Clipping Diário - 10/01/2015
Publicado em 10/01/2015
Clipping Diário - 10/01/2015
Inflação tem alta de 6,41% em 2014, mas fica abaixo do teto da meta do governo
Alimentos e Habitação pressionaram mais o índice em 2014. Expectativa de 2015 é que preços administrados, como energia, tenham maior impacto. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acelerou em dezembro, mas o indicador fechou 2014 pouco abaixo do limite permitido pelo regime de metas de inflação, o que era o objetivo do governo federal. Influenciado por aumento nos itens de alimentação e habitação, o avanço no ano chegou a 6,41%. É a maior taxa desde 2011, quando ficou em 6,5%. O dado foi divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O centro da meta é 4,5%, com tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos – ou seja, pode variar entre 2,5% e 6,5%. Acima desse valor, o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, tem de escrever uma carta aberta explicando o motivo do descumprimento.
Compromisso de levar índice a 4,5% em 2016
No primeiro mandato da presidente Dilma, a inflação brasileira somou 27,03%, com alta anual média de 6,17%. Nos últimos cinco anos, o índice tem se mantido na faixa de 5,90% a 6,50%.
Por meio de nota, Tombini destacou que o indicador ficou dentro do intervalo de tolerância do regime de metas, mas admitiu que a inflação ainda apresenta resistência no curto prazo. E acrescentou que fará o necessário para que o IPCA entre em longo período de declínio, movimento que levaria o indicador à meta de 4,5% em 2016, como projetado pelo presidente do BC.
A economista Adriana Molinari, da Tendências Consultoria Integrada, espera para 2015 um quadro inflacionário tão ou mais pressionado do visto em 2014. A especialista estima que os chamados preços livres (como de alimentos) devem manter uma trajetória de queda, enquanto os preços administrados (energia elétrica, tarifas de ônibus, gasolina, entre outros) deverá avançar.
– Eles (preços administrados) já passaram de 1,52% em 2013 para 5,31% em 2014. A nossa expectativa é de que em 2015 avancem de forma significativa, fechando na casa de 9%.
No ano passado, o que mais pesou no índice foram os aumentos nas carnes. Houve maior demanda do Exterior, em especial da Rússia, ao mesmo tempo, a estiagem prejudicou as pastagens, afetando a oferta. Os reajustes na energia elétrica também tiveram impacto significativo.
– A seca prejudicou tanto o abastecimento de energia quanto as lavouras – apontou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE.
Nos últimos 10 anos, os preços dos alimentos subiram 99,73%, muito acima da inflação oficial no período.
Fonte: Diário Catarinense – 10-01
Cesta básica sobe 10,46%
Com a terceira maior alta do país, a cesta básica subiu 10,46% em Florianópolis no ano passado. Ficou atrás somente de Brasília onde os preços dos alimentos subiram 13,97%, e de Aracaju, 13,34%. No mês passado, dezembro, a alta dos produtos alcançou 1,87% na Capital de SC, segundo o Dieese. As maiores variações positivas no ano, em Florianópolis, ocorreram nos preços da carne (22,33%), banana (19,05%), batata (13,72%) e manteira (13,22%).
Efeitos da inflação
Nos últimos três anos, a inflação oficial do Brasil, o IPCA, fechou bem acima do centro da meta do Banco Central e muito perto do teto dessa meta. A variação acumulada do ano passado, divulgada ontem, alcançou 6,41%. Essa leniência do governo Dilma com a inflação, de olho no resultado das urnas, teve peso grande na estagnação da economia brasileira, com perdas elevadas para a população e empresas. E neste ano as taxas seguirão altas.
Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti –10-01
Em dia?
Como será o ano para as marcas Catarinenses?
Verão: férias para alguns, e muito trabalho para outros. É o mundo que continua girando e a vida que segue. Pois bem, agora com ministério e secretários de Estado definidos, parece que politicamente está tudo pronto. É claro que enquanto o setor público se organizava, o privado voava. Até porque, hoje, andar é praticamente estar parado.
Santa Catarina, com sua peculiaridade, não pode, não quer e não deseja descansar. Enquanto nos divertimos e fazemos a alegria de milhões de turistas, também trabalhamos. Longe da areia, carros sendo produzidos, pisos cerâmicos a caminho dos portos, setor metal mecânico e têxtil a todo vapor e a indústria da moda ampliando seus mercados. Serviços a toda, agroindústria moderna avançando e a piscicultura e indústria do pescado verticalizando e promovendo fusões importantes.
As empresas catarinenses têm no seu DNA o foco no trabalho e nos resultados. Por isso, esperamos que o governo promova ações econômicas consistentes, mantendo e fortalecendo o emprego. Que busque a retomada do crescimento e da credibilidade em todos os setores que atua. O povo brasileiro, pós-graduado em crise, saberá fazer o seu papel. Com espírito desbravador, os catarinenses darão respostas positivas e mostrarão que aqui não nos abatemos por números. Não é por acaso que atraímos pessoas e investimentos de diversas regiões do Brasil e do mundo.
Mas, como então estarão as marcas catarinenses ao final deste ano? Pois são em momentos desafiadores como este em que conhecemos os grandes navegadores. Por aqui, temos líderes assim, alguns à frente do seu pequeno barco e outros comandando poderosos transatlânticos. Serão esses que aparecerão após as tempestades, atravessando oceanos.
Tenho convicção que, ao final de 2015, nossas marcas estarão ainda mais fortes, mostrando a todos como se enfrenta ondas gigantescas. Assim chegaremos ao nosso porto seguro. Aliás, somos o Estado que tem o maior número de portos do país, o que já reforça nossa vocação navegadora e exportadora mundo afora. Octávio Lebarbenchon Neto - Presidente da ADVB/SC.
Fonte: Diário Catarinense – 10-01