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Clipping Diário - 11/08/2014

Publicado em 11/08/2014
Clipping Diário - 11/08/2014

ABRE O OLHO

O prefeito de Balneário Camboriú, Edson Piriquito, sancionou lei municipal de autoria do vereador Orlando Angioletti (DEM) que prevê equipamentos dotados de lentes de aumento para leitura de rótulos em supermercados, farmácias e afins. Os estabelecimentos terão 90 dias para se adequarem à nova legislação.

ENTRETANTO...

O Sindicato do Comércio local é contra e anunciou que vai combater a lei, pedindo sua revogação. A alegação é curiosa: alerta que com as lupas os consumidores ficarão acomodados e não buscarão corrigir os problemas de visão.
Fonte: Diário Catarinense – Visor – 11-08

TERMINAL

Do engenheiro Carlos Alberto Riederer, ex-presidente do Ipuf: “Agora, a caveira de burro do aeroporto enterrou de vez. A obra foi anunciada em 2007 no PAC. Em 2005, sua coluna alertava que não haveria o novo terminal sem a definição do acesso. O acesso parou no ICMBio e na Espaço Aberto. O que não faz sentido é parar a nova pista, que aumentará a capacidade de operação e que nada tem a ver com o acesso rodoviário”.
Fonte: Diário Catarinense – Moacir Pereira – 11-08 

MODA

O Ilhota Fashion Day, evento do Polo de Moda Íntima, Praia e Fitness de Ilhota, SC, será amanhã e projeta R$ 1 milhão em vendas para lojistas.
Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti – 11-08 

REFORMA TRIBUTÁRIA NA AGENDA

Diante do emaranhado tributário que é apontado como um dos responsáveis pelo crescimento pífio da economia, os candidatos à presidência da República prometem reforma tributária. O economista Armínio Fraga, principal nome da área econômica do candidato Aécio Neves, sinalizou com adoção do IVA no lugar do ICMS, um fundo de compensação e mudanças para empresas, tudo de forma gradual, disse Fraga ao Estadão.
Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti – 11-08 

ECONOMIA

Três áreas lideram vagas abertas de janeiro a junho. Apesar da oferta, varejo sofre com falta de profissionais para preencher posições.
Uma análise rápida sobre as ocupações que mais abriram vagas e a rotatividade mostram um primeiro semestre de pleno emprego. De acordo com o economista da Furb Nazareno Schmoeller, a taxa de desemprego estimada para Blumenau em 2014 é de 2%, índice que confirma a situação e significa que os trabalhadores estão fora do mercado por vontade própria ou por estarem à procura de outra colocação.
Entre as 10 profissões que mais abriram vagas entre janeiro e junho, segundo o Sistema Nacional de Emprego (Sine), as três primeiras são das áreas de indústria, alimentação e comércio: alimentador de linha de produção, que abriu 108 vagas; cozinheiro, com 75; e operador de caixa, com a abertura de 57 postos. Para o economista, a diversidade na criação das vagas mostra que todos os setores estão em busca de mão de obra:
– As vagas foram abertas em muitas aéreas. No setor de alimentação foram 615 novos postos de trabalho. No comércio, ainda que as movimentações tenham sido grandes, com 4.207 admissões e 4.189 demissões, o saldo ficou em 18, sendo que entre vendedores 70 vagas não foram preenchidas. Ou seja, as oportunidades estão em todas as áreas, depende da capacitação e desempenho de cada um, o que pode permitir uma melhor adaptação em outra área de trabalho.

Salário médio

A média dos salários das profissões que mais abriram vagas na primeira metade do ano é de pouco mais de um salário mínimo. A ocupação com o maior salário (veja tabela) é a de assistente de vendas, com rendimento médio de R$ 1.270,23 na contratação. Mesmo assim, Schmoeller afirma que nos últimos quatro anos os salários médios têm crescido acima da inflação. Este é um dos fatores que motiva a troca de emprego e a busca por melhores remunerações, o que aumenta a rotatividade – outro sinal do pleno emprego.
A supervisora do Sine de Blumenau, Sandra Regina Alves da Silva Schatz, diz que a abertura de vagas no primeiro semestre mostra o aquecimento do mercado. Foram 803 novos postos entre janeiro e junho, sendo 445 de aumento e 358 de reposição.
– É um dado extremamente positivo. Tem muita empresa abrindo, crescendo, mas o grau de exigência também está alto, por isso é preciso se capacitar – avalia Sandra.
Fonte: Jornal de Santa Catarina – Economia – 11-08 

