 pontos.
O indicador de julho de 2014 ante o mesmo mês de 2013 mostrou queda menor do que a mediana (-0,90%), mas também ficou dentro das previsões (-2% a +0,10%) dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE Projeções.
O IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. Entre os componentes do indicador estão a Pesquisa Industrial Mensal e a Pesquisa Mensal de Comércio.
Fonte: O Estado de São Paulo – 13-09
Executivo brasileiro é o mais pessimista, diz pesquisa
Numa escala de zero a 100, índice de otimismo brasileiro é de 46,9, enquanto chega a 62,5 nos Estados Unidos e a 64,1 na Ásia. Os executivos brasileiros continuam os mais pessimistas do mundo em relação ao desempenho da economia. Segundo a pesquisa Panorama Global de Negócios, o índice de otimismo dos diretores financeiros (CFOs, na sigla em inglês) das empresas brasileiras está, numa escala de zero a cem, em 46,9 pontos - o menor da série histórica e o mais baixo entre as economias. É a sexta queda trimestral consecutiva do indicador, apurado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Duke University e CFO Magazine.
Entre as principais preocupações dos empresários estão incerteza econômica, inflação e políticas governamentais. Tradicionalmente, as queixas eram mais relacionadas a taxas de impostos, demanda e pressão dos competidores e condições de crédito. A mudança, aponta o estudo, reitera o aumento do pessimismo e a incerteza em relação ao rumo da política econômica para amenizar o quadro.
"O pessimismo se deve a essa perspectiva muito baixa de crescimento. Já antecipávamos isso no ano passado, e os indicadores confirmaram essa tendência", diz Antonio Gledson de Carvalho, professor de finanças da FGV e codiretor da pesquisa. O estudo também teve participação do professor de economia da FGV Klenio Barbosa.
A apatia do empresariado, aponta Carvalho, vem de um cenário pouco animador para um eventual reaquecimento da economia. No segundo trimestre, o PIB recuou 0,6%. A perspectiva de crescimento para o ano também é baixa: segundo a última pesquisa Focus, do Banco Central, o mercado prevê uma alta de apenas 0,48% para a economia. "Acredito estarmos em um momento em que pensamos se chegamos ao fundo do poço ou se temos perspectivas de melhoria no próximo trimestre - e essa melhoria pode não chegar", diz o professor.
Fonte: O Estado de São Paulo – 13-09
Economia brasileira deve crescer apenas 0,33% em 2014, aponta Focus
Pela 16ª semana consecutiva, os analistas do mercado financeiro revisaram para baixo suas expectativas para o crescimento da economia neste ano, de acordo com o boletim Focus, do Banco Central (BC), que apura estimativas entre cerca de cem instituições. A mediana das projeções para o avanço do Produto Interno Bruto (PIB) saiu de 0,48% para 0,33%. Há um mês, a expansão econômica prevista era de 0,79%.
As revisões se intensificaram após ser conhecido o resultado do PIB do segundo trimestre deste ano, que, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), caiu 0,6% ante os três primeiros meses de 2014, quando recuou 0,2% sobre o quarto trimestre de 2013. Com dois trimestres de queda, configurou-se uma recessão técnica no país.
Quanto a 2015, a mediana das estimativas para o crescimento do PIB ficou em 1,04%, ante 1,10% no relatório antecedente.
As projeções para a produção industrial deste ano (queda de 1,98%) e do próximo (alta de 1,50%) não foram alteradas.
Também ficaram como estavam as estimativas para a inflação em 2014 e 2015. Em ambos casos, a mediana para o aumento do IPCA ficou em 6,29%. A projeção para a alta do IPCA em 12 meses, por sua vez, passou de 6,24% para 6,28%.
Os analistas não mexeram na estimativa de inflação em setembro, de 0,40%. Na próxima sexta-feira, o IBGE divulga o IPCA-15 deste mês.
Quanto à Selic, a expectativa ainda é de que a taxa básica de juros siga nos atuais 11% até o fim deste ano. A projeção para 2015, contudo, foi de 11,63% para 11,50%.
As projeções do Top 5 - analistas que mais acertam as projeções - para inflação e juros não apresentaram mudanças. As medianas de médio prazo para o IPCA em 2014 e 2015 seguiram em 6,28% e 6,40% de alta; para a Selic, em 11% e 12%, respectivamente.
Fonte: Valor Econômico – 13-09
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