Clipping Diário - 09 e 10/08/2014
Publicado em 09/08/2014
Clipping Diário - 09 e 10/08/2014
Painel da Indústria
Candidatos ao governo de SC falam a empresários e trocam alfinetadas entre si. Colombo, Bauer e Vignatti participaram de evento organizado pela Fiesc.
Os três candidatos que lideram a corrida ao governo de Santa Catarinaparticiparam de uma sabatina, ontem em Florianópolis, organizada por empresários catarinenses na sede da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc).
Raimundo Colombo (PSD), candidato a reeleição, Paulo Bauer (PSDB) e CláudioVignatti (PT) falaram sobre legados, propostas e problemas a enfrentar para uma plateia preocupada com crescimento da economia estadual.
Eles focaram em temas como obras de infraestrutura, impostos e até o custo da energia. Colombo, Bauer e Vignatti assumiram compromissos com os empresários, como o de não aumentar impostos estaduais, e prometeram ouvir os anseios do setor, se eleitos, nos próximos quatro anos. Cada um falou durante 15 minutos e depois respondeu a perguntas dos participantes.
— Nosso partido é a indústria. O que esperamos de quem vença, independente de quem seja, é um compromisso com o setor — disse o presidente da Fiesc, Glauco Corte.
No ato, também os candidatos também receberam um documento chamado "Carta da Indústria". Ele compila 126 sugestões na esfera estadual e federal de ações que ajudem a desenvolver a indústria catarinense. Para chegar às propostas, foram entrevistados 360 industriais de Santa Catarina de todas as regiões do Estado.
Alfinetadas
Vignatti aproveitava cada oportunidade para criticar os gastos das Secretarias de Desenvolvimento Regional, que afirmou ser de R$ 500 milhões. As alfinetadas foram o ponto de partida para um rápido bate-boca.
— Tem que se ter cuidado com os números: R$ 480 milhões das SDRs são investimentos e 43% dos jovens fora da escola só se for nas férias. É ridículo — cutucou Colombo em sua fala.
— Para responder o governador, que me fez uma provocação, os R$ 500 milhões de custo vem de um relatório do Tribunal de Contas do Estado, do cabidaço que o senhor falava antes. E os 43% que estão fora da escola são os jovens do ensino médio, não do fundamental — disse o petista, minutos depois, no seu discurso.
Mas o "debate" acabou com um comentário do terceiro participante da disputa.
— Eu estou gostando dessa discussão dos dois eleitores da presidente Dilma Rousseff. Vou ficar assistindo — disse Paulo Bauer (PSDB).
Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti – 09-08
Hora de desmontar as bombas-relógio
Alívio Na Inflação Mensal Abre Espaço Para A Discussão Do Início Do Desmonte Dos Preços Represados E Da Política Cambial De Valorização Forçada Da Moeda.
A inflação, medida pelo IPCA, quase estável, em julho, repetiu o resultado de julho do ano passado e, com isso, o índice, no acumulado em 12 meses, que voltou para o teto da meta, mostrou o primeiro recuo desde janeiro. A descompressão das altas de preços, no mês passado, foi generalizada.
Apenas três dos nove grupos que compõem o índice registraram alta, na comparação com junho. Além disso, as medidas do núcleo da inflação recuaram e o índice de difusão caiu abaixo da média histórica de 60%. No caso dos serviços, item até agora entre os vilões da inflação, ocorreu uma deflação em julho – a primeira em uma década e meia.
A tendência, até o fim do ano, é de recuperação nos índices mensais, mas em ritmo igual ou menor que o do ano anterior. Se não ocorrerem choques de oferta, a inflação, em 12 meses, voltaria a superar o teto da meta em agosto e setembro para depois voltar a descer, mês a mês, até fechar 2014 com variação mais perto de 6% do que de 6,5%. Reduziram-se, enfim, as perspectivas de variações acumuladas interanuais na direção de 7%.
Efeitos pós-Copa, principalmente em passagens aéreas e hotéis, ajudaram a derrubar o IPCA, no mês passado. Do lado oposto, a energia elétrica empurrou para cima o grupo “habitação”. Mais importante, pelo peso no índice e na percepção do consumidor, o grupo “alimentação” continuou, se bem que com menor ímpeto, a trajetória de deflação mensal dos últimos meses.
O respiro na escalada inflacionária agora projetado para este segundo semestre pode abrir espaço para o debate do melhor momento de iniciar o desmonte das bombas de efeito retardado que contaminam as perspectivas de convergência da inflação para o centro da meta. A questão dos preços administrados, com foco nos reajustes de preços da gasolina, da energia elétrica e dos transportes urbanos, é uma dos mais relevantes, mas não a única.
Um ponto central desse processo de desmonte, inevitável em algum momento, por suas repercussões para o conjunto da economia, diz respeito à taxa de câmbio. O recurso aos swaps cambiais, que não só mantêm o real valorizado, mas dão maior previsibilidade aos movimentos do câmbio, já consumiu perto de US$ 100 bilhões e começa a se aproximar do esgotamento.
Fonte: O Estado de São Paulo – 09-08
Com a palavra
Para o presidente da fiesc, Glauco José Côrte, o encontro com Colombo, bauer e Vignatti firmou alguns marcos na campanha a partir do documento encaminhado pela indústria catarinense. A ênfase dada para a parceria com o setor privado em áreas como infraestrutura, produção de energia e educação foram fundamentais, na opinião de glauco Côrte, que acentuou a preocupação dos candidatos com a redução da carga tributária, como um dos pontos altos do evento.
Fonte: Notícias do Dia – Roberto Azevedo – 09-10/08