Setores têm dificuldade para contratar

Apesar da abertura das vagas, alguns setores tiveram dificuldades em preencher os postos e fecharam o semestre no negativo. É o caso do comércio, que tem dificuldades em empregar em duas funções: vendedor de varejo, que tem 70 vagas em aberto, e operador de caixa, com 32. Para o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Paulo Cesar Lopes, os trabalhadores consideram o horário de trabalho e o deslocamento fatores importantes na hora de trocar ou permanecer em uma empresa:
– Uma das dificuldades é o trabalho nos fins de semana. Apesar de ter um ganho extra, quando encontram uma vaga onde não precisam trabalhar nestes horários elas trocam. Outra coisa é a mobilidade. Dependendo do lugar onde mora e trabalha a pessoa leva uma hora e meia no trânsito, então ela prefere trabalhar perto de casa.
Lopes afirma que esta é uma das maiores dificuldades dos empregadores, principalmente no comércio, já que o mercado tem exigido cada vez mais que os estabelecimentos funcionem em horários alternativos.
– O domingo é o segundo dia de maior venda nos supermercados e só perde para o sábado. Em contrapartida temos falta de mão de obra, com profissionais absorvidos por outros segmentos, como o de serviços, que conseguem flexibilizar mais os horários – analisa.
Fonte: Jornal de Santa Catarina – Economia – 11-08 

Mercado começa a se acomodar

Para o economista Nazareno Schmoeller, o mercado em Blumenau permanece aquecido, embora algumas áreas já encontrem estabilidade, como a indústria, mas ainda não há problemas para o trabalhador em encontrar oportunidades de recolocação. Porém o economista alerta para a necessidade de capacitação constante e mudanças de processos:
– A falta de mão de obra ocorre por muitas questões, as principais são baixos salários, horários à noite e fins de semana. É preciso modernizar processos para economizar e valorizar o trabalhador, pois pensar que vai se conseguir mão de obra eterna com baixos salários e qualificações é um erro.
Fonte: Jornal de Santa Catarina – Economia – 11-08 

Comerciários terão aumento

O acordo coletivo de trabalho entre patrões e empregados do comér-cio de Joinville e região Norte de Santa Catarina, a ser assinado, vai garantir aumento de 7,5% aos trabalhado-res. O percentual já está confirmado. Há aproximadamente 15 mil empresas envol-vidas na negociação. Nove mil delas só em Joinville. A homologação depende, apenas, de ajustes para adequar piso salarial e de horários de jornada de quem trabalha nos municípios do litoral, abrangidos pela convenção. As horas extras trabalhadas em dezembro poderão ser compensadas com folgas em janeiro. Neste caso, é necessário acertos entre cada lojista e seus funcionários, além de constar no texto da convenção.
Fonte: A Notícia – Claudio Loetz – 11-08

