Clipping Diário - 06/05/2014
Publicado em 06/05/2014
Clipping Diário - 06/05/2014
A rescisão Com a decisão da Unimed de rescindir o contrato com os Laboratórios Santa Luzia, Exame, Biomédico e Exame, 240 mil segurados ficarão sem contar com os serviços destas três empresas de exames clínicos, mais os exames por imagem da Sonitec. A Unimed garante que suas unidades e outros laboratórios atenderão em toda a região. Fonte: Diário Catarinense – Moacir Pereira – 06-05 Marinha A Superintendente do Serviço do Patrimônio da União (SPU) em Santa Catarina, Silvia De Luca, estará participando hoje da reunião da Diretoria da Associação Comercial e Industrial de Florianópolis. Falará sobre ocupações irregulares na Capital, a legalização dos terrenos de marinha e a estranha posição do SPU na invasão dos Amarildos. Fonte: Diário Catarinense – Moacir Pereira – 06-05 Como usar redes sociais para impulsionar negócios Atento aos interesses dos empresários de micro e pequenas empresas e de empreendedores que estão abrindo negócios, o Sebrae-SC realiza hoje o 1º Summit Florianópolis Facebook. O evento, que conta com 250 inscritos, vai mostrar como usar essa rede social para difundir serviços ou produtos. Palestras e orientações como esta e outras com empresas do setor como o Google e o Mercado Livre estarão na Feira do Empreendedor, que será de 17 a 20 de julho, adianta a coodenadora da exposição pelo Sebrae, Josiane Minuzzi. O que pretendemos mostrar é que a simples presença da empresa no Facebook não é uma garantia de sucesso. Ela tem que conhecer as necessidades e interesses dos seus clientes, do seu público-alvo para que consiga se posicionar de maneria adequa, criando estratégias para o uso do marketing digital explica Josiane, que é mestre em Empreendedorismo e doutora em Arranjos Produtivos Locais pelo curso de Engenharia de Produção da UFSC. Segundo ela, os interessados em participar da Feira do Empreendedor já podem se inscrever no site da mostra, o ww.feiradoempreendedor.com.br. No evento, que será no CentroSul, em Florianópolis, e são esperados cerca de 20 mil participantes de todo o Estado. Conforme Josiane, a exposição vai oferecer informações específicas para difusão de serviços, e-commerce e marketing geral. Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti – 06-05 Mais lojas próprias A catarinense Cativa Têxtil, de Pomerode, vai inaugurar mais duas lojas entre o final deste mês e o início do próximo nas cidades de Mafra, em SC, e Ponta Grossa, no Paraná. No mercado desde 1988, a empresa, que tem oito marcas e está presente em multimarcas de todo o país, acelera a abertura de lojas próprias. Já tem sete no Estado, planeja mais seis este ano e tem a meta de chegar a 100 até 2016. Também vende em seu site. Na foto, a atriz Carol Castro na campanha da coleção outono do grupo. Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti – 06-05 Foco no Dia das Mães A grande aposta do comércio catarinense para esta semana é nas vendas para o Dia das Mães, a segunda melhor data do ano. As principais ofertas para conquistar os consumidores, dando algo mais além das compras fica por conta dos shopping centers, que oferecem pequenos prêmios, carros e viagens. Mas o segmento não está sozinho. Lojas de rua, de diversos segmentos, oferecem condições especiais. Vale pesquisar antes de comprar os presentes para as mães. Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti – 06-05 Reeleição na Fecomércio-SC O vice-presidente Financeiro e de Gestão da Fecomércio, Atanázio dos Santos Neto, disse que a entidade vive um momento especial e de quebra de paradigma, que atinge todo o varejo. – A sinergia do Sistema Fecomércio, com Sesc e Senac, é muito boa e tem seu foco na expansão dos serviços em todos os setores, com ganho de visibilidade. Esta eleição reflete e reconhece o avanço da federação, além de dar continuidade a essa evolução –afirmou Atanázio. R$ 3,5 bilhões em eólicas A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de SC (Fecomércio-SC) realizou ontem à tarde a eleição da sua diretoria para mandato de quatro anos. O atual presidente, Bruno Breithaupt (foto), de Jaraguá do Sul, foi reeleito. O vice-presidente Celio Spagnoli e a maioria dos vice setoriais e regionais foi releita. Segundo Breithaupt, os números do pleito, com 39 votos favoráveis dos 40 sindicatos habilitados indicam que a gestão está no caminho certo. Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti – 06-05 Cooperativa divulga lista de conveniados Unimed apresenta relação após ter quatro laboratórios descredenciados A partir de hoje dois laboratórios de exames da Grande Florianópolis não serão mais conveniados com a Unimed – Sonitec Diagnósticos Médicos por Imagem e o Laboratório Santa Luzia. No dia 20 deste mês as empresas Exame e Biomédico também devem perder o vínculo com a cooperativa, que divulgou lista com as empresas que seguem parceiras do convênio. O descredenciamento ocorreu depois de não haver consenso entre o convênio e as prestadoras de serviço. Segundo a Unimed, a cooperativa recebeu no dia 30 de abril carta das empresas com o aviso da falta de interesse em continuar a parceria. De acordo com o diretor Edson Lemos, o impacto será grande, pois o movimento laboratorial do convênio é representado em quase 90% pelos Laboratórios Santa Luzia. Mas ele ressalta que a rede é composta por 20 laboratórios além do serviço oferecido pela Unimed. – Os nossos pacientes e clientesnão vão ficar desassistidos. Eles terão onde procurar. A única situação é que eles estavam acostumados a ir sempre nos mesmos lugares, mas temos outros (laboratórios) que são tão bons quanto os descredenciados – avalia o diretor. De acordo com Edson, a Unimed estava há mais de 60 dias em contato com as prestadoras para conversar sobre valores e contratos, mas as empresas não quiseram negociar. – São bons prestadores de serviços. A gente não queria que eles saíssem. Mas se você vai comprar um carro hoje e aqui na minha concessionária está R$ 100 mil e na esquina o mesmo veículo está a R$ 50 mil, você vai pagar R$ 100 mil ou R$ 50 mil? Essa é uma das situações. São prestadores com valores totalmente acima do que existe no mercado nacional e da operação hoje das prestadoras que estão em Santa Catarina – diz Edson. Empresas ainda não se manifestaram sobre o assunto A equipe do Laboratório Santa Luzia foi orientada juridicamente a não se pronunciar em relação ao ocorrido. De acordo com a assessoria da empresa, hoje o laboratório já deve ter algum posicionamento sobre o caso. A única ressalva dos laboratórios é que a prestadora teria sido descredenciada sem motivo. O diretor da empresa Sonitec Diagnósticos Médicos por Imagem não foi localizado ontem para se pronunciar sobre os fatos. O diretor da Unimed informa que outras dúvidas podem ser esclarecidas através do site da cooperativa ou pelo telefone 0800-483500 (ligação gratuita). Fonte: Diário Catarinense – Geral – 06-05 Ocupação da ala norte está liberada Comerciantes que têm o alvará já podem começar a montar as suas bancas Os novos boxes da ala norte do Mercado Público de Florianópolis começaram a ser entregues ontem para os comerciantes que venceram a licitação. Mas eles só poderão ser ocupados por aqueles que têm alvará. Por enquanto, apenas sete estão com a licença em mãos. O secretário de Administração do município, Gustavo Miroski, garante que a partir do dia 2 de junho, mesmo que nem todos os comerciantes estejam com o alvará ou tenham terminado de montar as lojas, a ala estará aberta para a população. Por enquanto, 26 boxes dos 76 estão totalmente prontos. Os comerciantes com o alvará já podem começar a montar as lojas. O