Clipping Diário - 12/01/2016
Publicado em 12/01/2016
Clipping Diário - 12/01/2016
Terça-Feira - 12/01/16
Geral
Fonte: Diário Catarinense
Prefeitura fecha saída do Rio do Braz para praia de Canasvieiras
A prefeitura de Florianópolis concluiu a recomposição da faixa de areia no local onde o Rio do Braz deságua no mar de Canasvieiras, no Norte da Ilha. Das 22h às 4h desta terça-feira, técnicos da secretaria de obras utilizaram a areia da própria praia para recriar uma barreira.
A medida tenta impedir que as águas contaminadas por esgoto cheguem ao mar e intensifiquem a situação que já é crítica. No último relatório de balneabilidade divulgado pela Fatma, todos os pontos da praia estão impróprios para banho.
De acordo com o secretário de obras da Capital, Rafael Hahne, um trabalho semelhante estava programado para o dia 30 de dezembro, mas devido à chuva não pode ser realizado. A expectativa da prefeitura é que com a previsão de tempo seco, maré baixa e vento sul fraco a barreira se mantenha e consiga reter a água com dejetos.
A secretaria, no entanto, admite que esse rompimento pode ocorrer quase haja uma chuva mais intensa ou que a maré suba muito na região. Mas acredita que se isso acontecer, o rio já pode ter completado o processo de tratamento biológico e esteja mais limpo.
Essa é uma das três medidas anunciadas pela prefeitura em consonância com a Companhia de Águas e Saneamanto (Casan) na segunda-feira. Além dessa medida, será ampliado nos próximos dias o tratamento biológico da água que corre no Rio do Braz. A fiscalização de pontos comerciais com ligações irregulares à rede de esgoto também será intensificada, com os locais que não estejam corretos sendo lacrados.
Fonte: Diário Catarinense
Confira como está a balneabilidade das praias da região Norte
Para muitos, chegar à praia e encontrar a placa: “qualidade da água: própria para banho” significa que toda a extensão da orla está limpa naquele verão. Não é verdade. O nível de poluição pode variar conforme o local na praia e o mesmo ponto de coleta apresenta variações com intervalo de dias dependendo de uma série de fatores como as condições dos ventos, da maré e do número de banhistas.
A Fundação do Meio Ambiente (Fatma) faz a coleta de amostras todas as semanas e atualiza as placas, mas somente após o resultado e divulgação da análise. Ou seja, pelo menos quatro dias após a coleta. É por isso que muitos banhistas se divertiam na Praia da Enseada ontem em dois locais impróprios para banho, enquanto a placa dava sinal verde para entrar na água, de acordo com o primeiro relatório de balneabilidade de 2016.
Para saber com exatidão, a própria Fatma recomenda apelar para a internet. Visitando o site da Fatma (www.fatma.sc.gov.br) ou baixando o aplicativo Natureza Interativa (para android).
Observar o resultado das coletas anteriores também aumentam as chances de uma boa escolha. Algumas praias no litoral Norte têm se mantido aptas para o banho semana após semana desde o início de 2015 nos pontos de coleta da Fatma. Fazem parte da lista das mais limpas nos últimos 12 meses a Prainha da Enseada, Itaguaçu e Capri, em São Francisco do Sul, praia da Barra do Sul e de Piçarras.
Mas há lugares que não passam no teste desde o início do ano passado, como a Lagoa de Barra Velha. Já a praia de Ubatuba (em frente ao posto salva-vidas 5, na esquina com a rua Cidade do Cabo) foi bem durante todo o ano de 2015, exceto em novembro, e tornou-se imprópria na coleta do dia 5 de janeiro, mas a placa ainda não havia sido atualizada até às 16 horas de segunda-feira.
Fonte: Diário Catarinense
Ambulantes fazem de Canasvieiras o paraíso da "réplica perfeita"
Os calçadões da Avenida das Nações, no balneário de Canasvieiras, são o paraíso dos produtos falsificados em Florianópolis. Posicionados em frente ao comércio, os ambulantes irregulares vendem tênis, relógios, perfumes, camisas, óculos e negociam celulares sem procedência até o início da madrugada diariamente. Os vendedores ilegais em sua maioria são estrangeiros do Haiti, do Senegal, da Bolívia e da Argentina. Tudo acontece mesmo com a presença da Polícia Militar.