Freada na economia corta vagas no comércio

Primeiro semestre tem fechamento de 83,6 mil empregos, é o pior resultado desde 2007. Com a forte queda nas vendas no varejo na época da Copa e o fraco desempenho em julho, a tendência é de redução de pessoal nas lojas e na indústria. A desaceleração nas vendas do comércio que bateu forte no varejo especialmente na época da Copa teve impacto negativo no emprego do setor. De janeiro a junho, as lojas mais demitiram do que contrataram em todo o País. E o cenário ruim deve persistir até o final do ano, prevê o setor. O primeiro semestre fechou com um saldo de vagas formais negativo em 83,6 mil, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho.
“Não foi só a indústria que demitiu mais que contratou nos últimos meses, mas o comércio também. O varejo está devendo bastante: 83,6 mil vagas. Foi o pior resultado do saldo de postos de trabalho do setor desde 2007 para um 1º semestre”, observa Fábio Bentes, economista da Confederação Nacional do Comércio (CNC).
Só na capital paulista, ocorreram 63,3 mil homologações no sindicato dos comerciários no 1º semestre. É um número 2,7% maior em relação ao mesmo período de 2013. “O desemprego no comércio aumentou um pouco”, diz Ricardo Patah, presidente do sindicato. Ele pondera que entram na conta só os trabalhadores desligados com mais de uma ano de casa, portanto, esse número pode ser maior.
Patah está preocupado com o desemprego. Com a forte queda nas vendas no varejo na época da Copa e o fraco desempenho em julho, a tendência é de redução de pessoal nas lojas e na indústria, uma vez que o encalhe diminui o ritmo de novas encomendas às fábricas.
“Julho foi um fracasso para o comércio em termos de vendas. Todo mundo está reclamando”, diz Patah. Levantamento da Associação Comercial de São Paulo, que dispõe de dados mais atualizados sobre o varejo, mostra que em julho o ritmo de vendas na capital paulista foi 1,6% menor do que no mesmo mês de 2013. Um executivo de uma rede varejista de móveis e eletroeletrônicos que prefere o anonimato conta que o desempenho do mês passado foi metade do esperado. “Após a eliminação do Brasil da Copa, as vendas despencaram”, diz.
Correlação. Uma análise feita por Bentes, da CNC, a partir do resultado de vendas no varejo do IBGE e o saldo da geração de empregos no comércio apontado pelo Caged, mostra que há uma correlação entre o saldo de vagas no comércio e as vendas. Entre dezembro de 2013 e maio deste ano, o último dado disponível, o volume de vendas do comércio varejista ampliado, que inclui veículos e materiais de construção, caiu 0,4%, No mesmo período de 2013, houve crescimento de 1,1%. Já o saldo líquido de vagas formais no varejo piorou. No 1º semestre de 2013 estava negativo em 70,9 mil postos e neste ano a retração foi de 83,6 mil vagas.
“De 10 segmentos do comércio pesquisados pelo IBGE, as vendas e os saldos de postos de trabalho pioraram em quase todos”, observa Bentes. Ele ressalta que o setor de vestuário, que registrou queda de 3,8% no volume de vendas este ano na comparação com 2013, foi responsável por quase 90% do saldo negativo de vagas como um todo. Fechou o 1º semestre com saldo negativo de 73,9 mil.
O impacto da queda nas vendas do setor vestuário no emprego é confirmado pelo Sindicato dos Comerciários de São Paulo. Entre as 21 empresas que fizeram homologações no 1º semestre, o setor de vestuário predomina com cinco delas; seguido pelos supermercados, com quatro companhias e pelas revendas de veículos e autopeças, com três empresas.
De acordo com o relatório do sindicato, a varejista Casas Pernambucanas, que é forte no segmento de vestuário, demitiu 375 trabalhadores na capital paulista neste semestre e a Inbrands, dona de marcas como Ellus, VR, Tommy Hilfiger, cortou 138 funcionários.
A Inbrands informa que não houve nenhum movimento de redução nos quadros e que contratou no período. A Pernambucanas diz que contratou 3.851 trabalhadores no 1º semestre.
O Carrefour lidera a lista de homologações com 607 demissões, seguido no setor de supermercados pela Companhia Brasileira de Distribuição (GPA), com 442 homologações. O Carrefour informa que não há redução de postos de trabalho. O GPA diz que ampliou no País em 7 mil o número de funcionários no 1º semestre. A empresa pondera que, com o fim da operação de lojas 24 horas, reaproveitou os funcionários, mas que houve trabalhadores que optaram por sair da companhia.
Carros. Outro segmento afetado pela queda de 1,7% nas vendas neste ano, segundo o IBGE, foi o de automóveis e autopeças. A concessionária Hyundai Caoa, por exemplo, cortou 182 funcionários no 1º semestre. A empresa diz que “tem passado por um grande processo de reestruturação e novos processos internos estão sendo otimizados, o que reflete na readequação do quadro de funcionários”.
Fonte: O Estado de São Paulo – 11-08 

Pela 11ª vez seguida, economistas diminuem projeção de crescimento do PIB em 2014

Boletim Focus mostra que agora PIB deve subir 0,81%; após inflação fraca de julho, projeção para o IPCA caiu para 6,26%. A economia brasileira crescerá menos do que o previsto em 2014, conforme o Relatório de Mercado Focus, divulgado pelo Banco Central. Pela pesquisa, a mediana das estimativas passou de 0,86% para 0,81%. Há quatro semanas, a expectativa era de 1,05%. Para 2015, a estimativa de expansão também recuou, e de forma mais drástica, passando de 1,50% para 1,20%. Um mês atrás, a mediana estava em 1,50%.
A expectativa para o fraco crescimento é explicado pelas previsões negativas do mercado para o setor industrial. Para 2014, a mediana das estimativas seguiu com a perspectiva de uma retração de 1,53%. Para 2015, porém, a previsão segue em alta de 1,70%. Quatro semanas antes, a Focus apontava estimativa de queda de 0,90% para 2014 e alta de 1,80% em 2015 para o setor.
Inflação menor. Logo após a divulgação do IPCA de julho (0,01%) abaixo das previsões do mercado financeiro (0,03% a 0,17%), o Relatório de Mercado Focus revelou que a projeção para o indicador de 2014 caiu de 6,39% para 6,26%. Há quatro semanas, a estimativa era de 6,48%. Esta é a quarta semana consecutiva em que há diminuição das previsões.
Já para 2015, a mediana das estimativas subiu de uma semana para outra, passando de 6,24% para 6,25%. Um mês antes, a expectativa mediana estava em 6,10%. A previsão suavizada para o IPCA para os 12 meses à frente aumentou de 6,03% para 6,19%. Há quatro semanas estava em 5,92%.
Para 2015, a previsão mediana dos cinco analistas caiu de 6,75% para 6,48%. Quatro semanas atrás, o grupo previa taxa de 6,51% para 2014 e de 6,75% para 2015. Para o curto prazo, a mediana das estimativas para o IPCA de agosto caiu de 0,26% para 0,25%. Já para setembro, o ponto central da pesquisa desviou de 0,39% para 0,40%.
Juro. Os economistas consultados pelo Banco Central mantiveram a previsão para a taxa Selic no fim de 2014 em 11% ao ano pela décima semana seguida. Já para 2015, a mediana ficou estável em 12% pela décima primeira semana consecutiva.
A taxa básica de juros está em 11% ao ano desde a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que ocorreu em 27 e 28 de maio. O próximo encontro da diretoria colegiada do BC será nos dias 02 e 03 de setembro.
Fonte: O Estado de São Paulo – 11-08 