engenheiro de prefeitura responsável pela reforma, Dalton da Silva, explica que todas as intervenções a serem feitas pelos novos ocupantes já foram definidas e aprovadas pela prefeitura, que acompanhou o projeto de cada um. Eles levarão mobílias e poderão mexer na parte hidráulica e elétrica, por exemplo. Os boxes foram todos padronizados e as características originais da fachada foram recuperadas. Além disso, de acordo com o engenheiro, todos os itens de segurança foram cumpridos pelos comerciantes. Os trabalhos na ala norte começaram a ser feitos em novembro do ano passado, quando os comerciantes antigos tiveram que deixar o local. Prevista para ficar pronta no final de abril, a obra atrasou devido a questões técnicas, conforme alega a empresa responsável pela reforma, JK Engenharia. Este setor do Mercado Público irá receber diferentes atividades comerciais, como bar, padaria, lanchonete, livraria, calçados, roupas, aviamentos, floricultura, sorveteria, artesanato e lotérica. Parte sul será fechada para obras no final deste mês A ala sul será fechada para obras a partir do dia 31 de maio. A reforma deve estar pronta em dezembro, junto ao restante dos trabalhos, como colocação do telhado do vão central. As 13 peixarias que irão continuar no patrimônio depois da reforma serão instaladas provisoriamente no Terminal Cidade de Florianópolis. Além delas, este setor irá receber açougues, cafeteria, restaurantes e bares. As duas alas irão reunir 53 atividades comerciais diferentes. Aproveitando as mudanças, a prefeitura também lançou uma pesquisa online para definir novos horários de funcionamento do mercado. Entre as opções, há abrir aos domingos e estender o funcionamento no sábado, que hoje se encerra às 13h. Para participar é preciso acessar, até 23 de maio, o endereço: www.pmf.sc.gov.br/formularios/pesquisaMercadoPublico. Engenheiro responsável pela reforma Todas as intervenções a serem feitas pelos novos ocupantes do Mercado já foram definidas e aprovadas pela prefeitura, que acompanhou os projetos. Fonte: Diário Catarinense – Geral – 06-05 Mais jovens no mercado Saldo de adolescentes empregados cresce impulsionado por Lei da Aprendizagem e aumento de vagas O beijo da mãe no rosto do filho demonstra o orgulho dela ao ver o jovem de 17 anos segurando o diploma do programa Formare, promovido pela Coteminas em parceria com a Fundação Iochpe. Apesar da timidez, Gabriel Pereira consegue expressar o quanto foi bom ter aproveitado a oportunidade: – Foi muito importante ter participado. Por causa do programa estou trabalhando na empresa, experiência que outros colegas meus ainda não têm. Colega de Gabriel, Olga Carolina faz planos para o futuro. Sorridente, faz questão de mostrar o canudo. É a primeira vez que Olga participou de um curso de formação. A adolescente de 16 anos acredita que terá melhores oportunidades para conseguir o primeiro emprego com o programa no currículo. Assim como Gabriel e Olga, cada vez mais jovens buscam uma vaga no mercado de trabalho a partir de cursos de aprendizagem. A lei nacional 10.097 de 2000 determina que empresas de médio e grande porte contratem jovens entre 14 e 24 anos. Desde 2006, quando um decreto presidencial tornou a lei menos flexível, o número de jovens empregados cresceu 46% em Santa Catarina segundo dados do Ministério do Trabalho. A inserção desses novos profissionais devem ocorrer por meio de programas como o Jovem Aprendiz, que mescla experiência prática e estudos. O aumento de jovens trabalhando vai além do incentivo proporcionados pelos programas de aprendizagem implantados por conta da legislação, explica o economista Nazareno Schmoeller. Ele afirma que o mercado em expansão é um fator que contribui para o avanço do número de jovens trabalhando. Necessidade da família e consumo também estão ligados a esse crescimento, aponta