Em comum, os vendedores irregulares têm uma frase na ponta da língua: "réplica perfeita". Essa é a resposta para a pergunta se o produto é original. A palavra falsificação não é utilizada pelos ambulantes, que sempre estão de ouvidos abertos para um outro termo, "olha a fiscalização".
Com o auxílio de câmeras escondidas e gravadores, equipes da Hora SC e da RBS TV flagraram o livre comércio na noite do último sábado. Sempre em grupo, os ambulantes estrangeiros não gostam de conversa. Na tentativa de aproveitar a boa-fé do comprador, eles respondem no primeiro momento que o produto é original, mas acabam confessando que é uma "réplica perfeita", na opinião deles.
Os tênis de marcas conhecidas internacionalmente como Adidas, Nike e Asics são encontrados pelos valores de R$ 80 a R$ 100. Óculos Ray-Ban e relógios importados custam R$ 35, camisas da Oakley e Calvin Klein saem por R$ 30 cada, por exemplo.
Canasvieiras é um dos principais destinos turísticos da Ilha de Santa Catarina. A praia é uma das preferidas dos turistas estrangeiros, entre eles, as famílias e os jovens argentinos, uruguaios e paraguaios.
Estrangeiros a serviço dos falsificadores
Logo na primeira negociação de um tênis, um haitiano cuidava do material. Quando recebeu a pergunta se o tênis tinha garantia, um homem ao lado vendendo balões entrou na conversa. Com um sotaque paulista, ele passou todas as informações sobre o tênis. Local de fabricação, forma de pagamento e durabilidade da mercadoria. Confira a negociação abaixo ou se preferir confira o áudio da negociação no site da Hora SC.
Fonte: Diário Catarinense - Moacir Pereira
Assaltos
Proprietários de imóveis em Florianópolis estão sofrendo verdadeiros assaltos do Imposto sobre Transmissão de Propriedade Imobiliária (ITPI). Os valores fixados na nova Planta Genérica de Valores pela gestão Cesar Souza Junior são considerados exorbitantes. O corretor Jairo Ferraz revelou que um terreno no Condomínio Roland Garros, adquirido por R$ 300 mil, foi avaliado pela Prefeitura em R$ 1,300 milhão.
Fonte: Diário Catarinense - Moacir Pereira
Omissão
A Fundação do Meio Ambiente (Fatma) está sendo criticada por suas omissões em relação à contaminação dos rios e das praias da Capital e do litoral. Na Ilha constatou que a estação elevatória da Casan jogava esgoto no rio do Braz, contaminando as três principais praias do norte, e não emitiu sequer uma notificação. Multa, nem pensar!
Fonte: Diário Catarinense - Moacir Pereira
Viés político
Assessores do prefeito Cesar Souza Junior (PSD) atribuem conotação político-eleitoral às ações e omissões da Fatma na escandalosa tempestade de poluição que desabou sobre Florianópolis neste início do ano. Alegam que a Fatma se limita a divulgar o mapa poluente, com a ilha rodeada de bandeiras vermelhas, que o presidente Alexandre Waltrick é afilhado do deputado Gean Loureiro (PMDB), candidato a prefeito, e que o diretor de fiscalização, Márcio Alves (PMDB) é candidato a vereador.
Fonte: Diário Catarinense - Moacir Pereira
Moreira fiscaliza
O governador em exercício, Eduardo Pinho Moreira (PMDB), vai inspecionar hoje a situação do rio do Braz, em Canasvieiras. Ali a estação elevatória da Casan despejou esgoto em dois enormes tubulões, ligados praticamente à praia. Convidado pelo deputado Marcos Vieira (PSDB) vai avaliar a situação com a Casan e a Vigilância Sanitária estadual.