Comerciários pedem reajuste de 12%

O Sindicato dos Comerciários do Estado de São Paulo espera que a categoria consiga um reajuste de até 12% neste ano. A pauta de reivindicações entregue à Fecomércio-SP (Federação do Comércio do Estado de São Paulo) pede a reposição do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que deve ficar entre 6,5% e 7% até setembro, de acordo com os sindicalistas, mais 5% de aumento salarial.
O índice de inflação utilizado na negociação será o acumulado de 12 meses até setembro, data-base para o reajuste da categoria. Até junho, o INPC acumulado em 12 meses estava em 6,06%.
O sindicato dos comerciários representa cerca de 470 mil trabalhadores no Estado. A campanha inclui diversos setores, como lojistas, trabalhadores de supermercados e funcionários de concessionárias, entre outros. Durante a negociação geral da categoria, podem ser fechados acordos específicos para cada setor, segundo o sindicato.
O diretor de relações sindicais dos comerciários, Josimar Andrade, admite que será difícil conseguir o índice pretendido neste ano.
"O sindicato patronal deverá, primeiramente, oferecer somente a reposição da inflação, mas não aceitaremos isso. Historicamente, temos obtido entre 2% e 3% de aumento acima da inflação todos os anos", afirma Andrade.
A Fecomércio informou que ainda analisa a pauta de reivindicações dos trabalhadores e só se manifestará após a conclusão dessa análise.
Ainda não há data para a reunião entre empresários e trabalhadores.

PRINCIPAIS PEDIDOS

Reajuste igual à inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) mais 5%. Garantia do piso mais 20% para quem trabalha com comissão (R$ 1.440). Piso salarial de R$ 1.200.

No ano passado

Para lojistas, o reajuste foi de 8%. O piso definido foi de R$ 1.012,30. Para quem trabalha por comissão, o piso definido foi de R$ 1.216,30

Outros benefícios

Convênio médico, seguro de vida em grupo, extinção do banco de horas e cesta básica
Fonte: Folha de São Paulo – 11-08

Fim da Copa do Mundo contribui para queda da inflação

O fim da Copa do Mundo, que provocou uma redução de preços de passagens aéreas e diárias de hotéis, foi o principal motivo que fez com que o índice de inflação medido pelo IPCA desacelerasse em julho.
A inflação mensal ficou em 0,01%, uma forte desaceleração frente ao 0,40% registrado em junho. Em 12 meses, o índice ficou em 6,50%, informou nesta sexta-feira (8) o IBGE.
Os dois valores ficaram abaixo das previsões do mercado. Segundo a Bloomberg, analistas previam alta de 0,1% em julho e de 6,60% em 12 meses.
Ainda que a Copa tenha ocorrido até o dia 13 de julho, o IBGE verificou que ao final da primeira quinzena do mês passado os preços desses dois serviços apresentaram queda, afirma a coordenadora de Índices de Preços do órgão, Eulina Nunes dos Santos.
As passagens aéreas registraram em julho queda de 26,86% em relação a junho. O recuo compensou a alta de 21,95% verificada no mês anterior.
Essa queda deu a contribuição mais forte para que a inflação dos transportes tenha recuado 0,98% em julho e permitido, junto com outros três setores que apresentaram deflação, que o índice de inflação oficial ficasse praticamente estável em julho.
Nos sete primeiros meses do ano, passagens aéreas acumulam queda de 41,62%.
Uma segunda explicação para essa queda é que neste ano muitas empresas aumentaram o número de voos com destino ou origem do Brasil, também em função do mundial. O aumento da oferta contribuiu para a redução dos preços, disse a coordenadora.

