Clipping Diário - 10/10/2014
Publicado em 10/10/2014
Clipping Diário - 10/10/2014
Débito ou crédito
A pergunta sempre chega na hora do vivente pagar alguma conta no cartão de crédito, dinheiro virtual que não existe. E que, para muitos, não existirá jamais, principalmente no fim do mês.
Sempre perguntam: é débito ou crédito? Muda só pra quem recebe. E o comércio não gosta da modalidade crédito, pois demora quase um mês pra “cair na conta”. As vacas andam tão magras que não chega a ser surpresa quando incluem uma nova modalidade na prestação: é crédito, débito ou pré-datado? Pra quem paga, é, no fundo, a falta de fundos. E pra quem recebe essa “moeda futura”, é a certeza da incerteza. Mas duas coisas são certas nesta vida: a morte e a emissão de cheques pré-datados.
Nem se pense que se trata de uma questão entre credor e devedor. Como sempre, o governo está no meio. Sua voracidade fiscal é tão grande, sua gana por arrecadar tão predatória que o ministro da Fazenda já está pensando em tributar a... poupança e o pré-datado! Aliás, o que é mesmo que o governo não quer tributar? O Brasil é um dos mais esganados cobradores de impostos do planeta. Eles incidem até sobre os gêneros alimentícios. Sim, o governo tributa comida. Isso mesmo: feijão, arroz, leite, carne, alface, cenouras, rúcula, agrião, tomate. O governo tributa tudo: o sólido e o líquido, o gasoso e o gozoso, os ares e os mares. Tudo já foi ou está para ser tributado. Até mesmo a tal reforma tributária, que só se consumará se for para aumentar e criar impostos.
Coitadinho do pré-datado, cartão de crédito dos sem-dinheiro, especialmente daqueles depauperados contribuintes que só podem comprar um liquidificador em 36 prestações e a juros de agiota. Não bastasse o magro contracheque, o mês desses desabonados dura pouco mais de 48 horas. E sobram uns 28 dias no final do dinheiro. Qual a solução? Ora, pré-datado! Quando chega o dia do “vencimento”, zás! O pré-datado vira pós-calote. É apresentado, carimbado e o nome do emitente, coitadinho, vai parar no purgatório do Serasa.
Fazer o quê? Desde que adquiriu vida e CPF o homem trabalha para “César”, para os Césares federal, estadual e municipal. Em se tratando de tributo, o que não falta mesmo é Imperador.
“Inticando” com o pagador de tributos, o ministro Mantega – cujas previsões equivocadas já entraram para o folclore – até ironizou: “Ninguém gosta mesmo de pagar imposto. Por isso é que o nome é imposto. Se fosse facultativo, ninguém pagava”.
Imposto, além de obrigatório, só deixa de ser pago se o contribuinte é amigo de um bom doleiro ou primo-irmão daquele Paulo Roberto Costa, ex-mágico da Petrobras.
Fonte: Diário Catarinense – Sérgio da Costa Ramos – 10-10
Montadora alemã abre as portas em Araquari
Inauguração ocorreu ontem, na sede às margens da BR-101, em clima de orgulho para o Estado. A BMW já tinha fábricas na Europa, China, México e Estados Unidos, agora tem no Brasil. Araquari e Santa Catarina vivenciaram, ontem, um dia histórico com a inauguração da fábrica da BMW, a primeira da América do Sul. Os 500 convidados viram a felicidade e sorrisos nos rostos de autoridades, empresários, executivos, fornecedores, prestadores de serviços e trabalhadores. A hora da celebração uniu a todos. Um esforço comum e contínuo, desde 2011, garantiu a vinda da montadora alemã, num investimento de 200 milhões de euros (cerca de R$ 600 milhões). A cerimônia foi realizada na sede da montadora alemã, às margens da BR-101, no quilômetro 66.
Todos os principais atores envolvidos diretamente na instalação da unidade estavam presentes e nenhum foi esquecido nos discursos emocionados que reforçaram o sentimento do dever cumprido até o momento, com promessas de continuidade de apoio.