Lisiane Bueno da Rosa, coordenadora de Projetos Sociais do Centro de Integração Empresa Escola de Santa Catarina (CIEE/SC). – Embora ele inicie cedo no mercado, isso não vai prejudicá-lo quando for dentro de uma política pública, como o Jovem Aprendiz, que tem legislação e dá segurança a esse adolescente – avalia. Lei leva ao aumento de adesão a projetos de iniciação ao trabalho O número de empresas que aderiram ao programa Aprendiz Legal, gerido pelo CIEE, aumentou 57% entre 2010 e 2012 no Estado, passando de 380 para 600 conveniadas. Nesse caso o aumento está mais ligado a uma obrigatoriedade do que um incentivo, considera Cris Meinberg, da Fundação Iochpe. – Embora a lei seja antiga, atualmente há mais fiscalização se as empresas estão cumprindo com a obrigatoriedade – avalia. Na Fundação Fritz Muller o Projeto Pescar trabalha 60% a parte comportamental e 40% a profissional dos jovens. Elissa Maria Retcheski, orientadora do programa, é importante investir na formação dos jovens: – Não podemos cobrar da sociedade o que a gente não pode dar. Não adianta eu cobrar um jovem qualificado se eu não qualifico. Fonte: Jornal de Santa Catarina - Economia – 06-05 O SIMPLES NEM É TÃO SIMPLES ASSIM O projeto de lei a ser votado hoje na Câmara de Deputados ainda não atenderá às necessidades das microempresas para serem mais competitivas e rentáveis no Brasil. A Fecomércio alerta e lista itens que ficam fora no acordo político feito entre a União e os Estados, via Confaz, para que os parlamentares possam votar o texto. A entidade aponta que a expansão do teto do faturamento para enquadramento das micro e pequenas empresas continua inalterada, apesar de a inflação do período ter transformado este teto em um repressor de crescimento econômico. DEZENAS DE EXCEÇÕES A ideia de universalização foi relativizada porque, mesmo que as empresas prestadoras de serviços possam fazer parte do Simples, as alíquotas a serem pagas são maiores, em alguns casos, em até mais de 300%, do que as que são reservadas aos setores já contemplados. Na avaliação da liderança do comércio, há coisa pior: se o texto retira a substituição tributária do Simples, a lista de exceções envolve mais de 55 tipos de produtos. Esta lógica embute, na verdade, a questão da bitributação e do aumento de incidência tributária. Mais ainda: legitima o regime de substituição tributária dentro da legislação federal. PONTOS POSITIVOS De positivo, o texto que vai a votação traz a inclusão de todas as atividades econômicas que não podiam participar do regime; a exclusividade da participação das empresas do Simples nos processos licitatórios na modalidade convite, acrescidos 50% no valor-limite deste tipo de licitação, e o fim da cobrança de juros e correção monetária nas recuperações judiciais das empresas enquadradas neste regime de tributação. Fonte: A Notícia – Livre Mercado – 06-05 Ampliação do Supersimples deve ser votada hoje PL que atualiza Estatuto da Microempresa deve ser votado na Câmara dos Deputados Projeto de lei que atualiza o Estatuto da Microempresa para, entre outras coisas, ampliar o número de setores enquadrados no Supersimples deve ser aprovado nesta terça, dia 6, pela Câmara dos Deputados. A proposta acaba com o critério de categoria de empresa para ser enquadrado no Supersimples e estabelece que o enquadramento obedecerá ao critério de faturamento, que poderá chegar até a R$ 3,6 milhões. A proposta a ser votada foi apresentada pelo relator do projeto, deputado Cláudio Puty (PT-PA), após muitas conversas e negociações com o governo. Segundo ele, um dos pontos mais importantes acordados foi a universalização do Supersimples. “A universalização é um fato histórico. Há sete anos que se lutava para colocar as categorias de serviço: advogados, consultores, corretores, clínicas de fisioterapia, entre