Clipping Diário - 07/01/2015
Publicado em 07/01/2015
Clipping Diário - 07/01/2015
Recursos do pacto liberados
Apesar de o governo federal passar por arrocho financeiro comandado pelo novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, os recursos previstos para o Pacto por Santa Catarina, o programa de investimentos de R$ 10 bilhões do governo estadual, estão sendo liberados normalmente. A informação é do secretário de Estado do Planejamento, Murilo Flores, que faz a gestão do programa. Segundo ele, no ano passado houve algumas dificuldades, mas as liberações foram normalizadas e há recursos para as obras até março.A última liberação foi realizada dia 26 de dezembro. Foram R$ 40 milhões do BNDES para obras em estradas. Conforme Flores, entre obras concluídas e em andamento o total chega a 75% do Pacto. No final deste ano, será possível chegar a 85% ou 90% de implantação do programa que iniciou em 2013. A expectativa é de que em 2015 sejam investidos cerca de R$ 4,5 bilhões. De acordo com o secretário, a maior parte dos recursos virá do Banco do Brasil, que buscou crédito no exterior para atender suas demandas. Dos recursos do BNDES, já liberamos quase o total dos R$ 3 bilhões que financiamos _ disse Flores.
Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti – 07-01
Posse no Sebrae
Será hoje à noite a posse da diretoria executiva do Sebrae/SC para mais um mandato de quatro anos. Na última eleição foram mantidos nos cargos o atual diretor superintendente Carlos Guilherme Zigelli, o diretor técnico Anacleto Ortigara e o diretor de administração e finanças Sérgio Cardoso. O empresário Sérgio Medeirosassume a presidência do Conselho Deliberativo, tendo como vice presidente Alaor Tissot.
Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti – 07-01
Artigo
O preço da etiqueta, por Robson Kindermann Sombrio*
*Psicólogo - Braço do Norte
Parece que hoje todo mundo tem um preço. Tenho a sensação de que tudo pode ser comprado a qualquer hora e lugar, ou seja, basta ter dinheiro. Por que as pessoas neste mundo andam tão sérias, agindo estranhamente? O que tem de tanto mistério nessas almas que andam por aí, de incertezas e realizações? Nesta vida, quais são seus sonhos mais mirabolantes? Aliás, você tem sonhos? Você tem pensado na própria vida? Ou você não tem tempo para pensar em si? Você consegue se divertir?
Não quero, neste texto, tratar de dinheiro, quero apenas que você leia e aprenda a refletir. Esqueça o dinheiro, mas saiba que aprender a ganhá-lo não é pecado. O que precisamos, às vezes, é voltar no tempo, quando as letras das músicas tinham um significado. Precisamos voltar ao tempo no qual podíamos caminhar pela rua sem precisar esconder a carteira. No qual nossos filhos iam e vinham de bicicleta pela cidade, pelos bairros – e o pai e a mãe ficavam sossegados, trabalhando. Lembrando que a música ajudava a nos deixar mais unidos. E não havia mulheres com a bunda de fora dançando.
Hoje, tudo é lucro, e muito. O que importa é o lucro, o que importa é a marca da etiqueta que veste. Será que eu sou o único cansado dessa banalização toda? Na vida, temos de ter valores e princípios que norteiam para uma essência importante. Dinheiro não pode comprar a felicidade. Se todos nós aprendêssemos a aproveitar o momento, a vida teria outro sabor, a comida também. Garanto que nos sentiríamos melhor. Só quero, neste momento, fazer o mundo se sentir melhor, mais leve com este texto.
Na vida, todo mundo tem alguma coisa para se orgulhar. Reconheçamos o básico. Uma vida precisa ser degustada. Uma vida sem amigos, sem sonhos, é uma vida vazia. Temos o dever de procurar significados para a nossa vida. O mundo é muito maior do que o tamanho do apartamento. Cada dia que passa é um dia a menos na nossa vida. E, todos os dias, devemos procurar um fim bonito, antes de irmos embora daqui.
Fonte: A Notícia – Livre Mercado – 07-01
· Fiscalização
A Secretaria de Estado da Fazenda realizou 140 operações de fiscalização em 2014, quase o dobro de 2013, quando foram 77 operações. O saldo inclui operações presenciais no varejo, no trânsito e nos Correios, além de auditorias fiscais. Mais de 190 mil contribuintes foram fiscalizados em Santa Catarina e em outros Estados.
Fonte: Diário Catarinense – Artigo – 07-01
Calculadora do Simples
A startup joinvilense Meus Pedidos disponibiliza uma calculadora online que permite a representantes comerciais calcular se a adesão ao Simples Nacional é ou não vantajosa em relação ao regime do lucro presumido. A ferramenta está disponível no site da empresa (meuspedidos.com.br).