Os dirigentes da companhia também destacaram que, para o grupo, este é um marco histórico. A inauguração da fábrica é base para o crescimento rentável e a BMW segue uma estratégia de longo prazo atenta ao maior crescimento do mercado do Brasil e da América do Sul.
A PRODUÇÃO SEGUE O MERCADO
A lógica é cristalina: a produção segue o mercado. A BMW já tinha fábricas na Europa, China, México e Estados Unidos. Tem agora no Brasil, em Santa Catarina.
Agora instalada e já produzindo carros do modelo Série 1, a BMW vai intensificar seus laços com o Norte catarinense - Joinville, inclusive - em 2015. Virão aí novas parcerias com universidades, Senai e escolas técnicas.
A companhia alemã quer manter e ampliar mão de obra super capacitada. Está claro que a BMW vai precisar de engenheiros bem qualificados daqui a dois, três anos. Um evidente sinal de que o que se festejou ontem é só o começo de uma trajetória que vai se enraizar na história catarinense, definitivamente, em um ciclo virtuoso.
reportagem@diario.com.br
CLAUDIO LOETZ E ESTELA BENETTI | JOINVILLE
Fonte: Diário Catarinense – Economia – 10-10
O DESPERTAR
BMW foca no mercado interno
O Carnaval tardio, a Copa do Mundo e a eleição presidencial foram apontadas pelo presidente do BMW Group Brasil, Arturo Piñero, como razões para a estagnação da economia este ano. Mas ele disse que o projeto da fábrica em Araquari é de longo prazo. Em 2013 a BMW vendeu 17,5 mil automóveis no Brasil e, este ano, deve superar os 18 mil. O foco da companhia para a produção de SC é o mercado interno até 2018. Sobre a expansão de vendas no Brasil, a companhia pretende avançar onde tem presença mais fraca. O plano é chegar a 70 concessionárias em 2017 e crescer no Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Hoje são 47 concessionárias.
Uma das exigências do Inovar-Auto, o conteúdo local, está dentro do planejado. O diretor da planta de Araquari, Gerald Degen, disse que hoje a quantidade de peças produzidas no Brasil atinge cerca de 25% e, em 2015, vai chegar a 30%.
Fonte: Diário Catarinense – Economia – 10-10
Mais atraso
As obras do Contorno Viário da Grande Florianópolis na BR-101 vão sofrer mais atraso. Apesar das promessas do governo federal, a Funai não autorizou o Ibama a liberar as licenças ambientais no trecho norte. Alega que ali há reserva indígena e quer mais informações. O governo travou o projeto. E dá-lhe mais atrasos e engarrafamentos.
Fonte: Diário Catarinense – Artigo – 10-10
ARTIGO
SALVE A NOSSA CULTURA, por Laudelino José Sardá*
Enquanto os gaúchos cantam seu hino, menos de 0,5% dos catarinenses sabem o seu; enquanto os paulistas revitalizam seus patrimônios históricos, suas casas imperiais, Florianópolis está há 30 anos ciscando uma solução para salvar a ponte Hercílio Luz. As nossas essências culturais estão no baú do esquecimento. O governador Raimundo Colombo, que acaba de ser reeleito, tem as armas nas mãos para fazer uma profunda mudança. A inovação que ele pretende implementar na gestão precisa conceber a valorização da cultura como essência à nossa identidade, do turismo para explorar nossas potencialidades adormecidas e do esporte imprescindível à inserção de crianças e adolescentes na sociedade.
Não precisamos ter a unidade dos gaúchos, com pilcha e bombachas para constituir uma identidade. Somos um arquipélago cultural e, por isso, precisamos respeitar e admirar cada uma de nossas ilhas de artes e tradição. Entretanto, falta uma política que enriqueça os valores regionais e que reverbere as tradições, as heranças patrimoniais. Nossas ilhas estão recheadas de música, artes cênicas, pintura, obras literárias e plásticas e de heranças históricas.