outros. Todos que não estavam estarão no Simples”, explicou. De acordo com o relator, as empresas incluídas na nova sistemática de pagamento de impostos serão tributadas segundo uma nova tabela intermediária e pagarão impostos que variam de 16,93% a 22,45%, conforme o faturamento anual. Esses impostos são maiores do que os cobrados hoje das micro e pequenas empresas do comércio, que têm alíquota de 4% a 12%. “Não há ganho tributário direto. O ganho é com a desburocratização, com a redução dos custos de obrigações acessórias”, explicou Puty. Segundo ele, o governo se comprometeu a apresentar ao Congresso Nacional uma proposta de revisão das alíquotas em 90 dias, “mudando teto, a redução da tabela de tributação e propondo regras de transição do Supersimples para outros sistemas tributários”. Pelo texto a ser votado, serão cerca de 230 novas categorias que poderão optar pela nova sistemática de tributação. Entre as categorias que poderão aderir ao Supersimples, com a aprovação do projeto e sua sanção, estão micro e pequenas empresas dos setores de medicina veterinária, medicina, laboratórios, advocacia, arquitetura topografia, agronomia, corretagem , consultoria, jornalismo e publicidade e outras. Se o projeto for aprovado pelos deputados, ele será encaminhado à apreciação do Senado. Se na votação dos senadores a proposta for alterada, ela retornará à Câmara para deliberação dos deputados. (Agência Brasil) Fonte: Economia SC – 06-05 Microcrédito é porta de saída do Bolsa Família Cresce para 10% a participação de pessoas que recebem o auxílio entre os Microempreendedores Individuais Uma porta de saída do Bolsa Família pode ser exatamente outra porta - a de entrada das famílias pobres no empreendedorismo formal. Dos 3,8 milhões de Microempreendedores Individuais (MEI) do País registrados até abril, 10% são beneficiários do programa de transferência de renda condicionada à comprovação de acesso à educação e à saúde, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). Essa participação tem crescido: em 2011, o porcentual era de 7,3% de beneficiários com pequenos negócios formalizados. São, principalmente, mulheres nordestinas jovens com pouca escolaridade. Mães e chefes de família que trabalham como comerciantes de roupas, cabeleireiras, manicures, donas de mercearias, bares e vendedoras ambulantes. Dentre as pessoas que recebem Bolsa Família, mais de 70% trabalham, aponta o MDS. Mas, sem renda suficiente para garantir o sustento confortável da família, o benefício serve como proteção à situação de vulnerabilidade social, avalia o órgão. O programa, que começou com 3,6 milhões de famílias em 2003, cresceu e em abril atingiu 14,1 milhões de beneficiários - 93% mulheres. O desembolso foi de R$ 2,1 bilhões. Dentre os que entram e os que saem do Bolsa Família ano a ano, o MDS afirma que a rotatividade é em torno de um milhão de beneficiários. Famílias com renda maior que R$ 140 por pessoa por mês estão além do limite para receber o benefício. "Eu vi o Bolsa Família nascer em 2003 da integração do Bolsa Escola com outros benefícios, como o Vale Gás. Sempre houve a crítica de que não teria uma porta de saída do programa, de que o pessoal beneficiado não ia querer trabalhar. Mas hoje vemos que foi um impulso para que pessoas pudessem começar um negócio e buscar uma evolução", avalia o presidente do Banco do Nordeste, Nelson Antonio de Souza. A integração de políticas é a aposta do governo contra a pobreza. "Temos pessoas que recebem Bolsa Família, são MEI e acessam o microcrédito via programa Crescer. As famílias vulneráveis não podem arriscar a educação dos filhos enquanto estruturam um negócio. É uma estratégia combinada", afirma o diretor de programas do MDS, Marcelo Cabral. Com a formalização dos negócios via MEI, os empreendedores têm acesso a direitos como aposentadoria