A adesão ao Simples Nacional deve ser feita até o dia 30 de janeiro. O sistema simplicado de tributação está disponível para empresas com faturamento anual máximo de R$ 3,6 milhões e livres de débitos com órgãos federais.
Fonte: A Notícia – Livre Mercado – 07-01
Florianópolis manda força-tarefa aos balneários
Será realizada maciça fiscalização, obras emergenciais de recuperação e limpeza e ações de assistência social.
A partir da próxima semana, uma força-tarefa da prefeitura vai percorrer os principais balneários da cidade — a começar pelo norte da Ilha — levando, ao lado de um trabalho maciço de fiscalização, obras emergenciais de recuperação e limpeza e ações de assistência social.
O comércio clandestino deve receber atenção especial, mas mesmo os comerciantes legalmente estabelecidos serão fiscalizados. Os comerciantes legalizados e os moradores e turistas que frequentam Canasvieiras, por exemplo, agradecem as providências e acreditam que terão de volta suas calçadas para as caminhadas e passeios diurnos e noturnos.
Fonte: Hora de SC – Mário Motta – 07-01
Maioria dos brasileiros usa o crédito para realizar compras imediatistas, diz SPC Brasil
Os principais itens são roupas e sapatos, eletrônicos e eletrodomésticos
A principal utilidade do crédito oferecido ao consumidor brasileiro é a satisfação de desejos de consumo de curto prazo, é o que conclui um relatório produzido pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pelo portal de educação financeiraMeu Bolso Feliz. Os principais itens são roupas e sapatos (63% do total), eletrônicos (58%) e eletrodomésticos (44%). O relatório do SPC foi gerado a partir da análise de quatro pesquisas sobre o perfil do consumo do brasileiro divulgadas pela empresa ao longo de 2014.
Os estudos realizados mostram que o consumidor tem usado empréstimos para comprar mercadorias que não podem ser consideradas itens de necessidade. Além disso, em muitos casos, a compra financiada se concentra em produtos de valor mais baixo, que poderiam ser pagos a vista. "O perfil de consumo do brasileiro tem como característica a compra imediatista, ou seja, aquela que tem a necessidade do prazer imediato, em que todas as consequências de longo prazo ? como, por exemplo, o endividamento ? não são consideradas em muitos casos", explica a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.
E de fato uma pesquisa sobre o comportamento dos adimplentes e inadimplentes mostrou que 17% dos consumidores em idade adulta ? o que representa cerca de 23 milhões de pessoas ? se encaixam no perfil imediatista, ou seja, de consumidores inclinados a viver o presente, sem se preocupar com o futuro financeiro e sem o hábito de planejar ou poupar. "Entre as pessoas que se encaixam neste perfil e que estão inadimplentes, 51% admitiram que o problema que os levou ao atraso de dívidas foi o descontrole financeiro, citado por 34% da amostra", observa Marcela.
Já quando os consumidores são confrontados com a possibilidade de não poderem parcelar as compras, 24% da amostra acredita que o crédito é essencial e que, portanto, não fecharia as contas do mês ou não conseguiria mais comprar pelo fato de não poder parcelar.
Crédito fácil e caro
O estudo sobre o uso do crédito no Brasil mostra que o cartão de crédito é a modalidade mais usada pelos consumidores (em 83% dos casos), seguido pelo empréstimo (53%) e pelo crediário (50%). Além disso, um em cada dez brasileiros declara ter mais de quatro cartões de crédito. Outros estudos apontam que a forma de pagamento mais utilizada pelos entrevistados depende basicamente do valor do bem a ser comprado: produtos de menor valor são pagos em dinheiro e os de maior valor, no cartão de crédito.
Além disso, os estudos apontam que o brasileiro tem a visão do crédito e financiamento como uma forma de deixar a sua renda mensal mais elástica e não apenas como uma forma de acessar produtos mais caros, cujo pagamento à vista é mais difícil.
"É preocupante o fato de que 12% dos consumidores acreditam que o cartão de crédito e o cheque especial são parte da renda mensal. E ainda mais preocupante: 13% sequer sabem quanto têm para gastar no mês", relata Kawauti.
Na avaliação da economista, existem dois grandes problemas quando se trata deste tipo de crédito mais acessível. "Em primeiro lugar, este tipo de instrumento financeiro em geral, é mais caro que os demais", diz a economista. Segundo a especialista, dados do Banco Central do Brasil mostram que a taxa de juros média cobrada no cheque especial é de 187,8% ao ano, muito acima, por exemplo, da taxa média de crédito pessoal, de 25,5%.