A causa desse desprezo é a ausência de uma consciência político-cultural. Pudera, há 59 secretárias de Estado e as três principais áreas – cultura, esporte e turismo – estão penduradas em uma só pasta, já conhecida da sociedade como o cabide da velha política eleitoreira. Por que não substituir a Secretaria de Turismo, Cultura e Esporte pelas Fundações Catarinenses de Cultura e de Esportes e por uma nova fundação, a de turismo, guindando-as ao status de secretaria, com gestores eleitos pelos respectivos conselhos bem representativos? Somos um Estado descaracterizado porque a cultura é tratada como produto eleitoreiro. Basta! Somos um Estado com IDH invejável, com uma economia forte e vivemos encharcados de culturas alienígenas. Não podemos esconder a nossa identidade por indolência de governantes atrelados ao curto prazo.
Fonte: Diário Catarinense –Moacir Pereira – 10-10
Olhos bem abertos para se proteger dos golpes
Autoridades alertam para ação de bandidos que se aproveitam da distração dos clientes para conseguir informações nos caixas eletrônicos.
O cartão que trancou, o dinheiro que não saiu e o estranho que ofereceu ajuda no banco podem esconder uma variedade de golpes a que, mesmo sem o uso de violência, está sujeita a qualquer pessoa que faça transações bancárias em caixas eletrônicos. Para lesar os clientes, fraudadores tentam obter informações privilegiadas aproveitando-se da distração das vítimas ou fazendo uso de dispositivos que alteram o funcionamento da máquina.
Muitas vezes, é difícil perceber a fraude: a instalação de chupa- cabras dentro dos equipamentos permite que todas as operações sejam feitas normalmente – enquanto os dados do cartão são repassados aos criminosos. Dispositivos que evitam a retirada de dinheiro, deixando as notas retidas para posterior furto, fornecem uma indicação maior de que houve golpe, mas podem ser confundidos com um problema pequeno.
Na tentativa de coibir a prática, os bancos investiram cerca de R$ 9,4 bilhões em ações de segurança no ano passado – boa parte destinada ao desenvolvimento de caixas menos sujeitos a adulterações. Há casos também em que o cidadão contribui, involuntariamente, para os atos criminosos.
As fraudes mais comuns podem ser aplicadas nas agências, por pessoas que oferecem ajuda como se fossem funcionários dos bancos ou que ficam de olho nas senhas.
A abordagem é mais frequente quando percebem que o cliente está com dificuldades na operação. Por isso, evitar a ajuda de estranhos e jamais revelar a senha são alguns dos passos indicados.
Por meio de nota, a Federação Brasileira de Bancos diz que as empresas adotam “medidas como a redução do limite de saque em determinados horários, visando desestimular o uso dos caixas em horário de risco”.
Fonte: Diário Catarinense – Artigo – 10-10
Fecomércio SC diz que as medidas de isenção aumentam produtividade e eficiência
MP confirma a prorrogação até 2018 da redução a zero das alíquotas do PIS-Cofins sobre a venda a varejo de eletrônicos.
O governo editou na quarta-feira (8), uma série de medidas para estimular a economia através da MP 656. Dentre as medidas já anunciadas pelo governo, mas que ainda não tinham entrado em vigor, a MP confirma a prorrogação até 2018 da redução a zero das alíquotas do PIS-Cofins sobre a venda a varejo de computadores, desktops e notebooks, tablets, smartphones, entre outros. O benefício acabaria no fim deste ano.
Para a Fecomércio, a prorrogação da isenção do PIS/COFINS para os produtos eletrônicos, como computadores, smartphones e tablets, bem como a expansão da desoneração do IOF incidente nos repasses para obras de infraestrutura para todos os agentes são benéficas. No primeiro estímulo, o produtor, o vendedor e o consumidor serão beneficiados, na medida em que contribui para a racionalização da carga tributária do país ao diminuir custos e preços. Isto democratizará o acesso à tecnologia no país, o que tende a trazer aumentos de produtividade e eficiência.
Para se ter uma ideia, desde sua criação, em 2005, o benefício aumentou a produção anual desses equipamentos de 4 milhões para 22 milhões de unidades. Adicionalmente, de 2008 até este ano, a quantidade de computadores em uso no país chegou a 140 milhões de unidades e, até 2017, com o benefício, deve atingir a proporção de um computador para cada habitante.
