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Clipping Diário - 06/03/2015

Publicado em 06/03/2015
Clipping Diário - 06/03/2015

Fonte: Adjori - 06/03 CDL de Florianópolis se posiciona sobre processo eleitoral na FCDL A Câmara de Dirigentes Lojistas de Florianópolis (CDL Florianópolis) se manifestou publicamente, por meio de sua assessoria de imprensa, sobre o processo eleitoral da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Santa Catarina (FCDL-SC), ora interrompido por decisões judiciais. Confira, na íntegra, o texto divulgado pela CDL da Capital: "A Câmara de Dirigentes Lojistas de Florianópolis (CDL Florianópolis) tem sido alvo de acusações infundadas, injúrias e até de ofensas em função de sua postura no processo eleitoral da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Santa Catarina (FCDL-SC), ora interrompido por decisões judiciais decorrentes de irregularidades detectadas no andamento do pleito. Desta maneira, cabe a seguinte manifestação endossada por unanimidade pela atual Diretoria da entidade: - A CDL de Florianópolis tem uma trajetória de 55 anos de atuação em defesa do Movimento Lojista; - Conta hoje com mais de 4.500 associadas, a quinta maior CDL do País e a maior de SC; - A entidade sempre pautou sua atuação pela Ética e pela Seriedade de propósitos, construindo um conceito sólido que vem merecendo o respeito de toda a Sociedade; - Em relação ao processo eleitoral deflagrado pela FCDL-SC, a CDL de Florianópolis não faz parte de nenhuma das chapas anunciadas para concorrer ao pleito; - A CDL de Florianópolis quer apenas lisura no cumprimento de normas estatutárias inerentes ao processo eleitoral; - Por razões que não nos cabe discutir ou destacar, a lisura não foi respeitada, já que houve flagrante descumprimento de normas legais e estatutárias da FCDL-SC, notadamente na formação da Comissão Eleitoral, bem como nos procedimentos de inscrição de chapas; - As irregularidades foram comprovadas por decisões judiciais, conforme despacho em que é citada por parte da Comissão Eleitoral "afronta às normas estatutárias e flagrante excesso aos poderes que lhe foram conferidos, usurpando as atribuições do Conselho Diretor"; - A CDL de Florianópolis destaca que no início do processo eleitoral de renovação da Diretoria da FCDL-SC defendeu uma solução de consenso, mas também considera salutar para o Movimento Lojista Catarinense a ocorrência de disputas eleitorais, desde que pautadas pela lisura, Ética e respeito à Democracia e à Cidadania; - A CDL de Florianópolis também faz questão de destacar a postura responsável e conciliadora do empresário Itamar da Silva, que assumiu grande responsabilidade ao aceitar o convite da Confederação Nacional de Diretores Lojistas (CNDL) para ser o gestor provisório da FCDL-SC enquanto persistir o impasse na entidade; - Itamar da Silva tem uma biografia memorável e reconhecida em todo o Brasil em favor do Movimento Lojista e recebe da CDL de Florianópolis toda a solidariedade pelos ataques infundados e até agressivos que lhe estão sendo dirigidos, aos quais responde com elevado grau de desprendimento que só um líder nato é capaz de demonstrar; - Tem a destacar,também, a CDL de Florianópolis, que a entidade é co-fundadora da FCDL-SC, sempre foi sua parceira e associada, nunca furtando-se a trabalhar pelo seu fortalecimento, inclusive com apoio financeiro em várias oportunidades; - Por fim, a CDL de Florianópolis faz um apelo por ânimos serenados e que a Ética e o Bom Senso conduzam as decisões dos líderes lojistas catarinenses a fim de que o processo eleitoral na FCDL-SC seja concluído de maneira que fortaleça a unidade do setor e que a entidade continue seu trabalho em prol da Causa Lojista Catarinense. Fonte: Diário Catarinense - Moacir Pereira - 06/03/2015 Crise na FCDL terá hoje um novo capítulo Nova assembleia estadual da FCDL será realizada hoje, a partir das 14 horas, na sede da Federação, em Florianópolis. Volta a ser examinado o processo eleitoral. A ordem do dia prevê também a destituição do Gestor Provisório, o empresário Itamar José da Silva, nomeado pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas. Clima é de tensão.
Racha
A FCDL está rachada entre duas correntes e duas lideranças: uma comandada pelo ex-presidente Sérgio Medeiros, que apoia a eleição do Ivan Tauffer, da chapa de situação; e outra liderada por Roque Pelizarro, ex-presidente da Confederação, fechado com o candidato Valdir Della Giustina, da oposição. A CDL de Florianópolis, depois de ação silenciosa, escancarou a posição, está respaldando as ações de Itamar Silva, pede lisura e apoia a oposição.
Fonte: Diário Catarinense - Estela Benetti - 06/03/2015 Santa Catarina pioneira no Bem Mais Simples O programa Bem Mais Simples, lançado semana passada pela secretaria nacional da Micro e Pequena Empresa para acelerar o fechamento de firmas no país, terá ação pioneira em Santa Catarina. O ministro da pasta, Guilherme Afif Domingos (E), aceitou a sugestão de um acordo de cooperação técnica solicitado pelo secretário de Desenvolvimento de SC, Carlos Chiodini, para o Estado implantar serviço rapidamente para aderir ao programa. O próximo passo será assinar o convênio e o receber suporte para implantar o sistema Redesim. Para o secretário, o programa vai facilitar a vida de empreendedores de empresas de pequeno porte. No Distrito Federal, o Mais Simples funciona em projeto piloto. Na foto, Afif (E), o presidente do Sebrae, Luiz Barretto; Chiodini e o presidente da Junta Comercial, André Bazzo. Fonte: Diário Catarinense - Estela Benetti - 06/03/2015 Fecomércio SC promove palestra sobre eficiência energética Com o propósito de discutir alternativas para a redução do custo de energia diante dos sucessivos aumentos das tarifas, a Fecomércio SC promove evento sobre eficiência energética quarta-feira, às 19h. O palestrante será o engenheiro eletrotécnico Gerson Sampaio, com ampla experiência na área no Brasil e exterior. O evento é destinado a empresários, gestores de manutenção e profissionais interessados em programas de eficiência energética e redução de custos. Sampaio é diretor da Teknergia, empresa que atua no setor de eficiência energética com obras e projetos no Brasil, Chile, Angola, Nigéria, Marrocos, Argélia, Colômbia, Peru, Moçambique e Panamá. Fonte: Diário Catarinense - Economia - 06/03/2015 Coqueiros, Campeche e Rio Tavares concentram maioria dos postos que devem ser multados pelo Procon