"Em segundo lugar, este tipo de crédito leva à falsa impressão de facilidade de pagamento e muitas vezes incentiva o consumo desnecessário e acima dos limites do orçamento", alerta. O estudo do SPC Brasil relata que 19% dos entrevistados admitem ter o hábito de comprar produtos desnecessários, porque o parcelamento está disponível, percentual que aumenta entre os mais jovens. Quando perguntados em relação ao parcelamento, 20% dos consumidores adimplentes admitem que preferem parcelar as compras mesmo quando o valor não é muito alto para poder comprar mais. Entre os inadimplentes pesquisados, este percentual cresce para 30%. Sem mencionar que 21% não sabem sequer a quantidade de prestações que ainda estão pendentes de pagamento.
O relatório dos SPC Brasil conclui que a relação do brasileiro com o crédito, assim como sua decisão de consumo, são tomadas com uma visão limitada no curto prazo. Para os economistas, essas atitudes têm feito com que o crédito fácil ganhe espaço. "O problema principal é que o crédito farto direcionado a compras imediatista, em muitos casos, leva à inadimplência. Cerca de um terço dos entrevistados admitiram que têm o nome registrado em algum serviço de proteção ao crédito", afirma Kawauti.
A porcentagem é consistente com a estimativa do SPC Brasil de que um total de 55 milhões de pessoas têm algum registro. Este percentual corresponde a cerca de 40% da estimativa atual da população economicamente ativa. "Dentre os inadimplentes, o valor médio da dívida chega a R$ 4.007,27. Quando comparamos este número com a renda familiar, a estimativa é de que o inadimplente tem pendências que somam de duas a três vezes sua renda família", afirma a economista.
Fonte: Portal Adjori/SC – 07-01
Comércio de SC já está discriminando os impostos na nota fiscal
Os impostos que devem constar na nota são IPI, IOF, PIS, Cofins, Cide, ICMS e ISS
Desde o dia 1º de janeiro, os estabelecimentos comerciais devem discriminar na nota fiscal ou em local visível os impostos que incidem sobre o preço dos produtos e serviços comercializados. De acordo com o vice-presidente de Varejo da Fecomércio SC, Sandro Moretti, os estabelecimentos catarinenses já estão cumprindo a norma.
"As empresas tiveram tempo para se adequar. O prazo foi prorrogado e a Fecomércio, em parceria com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, forneceu gratuitamente uma tabela com o valor médio dos impostos em cada produto ou serviço comercializados em Santa Catarina. O software contábil que emite a nota fiscal das empresas já foi atualizado de acordo com o IBPT e faz o cálculo dos tributos automaticamente", afirmou Moretti.
Prevista na Lei 12.741 de 2012, a obrigação passaria a ser cobrada em junho de 2013, mas o governo acatou o pedido dos empresários que queriam mais tempo para colocar a medida em prática, tendo em vista a exigência de discriminação do percentual ou dos valores absolutos dos impostos referentes à União, aos estados e municípios. Uma medida provisória publicada em junho de 2014 determinou que a fiscalização da lei fosse "exclusivamente orientadora" até 31 de dezembro do mesmo ano. Os impostos que devem constar na nota são IPI, IOF, PIS, Cofins, Cide, ICMS e ISS.
A regulamentação é facultativa para os microempreendedores individuais. As microempresas e empresas de pequeno porte podem informar apenas a alíquota em que estão enquadradas no Simples Nacional. Empresas de porte médio e grande têm a obrigação de detalhar os impostos em valores absolutos ou percentuais, por entes tributantes.
Fonte: Portal Adjori/SC – 07-01
Descontos no varejo chegam a 70%
Depois de um Natal fraco, varejistas recorrem a promoções para desovar estoques de vários produtos, de eletrônicos a panetones
Depois de um Natal fraco, a temporada de liquidações do comércio neste mês começa com um volume de estoques indesejados nas lojas superior ao do ano passado. A corrida dos lojistas para se livrar do encalhe vai de eletrodomésticos a roupas e panetones. Os descontos são de até 70%, com a possibilidade de parcelar o pagamento.
O maior acúmulo de estoques indesejados na redes varejistas neste início de ano aparece na pesquisa da Confederação Nacional do Comércio (CNC), feita com 6 mil lojistas. Em meados de dezembro, o último dado disponível, 23,8% dos empresários do setor informaram que tinham volumes acima do desejado, ante 18,2% que estavam nessa condição em igual período de 2013.