No que diz respeito à segunda medida, estímulos a obras de infraestrutura - uma área historicamente débil no país -, o conjunto de ações são importantes e atendem a demandas do setor comercial, visto que futuramente podem ser capazes de reduzir custos com logística e eliminar um dos principais gargalos da economia brasileira. Entretanto, no atual momento, mais importante do que isto é a intensificação das Parcerias Público-Privadas (PPP) nas obras de infraestrutura no Brasil, única maneira de agilizar as obras tão necessárias.
A MP também obriga a devolução ao país de origem de mercadorias importadas em desacordo com a legislação brasileira, como lixo hospitalar e pneus usados. Até agora, a prioridade era destruir essas mercadorias no Brasil, o que acabava ficando por conta do governo e acarretava riscos ambientais para o país.
A devolução de produtos de importação não autorizados, como lixo hospitalar, vem no sentido de minorar os impactos negativos a natureza que a eliminação desses produtos traria ao país. É um passo adiante na busca por um desenvolvimento mais sustentável e em consonância com as novas exigências de proteção ao meio ambiente.
Fonte: Portal Adjori/SC – 10-10
Conta de luz, aluguel, gás e frango puxam inflação da baixa renda
Alta é de 4,49% no ano e de 6,53% nos últimos 12 meses. A inflação voltou a pesar para os consumidores de baixa renda em setembro. No mês passado, o Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1) ficou em 0,46%, depois de apresentar estabilidade em agosto.
O indicador, divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira (10), mede a inflação para os consumidores de menor renda familiar, que ganham até 2,5 salários mínimos.
A maior influência de alta sobre o indicador veio da tarifa de energia elétrica, que subiu 2,78% no período, seguido pelo aluguel residencial, com alta de 0,6%.
Entre as cinco maiores influências de alta, aparecem ainda o gás de botijão (1,92%), o frango inteiro (3,4%) e a tarifa de ônibus urbano (0,36%).
A FGV destacou ainda as altas nos preços da carne bovina, que subiu 2,81%, depois de registrar alta de 0,48% no mês anterior; medicamentos em geral (-0,20% para 0,33%), tarifa de telefone residencial (-1,97% para -0,81%), roupas (-0,66% para 0,09%) e show musical (0,75% para 2,75%).
Entre as classes de despesa, sete das oito classes componentes do índice apresentaram acréscimo em suas taxas de variação: alimentação (-0,03% para 0,49%); habitação (0,23% para 0,70%); transportes (-0,25% para 0,41%); saúde e cuidados pessoais (0,20% para 0,42%); comunicação (-0,93% para 0,03%); vestuário (-0,48% para -0,11%) e educação, leitura e recreação (0,38% para 0,48%).
Apenas o grupo despesas diversas apresentou decréscimo de 0,12% para 0,06% em sua taxa de variação, com destaque para o item clínica veterinária, cuja taxa passou de 1,55% para 1,10%.
A taxa para a baixa renda ficou abaixo da registrada para o conjunto da população, calculada pelo Índice de Preços ao Consumidor – Brasil (IPC-BR), que ficou em 0,49% no mês passado e 6,97% no acumulado em 12 meses.
Fonte: G1 Santa Catarina – 10-10
GPA eleva receita no 3o tri com ajuda de Cdiscount, Via Varejo tem fraco desempenho
O Grupo Pão de Açúcar, maior varejista do Brasil, viu a receita líquida avançar 10,9 por cento no terceiro trimestre sobre igual período do ano passado, a 15,6 bilhões de reais, beneficiado principalmente pela integração da CDiscount no seu balanço.
Até o trimestre anterior, as operações de comércio eletrônico da companhia resumiam-se às atividades da controlada Nova Pontocom, dona dos sites do Extra, Casas Bahia e Pontofrio.
Agora, o GPA passa a considerar os números da Cnova, companhia que combina a Nova Pontocom com os endereços online da Cdiscount, do controlador francês Casino, em países como França, Colômbia, Tailândia e Vietnã.
Excluído o efeito da consolidação da Cdiscount, a receita líquida total do GPA teria crescido 5,7 por cento no período.