Fonte: Diário Catarinense - Moacir Pereira
Os estragos do turismo predatório
O litoral catarinense, outrora um desfile de praias de águas claras e areias brancas, está hoje maculado de bandeiras vermelhas da Fatma, indicando poluição e altos índices de contaminação.
Não bastassem estas agressões ao meio ambiente, a invasão de turistas provoca uma série de estragos, atingindo mortalmente a qualidade de vida de todos.
Na praia do Mar Grosso, em Laguna, veranistas da região chegam, desfrutam das maravilhas do lugar e deixam apenas lixo espalhado pelos espaços públicos.
Em Balneário Camboriú acabou a mobilidade urbana. A indisciplina no trânsito é uma constante, a ausência de autoridades torna o cenário mais bagunçado, a lei do silêncio ninguém obedece. Nos últimos dias teve até arrastão de vândalos em plena Avenida Atlântica, em veículos presos nos engarrafamentos.
A Lagoa da Conceição foi invadida por craqueiros e por uma rafuagem jamais vista na Ilha. Eles chegam e mandam no pedaço. Dormem na rua, atiram latas de cerveja pelas calçadas, usam drogas em espaços públicos, abrem potentes alto-falantes dos carros até de madrugada. E ameaçam quem pede silêncio e educação.
Em Ingleses e Canasvieiras, o maior mafuá da história. Comércio de produtos piratas se espalha pelas calçadas, venda indiscriminada de celulares, cheiro de maconha por todo canto, oferta de acessórios e peças do vestuário na porta de entrada do comércio estabelecido, jovens colocando carros em vagas de deficientes... e por aí vai.
Jurerê Internacional não fica fora. Cenas parecidas se agravam com os endinheirados sentindo-se donos da praia. Dá de tudo. A última com BO na Polícia, quando um grupo de arruaceiros atirou um Elefante Parade, artisticamente decorado, no fundo do rio.
É preciso um basta neste turismo de massa e predatório.
Fonte: Adjori SC
Pesquisa aponta que 54% dos empresários temem prolongamento da crise em 2016
Na avaliação de 75% dos entrevistados, o ano de 2015 foi pior na economia do que 2014; e para 69% deles, a crise econômica e a corrupção são os principais problemas a serem resolvidos neste ano
Pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) com comerciantes e prestadores de serviços das 27 capitais e do interior do Brasil revela que o maior temor dos empresários com relação a 2016 é que o país não supere a crise econômica. O medo da recessão se prolongar aparece, inclusive, a frente de outras opções como o risco de não conseguir pagar as dívidas (38%), ser assaltado ou vítima de violência (38%) e ser obrigado a fechar a empresa (37%), que são mais próximas do seu próprio negócio.
Quando perguntados sobre o problema brasileiro mais importante a ser resolvido neste novo ano, novamente a crise econômica lidera a lista de opções ao lado da corrupção, ambos com 69% de menções. Outros problemas apontados pelos empresários brasileiros são os impostos elevados (65%), a inflação (49%), a falta de vontade política (40%) e a violência (39%).
Sete em cada dez empresários acreditam que 2015 foi pior que 2014
A percepção de que as condições do país se deterioraram ao longo do ano passado é generalizada entre os empresários sondados. Para 75% dos entrevistados o ano de 2015 foi pior para a economia do que 2014. Apenas 5% dos comerciantes e prestadores de serviços notaram que o cenário melhorou e outros 16% disseram que não houve alteração. O índice de empresários com percepção negativa supera o percentual de 70% em todas as regiões pesquisadas, mas cai para 53% entre os entrevistados do Nordeste.
Em meio a esse ambiente de baixa confiança com a economia do país, a situação financeira das empresas também piorou na opinião de 54% dos entrevistados, sendo que para mais da metade deles (52%), a piora decorreu do aumento dos preços de itens como matéria-prima, mercadoria e transporte, que diminuiu a margem de lucro, da diminuição do número de clientes (51%) e do aumento da inadimplência (22%). De acordo com a pesquisa, 75% dos empresários disseram ter visto empresas parceiras e concorrentes fecharem as portas neste último ano.