"Como o Natal não foi nada bom, é provável que o volume de estoques indesejados tenha crescido após o Natal", afirma o economista da CNC, Fabio Bentes. Já o assessor econômico da Fecomércio/SP, Fabio Pina, faz uma avaliação diferente. Segundo ele, como o varejo não esperava um grande crescimento de vendas no Natal, os lojistas foram, ao longo de dezembro, ajustando os volumes de estoques às vendas mais fracas e, portanto, as sobras de produtos não seriam tão elevadas.
"Não temos excesso de estoque por conta de venda não realizada no Natal", afirma Marcelo Silva, diretor-superintendente do Magazine Luiza. Na próxima sexta-feira, a segunda maior rede de eletrodomésticos e móveis do País realiza a 22.ª edição da sua tradicional megaliquidação de um dia, com descontos de até 70%.
Segundo o executivo, tanto o volume de produtos em liquidação como o nível de desconto oferecido no evento deste ano são iguais aos da liquidação de 2013. "A expectativa de vendas da liquidação deste ano é de um crescimento pequeno, de um dígito alto", diz Silva. Ele observa que esse resultado é condizente com o ritmo atual do mercado varejista e favorável porque o desempenho de vendas na liquidação de 2013 foi "muito bom".
Marcio Goldfarb, diretor-presidente da Marisa, rede com 416 lojas de confecção no País, é outro empresário que diz ter menos sobras de produto na liquidação deste ano. "Procuramos adequar os estoques." Na liquidação da rede, iniciada no dia 26 de dezembro, com descontos que vão de 15% a 70%, a maior parte dos produtos (70%) é sobra do Natal, e o restante dos itens é negociado especificamente para a liquidação.
Goldfarb conta que o desempenho da liquidação está acima das expectativas. Por isso, a empresa decidiu antecipar o término da liquidação, inicialmente programada para 15 de janeiro, para o dia 10 deste mês. "Registramos crescimento de 7% no número de peças vendidas."
Já a concorrente Lojas Renner abre hoje a campanha de saldão de Natal nas 248 lojas espalhadas pelo País. A empresa não informa o porcentual de descontos e diz que as barganhas dependem de cada loja.
A prazo. Além de cortar preço, as redes varejistas estão apelando para expedientes inusitados para se livrar das sobras de produtos. Desde o dia 2 de janeiro, as redes Casas Bahia e Ponto Frio, por exemplo, iniciaram a liquidação que vai até domingo. A Casas Bahia dá desconto de 50% e parcela em 10 vezes sem juros no cartão. No Ponto Frio, é possível dividir o pagamento em 14 vezes. No caso da confeitaria Ofner, fabricante de panetones finos, o saldão da loja de fábrica dá desconto de 25% a 30% e o consumidor leva um segundo panetone de brinde.
Fonte: O Estado de São Paulo – 07-01
É preciso recompor a corrente de comércio
Foram tão ruins os resultados da balança comercial em 2014 - com déficit de US$ 3,93 bilhões, o maior em 16 anos - que dificilmente eles se repetirão em 2015. É possível que o saldo comercial volte a ser positivo, como vinha sendo até o ano passado. Mas, pelo critério do grau de abertura da economia, avaliado pela corrente de comércio (a soma das exportações e das importações), é provável que ocorra um novo declínio, em razão da baixa competitividade dos manufaturados brasileiros, da queda dos preços de itens importantes da pauta de exportações e da possível redução das importações.
O secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Daniel Godinho, atribuiu o déficit de 2014 à queda dos preços de commodities, em especial do minério de ferro, ao cenário internacional e ao petróleo.
O problema, porém, é mais extenso. A alta competitividade dos produtos primários brasileiros deixou em segundo plano um equívoco dos últimos governos: o descuido com os manufaturados, que perderam importância no comércio exterior.
O peso dos manufaturados nas exportações foi de 54% em 1990, chegando a 59% em 2000. Essa relação mudou na segunda metade da década passada, com o peso crescente das commodities, aliado ao enfraquecimento da indústria.
A política de comércio exterior não se antecipou à perda de ritmo da maior importadora (a China), que levou à queda da demanda de primários. Também não encontrou respostas para a crise de outra grande importadora, a Argentina. Problemas da Rússia e da União Europeia tornaram a situação mais difícil.
A esperança de melhora do saldo comercial em 2015 está ancorada na desvalorização do real, por seu estímulo às exportações e seu impacto negativo sobre as importações. Prevê-se também redução das compras de petróleo e derivados, que causaram déficit de US$ 16,6 bilhões no ano passado.