As vendas líquidas consolidadas em mesmas lojas, que consideram apenas os pontos abertos há mais de um ano, subiram 3 por cento entre julho e setembro, bem abaixo do avanço de 9,5 por cento registrado no trimestre anterior.
"O trimestre foi impactado pela forte base de comparação com o terceiro trimestre de 2013, que apresentou crescimento de 11,8 por cento nas vendas 'mesmas lojas' e pelo cenário macroeconômico que afetou principalmente o desempenho de não alimentos", disse o GPA.
A receita líquida da Via Varejo, empresa de móveis e eletrodomésticos do grupo, subiu apenas 0,7 por cento no terceiro trimestre, a 5,3 bilhões de reais, impactada, segundo o GPA, por um julho fraco em função da Copa do Mundo e pela desaceleração do consumo nas semanas subsquentes ao torneio.
As vendas em mesmas lojas da Via Varejo ficaram praticamente estáveis sobre um ano antes, com aumento de 0,2 por cento.
Segundo o GPA, sem o impacto das 32 lojas da Via Varejo fechadas no segundo trimestre em atendimento à determinação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para aprovação da união entre Casas Bahia e Pontofrio, o crescimento da receita líquida no terceiro trimestre teria sido de 2,3 por cento.
Já na divisão alimentar, o avanço de 6,2 por cento das vendas líquidas na comparação anual foi inteiramente puxado pelo Assaí, bandeira de atacarejo do grupo.
Enquanto o faturamento líquido do Assaí cresceu 31,2 por cento no terceiro trimestre, a 2,1 bilhões de reais, a divisão de multivarejo, que engloba as bandeiras Extra e Pão de Açúcar, mostrou leve recuo de 0,3 por cento na mesma linha, a 6,2 bilhões de reais.
Juntos, multivarejo e Assaí mostraram aumento de 0,6 por cento nas vendas em unidades abertas há mais de 12 meses no terceiro trimestre, em resultado afetado principalmente pela venda de duráveis nos hipermercados, disse a companhia.
No terceiro trimestre, o GPA acelerou sua expansão orgânica com a inauguração de 50 lojas. No formato de supermercado de proximidade, foram 31 unidades do Minimercado Extra e duas do Minuto Pão de Açúcar. O GPA abriu duas lojas do Assaí no período, além de 15 da Via Varejo, sendo 11 Casas Bahia e quatro Pontofrio.
Fonte: O Estado de São Paulo – 10-10
Eleito o herói nacional no início do governo de Fernando Henrique, o frango volta a ser lembrado também no de Dilma Rousseff
Para aliviar as pressões da inflação no setor de proteínas, técnicos do governo recomendam a troca da carne bovina pela de frango, de preços mais baixos.
No início do governo FHC, o frango deu sustentação ao Plano Real, ao ser comercializado com valores inferiores a R$ 1 por quilo. Foi considerado o "herói nacional".
Atualmente, o valor da ave viva está em R$ 2,70 por quilo nas granjas de São Paulo, e também está em alta no varejo paulista.
A carne bovina, devido à chamada sazonalidade do setor, está com forte alta. A evolução ocorre porque esse é um período de entressafra e não há uma oferta satisfatória de boi gordo para o abate, segundo José Vicente Ferraz, da Informa Economics FNP.
Soma-se a esse período atípico do ano um "gargalo estrutural" do setor. A demanda cresce, devido ao aumento de renda, mas a oferta de gado disponível no mercado para abate não tem o mesmo ritmo.
Para uma maior oferta de animais é necessário um ganho de produtividade no setor, o que só ocorre com investimentos. O atual cenário da pecuária, cujas margens de rentabilidade são baixas, não justifica esses investimentos. "Com isso, há um ganho de produtividade, mas modesto", afirma Ferraz.
A arroba de boi gordo é negociada a R$ 132 no Estado de São Paulo, segundo a Informa Economics FNP. Esse valor supera em 20% o de igual período do ano anterior.
Na avaliação do analista, os preços do boi gordo ainda deverão sofrer alguns ajustes, podendo subir para até R$ 140 por arroba nas próximas semanas.