"A atual situação da economia brasileira tem gerado um ciclo vicioso, difícil de interromper. Como a inflação e as taxas de juros estão altas, as vendas caem e as empresas empregam e investem menos. Os efeitos negativos são percebidos nas quedas das vendas no varejo e na produção industrial. Dessa forma, temos queda de confiança tanto do empresário, quanto do consumidor. Esse resultado se traduz em inadimplência de ambas as partes, como os recentes indicadores têm apontado", analisa o presidente da CNDL, Honório Pinheiro.
Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o momento é de otimizar custos e processos e se aproximar do cliente. "As projeções dos analistas econômicos apontam para uma queda do PIB superior a 2,5% em 2016. E se os ajustes propostos pela equipe econômica do governo não forem aprovados ou postos em prática, a situação ainda pode se agravar. Diante disso, é importante para os empresários buscarem opções de crédito mais baratas e estreitar o relacionamento com os clientes como forma de sustentar as vendas do negócio e sobreviver à turbulência", diz a economista.
58% dos empresários demitiram no ano passado
Para enfrentar o ambiente menos favorável da economia, seis em cada dez (58%) entrevistados tiveram de fazer cortes e ajustar o orçamento de seus negócios em 2015. O ajuste se concentrou principalmente na folha de pagamento, uma vez que 58% desses empresários demitiram funcionários- entre dois e três dispensados em média - e 33% optaram por reduzir o valor gasto com contas de telefone fixo e celular. A economia nas contas de água e luz foram mencionadas por 27% desses empresários. Embora a demissão tenha sido a principal medida de ajuste de orçamento em 2015, a maioria dos empresários ouvidos (84%) descarta a intenção de fazer novas demissões em 2016.
Empresários adiaram planos em 2015
Além de rever o orçamento, alguns empresários se viram obrigados a modificar seus planos ao longo do ano passado. Somente 14% dos entrevistados conseguiram realizar 100% do que haviam projetado para 2015, 37% conseguiram realizar parcialmente e 38% tiveram de adiar seus planos para 2016 ou por tempo indeterminado.
Entre aqueles que não concretizaram 100% dos projetos para 2015, 34% deixaram de reformar a empresa, 32% não conseguiram alavancar as vendas e 24% não puderam comprar equipamentos. Os principais culpados na avaliação dos empresários ouvidos foram a falta de recurso financeiro (44%), a inflação (36%) e os juros elevados (27%). Por outro lado, dentre aqueles que realizaram seus projetos, total ou parcialmente, 44% disseram ter quitado dívidas das empresas, 30% conseguiram aumentar as vendas de seu negócio e 30% realizaram alguma reforma.
Mesmo com crise, 51% acham que 2016 será bom para seus negócios
Dentre os empresários sondados, as expectativas para a economia do Brasil dividem opiniões. Mais da metade (53%) dos empresários acredita que 2016 será igual ou pior que 2015 - sendo que 22% acreditam numa piora do cenário macroeconômico - e 42% têm a expectativa de que 2016 será melhor se comparado ao ano que terminou. As principais consequências de um cenário ruim, para aqueles que estão pessimistas, são a dificuldade de economizar e reforçar o caixa financeiro da empresa (35%), ter de fazer menos compras (34%), ter de economizar com compras não necessárias (29%), o aumento da inadimplência de seus clientes (22%) e a dificuldade para obter financiamento e crédito no mercado (22%).
Para 2016, a forma como os empresários pretendem driblar a crise prevê a organização das contas da empresa (42%), a diminuição das compras parceladas (33%), o aumento do pagamento a vista (32%) e a negociação de descontos em novas aquisições (22%).
Mesmo em um ambiente turbulento, a maior parte dos empresários que responderam a pesquisa mostra-se mais otimista quando a análise se detém apenas ao seu negócio. Mais da metade (51%) disse ao SPC Brasil que as expectativas para a empresa são muito boas, enquanto apenas 9% esperam que o novo ano no seja muito ruim para a sua empresa. Outros 36% disseram estar sem expectativas positivas ou negativas. A maior parte (44%), porém, está sem um horizonte concreto para projetos e não quis ou não sabe responder sobre seus planos para 2016.