Estabelecimentos têm prazo de 10 dias para apresentar defesa por aumento considerado abusivo. Multas podem chegar a R$ 6 milhões O Procon de Florianópolis define a lista com os nomes de 25 postos de combustíveis que devem receber autos de infração na próxima semana por aumento abusivo de preços na Capital. Como eles ainda não foram finalizados, os nomes dos estabelecimentos não podem ser divulgados. O maior aumento, acima do repasse de tributos do governo federal, foi de R$ 0,40, segundo o diretor Gabriel Meurer. De 25 postos, 11 são do Norte da Ilha, seis do Continente, seis do Sul da Ilha e um fica no Centro. Os bairros que mais aparecem na lista são Coqueiros, Campeche e Rio Tavares. O próximo passo do Procon será definir os valores das multas, que podem variar entre R$ 400 e R$ 6 milhões, dependendo do faturamento do posto. Os estabelecimentos devem receber os autos de infração na próxima semana e terão 10 dias para apresentar a defesa. Sindicato informa que postos vão recorrer Joel Fernandes, diretor do Sindicato de Revendedores Varejistas de Combustíveis da Grande Florianópolis, afirma que os postos que receberem os autos de infração encaminharão aos advogados para resolverem a questão, se necessário, na Justiça: – É um absurdo por parte do Procon. — A gasolina subiu R$ 0,22 por parte do governo federal. Em 31 dias, a base de cálculo do ICMS passou de R$ 3,09 para R$ 3,33, o que dá mais R$ 0,06 — defende. Fernandes afirma ainda que no dia 1º de março houve acréscimo da folha de pagamento, o que impactaria em pelo menos R$ 0,05 nos preços. Além disso, cita o aumento do IPTU e conta de luz, que também influenciam: — Você tem que repassar todos esses aumentos nos custos. A margem bruta de lucro dos postos gira em torno de 17%. Segundo o diretor do sindicato, os preços podem baixar um pouco, não em função do Procon, mas pela alta competitividade do setor, que costuma causar redução depois que a alta temporada termina. Fonte: Diário Catarinense - Economia - 06/03/2015 O que o brasileiro ganha e o que perde com o dólar a R$ 3