Enquanto a carne bovina tem alta de preço, a de frango poderá ficar mais favorável ao bolso dos consumidores neste ano devido ao avanço da produção agrícola. A consequente queda de preços dos grãos favorece os custos de produção das aves, segundo ele.
A redução de preços dos grãos deverá reduzir também os custos do confinamento, mas a oferta de gado desse mercado não está respondendo como se imaginava há dez anos, diz Ferraz.
O analista da Informa acredita que ainda dá para resolver esse círculo vicioso do setor, onde as margens não atraem investidores, e sem investimentos não há crescimento da oferta.
O Brasil tem vantagens em relação aos demais países produtores, principalmente devido ao custo menor da mão de obra, do valor da terra e do clima favorável.
Mas um dos sérios problemas a serem resolvidos é a busca de uma evolução profissional dos trabalhadores. A pecuária tem de seguir a agricultura, onde a incorporação de novas tecnologias vem aumentando.
"Faltam investimentos e gestão para a implantação de novos sistemas no setor."
Menos açúcar 1 O Rabobank revisou os dados da oferta e da demanda mundiais de açúcar. Para a safra 2013/14, deverá haver uma estabilidade. Já no período 2014/15, haverá um deficit de 3,2 milhões de toneladas.
Menos açúcar 2 A produção da região centro-sul desta safra caiu para 25 milhões de toneladas, 1% menos do que a registrada na anterior.
Etanol Já a produção de álcool subiu para 19,7 bilhões de litros nesta safra, superando em 4% a da anterior, de acordo com dados da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar).
Fonte: Folha de São Paulo – 10-10
Inflação das famílias de renda mais baixa acelera a 0,46% em setembro
A inflação da cesta de produtos e serviços mais consumidos pelas famílias de baixa renda, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), subiu 0,46% em setembro, após ter ficado estável em agosto, informa a Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Conta de luz e carne mais caras foram os itens que mais pesaram no mês passado.
Com o resultado, o indicador acumula alta de 4,49% no ano, e de 6,53% nos últimos 12 meses. No mesmo período do ano passado, a alta foi de 0,16%.
O IPC-C1 mede a inflação das famílias com renda até 2,5 salários mínimos (R$ 1.810 mensais) e em setembro ficou abaixo da inflação geral, medida pelo IPC-BR, que marcou alta de 0,49%. Na comparação do acumulado nos últimos 12 meses, a inflação das famílias de renda mais baixa também é menor que a de 6,97% registrada pelo IPC-BR.
De acordo com a FGV, sete das oito classes de despesa que compõem o IPC-C1 ficaram mais caras, com destaque para alimentação, que saiu de deflação de 0,03% para alta de 0,49%, influenciada principalmente pelas carnes bovinas, que de alta de 0,48% em agosto passaram a subir 2,81% em setembro. Outros grupos em alta foram habitação (0,23% para 0,70%), transportes (-0,25% para 0,41%), saúde e cuidados pessoais (0,20% para 0,42%), comunicação (-0,93% para 0,03%), vestuário (-0,48% para -0,11%) e educação, leitura e recreação (0,38% para 0,48%). Nesses grupos, os destaques partiram da tarifa de eletricidade residencial (-0,20% para 2,79%), tarifa de ônibus urbano (-0,41% para 0,36%), medicamentos em geral (-0,20% para 0,33%), tarifa de telefone residencial (-1,97% para -0,81%), roupas (-0,66% para 0,09%) e show musical (0,75% para 2,75%), respectivamente.
Apenas o grupo despesas diversas (0,12% para 0,06%) registrou desaceleração, influenciado especialmente por clínica veterinária, cuja taxa passou de 1,55% para 1,10%.
Pesos individuais
Individualmente, os itens que mais contribuíram para a inflação das famílias de renda mais baixa foram, além da conta de luz, o aluguel, gás de bujão, frango inteiro e tarifa de ônibus urbano. Os itens que impediram uma alta maior do IPC-C1 foram tomate, batata, taxa de água, conta de telefone e óleo de soja.
Fonte: Valor Econômico – 10-10