DESPESAS PESSOAIS

O setor de despesas pessoais que, ainda que não tenha apresentado deflação, teve uma redução forte no ritmo de alta de preços– passou de 1,57% em junho para 0,12% em julho–, foi diretamente impactado pelas diárias dos hotéis, que à medida que a Copa se aproximava do fim davam sinais de queda.
O valor das diárias caiu 7,65% em julho. Diferentemente das passagens, a queda não compensou a alta verificada no mês anterior, quando a Copa começou e os preços dos hotéis verificados pelo IBGE saltaram 25,33%.
Segundo a coordenadora, o movimento de desaceleração dos preços após um evento como a Copa é normal, já que há um aumento de demanda nos meses anteriores e uma queda brusca logo em seguida.
Esse movimento, contudo, não deve permanecer nos próximos indicadores, já que o efeito sazonal da Copa já terá passado.
Outros fatores, como as seguidas quedas nos preços dos alimentos, fruto de uma expectativa maior com relação à safra deste ano, e o movimento de alta dos juros interrompido em maio –e que leva algum tempo a ter impacto nos preços– continuarão a pressionar a inflação para baixo.
"As passagens aéreas 'devolveram' toda alta que havia sido vista no mês anterior. Já os hotéis não conseguiram devolver tudo porque muitos chegaram a triplicar seu valor de diárias antes da Copa. Nós verificamos movimento semelhante na África do Sul (sede da Copa de 2010), com a diferença que lá o preço da hospedagem caiu mais", disse Eulina, em coletiva na sede do IBGE, no centro do Rio, na manhã desta sexta-feira.
Na avaliação da coordenadora, hotéis só não recuaram o suficiente para reverter a alta do mês anterior porque há a perspectiva com a realização dos Jogos Olímpicos em 2016, no Rio. A cidade foi, inclusive, o estado que, ao invés de deflação, teve a maior alta de julho no valor das diárias, de 3,45%. Além do Rio, apenas Belém registrou alta de preços, de 0,32%.
Salvador (-22,33%), Recife (-18,58%) Porto Alegre (-16,99%), Fortaleza (-8,47%) e Curitiba (-6,18%) integram o topo da lista das maiores queda de preços nas diárias de hotéis.
Em sexto lugar, São Paulo teve queda de 5,38%. O IBGE, disse a técnica, faz a pesquisa de preços de passagens e hotéis com dois meses de antecedência para datas nas quatro semanas do mês de referência. Depois, faz uma média dos valores e calcula a inflação do segmento.

ALIMENTOS
Um dos vilões da inflação nos últimos anos, os alimentos registraram em julho o quarto recuo de preços consecutivo em 2014. O segmento de alimentos e bebidas recuou 0,15% no mês passado, frente a igual período do ano anterior.
A variação é negativa desde junho, quando houve queda de 0,11% no índice de preços, mas a desaceleração vem desde abril, quando a inflação foi de 1,19%, apresentando menos força que março (alta de 1,92%).
A batata inglesa foi o alimento que mais teve queda de preços, 18,84% em julho, seguido do tomate (17,33%), feijão fradinho (7,54%), feijão carioca (6,42%) e cenoura (6,16%).
De acordo com a coordenadora do Índice de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos, cenários agrícolas mais favoráveis ao redor do mundo e uma perspectiva de safra melhor neste ano contribuíram para a melhora dos preços.
O IBGE prevê uma safra 2,6% maior neste ano em relação a 2013, um crescimento equivalente 5 milhões de toneladas a mais.

ÁGUA

O problema de abastecimento de água em São Paulo contribuiu para o recuo do preço do setor água e esgoto do índice de inflação em julho. A taxa de água no país apresentou recuo de 1,34% em julho frente a junho. Em São Paulo e na região metropolitana da capital, essa queda foi de 9,11%.
Em fevereiro, a Sabesp iniciou um programa de incentivo de redução ao consumo de água por conta do baixo nível dos reservatórios de água do estado.
Fonte: Folha de São Paulo – 11-08

