Clipping Diário - 12/04/2016
Publicado em 12/04/2016
Clipping Diário - 12/04/2016
Terça-feira - 12/04
Geral
Fonte: Diário Catarinense - Estela Benetti
Cooperativas de crédito quase imunes à crise
Entre os setores menos afetados pela recessão está o de cooperativas de crédito, que consiste no sexto maior banco do país. Santa Catarina detém a liderança nesse modelo financeiro proporcionalmente à população. Atuam no Estado os sistemas Sicoob, Cecred, Unicred, Cresol e Sicredi, que marcam presença em 98% dos municípios. O maior é o Sicoob Central, que tem agências ou pontos de atendimento em 76% dos municípios e atua também no RS, observa o presidente Rui Schneider da Silva.
— As cooperativas estão conseguindo passar à margem da crise. O volume de depósito a prazo está crescendo e os da caderneta de poupança também. Exceto algumas recuperações judiciais de pessoas jurídicas que pipocam em algumas regiões do Estado, o setor vai bem — diz ele.
Segundo Schneider, os depósitos a prazo subiram 22,4% no ano passado frente a 2014 e as operações de crédito tiveram expansão de 17,2% no mesmo período. O número de associados do Sicoob chegou a 581.301, 12,5% maior que no ano anterior. O volume total de recursos administrados atingiu R$ 8,5 bilhões ano passado, um incremento de 19,7% sobre o ano anterior. O Sicoob ainda não tem dados deste ano, mas a evolução é parecida com a de 2015, diz Schneider.
Quanto ao risco das recuperações judiciais, tanto o Sicoob quanto as demais cooperativas têm o problema sob controle em função da limitação de empréstimos e fundo garantidor. A propósito, os controles do sistema cooperativo de crédito para evitar fraudes são amplos, tanto das próprias cooperativas, quanto do Banco Central.
O crescente interesse pelo cooperativismo de crédito ocorre em função das vantagens. Ao se associar com um pequeno capital, a pessoa ou empresa tem acesso a juros menores, serviços mais baratos e, no final do ano, recebe uma sobra relativa ao seu movimento econômico durante o ano.
Apesar de não sofrer tanto com a crise, Schneider defende solução imediata para o impasse político porque o cenário atual gera insegurança, os investimentos ficam parados e a economia não cresce.
Fonte: Diário Catarinense - Estela Benetti
Associações empresariais e prefeituras promovem debate
Com o propósito de fomentar o desenvolvimento econômico com base nas potencialidades locais, será realizado na próxima terça-feira, em Florianópolis, um painel de debates. A iniciativa é da Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (Acif) em parceria com a Aemflo/CDL, de São José; Acip, de Palhoça; e Acibig, de Biguaçu. Contará com a participação dos secretários de desenvolvimento econômico das prefeituras dessas cidades. Pelas entidades, serão debatedores os presidentes da Acif, Sander DeMira; da Acibig, Sandra Molinaro; Acip, Leandro Porto Rosa; e da Aemflo, Marcos Antônio de Souza. Eu estarei no evento para fazer perguntas aos representantes municipais.
Fonte: Adjori SC
CNC projeta queda de 3,3% do emprego no varejo este ano e recuo de 8,3% nas vendas
Mesmo sendo um dos últimos a promover ajustes no quadro de funcionários, setor deverá fechar 253 mil postos de trabalho em 2016
Um dos últimos setores a iniciar demissões por conta da recessão, o número de trabalhadores formais empregados no varejo deverá encolher 3,3% até o fim do ano, de acordo com estimativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Se confirmada, a previsão corresponderia a um corte de 253,4 mil empregos celetistas ao longo de 2016, em todo o Brasil. As projeções da entidade foram baseadas no comportamento no emprego celetista do setor, a partir de dados mensais do Caged do Ministério do Trabalho e Previdência Social.
“O ajuste tardio no quadro de funcionários do varejo, associado à intensificação da retração das vendas em 2016, deverá levar o varejo a registrar queda no número de trabalhadores pelo segundo ano seguido”, afirma Fabio Bentes, economista da Confederação. Em 2015, a atividade varejista registrou recuo de 2,3% em relação ao ano anterior com o fechamento líquido de 179,9 vagas, ritmo que se manteve nos acumulados dos últimos 12 meses encerrados em fevereiro. Para 2016, a CNC projeta recuo de 8,3% no volume de vendas do varejo.
Apesar da nítida perda de ritmo de atividade, a redução do número de empregados no varejo em relação ao mesmo período do ano anterior se deu somente a partir de agosto de 2015, quando as vendas já acumulavam recuo de 5,2% no mesmo intervalo de 12 meses. Naquela ocasião, apenas 3 dos 25 subsetores da economia ainda registravam variações positivas no número de trabalhadores ocupados no intervalo de um ano, a saber: serviços de alojamento e alimentação (+0,1%), serviços médicos, odontológicos e veterinários (+3,7%) e atividades de ensino (+1,3%). Contabilizando todos os subsetores, o emprego celetista já acusava retração anual de 2,3% no mesmo período.