A recomposição da corrente de comércio tornou-se essencial. A soma de exportações e importações caiu de US$ 481,7 bilhões em 2013 para US$ 454,1 bilhões em 2014. Isso significa que o Brasil perdeu espaço no comércio internacional. E, em 2015, com a desvalorização do real, o País deverá importar menos máquinas e equipamentos necessários aos investimentos, além de menos bens de consumo. Recompor a corrente de comércio agora é mais relevante do que obter superávit comercial.
Fonte: O Estado de São Paulo – 07-01
25% dos empresários não sabem o saldo bancário da sua empresa
Uma pesquisa realizada pela plataforma Nibo, especializada em gestão financeira para PMEs (pequenas e médias empresas), mostrou que os principais fatores que afetam a gestão dessas empresas no Brasil são: a burocracia tributária, a falta de comunicação com o departamento de contabilidade e uma administração precária do departamento financeiro.
Esse levantamento foi feito com 300 gestores de pequenas e médias empresas de todo o Brasil entre os dias 17 e 20 de novembro de 2014.
A pesquisa mostrou que 70% das empresas com menos de 50 funcionários não recebem relatórios, como demonstração contábil, de seus escritórios de contabilidade. E, quando se trata de empresas com mais de 50 empregados, o número é de 47%.
Outro dado interessante e preocupante é que metade dos pequenos empresários que realizam o planejamento financeiro à mão de suas empresas têm uma vaga ideia ou não sabem quanto dinheiro possuem para o cumprimento de suas obrigações. E 25% desses mesmos empresários desconhecem o saldo bancário de suas empresas.
"Esses dados mostram o quão negligenciada é a gestão de muitos pequenos empresários. Nós verificamos que 71% dessas empresas, que já tiveram que pagar multas por falhas do setor de contabilidade, organizam as suas finanças apenas por meio do Excel e isso é um dado preocupante", afirma Gabriel Gaspar, CEO do Nibo.
Hoje um dos maiores desafios dos escritórios de contabilidade é estarem mais atentos às demandas das PMEs. "Precisamos estar perto no momento da dúvida e passar nossa experiência de gestão financeira de forma cada vez mais estratégica para esses empresários", afirma o diretor do Sescon-RJ, Richard Guedes.
O mais importante para que se possa dar um passo à frente é focar menos naquilo que já foi feito (ou deixou-se de fazer) e priorizar o que pode ser feito daqui em diante. Esta postura vai possibilitar mudanças positivas tanto para os contadores, quanto para as PMEs.
caro dinheiro
Samy Dana possui Ph.D em Business, doutorado em administração, mestrado e bacharelado em economia. Atualmente é professor na Escola de Administração de Empresas de São Paulo da FGV, criador e coordenador de do Núcleo de Cultura, Criatividade e Comportamento - GVcult. É consultor de empresas nacionais e internacionais dos setores real e financeiro e de órgãos governamentais. Dana é autor dos livros "10x Sem Juros" (Saraiva), em coautoria com Marcos Cordeiro Pires, "Como Passar de Devedor Para Investidor" (Cengage), em coautoria com Fabio Sousa e "Estatística Aplicada" (Saraiva), em coautoria com Abraham Laredo Sicsú.
Fonte: Folha de São Paulo – 07-01
Confiança do comércio fecha 2014 em queda histórica, avalia CNC
O Índice de Confiança dos Empresários do Comércio (Icec) fechou 2014 com queda de 13,4% na comparação com dezembro de 2013, o maior recuo anual do indicador em toda a série histórica iniciada em março de 2011.
Os dados do índice foram divulgados hoje (06), pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), e indicam que, na comparação mensal (novembro de 2014) o Icec apresentou queda de 2,5%, a quarta queda seguida e a maior desde fevereiro de 2014.
Para o economista Fabio Bentes, “a estagnação da economia e o menor crescimento das vendas nos últimos 11 anos foram os principais responsáveis pela perda de confiança por parte dos empresários do comércio”.
Segundo o economista da entidade, desde 2003 o comércio não tem um desempenho tão fraco. “Dadas a trajetória recente do índice e a ausência de sinais claros de recuperação dos fatores de sustentabilidade das vendas do setor, o ano de 2015 deverá impor novos desafios à retomada da confiança por parte dos empresários”, disse, em entrevista à Agência Brasil.
Para o economista, houve “uma grande decepção do comércio” com o desempenho das vendas no ano passado. “Nós já esperávamos um ano ruim, mas não que o comércio tivesse o seu pior desempenho dos últimos 11 anos. Em 2014, as vendas do comércio varejista crescerão entre 2,5% e 3%, uma vez que os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam expansão de 2,5% de janeiro a outubro, podendo fechar em torno de 3% com os resultados de novembro e dezembro”.