IGP-M marca deflação de 0,31% na primeira prévia de agosto

SÃO PAULO - O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) teve deflação de 0,31% na primeira prévia de agosto. O recuo foi menor do que aquele apurado em mesmo período do mês passado, de 0,50%. Os dados são da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Dos componenets do índice geral, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 0,56% na parcial de agosto, após ceder 0,87% em igual intervalo de julho. Os produtos agropecuários tiveram queda de 1,03% enquanto os produtos industriais declinaram 0,39%. Ambos recuos foram menos intensos do que aqueles verificados na primeira prévia de julho, de 1,62% e 0,60%, respectivamente.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), por sua vez, subiu 0,03% na medição inicial de agosto, seguindo alta de 0,16% em igual período do mês anterior. Das oito classes de despesas avaliadas, a maior contribuição partiu de Alimentação, que partiu de elevação de 0,01% para baixa de 0,23%, sobressaindo o item hortaliças e legumes (-6,51% para -10,18%).
Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) aumentou 0,44% no primeiro levantamento deste mês, excedendo o avanço de 0,33% registrado na parcial de julho. O índice relativo a materiais, equipamentos e serviços subiu 0,04% e aquele que representa o custo da mão de obra teve alta de 0,79%. Na primeira prévia de julho, essas taxas foram positivas em 0,27% e 0,37%, nesta ordem.
Fonte: Valor Econômico – 11-08 

Estoque de crédito tributário das empresas atinge R$ 66 bi

As empresas brasileiras carregam R$ 66 bilhões em créditos tributários em seus balanços, segundo levantamento repassado ao Valor pelo Fisco. São prejuízos acumulados ao longo de vários anos e que podem ser abatidos de pagamentos futuros de tributos, reduzindo a arrecadação federal. Mas o estoque dos créditos tributários está prestes a cair em mais de 10% para ajudar o governo a fechar as contas de 2014.
A Receita Federal espera que empresas usem cerca de R$ 7 bilhões em créditos tributários que carregam em seus balanços para pagar dívidas dentro do programa que concede condições especiais para o refinanciamento de débitos fiscais, o Refis. Com isso, o estoque de prejuízos que as empresas poderão abater de recolhimentos futuros cairá para R$ 59 bilhões.
Os dados do Fisco mostram que 52% do estoque está concentrado em setores ligados à indústria de transformação e comércio e correspondem a prejuízos fiscais, que geram créditos do Imposto de Renda (IR) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).
Pelas regras da Receita, quando a empresa registra um prejuízo pode utilizar esse valor para abater de impostos devidos no futuro. O problema é que o governo controla o percentual do prejuízo que pode ser deduzido. Atualmente, essa compensação não pode ultrapassar 30% do imposto devido. Dessa forma, as empresas acumulam saldos em seus balanços e a Receita, por sua vez, evita perdas muito grandes de arrecadação.
Quando o crédito é usado para abater impostos, a Receita tem um prazo de até cinco anos para verificar se a empresa tem mesmo direito ao benefício. Em períodos de pouco crescimento econômico e queda da lucratividade das empresas, a tendência é de acumulação de créditos contra o Fisco.
No início deste ano, a compensação de créditos tributários foi um dos motivos que explicaram a queda na arrecadação. Segundo os dados da Receita, o pagamento de IR e CSLL caiu em janeiro e fevereiro, porque um grupo de 15 a 20 grandes contribuintes usou créditos que tinha contra o governo para quitar parte do imposto devido.
A expectativa do governo era que, em março, quando as empresas são obrigadas a entregar as declarações anuais de IR, o total arrecadado compensasse o que veio a menos em janeiro e fevereiro. Mas não foi o que ocorreu. Desde então, a fraca atividade econômica tem levado a frustrações recorrentes na arrecadação, que cresce apenas 0,28% acima da inflação até junho, quando comparada a igual período de 2013.
Uma medida provisória recente autorizou o uso, pelas empresas, de créditos tributários para quitar dívidas dentro do Refis. O governo acha que esse pode ser um incentivo a mais para as companhias aderirem ao programa de refinanciamento, ajudando o Tesouro na sua difícil tarefa de aumentar a arrecadação para cumprir as metas fiscais estabelecidas para o ano. O benefício está restrito às empresas que pagarem até 30% do débito com a Receita à vista. O governo, que esperava arrecadar R$ 12,5 bilhões no Refis, agora prevê o ingresso de mais de R$ 15 bilhões.
O secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, quando anunciou a medida, explicou que a permissão de abatimento dos créditos tributários seria positiva também para o governo, porque créditos futuros já estariam sendo usados. No caso das empresas, haveria um ganho de caixa pelo uso imediato dos créditos.
A Receita também ampliou o direito de uso dos créditos para empresas em liquidação e falência. Sempre que venderem ativos para pagar dívidas com a União, poderão compensar integralmente o imposto sobre ganhos de capital com créditos tributários. Em operações normais, a dedução do ganho de capital está limitada a 15%.
Até 1996, a legislação só permitia que as empresas compensassem créditos de um mesmo tributo. Assim, se tivessem créditos de IR, só podiam deduzir de pagamentos futuros desse mesmo imposto. Desde 1996, lei permite que a compensação seja feita com qualquer tributo federal.
Fonte: Valor Econômico – 11-08 