"Pode parecer contraditório, mas apesar do ambiente econômico adverso para 2016, uma quantidade considerável de empresários está relativamente confiante com relação aos seus negócios. Isso pode se explicar pelo fato de que muitos deles acreditam que uma gestão eficiente de seu próprio negócio, com ajuste de estoques e do portfólio de produtos, além de criatividade, pode ajudá-los a enfrentar e driblar as dificuldades impostas pela crise", afirma Pinheiro.
Fonte: Exame
Juros do cheque especial e empréstimo pessoal caem neste mês
A taxa média do cheque especial cobrada pelos bancos em janeiro ficou em 12,52% ao mês, inferior à taxa de 12,55% observada em dezembro, apontou pesquisa realizada pelo Procon-SP.
A taxa média dos empréstimos pessoais ficou em 6,37%, inferior aos 6,39% observados em dezembro.
Das sete instituições financeiras que fazem parte da amostra, duas elevaram a taxa de cheque especial e duas diminuíram. Em relação à taxa de empréstimo pessoal, uma elevou sua taxa e uma diminuiu. As demais taxas foram mantidas.
A maior alta do cheque especial foi observada no Banco Safra, que alterou de 10,40% ao mês para 11,40%, alta de 9,62%. Em seguida o Bradesco, que alterou de 11,92% para 12,30% ao mês, alta de 3,19% em relação à taxa de dezembro.
Já as maiores quedas foram observadas no Banco do Brasil, que alterou de 11,99% para 11,80% ao mês, queda de 1,58%.
Empréstimo Pessoal
A taxa média dos bancos pesquisados foi de 6,37% ao mês, contra 6,39% em dezembro.
A maior alta verificada na taxa de empréstimo pessoal foi do Bradesco que alterou de 6,61% para 6,67% ao mês, alta de 0,91%. Já a maior queda foi no Itaú, que passou de 6,43% para 6,22% ao mês, representando uma variação negativa de 3,27% em relação à taxa do mês anterior.
Fonte: Exame
Apesar de ajustes fiscais, governo já sinaliza subsídios
Apesar de o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, ter assumido o cargo há menos de um mês com um discurso de continuidade do ajuste fiscal proposto por seu antecessor, Joaquim Levy, o governo já começa a sinalizar que pode destravar os cadeados dos cofres públicos e voltar a conceder subsídios setoriais.
A estratégia, que contribuiu para a expansão dos gastos da União até o fim de 2014 e o agravamento da crise fiscal, era fortemente combatida por Levy.
Para as micro e pequenas empresas, a ajuda virá com a criação de uma linha de crédito do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a juros bem mais baixos que os praticados pelo mercado, informou ontem o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos.
O governo estuda ainda a edição de um programa de renovação de frota de veículos para estimular a indústria automotiva e a criação de linhas de crédito em bancos públicos para financiamento de capital de giro de empresas exportadoras.
O governo poderia aproveitar os recursos repassados aos bancos públicos para o pagamento das pedaladas fiscais para financiar as medidas.
Em nota distribuída à imprensa na noite desta segunda-feira, 11, o Ministério da Fazenda negou, porém, que esteja avaliando conceder subsídios.
"O Ministério da Fazenda se comprometeu a avaliar as propostas (do setor automotivo), mas esclarece que não há no momento espaço fiscal para nenhum tipo de projeto que implique em dispêndio com subsídios ou equalizações", esclareceu.
No caso das pequenas empresas, segundo Afif, o BNDES concederia empréstimos para capital de giro com juros baseados na Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) - hoje em 7,5% ao ano -, somados a um porcentual ainda a ser definido. De acordo com o presidente do Sebrae, a taxa final deve ficar próxima a 15% ao ano. Os juros de mercado ultrapassam os 60% ao ano.
A decisão, que deve ser incluída no pacote de medidas que serão anunciadas até fevereiro pelo governo, teria o aval da Fazenda.