Nesse período, o emprego nas lojas de artigos de uso pessoal e doméstico encolheu 15,2%. Esse segmento do varejo não especializado é formado, principalmente, por lojas de utilidades domésticas, eletroeletrônicos, brinquedos e joalherias. E, somado ao comércio automotivo e às lojas de materiais de construção, o segmento deverá fechar 202,1 mil vagas (79,7% do total), segundo a entidade.
Regionalmente, as maiores retrações do número de trabalhadores nos últimos 12 meses ocorreram no Amapá (-5,4%), Espírito Santo (-4,0%) e Distrito Federal (-3,4%). Nesses três casos, o volume de vendas nos últimos 12 meses encerrados em janeiro recuou mais (-15,5%, -18,3% e -12,7%, respectivamente) do que a média nacional (-9,3%).
Fonte: Agência Brasil
Inflação para terceira idade é de 9,6%
A inflação da cesta de consumo das pessoas com mais de 60 anos, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i), ficou em 2,72% no primeiro trimestre deste ano. A taxa é inferior à observada no último trimestre de 2015 (2,87%). Em 12 meses, o IPC-3i acumula 9,6%, acima dos 9,37% medidos pelo Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-BR), que apura a inflação para todas as faixas de renda. Os números foram divulgados hoje (12) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas
O principal responsável pelo recuo da taxa trimestral foi o grupo de despesas com transportes, cuja taxa de inflação caiu de 4,52% no último trimestre de 2015 para 2,87% no primeiro trimestre deste ano. A gasolina, por exemplo, registrou alta de preços de 2,55% nos três primeiros meses deste ano, total bem abaixo dos 9,78% registrados nos três últimos meses de 2015.
Outros dois grupos de despesas tiveram influência no recuo do IPC-3i: habitação, que recuou de 1,75% para 1,5%, e vestuário, que caiu de 1,99% para 0,27%.
Os alimentos mantiveram a taxa de inflação de 5,37%, enquanto os demais grupos de despesas tiveram aumento da taxa na passagem do quarto trimestre do ano passado para o primeiro trimestre deste ano.
Fonte: Exame
Dólar abre com leve alta, com forte atuação do BC
São Paulo - O dólar abriu com leve alta nesta terça-feira, com o mercado de olho nos próximos passos do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, mas impactado pela forte atuação do Banco Central para segurar quedas mais expressivas.
Às 9h11, o dólar subia 0,39%, a 3,5082 reais na venda. Na véspera, a moeda norte-americana despencou quase 3%, indo abaixo de 3,50 reais e no menor patamar em quase oito meses.
Nas últimas duas sessões, acumulou queda de 5,39%, sob a expectativa dos investidores de que Dilma seja afastada do Palácio do Planalto.
Na noite passada, a comissão especial do impeachment aprovou o parecer favorável à abertura do processo contra a presidente Dilma Rousseff por 38 votos a 27, resultado comemorado pela oposição mas que não desagradou de todo os governistas por não chegar a dois terços de deputados a favor do impedimento.
No fim da semana, o plenário da Câmara dos Deputados deve votar a matéria.
Diante da forte queda do dólar, o BC mais uma vez entrou em campo.
Para este pregão, pelo menos por enquanto, não anunciou leilão de rolagem dos swaps tradicionais --equivalentes à venda futura de dólares-- e aumentou a dose dos leilões de swaps reversos --correspondentes à compra futura de dólares-- para 40 mil contratos.
Fonte: Exame
Inadimplência do consumidor recuou 1,8% em março
São Paulo - A inadimplência do consumidor brasileiro recuou 1,8% (com ajuste sazonal) em março ante o mesmo mês de 2015, segundo pesquisa da Boa Vista SCPC.
Variação negativa também ocorreu na comparação com fevereiro, quando a inadimplência diminuiu 8,4%, com ajuste sazonal.
No acumulado em 12 meses, porém, a alta é de 3%, e o acumulado do primeiro trimestre teve elevação de 5,8% frente aos três primeiros meses de 2015.
"Após três anos de estabilidade, a inadimplência dos consumidores finalmente dá sinais nítidos de que sua taxa deverá elevar-se ao longo de 2016", explicam os analistas da Boa Vista SCPC, em nota.
Entre os fatores influenciadores para o movimento estão aumento da desocupação no mercado de trabalho, a queda dos rendimentos, a elevação dos juros e a inflação elevada.
Na divisão por regiões, em março ante março de 2015, o Centro-Oeste apresentou a maior elevação (1%), seguido pelo Sudeste (0,5%).
As demais regiões apresentaram quedas, sendo a mais acentuada na região Sul (-9,0%), seguida pelo Nordeste e Norte, que apresentaram variações de -5,1% e -3% respectivamente.
O indicador de registro de inadimplência é elaborado a partir da quantidade de novos registros de dívidas vencidas e não pagas informados à Boa Vista pelas empresas credoras.