Moeda americana atingiu maior valor dos últimos 11 anos nesta semana e isso deve impactar, principalmente, em aumento de preços de produtos A disparada da principal moeda do mundo pode parecer algo distante, mas tem impacto no dia a dia. Da escolha do destino nas próximas férias ao vinho do final de semana, os hábitos diários devem ser afetados — se é que já não estão. Adiar a viagem para o Exterior ou mudar para um destino nacional, pagar mais caro pelo perfume importado ou trocar para uma marca brasileira, ir até a fronteira fazer compras ou investir em produtos de prateleiras mais próximas. Essas são algumas escolhas que passam a fazer parte da rotina diariamente com a subida veloz do dólar — que chegou ao valor mais alto em 11 anos. — A gente esperava o dólar a R$ 3 no fim do ano, não em março. Essa guinada antecipa o ano difícil que todos devemos enfrentar — comenta o economista-chefe da Pezco Microanalysis, João Ricardo Costa Filho. Assim como Costa Filho, a gestora da Zenith Asset Management Débora Morsch concorda que a alta do dólar pode ser ruim em muitos aspectos, mas que a moeda chegou no patar "que deveria". — Um hotel três estrelas e meia-boca no Nordeste estava custando o mesmo para o brasileiro se hospedar em um cinco estrelas em Cancun. Por isso, a opção mais comum era o Exterior. Agora, essas coisas devem se ajustar, assim como todo o mercado — analisou Débora. Com base no que os especialistas disseram, ZH listou vantagens e desvantagens que a guinada do dólar está provocando na vida dos brasileiros.

DESVANTAGENS Viagens internacionais
Como o real supervalorizou nos últimos 11 anos, passou a ficar em conta (ou até mais barato) viajar para fora do que para destinos internos. Com a recuperação do dólar, a tendência é de que os brasileiros adiem uma possível ida aos Estados Unidos ou a Europa. Aumento de preços
Quando a moeda americana fica mais valorizada, a inflação tende a subir. Essa inflação, que começa afetando os produtos internacionais importados, acaba também contaminando os itens que, teoricamente, não são cotados em dólar. Isso acontece porque muitos dos produtos são comercializados na moeda americana para exportação e, se eles são vendidos lá fora por um preço maior, o comerciante brasileiro acabará aumentando o preço por aqui, para não ter desvantagem na venda. Além disso, muitos produtos nacionais utilizam componentes importados. Com efeito bola de neve, a alta do câmbio tende a empurrar todos os preços para cima, estando ou não diretamente ligados à exportação. — Mesmo a empresa que exporta e está lucrando mais, tem os custos aumentados pelo mau momento da economia interna. Com isso, o ganho real fica nulo e o empresário não consegue reduzir o preço do produto — explica Costa Filho. Poder de compra
Tanto para quem viaja, quanto para quem importa, está mais caro consumir produtos importados. A conta é simples: o salário em reais continua o mesmo, mas o câmbio para a moeda americana está aumentando o valor em moeda brasileira. Assim, está mais caro comprar dólar e comprar em dólar. Para o turista, também há o preço das passagens aéreas, que são quantificadas em moeda americana. — Nós, que estamos acostumados a ir a Rivera comprar vinho, whisky e perfume, vamos ter de calcular para ver se vale à pena a viagem. Tem que ver se a diferença entre os preços de lá, que são em dólar e, por isso, estão mais caros, não supera o preço da viagem, ainda mais com a alta da gasolina — recomenda a economista Débora. VANTAGENS Destinos nacionais
Se por um lado está mais difícil ir para o Exterior, deve ficar mais em conta viajar pelo Brasil. Isso porque, com a desvalorização do real, hotéis e pacotes de turismo tendem ficar mais baratos quando comparados com o valor convertido para dólar. — Quem ia para Cancun, pode muito bem repensar a escolha para uma praia do Nordeste. Antes, uma viagem para os dois lugares podia custar a mesma coisa, mas, agora, com certeza o Nordeste vai sair mais em conta — comenta Débora. Produtos nacionais
Em um cenário em que ir aos freeshops não é mais vantajoso, pode não ser a melhor escolha continuar consumindo vinho estrangeiro ou marcas de cosméticos importadas. Encontrar produtos tão bons quanto os importados pode ser uma boa opção. Turistas estrangeiros
Com a desvalorização do real, pode aumentar o desembarque de turistas estrangeiros, que consumem e injetam dinheiro na economia brasileira.
Fonte: Adjori - 06/03 Fecomércio desaprova controle da inflação com aumento de juros O cenário inflacionário do país é preocupante e necessita de atenção. É o que afirma a Federação do Comércio de Bens e Serviços de Santa Catarina, a Fecomércio SC. Entretanto, a resposta dos preços ao aumento da taxa de juros está se dando de maneira muita lenta. Em contrapartida, a queda no volume de vendas do comércio e nos níveis de produção da indústria e demais setores já foi fortemente atingido.