e auxílio-maternidade. Produtivo. O crédito para empreender, e não para consumir, é o objetivo do programa Crescer, de microcrédito produtivo orientado. Lançado em meados de 2011, baixou as taxas de juros da modalidade de cerca de 60% para 8% ao ano e convocou os bancos públicos a expandir a sua atuação. Desde então, o saldo total dessa carteira saltou de R$ 1,2 bilhão para R$ 5,1 bilhões em fevereiro deste ano, segundo o Banco Central. Maior operador de microcrédito da América Latina, o Banco do Nordeste tem duas linhas de empréstimos. O Crediamigo, para negócios nas cidades, tem 45% de participação de Bolsa Família entre os clientes. Já no Agroamigo, que atende produtores rurais, o número é maior: 67%. No total, são 1,1 milhão de beneficiários dentre os sete milhões de empréstimos do banco em 2013. A inadimplência do Crediamigo ficou em 0,85%, enquanto que os atrasos chegaram a 3,3% no Agroamigo. Na região Norte, o programa de microcrédito Amazônia Florescer emprestou para mais de 45 mil clientes em 2013. Cerca de 2 mil deles também estão no Bolsa Família, mas esse número poderia ser muito maior, avalia a gerente-executiva de microfinanças e agricultura familiar do Banco da Amazônia, Cristina Lopes. Segundo ela, é preciso mais sinergia entre os Centros de Referência de Assistência Social (Cras), que estão na linha de frente em contato com os beneficiários, e os agentes de microcrédito. "Nós já temos casos de sucesso e tentamos demonstrar isso para os responsáveis pelos Cras. O custo dos empréstimos é muito baixo", diz. Perfil empreendedor. Segundo dado do MDS, 29% dos tomadores de crédito via programa Crescer também recebem Bolsa Família, o que representa um universo de 2,7 milhões de operações. No município de Anastácio, no Mato Grosso do Sul, Rosinete Ramos dos Santos, de 38 anos, é uma dessas pessoas. Com dois filhos em idade escolar, de 7 e 8 anos, e um de 19 anos, ela recebe Bolsa Família e complementa a renda vendendo roupas, acessórios e produtos de cama, mesa e banho de porta em porta. Antes do benefício, Rosinete vivia de bicos como diarista. "Não tive estudo, trabalhei desde pequena na fazenda", diz. Com o microcrédito, fez um empréstimo de R$ 900, já quitado. O dinheiro foi usado para comprar mercadorias. "Meu sonho é ter uma loja. O que eu quero é poder devolver o cartãozinho do Bolsa Família e ver que eu venci", conta. Para realizar esse plano, ela pensa em tomar um empréstimo maior, de R$ 10 mil. A cifra desejada por Rosinete é alta. O limite para os empréstimos de microcrédito é de R$ 15 mil. Para adequar o sonho do microempreendedores à realidade, o papel dos agentes de microcrédito é fundamental. São eles que atuam em campo, conhecem a realidade dos tomadores de empréstimo e acompanham o desenvolvimento dos negócios. Na forte expansão do microcrédito de 2011 para cá, a inadimplência também aumentou, de 2,2% para 5,45%, mas ainda está abaixo da média de 6,5% dos empréstimos para pessoas físicas em geral. Na prevenção à inadimplência, a Caixa Econômica Federal diz que investe na qualificação dos projetos antes de conceder os empréstimos. Banco operador do Bolsa Família, a instituição vê que a relação entre este e o Crescer representa "uma importante porta de saída do programa de transferência de renda". Dos 1,4 milhão de contratos de microcrédito produtivo orientado da Caixa desde 2011, 236 mil são de beneficiários do Bolsa Família. Segundo o MDS, a inadimplência de quem recebe Bolsa Família é semelhante à geral do microcrédito. O valor médio emprestado é de R$ 1 mil, pago em sete parcelas de até R$ 150. Abrir o próprio negócio, contudo, não é para todos e, por isso mesmo, o empreendedorismo não é a única via de saída da pobreza. "O crédito não vai salvar a humanidade, porque nem todos querem ou têm habilidade para o empreendedorismo", afirma