Fonte: Exame
Crise favorece bancos de menor porte, FGC e planejamento financeiro
O quadro de deterioração econômica é bastante claro. Veja os números do fechamento de 2010 e os números atuais. Com este cenário, qualquer arrimo de família se preocupa com o dia seguinte e se pergunta se terá o seu sustento garantido.
Apesar de não ter sido igual para todos, os tempos de bonança permitiram que muitos fizessem a sua lição de casa. Inúmeros cidadãos formaram algum colchão financeiro ao mesmo tempo em que compravam novos carros, eletrodomésticos e viagens. Hoje, este “colchão” está sendo a sorte de muitos.
Cada dia, mais e mais chefes de família lançam mão destas reservas para manterem seu padrão de vida ou, sobreviverem ao desemprego. Justamente por isso as reservas precisam ser muito bem cuidadas, seguindo o trinômio Rentabilidade x Segurança x Liquidez.
Na busca pelo melhor investimento e que traga o maior equilíbrio entre os três pontos, os bancos de menor porte, o FGC (Fundo Garantidor de Créditos) e o planejamento financeiro agregam valor e ganham relevância.
A rentabilidade é o primeiro item na busca por vencer a inflação e, de fato, fazer o dinheiro crescer. Fundos e CDBs de grandes bancos podem até vencer a inflação mas, com taxas de 80 – 90% do CDI, fazem pouco mais que sua obrigação neste sentido. Enquanto isso, a regra em instituições menores é iniciar a remuneração em 100% podendo chegar a 120% do CDI.
Ao se dar conta da acessibilidade às taxas mais elevadas, o investidor médio naturalmente pergunta sobre a segurança. Entre em cena o FGC, que é a instituição que de fato dá garantia final aos investimentos de qualquer banco, feitos em CDB, LC, LCI, LCA, entre outros. Saliento que nenhum tipo de fundo, incluindo os planos de previdência, usufrui de tal benefício. Além disso, a garantia é de R$ 250 mil por CPF/CNPJ, por conglomerado financeiro e na soma dos produtos cobertos.
Convencido de que pode ter rentabilidade muito superior com exatamente a mesma segurança, o investidor deve lançar mão do planejamento financeiro para não sabotar seus planos. O planejamento financeiro irá proporcionar disciplina e evitar o ímpeto comum aos filhos da terra brasilis de deixar todo o dinheiro com liquidez imediata. Isso evita também as fabulosas armadilhas, criadas por vendedores sagazes em oferecer ao seu patrimônio um destino de consumo disfarçado de investimento. Cito um exemplo: a “compra de uma casa maior a um preço imperdível”.
O planejamento financeiro, FGC e bancos menores têm provido estabilidade, segurança e rentabilidade patrimonial nesta época de deterioração econômica. Isto nada mais é que inteligência financeira ao alcance da população.
Fonte: Folha de S.Paulo
Planalto esperava conseguir placar mais favorável na comissão
A derrota na comissão do impeachment era esperada pelo Palácio do Planalto, que aguardava, no entanto, um resultado melhor que o obtido nesta segunda (11).
Em entrevista à imprensa, o chefe de gabinete da Presidência da República, Jaques Wagner, reconheceu que o governo esperava ter mais votos e que o placar final fosse de 36 a 29, uma diferença menor do que o resultado de 38 a 27. A pequena margem, contudo, foi considerada "razoável", mas não negativa.
Segundo Wagner, o Planalto perdeu os votos do deputado Washington Reis (PMDB-RJ), que ficou doente, e de mais um deputado do PSB.
Segundo o ministro, com essa faixa projetada para o plenário da Câmara, a expectativa é que a presidente consiga 213 votos, o que barraria o processo de impeachment.
A projeção realista do governo, no entanto, contabilizando traições de última hora, é que o Planalto obtenha entre 180 e 190 votos no domingo, uma margem apertada, já que são necessários 171 votos para tanto.
Ofensiva
A presidente convocou seus principais assessores para uma reunião logo após a votação na comissão, para analisar o mapa dos votos.
Até a última hora, assessores e auxiliares presidenciais fizeram uma ofensiva por telefone a integrantes da comissão especial para tentar aumentar a margem de votos, o que não foi alcançado.
A votação final na Câmara, no plenário da Casa, deverá acontecer no próximo domingo (17). Para que o Senado seja autorizado a abrir o processo contra Dilma, e afastá-la do cargo, são necessários os votos de pelo menos 342 dos 513 deputados ""ou seja, dois terços do total (66,7%).
Congresso
No Congresso, a oposição viu o resultado como uma mostra de que a votação no domingo será pelo impechment. Já os governistas minizaram o resultado.
"Foi uma vitória clara. Temos certeza de que o apoio ao impeachment crescerá nos próximos dias", afirmou o líder da minoria, deputado Mendonça Filho (DEM-PE).
"Achei o resultado muito bom para os que defendem a democracia. É um indicativo de que é muito provável de que tenhamos vitória no plenário contra o golpe", rebateu Henrique Fontana (PT-RS).
Responsável por fazer o relatório favorável ao impeachment de Dilma Rousseff, o deputado Jovair Arantes (PTB-GO) afirmou que deixa o caso como "herói".