Então, disse o economista, o ano de 2014, descontada a inflação, “foi o pior em faturamento real de toda a série história. E o ano de 2013 já havia sido um ano fraco, com crescimento de 4,3%. Então, 2014 foi o pior ano do varejo desde 2003”. Bentes disse que a CNC trabalha com expectativa de crescimento de 3,6% nas vendas reais em 2015.
A pesquisa da CNC indica que na opinião de três em cada quatro empresários do comércio, é de que a economia está pior do que há um ano. O subíndice que mede as condições atuais teve seu pior nível (76,6 pontos) desde o início da pesquisa, no comparativo mensal o recuou foi 6,7%.
Segundo a entidade, a contínua desaceleração do comércio levou os empresários a reavaliar os investimentos para os próximos meses, com o subíndice de Investimentos do Empresário do Comércio recuando 10,3% na comparação anual e 1,5% na comparação mensal.
“A queda na intenção de investimentos em máquinas e equipamentos esbarra não somente no ritmo mais fraco das vendas como, também, no custo mais elevado de captação de recursos por parte das empresas”, avaliou o economista da confederação.
Fonte: Portal Varejista – 07-01
Reajuste no salário mínimo injeta mais R$ 49 bilhões na economia do país
Segundo dados do Dieese, 60,3 milhões de trabalhadores serão beneficiados pelo aumento, que passou de R$ 724 para R$ 788
O incremento de renda decorrente do aumento do salário mínimo injetará R$ 49 bilhões na economia brasileira, melhorando poder aquisitivo de 60,3 milhões de trabalhadores. É o que indica o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). De acordo com a instituição, a maior parte dos favorecidos pelo reajuste é de beneficiários do INSS — um contingente formado por 18,3 milhões de pessoas para quem os gastos extras do governo somarão R$ 22,4 bilhões.
“Além disso, o aumento do salário mínimo vai promover uma elevação de R$ 26,4 bilhões na arrecadação tributária do país porque boa parte desse dinheiro será direcionada para o consumo”, afirma José Silvestre, coordenador de Relações Sindicais do Dieese. Na opinião do especialista, o governo federal acertou ao manter a regra de reajuste do mínimo, corrigido pelo INPC do ano anterior mais o aumento real baseado no crescimento do PIB de dois anos antes. “Foi essa política de correção que permitiu um aumento de 72% no salário mínimo de 2003 para cá, estimulou o crescimento da economia nos pequenos municípios e regiões mais pobres do país e aumentou do poder de compra dos trabalhadores”, argumenta.
“Antes se dizia que o aumento do salário mínimo poderia levar as empresas e as finanças públicas ao colapso, sobretudo nos municípios. Mas hoje vê-se que nada disso aconteceu”, diz, citando que outro equívoco é a relação estabelecida entre o aumento real dos salários, que não é acompanhado pelos índices de produtividade da mão de obra brasileira. “Sabemos que o aumento da produtividade depende dos investimentos na qualificação do trabalhador, bem como em tecnologia e outros investimentos produtivos”, defende.
Para o comércio, o aumento de 8,84% do salário mínimo, que inclui incremento real de 2,49%, é positivo. “O ano de 2014 foi particularmente ruim para o comércio porque registramos 2,2% de aumento no volume de vendas até outubro e devemos ter encerrado o ano com alta de 3%. Essa variação ficou abaixo da média de 4% registrada nos últimos dez anos”, relembra Fábio Bentes, economista da Confederação Nacional do Comércio (CNC). “O aumento real do salário mínimo no ano passado foi o menor desde 2003, de 1,16%. Com um aumento real maior ganharemos uma pequena ajuda na recuperação do nosso desempenho”, completa.
Segundo o economista, a previsão para 2015 é encerrar com alta de 3,6% nas vendas, alavancada principalmente pelas regiões Norte e Nordeste, onde o impacto do aumento do salário mínimo tem mais força. “O Norte e o Nordeste registraram médias de crescimento nas vendas acima da média nacional de janeiro a outubro de 2014, com variações de 5,1% e 4,5%, respectivamente. Essa tendência vai se manter este ano”, analisa. Para Bentes, os principais segmentos do comércio que terão aquecimento nas vendas por causa do aumento do salário mínimo serão os de supermercados, vestuário, farmácia, perfumaria e demais estabelecimentos que comercializam bens não duráveis.
De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) o aumento do salário mínimo não terá impacto direto no setor. “O salário médio da indústria é superior ao mínimo e os reajustes salariais são realizados a partir de negociação com sindicatos das categorias. Agora, o salário mínimo tem uma importância indireta porque ele baliza os demais salários”, afirma Flávio Castelo Branco, gerente executivo de Política Econômica da CNI. “Contudo o aumento real dissociado do aumento de produtividade contribui negativamente para pressionar os custos das empresas, sem citar o déficit nas finanças públicas. A questão fiscal é preocupante”, diz.