A linha de crédito será voltada para companhias com faturamento anual de até R$ 3,6 milhões, com um possível limite de captação de R$ 30 mil por empresa.
O montante a ser liberado para os empréstimos será definido nas próximas semanas e vai depender da capacidade de caixa do BNDES.
É incerto, entretanto, o impacto que a nova linha de crédito trará para a economia. Dados do BNDES mostram que, até outubro de 2015, apesar de corresponderem a 96,8% do número de operações, as micro e pequenas empresas foram responsáveis por 29,8% do volume de crédito concedido pelo banco.
Veículos
Após reuniões com Barbosa e com o ministro do Planejamento, Valdir Simão, ontem, o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, afirmou que o programa de renovação de frota proposto pelo setor, pode contar, entre outras possibilidades, com subsídios do governo.
Desde o início do ajuste fiscal, a gestão da presidente Dilma Rousseff tem trabalhado na direção oposta, cortando ajudas setoriais com recursos da União.
Pela proposta, proprietários de veículos com mais de 20 anos que voluntariamente quiserem aderir ao programa receberão um crédito para a compra de um modelo novo.
O veículo antigo será desmontado e voltará a ser matéria-prima para a indústria. Segundo a Anfavea, 230 mil caminhões, ou mais de 20% da frota dessa categoria no País, têm mais de 30 anos de uso.
A indefinição ainda está na fonte de recursos que formaria um fundo para bancar esse crédito. Moan foi questionado sobre a possibilidade de o fundo ser formado com recursos do governo, o que configuraria subsídio.
"É uma possibilidade", respondeu, ressaltando que a proposta não prejudicaria o ajuste fiscal. "O governo tem de analisar se o programa gera vendas incrementais de veículos. Se ele gerar, estaremos criando tributos adicionais, aí temos uma chance melhor de criar um funding para esse programa", explicou.
Fonte: Folha de S.Paulo
Petrobras faz nova redução de investimento e corta meta de produção
A Petrobras divulgou na manhã desta terça (12) nova revisão de seu plano de negócios para o período 2015-2019, com redução de US$ 32 bilhões no orçamento, que passou a US$ 98,4 bilhões.
Segundo a empresa, o corte tem por objetivo adequar os gastos ao novo cenário de preços do petróleo e de taxa de câmbio.
Do total cortado, US$ 21,2 bilhões representam "otimização de portfólio", ou seja, adiamento ou alteração em projetos. O restante é efeito da alteração das projeções de câmbio sobre os gastos em reais.
O novo orçamento destina 81% dos recursos para a área de exploração e produção, com foco no pré-sal. Outros 10% vai para a área de refino. A empresa não detalhou os projetos.
Com os cortes, informou a companhia, a meta de produção de petróleo para 2020 cai de 2,8 para 2,7 milhões de barris por dia.
O plano mantém a projeção de venda de ativos em US$ 15,1 bilhões.
Na nota enviada à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a estatal diz que está revendo também as projeções de gastos gerenciáveis para 2016, que era de US$ 21 bilhões na versão anterior, o que indica que busca novas possibilidades de cortes.
A nova versão do plano de negócios considera um preço médio para o petróleo Brent de US$ 45 em 2016, ante projeção anterior de US$ 55, e uma taxa de câmbio média no ano de R$ 4,06 por dólar, ante R$ 3,80 anteriormente.
A Petrobras informou ainda que atingiu uma produção média de petróleo de 2,128 milhões de barris por dia no país em 2015, ante 2,125 milhões de barris por dia estimados no plano de negócios.
Segundo a Petrobras, a produção de 2015 "representa o recorde anual histórico de produção de óleo da companhia, superando o recorde alcançado em 2014".
Fonte: Agência Brasil
Inflação para pessoas com mais de 60 anos chega a 11,13%
O Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i), que mede a variação da cesta de consumo de pessoas com mais de 60 anos de idade, fechou o ano de 2015 em 11,13%. A taxa foi superior à observada pelo Índice de Preços ao Consumidor Brasil (IPC-BR), que mede a inflação média para todas as faixas etárias e de renda e que ficou em 10,53%.