Economia fraca corta empregos no comércio no País

A desaceleração nas vendas do comércio que bateu forte no varejo especialmente na época da Copa teve impacto negativo no emprego do setor. De janeiro a junho, as lojas mais demitiram do que contrataram em todo o País. E o cenário ruim deve persistir até o final do ano, prevê o setor. O primeiro semestre fechou com um saldo de vagas formais negativo em 83,6 mil, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho.
“Não foi só a indústria que demitiu mais que contratou nos últimos meses, mas o comércio também. O varejo está devendo bastante: 83,6 mil vagas. Foi o pior resultado do saldo de postos de trabalho do setor desde 2007 para um 1º semestre”, observa Fábio Bentes, economista da Confederação Nacional do Comércio (CNC).
Só na capital paulista, ocorreram 63,3 mil homologações no sindicato dos comerciários no 1º semestre. É um número 2,7% maior em relação ao mesmo período de 2013. “O desemprego no comércio aumentou um pouco”, diz Ricardo Patah, presidente do sindicato. Ele pondera que entram na conta só os trabalhadores desligados com mais de uma ano de casa, portanto, esse número pode ser maior.
Patah está preocupado com o desemprego. Com a forte queda nas vendas no varejo na época da Copa e o fraco desempenho em julho, a tendência é de redução de pessoal nas lojas e na indústria, uma vez que o encalhe diminui o ritmo de novas encomendas às fábricas.
“Julho foi um fracasso para o comércio em termos de vendas. Todo mundo está reclamando”, diz Patah. Levantamento da Associação Comercial de São Paulo, que dispõe de dados mais atualizados sobre o varejo, mostra que em julho o ritmo de vendas na capital paulista foi 1,6% menor do que no mesmo mês de 2013. Um executivo de uma rede varejista de móveis e eletroeletrônicos que prefere o anonimato conta que o desempenho do mês passado foi metade do esperado. “Após a eliminação do Brasil da Copa, as vendas despencaram”, diz.
Uma análise feita por Bentes, da CNC, a partir do resultado de vendas no varejo do IBGE e o saldo da geração de empregos no comércio apontado pelo Caged, mostra que há uma correlação entre o saldo de vagas no comércio e as vendas. Entre dezembro de 2013 e maio deste ano, o último dado disponível, o volume de vendas do comércio varejista ampliado, que inclui veículos e materiais de construção, caiu 0,4%, No mesmo período de 2013, houve crescimento de 1,1%. Já o saldo líquido de vagas formais no varejo piorou. No 1º semestre de 2013 estava negativo em 70,9 mil postos e neste ano a retração foi de 83,6 mil vagas.
“De 10 segmentos do comércio pesquisados pelo IBGE, as vendas e os saldos de postos de trabalho pioraram em quase todos”, observa Bentes. Ele ressalta que o setor de vestuário, que registrou queda de 3,8% no volume de vendas este ano na comparação com 2013, foi responsável por quase 90% do saldo negativo de vagas como um todo. Fechou o 1º semestre com saldo negativo de 73,9 mil.

Empresas confirmam comercialização menor

O impacto da queda nas vendas do setor vestuário no emprego é confirmado pelo Sindicato dos Comerciários de São Paulo. Entre as 21 empresas que fizeram homologações no 1 semestre, o setor de vestuário predomina com cinco delas; seguido pelos supermercados, com quatro companhias e pelas revendas de veículos e autopeças, com três empresas.
De acordo com o relatório do sindicato, a varejista Casas Pernambucanas, que é forte no segmento de vestuário, demitiu 375 trabalhadores na capital paulista neste semestre e a Inbrands, dona de marcas como Ellus, VR, Tommy Hilfiger, cortou 138 funcionários.
A Inbrands informa que não houve nenhum movimento de redução nos quadros e que contratou no período. A Pernambucanas diz que contratou 3.851 trabalhadores no 1º semestre.
O Carrefour lidera a lista de homologações com 607 demissões, seguido no setor de supermercados pela Companhia Brasileira de Distribuição (GPA), com 442 homologações. O Carrefour informa que não há redução de postos de trabalho. O GPA diz que ampliou no País em 7 mil o número de funcionários no 1º semestre. A empresa pondera que, com o fim da operação de lojas 24 horas, reaproveitou os funcionários, mas que houve trabalhadores que optaram por sair da companhia.
Outro segmento afetado pela queda nas vendas foi o de automóveis e autopeças. A concessionária Hyundai Caoa, por exemplo, cortou 182 funcionários no 1º semestre. A empresa diz que “tem passado por um grande processo de reestruturação e novos processos internos estão sendo otimizados, o que reflete na readequação do quadro de funcionários”.