“As empresas de grande porte não sofrem tanto impacto do reajuste do salário mínimo porque promovem aumentos decorrentes de políticas internas de correção salarial ou a partir de convenções coletivas”, afirma Carlos Eduardo Vianna Cardoso, sócio trabalhista do escritório Siqueira Castro Advogados.
Fonte: Brasil Econômico – 07-01
Crescimento do comércio é o pior em 11 anos
A atividade varejista cresceu apenas 3,7% em 2014, aponta Serasa Experian. A atividade do comércio cresceu 3,7% em 2014, sendo o resultado mais fraco da atividade varejista em 11 anos de acordo com o índice calculado pela Serasa Experian. Apesar do movimento dos consumidores nas lojas no ano passado ter crescido em relação ao ano de 2013, o valor supera apenas as variações anuais exibidas durante o biênio 2002/2003. De 2004 a 2014, o menor crescimento da atividade varejista havia ocorrido em 2013 (alta anual de 5,2%).
Segundo os economistas da Serasa Experian, o fraco desempenho da atividade comercial registrado em 2014 foi fruto da escalada das taxas de juros no mercado doméstico, da alta da inflação, especialmente durante o primeiro semestre do ano, e do menor grau de confiança dos consumidores, ainda em situação de elevado endividamento e, por isto, mais preocupados em sair da inadimplência que assumir novos financiamentos.
Em 2014, a atividade varejista cresceu 3,7% liderada pelo setor de supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas (expansão de 3,9%) e pelo de tecidos, vestuário, calçados e acessórios (alta de 3,4%). Já o setor de combustíveis e lubrificantes subiu 1,2% de janeiro a dezembro de 2014. O segmento de móveis, eletroeletrônicos e equipamentos de informática acumulou alta de 0,9% e o de veículos, motos e peças acumulou crescimento de 0,4% nesse mesmo período. Por outro lado, as lojas de material de construção viram o movimento dos consumidores cair 6,5% em 2014.
Fonte: Economia SC – 07-01
Brasileiro usa o crédito para compras de curto prazo
Estudo do SPC mostra que consumidor geralmente financia mercadorias supérfluas.
Foto: Divulgação
Estudo do SPC mostra que consumidor geralmente financia mercadorias supérfluas. A principal utilidade do crédito oferecido ao consumidor brasileiro é a satisfação de desejos de consumo de curto prazo como roupas e sapatos, eletrônicos e eletrodomésticos. Isso é o que demonstra um relatório produzido pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pelo portal de educação financeira Meu Bolso Feliz.
Os estudos realizados pelo SPC Brasil mostram que o consumidor tem usado empréstimos para comprar mercadorias que não podem ser consideradas itens de necessidade. Além disso, em muitos casos, a compra financiada se concentra em itens de valor mais baixo, que poderiam ser pagos a vista.
“O perfil de consumo do brasileiro tem como característica a compra imediatista, ou seja, aquela que tem a necessidade do prazer imediato, em que todas as consequências de longo prazo ? como, por exemplo, o endividamento ? não são consideradas em muitos casos”, explica a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.
E de fato uma pesquisa, também do SPC Brasil, sobre o comportamento dos adimplentes e inadimplentes mostrou que 17% dos consumidores em idade adulta ? o que representa cerca de 23 milhões de pessoas ? se encaixam no perfil imediatista, ou seja, de consumidores inclinados a viver o presente, sem se preocupar com o futuro financeiro e sem o hábito de planejar ou poupar.
Já quando os consumidores são confrontados com a possibilidade de não poderem parcelar as compras, 24% da amostra acredita que o crédito é essencial e que, portanto, não fecharia as contas do mês ou não conseguiria mais comprar pelo fato de não poder parcelar.
Crédito fácil e caro
O estudo sobre o uso do crédito no Brasil mostra que o cartão de crédito é a modalidade mais usada pelos consumidores (em 83% dos casos), seguido pelo empréstimo (53%) e pelo crediário (50%). Além disso, um em cada dez brasileiros declara ter mais de quatro cartões de crédito. Outros estudos apontam que a forma de pagamento mais utilizada pelos entrevistados depende basicamente do valor do bem a ser comprado: produtos de menor valor são pagos em dinheiro e os de maior valor, no cartão de crédito.
Além disso, os estudos apontam que o brasileiro tem a visão do crédito e financiamento como uma forma de deixar a sua renda mensal mais elástica e não apenas como uma forma de acessar produtos mais caros, cujo pagamento à vista é mais difícil.