o coordenador do Centro de Estudos em Microfinanças da Fundação Getulio Vargas (FGV), Lauro González. Segundo ele, o microcrédito faz mais sentido para aqueles beneficiários que já têm outra fonte de renda. O incentivo à poupança, os microsseguros e o acesso a serviços bancários são outros instrumentos de microfinanças que devem ser usados na superação da pobreza, avalia. "As famílias podem exercer sua força de trabalho como bem entenderem", diz Cabral, do MDS. Para quem não tem a veia empreendedora, o diretor cita outras políticas, como o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), que tem 5,7 milhões de alunos matriculados em cursos de capacitação e facilita o acesso a empregos com carteira assinada. Fonte: O Estado de São Paulo – 06-05 Supermercados devem faturar R$ 1,8 bi a mais com a Copa A Copa do Mundo deverá adicionar R$ 1,8 bilhão ao faturamento dos supermercados brasileiros neste ano. A estimativa, da consultoria Nielsen, foi apresentada nesta segunda-feira pela Apas (Associação Paulista dos Supermercados). Cervejas, refrigerantes e industrializados de carnes são algumas das categorias que terão o consumo favorecido durante o evento. Pesquisa da Kantar Worldpanel mostra que 56% dos consumidores preferem assistir a jogos de futebol em casa, e 88% dos entrevistados pretendem fazê-lo com comida e bebida. "A Copa do Mundo vai ajudar o setor a reverter o cenário de dificuldades macroeconômicas", afirmou o presidente da Apas, João Galassi. Ele citou a desaceleração da geração de empregos e do aumento da renda, a estabilização do crédito ao consumidor e a inflação como desafios ao desempenho do varejo de alimentos neste ano. A entidade prevê que o faturamento do setor no Estado de São Paulo atinja R$ 92 bilhões neste ano, um crescimento nominal de 15% em relação a 2013. Considerando a projeção da Apas para a inflação, de 7%, o crescimento real do setor seria de 8% em 2014. No ano passado, os supermercados faturaram R$ 272 bilhões em todo o país, crescimento real de 5,5%. PRODUTOS O acompanhamento preferido dos consumidores para Copa, segundo a pesquisa Kantar, é o churrasco, citado por 48% dos consumidores, seguido pela pipoca (37%) e por salgados, como a tradicional coxinha, com 33% da preferência. Reportagem da Folha da semana passada mostrou que o preço desses produtos subiu mais que a inflação. O grupo de carnes, por exemplo, acumula alta de 10,9% em 12 meses, segundo o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), o índice oficial de inflação do país, medido até março, quando a inflação ficou em 6,15% (considerando o acumulado em 12 meses). Entre as bebidas, as preferidas são os refrigerantes, citados por 76% dos entrevistados. O produto teve alta de 7,61% nos últimos 12 meses. Fonte: Folha de São Paulo – 06-05 Só pagará menos IR quem tiver reajuste salarial de até 4,5% Os trabalhadores que tiverem reajuste de até 4,5% serão os únicos beneficiados com a correção da tabela do Imposto de Renda anunciada na quarta-feira (30) pela presidente Dilma Rousseff em rede nacional de rádio e TV. A tabela do IR subirá 4,5% em 2015. Já quem tiver reajuste salarial maior deverá pagar mais imposto. Em geral, os trabalhadores conseguem a reposição da inflação do ano anterior nos seus salários. Neste ano, as remunerações deverão subir 6%, considerando a inflação que está prevista. Com isso, a tendência é pagar mais IR, já que a tabela deverá ficar abaixo da inflação. Para o presidente do Sindifisco Nacional (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal), Cláudio Damasceno, a situação poderia ser pior, se não houvesse a correção, e a tabela ficasse congelada, como ocorreu entre 1996 e 2001. "Como não tínhamos nenhuma fórmula para o ano que vem, o anúncio feito por Dilma é positivo, mas não será suficiente, pois a defasagem irá se manter." Um