Contratação de temporários pode salvar o ano

A contratação de temporários para o fim de ano pode tirar do vermelho o saldo da geração de postos de trabalho no comércio acumulado no 1º semestre. A Confederação Nacional do Comércio (CNC) projeta que 130,6 mil temporários serão admitidos neste fim de ano, ante 129,4 mil em 2013.
“O fator sazonal vai impedir que o emprego no comércio feche o ano com saldo líquido negativo na geração de vagas. Se o Natal fosse abolido, o comércio encerraria no vermelho”, diz o economista da CNC, Fábio Bentes.
Para o presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, Ricardo Patah, o número de homologações que passam pelo sindicato atualmente só não é maior porque os varejistas estão no limiar das contratações para o fim de ano. Diante da queda nas vendas em julho, eles teriam argumentos para demitir mais. Mas enxergam a possibilidade de ampliar os negócios no fim do ano por questões sazonais e acabam segurando a mão de obra, explica o sindicalista.
Bentes observa que as vendas no comércio estão desacelerando ano a ano e reduzindo o grande descolamento do varejo em relação aos demais setores da economia que existiu anos atrás. No 1º semestre deste ano, as vendas do comércio ampliado devem ter avançado 2,3%, enquanto o crescimento no mesmo período de 2013 tinha sido de 3,6% e no 1 semestre de 2012, de 7,7%.
Bentes lembra que, entre setembro e novembro, o comércio sempre contrata muito e as vagas abertas nesse período respondem pela metade dos postos de trabalho gerados no ano. Pelas suas contas, se as projeções de temporários se confirmarem, entre admissões e demissões, o comércio terá em 2014 um saldo líquido de 99 mil postos, o pior resultado anual em pelo menos sete anos.
Fonte: Portal Varejista – 11-08 

Diferença na cobrança no cartão e em dinheiro puxará promoção

O projeto de decreto legislativo (PSD) 31/2013 aprovado pelo Senado - que ainda passará por votação na Câmara - que autoriza a cobrança diferenciada em pagamentos feitos em dinheiro e cartões de crédito, em nada mudará o posicionamento dos empresários do comércio. Analista ouvido pelo DCI afirmou que, pode até melhorar as vendas se os empresários do setor optarem por dar descontos ao consumidor na hora da compra.
"A lei não mudará a política de precificação dos produtos. Hoje, as empresas se baseiam na demanda para isso. O máximo que pode ocorrer é as redes varejistas preferirem o pagamento em dinheiro e usar promoções para incentivar essa forma de pagamento", afirmou o assessor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), Fábio Pina.
Para o especialista no setor, por mais que o consumidor se assuste com a aprovação desse projeto, tanto ele, quanto as empresas podem vir a ser beneficiadas. "Com o pagamento em dinheiro o número de transações feitas por cartão cairá. Quem tem que se preocupar com aprovação dessa norma são as operadoras de crédito que terão de ser mais atrativas para o consumidor e para os lojistas", explicou.
Ainda na opinião de Pina, os programas de pontos e milhagens devem vir a ser usados como chamariz ao consumidor. "No caso dos empresários que têm como opção pagamento com cartão de crédito e débito, as operadoras podem mudar a cobrança de taxas, até reduzi-las. Para o consumidor, a estratégia será dar mais ênfase aos programas de milhagens e de pontos que são trocados por produtos e serviços", explicou ele.
Uma possível pressão do setor varejista para que as operadoras modifiquem suas cobranças, e evitem uma queda nas vendas e nas transações feitas por cartão está descartada. "No final os maiores impactados serão as operadoras. Elas é que devem começar a se movimentar para não perder", concluiu Pina.

Projeto 

O projeto de decreto legislativo - (PSD) 31/2013 - aprovado na quarta-feira (6) pelo Senado cancela a resolução 34/1989 do Conselho Nacional de Defesa do Consumidor, que proibia a cobrança diferenciada.
Por meio de nota a Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon estadual de São Paulo), afirmou estar em desacordo com a resolução aprovada pelo Senado Federal. "O Projeto é um retrocesso para as relações de consumo, além das consequências econômicas, financeiras e de segurança, uma vez que o consumidor pode optar por pagamentos em dinheiro em vez de utilizar os cartões", destacou o diretor executivo do Procon-SP, Alexandre Modonezi. A diferenciação de preços nas compras em dinheiro e as feitas com cartões de crédito é considerada abusiva por resultar em vantagem excessiva ao fornecedor, de acordo com o Código de Defesa do Consumidor.
Fonte: Portal Gouvêa de Souza – 11-08

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