Na avaliação da economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, existem dois grandes problemas quando se trata deste tipo de crédito mais acessível. Em primeiro lugar, este tipo de instrumento financeiro em geral, é mais caro que os demais, segundo a economista. Depois, este tipo de crédito leva à falsa impressão de facilidade de pagamento e muitas vezes incentiva o consumo desnecessário e acima dos limites do orçamento, alerta Kawauti.
O estudo do SPC Brasil relata que 19% dos entrevistados admitem ter o hábito de comprar produtos desnecessários, porque o parcelamento está disponível, percentual que aumenta entre os mais jovens. Quando perguntados em relação ao parcelamento, 20% dos consumidores adimplentes admitem que preferem parcelar as compras mesmo quando o valor não é muito alto para poder comprar mais. Entre os inadimplentes pesquisados, este percentual cresce para 30%. Sem mencionar que 21% não sabem sequer a quantidade de prestações que ainda estão pendentes de pagamento.
Fonte: Economia SC – 07-01
Indicador de emprego da FGV avança 2% em dezembro
Indicador teve sua primeira alta após período de quedas entre março e setembro. Indicador de emprego teve sua primeira alta após período de quedas entre março e setembro.
Após recuar 0,3% em novembro, o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp), da Fundação Getulio Vargas, avançou 2,0% em dezembro, atingindo 76,0 pontos. Embora o indicador continue em nível extremamente baixo em termos históricos, o resultado confirma a tendência de alta ao final de 2014, após um período de fortes quedas entre março e setembro.
“A série de médias móveis trimestrais apresenta tendência positiva, mas os números ainda não permitem distinguir se estamos observando uma reversão de tendência ou uma calibragem frente ao pessimismo exacerbado das expectativas nos meses anteriores”, afirma Sarah Lima, economista da FGV/IBRE.
Dentre as variáveis que contribuíram positivamente para a evolução do IAEmp destaca-se o indicador de otimismo dos industriais com a situação dos negócios nos seis meses seguintes, com variação de 8,7% na margem. O IAEmp é construído como uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, tendo capacidade de antecipar os rumos do mercado de trabalho no país.
Já o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) da Fundação Getulio Vargas recuou 1,1% em dezembro, atingindo 73,6 pontos. A primeira queda do indicador em nove meses não foi suficiente para reverter a tendência de alta observada nos meses anteriores, conforme mostra o indicador de médias móveis trimestrais.
O ICD é construído a partir de dados desagregados, em quatro classes de renda familiar, do quesito da Sondagem do Consumidor que capta a percepção do entrevistado a respeito da situação presente do mercado de trabalho. Desse modo, o indicador capta puramente a percepção das famílias sobre o mercado de trabalho, sem refletir, por exemplo, a diminuição da procura de emprego motivada por desalento. (FGV/Ibre)
Fonte: Economia SC – 07-01
Simples Nacional aumenta em 40% arrecadação em SC
As duas edições da operação Concorrência Leal, realizadas pela Secretaria de Estado da Fazenda para regularizr as empresas enquadradas no Simples Nacional, conseguiram aumentar a arrecadação do segmento em mais de 40%. Os contribuintes enquadrados no regime responderam por cerca de R$ 500 milhões da arrecadação de ICMS em 2012, ano em que foi deflagrada a primeira operação. Em 2014, esse valor vai ultrapassar a casa do R$ 700 milhões.
“A meta do Grupo Setorial Especialista do Simples Nacional é chegar em R$ 1 bilhão ao ano até 2016. As operações de monitoramento visando a autorregularização, aliadas às fiscalizações ostensivas e ao trabalho de orientação aos contadores e contribuintes, continuarão sendo o foco do grupo”, destaca o auditor fiscal Luiz Carlos Feitoza, coordenador do GESSIMPLES.
A partir de 2015 o grupo contará com equipamentos de alta capacidade de processamento, recentemente adquiridos pela secretaria, o que trará maior agilidade no tratamento dos dados das operações.
Sobre a Concorrência Leal - A ação se baseia no cruzamento eletrônico de informações da Declaração Anual do Simples Nacional (DASN) com dados de compras efetuadas pelo Governo do Estado e pelas prefeituras catarinenses, além do Demonstrativo de Créditos Informados Previamente (DCIP), da Nota Fiscal Eletrônica (NFE) e das empresas de cartão de crédito e débito. A primeira edição, deflagrada em 2012, verificou irregularidades em mais de 72 mil contribuintes. A operação Concorrência Leal 2 foi lançada em junho deste ano e registrou irregularidades em mais de 45 mil empresas.
Fonte: Economia SC – 07-01