Apenas no quarto trimestre do ano passado, a taxa do IPC-3i ficou em 2,87%, superior ao 1,23% do terceiro trimestre do ano. Seis das oito classes de despesa analisadas pelo índice tiveram alta na taxa de inflação na passagem do terceiro para o quarto trimestre.
Alimentos
O aumento dos preços dos alimentos foi a principal razão para a alta da inflação no período, já que a taxa subiu de 0,54% no terceiro trimestre para 5,37% no último trimestre. Os itens que mais contribuíram para esse movimento do grupo alimentação foram as hortaliças e legumes.
Outros impactos importantes vieram dos grupos de despesa transportes (a taxa passou 0,35% para 4,52%), educação, leitura e recreação (de 0,94% para 2,51%) e vestuário (0,24% para 1,99%). O IPC-3i é calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
Fonte: Agência Brasil
IBGE: safra de 2015 é recorde e a de 2016 crescerá 0,5%
A safra brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas fechou 2015 com uma produção de 209,5 milhões de toneladas, superando em 7,7% a de 2014. Já para 2016, o terceiro prognóstico - divulgado hoje (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) -, indica uma produção de 210,7 milhões de toneladas, superando em 0,5% o número de 2015.
A décima segunda estimativa de 2015 do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola do país (algodão herbáceo, amendoim, arroz, feijão, mamona, milho, soja, aveia, centeio, cevada, girassol, sorgo, trigo e triticale) fechou 2015 com uma produção 14,9 milhões de toneladas, total maior que o de 2014: 194,6 milhões de toneladas. O resultado, no entanto, é 0,4%, o equivalente a 746.519 toneladas, menor que a avaliação de novembro.
Os dados divulgados pelo IBGE indicam que a estimativa da área a ser colhida é de 57,7 milhões de hectares, com alta de 1,8% frente à área colhida em 2014 (56,7 milhões de hectares) e redução de 14.711 hectares em relação às previsões do mês anterior. Juntos, os três principais produtos deste grupo (arroz, milho e soja) representaram 93,1% da estimativa da produção e responderam por 86,3% da área a ser colhida.
Em relação a 2014, houve acréscimos de 6,1% na área da soja e de 0,8% na de milho e redução de 8,4% na área de arroz. Na produção, houve acréscimos de 1,1% no arroz, 11,9% na soja e de 7,3% no milho.
Cereais
A região Centro-Oeste foi a que concentrou o maior volume de produção de cereais, leguminosas e oleaginosas, com 89,9 milhões de toneladas, seguida da região Sul, com 76 milhões de toneladas, Sudeste (19,3 milhões de toneladas), Nordeste (16,6 milhões de toneladas), e Norte (7,7 milhões de toneladas).
Na safra de 2015, houve altas de 22,1% na região Norte, de 5,4% na região Nordeste, 5% na região Sudeste, 7% na região Sul e 8,3% na região Centro-Oeste. Na avaliação de 2015, Mato Grosso liderou como maior estado produtor de grãos, com 24,9%, seguido pelo Paraná (18%) e Rio Grande do Sul (15,2%). Somados, representaram 58,1% do total nacional.
As informações indicam, ainda, que, entre os 26 produtos pesquisados, oito tiveram alta na estimativa de produção em relação a 2014, com destaque para arroz em casca (1,1%), aveia em grão (4,8%), batata inglesa 3ª safra (1,6%), cana-de- açúcar (2,4%), milho em grão 2ª safra (15,0%), soja em grão (11,9%) e triticale em grão (75,6%).
Houve 18 produtos em queda. Neste caso, os destaques ficaram com algodão herbáceo em caroço (2,7%), amendoim em casca 1ª safra (10,2%), amendoim em casca 2ª safra (38,8%), cebola (11,2%), cevada em grão (26,4%), feijão 1ª safra (4,5%), feijão 2ª safra (7,9%), feijão 3ª safra (2,4%), laranja (3,9%), mandioca (2,1%), milho em grão 1ª safra (4,8%), sorgo em grão (7,1%) e trigo em grão (13,4%).