estudo do Sindifisco divulgado entre o final do ano passado e o início deste ano mostra que, se a tabela fosse corrigida pela inflação acumulada entre 1996 e dezembro de 2013, o reajuste deveria ser de 61,24%. Assim, só pagaria IR que tem salário de mais de R$ 2,758. Atualmente, já paga imposto quem ganha mais de R$ 2.000. No ano que vem, o imposto virá para quem ganha R$ 2.120, já considerando o desconto do INSS. IMPACTO O Ministério da Fazenda estima em R$ 5,3 bilhões o impacto do reajuste da tabela do Imposto de Renda na arrecadação federal de 2015. Isso porque, com o reajuste, estarão isentos do recolhimento trabalhadores que recebem até R$ 1.868,22. Hoje, não pagam IR os salários de até R$ 1,787,77. Também foi reajustada a dedução para a declaração pelo modelo simplificado, que passará de R$ 15.880,89 neste ano para R$ 16,595,53 no ano que vem. Se não houvesse correção da tabela, mais trabalhadores pagariam IR e a mordida do Leão seria maior em todos os salários. Fonte: Folha de São Paulo – 06-05 Portabilidade de crédito imobiliário deve estimular concorrência As novas regras de portabilidade de crédito vão estimular a concorrência no setor e permitir aos clientes acesso a melhores taxas e condições de pagamentos, avaliam o Banco Central (BC) e a Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça, em nota conjunta. Segundo o BC e a secretaria, as novas regras de portabilidade de crédito, que entram em vigor nesta segunda-feira, permitem que o cliente de instituição financeira transfira, sem burocracia e custos adicionais, sua dívida para outra instituição. “A portabilidade eletrônica assegura maior agilidade, segurança e confiabilidade à portabilidade de crédito. Para iniciar o processo, o cliente precisa apenas negociar com outro banco a concessão de um crédito para liquidação da dívida e identificar o banco credor e a operação original, dispensando qualquer providência adicional”, informa a nota conjunta. A transferência de dívida de uma instituição para outra, conhecida como portabilidade do crédito, foi criada em setembro de 2006. "Em função da falta de uniformidade nos procedimentos adotados para a efetivação dessas transferências, o que tornava o processo mais complexo do que o necessário e que nem sempre proporcionava o pleno exercício desse direito, o Conselho Monetário Nacional aperfeiçoou as regras", acrescenta o texto. Na nota, o BC e a secretaria lembram que, a partir de hoje, é obrigatória a utilização de sistema eletrônico para troca de informações entre a instituição credora original (detentora da operação a ser liquidada) e a proponente (ofertante do novo crédito para liquidação da operação original). Pelas regras, fica proibido o uso de procedimentos alternativos para fazer a portabilidade, como boletos de pagamento, por exemplo. O valor e o prazo da nova operação devem ser limitados ao saldo devedor e ao prazo remanescente da operação original. A instituição credora original tem até cinco dias úteis para se manifestar quanto à manutenção do cliente ou o envio das informações à instituição proponente para a finalização da portabilidade. Assim, o banco credor pode fazer uma proposta melhor para manter o cliente. A transferência de recursos entre as instituições deve ser feita por meio de Transferência Eletrônica Disponível (TED). Os bancos não podem repassar ao cliente os custos da transferência de recursos entre as instituições envolvidas. As instituições financeiras serão obrigadas ainda a divulgar aos clientes as informações necessárias para o pleno exercício do direito à portabilidade, em local e formato visíveis ao público nas suas dependências, nos correspondentes e nos sites. Se as novas regras não forem cumpridas, o cliente poderá recorrer aos órgãos de proteção e defesa do consumidor e ao BC. Fonte: Valor Econômico – 06-05