Cana-de-açúcar
Após um ano de 2014 ruim, quando a produção de cana-de-açúcar do país retraiu 4% na relação com 2013 - em função dos preços externos e de um ano muito seco e quente nas principais regiões produtoras -, em 2015 a estimativa da produção cresceu 2,4% na comparação com 2014, devendo alcançar 755 milhões de toneladas.
A área plantada recuou 3,2% e a ser colhida 1,5%, mas o rendimento médio aumentou 3,9%, fruto de mais investimentos e de um ano mais chuvoso. Os destaques da recuperação da produção de cana-de-açúcar, em termos de volume de produção em 2015, em relação a 2014, foram o estado de São Paulo com incremento de 14,6 milhões de toneladas na comparação com o ano anterior; Mato Grosso do Sul, com aumento de 7,2 milhões de toneladas e Paraná - 3,3 milhões de toneladas.
Já a cebola, um dos produtos que mais contribuíram para a alta da inflação do grupo alimentos e do IPCA de 2015 (10,67%), fechou em queda de 11,2% na produção. “O ano se iniciou com a queda da produção no sul do País e com a quebra de safra de cebola na Argentina, principal exportador de cebola para o Brasil. Com isso, pela primeira vez, as importações da Europa foram maiores que as da Argentina. Os altos custos dessa importação foram repassados aos consumidores, fazendo os preços dispararem e elevando o Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA)”, ressaltou o IBGE.
Ausência de chuvas
A baixa oferta foi agravada, no primeiro semestre, “pela queda de 19% da produção na Bahia, onde a falta de chuva reduziu o rendimento em 16,4%. Já Goiás e Minas Gerais foram os principais beneficiados com a elevação do preço da cebola.”
Com exceção ao Centro-Oeste, todas as outras regiões brasileiras tiveram redução da área plantada durante a primeira safra, na qual os principais produtores foram o Paraná (332,2 mil toneladas), Bahia (239,5 mil toneladas) e Minas Gerais (162,0 mil toneladas). Paraná e Minas reduziram as suas produções em 18,3% e 20,0%, respectivamente. Já na Bahia, a produção aumentou em 152,6%.
A redução de área plantada foi observada em todas as regiões, com exceção ao Centro-Oeste. Os principais estados produtores de feijão desta temporada seguem a mesma ordem da primeira safra: Paraná (30,1% da produção), Bahia (15,0%) e Minas Gerais (12,1%). Todos estes estados tiveram queda na produção em relação a 2014.
Milho e soja
Milho, arroz e soja respondem por 93,1% da produção total do país e por 86,3% da área a ser colhida, terão comportamento distinto em 2016, com o primeiro voltando a apresentar queda e o segundo fechando com novo recorde.
Segundo o IBGE, a produção de soja de 2016 deverá superar a do ano passado em 5,9%, devendo atingir 102,7 milhões de toneladas. A alta na produção deve resultar da valorização da soja no mercado interno.
Mato Grosso se mantém líder nacional na produção da leguminosa. Com expectativa de área de 9,2 milhões de hectares e de rendimento médio em 3.106 kg/ha, estima-se que a produção mato-grossense seja de 28,5 milhões de toneladas, 2,5% maior que a de 2015. O Paraná trouxe estimativa de produção de 18,3 milhões de toneladas, maior 6,7% quando comparado a 2015.
Já o milho 1ª Safra (em grão), segundo o atual prognóstico, virá com mais um decréscimo na produção em 2016. Esta queda de produção é consequência da valorização da soja, concorrente direto por área. São esperadas para esta primeira safra 28,1 milhões de toneladas, 4,6% menor que o obtido em 2015 e 2,4% menor que a estimativa do prognóstico anterior. A área plantada sofreu contração de 7,4% quando comparado com 2015.
Segundo o IBGE, os levantamentos de cereais, leguminosas e oleaginosas foram realizados em colaboração com a Companhia Nacional de Abastecimento - Conab, órgão do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, continuando um processo de harmonização das estimativas oficiais de safra das principais lavouras, iniciado em outubro de 2007.