A Fecomércio considera importante um maior controle da inflação, mas lamenta que isso seja feito através de sucessivas elevações dos juros. Tal medida prejudica o setor produtivo ao onerar tanto o consumidor quanto os empresários em suas decisões de investimento e, assim, dificultar ainda mais a saída do país do patamar de baixo crescimento. A entidade considera que outras medidas, como um ajuste fiscal e uma subsequente reforma tributária e trabalhista, seriam muito mais efetivos para combater os problemas do baixo crescimento e inflação.

Para os analistas da Federação, a elevação de ontem reflete uma maior preocupação por parte do Copom com a inflação, visto que fortes pressões inflacionárias surgiram neste início de ano, vindas do ajuste econômico orquestrado pelo Ministério da Fazenda. Foi anunciado aumento de impostos que incidem sobre a gasolina e cosméticos, bem como, reescalonamento dos preços administrados, como os da energia elétrica, combustível e transporte urbano que podem contaminam toda a economia. Existem ainda fortes pressões inflacionárias adicionais advindas da desvalorização do real. Do Copom de janeiro até o encontro desta quarta-feira, o dólar subiu mais de 14,5%, saindo da linha de R$ 2,60 para R$ 2,98.
Fonte: Economia SC - 06/03 SC será o 1º Estado a implantar o Bem Mais Simples Santa Catarina deve ser o primeiro Estado do País a implantar o programa federal Bem Mais Simples, modalidade que busca a desburocratização para abertura, fechamento e funcionamento das micro e pequenas empresas (MPEs). O secretário de Desenvolvimento Econômico Sustentável do Estado (SDS), Carlos Chiodini, esteve reunido ontem, dia 5, em Brasília, com o ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos. A proposta de fazer um acordo de cooperação técnica para implantar em Santa Catarina o Bem Mais Simples foi aceita por Afif. O próximo passo é assinar o protocolo de intenções para o convênio ser firmado e o Estado receber o apoio técnico para iniciar a implantação do sistema Redesim. “Nós seremos pioneiros na abertura e no fechamento imediato de empresas, fazendo com que estas políticas públicas venham a facilitar a vida do nosso pequeno empreendedor, que representam 95% das empresas e enxergam a burocracia como uma grande barreira para continuarem crescendo em Santa Catarina”, afirma Chiodini. O sistema, que busca simplificar a vida dos empreendedores, está sendo implantado de forma piloto em Brasília. As novas regras preveem a dispensa de certidões de débitos tributários, previdenciários e trabalhistas para as operações de baixas de Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ). Também serão dispensadas certidões para as operações de extinção, redução de capital, cisão total ou parcial, incorporação, fusão, transformação, transferências do controle de cotas e desmembramento. Com as ações da SDS, a Junta Comercial de Santa Catarina (Jucesc) trabalhará para colocar o programa funcionando em um curto prazo de tempo. “Nós já vamos reunir nossa equipe e estudar toda integração dos sistemas. Saímos de Brasília convictos que Santa Catarina será um dos primeiros estados a praticar a nova sistemática definida”, afirmou o presidente da Jucesc, André Bazzo.
Fonte: Economia SC - 06/03 IPCA alcança 1,22% em fevereiro, diz IBGE A inflação oficial medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de fevereiro alcançou 1,22%, resultado próximo ao registrado em janeiro, que foi de 1,24%. Considerando os dois primeiros meses do ano, o índice situa-se em 2,48%, acima do percentual de 1,24% registrado em igual período de 2014. O IPCA é o índice oficial de inflação utilizado pelo governo e serve de referência para o plano de metas fixado pelo Bano Central. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, dia 6, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e indicam que, nos últimos doze meses,- a taxa chegou a 7,70%, a mais elevada desde maio de 2005, quando atingiu 8,05%. Em fevereiro de 2014, o IPCA ficou em 0,69%. No mês, o destaque individual foi a gasolina, cujos preços subiram 8,42%. Refletindo aumento nas alíquotas do PIS/Cofins, que entrou em vigor em 1º de fevereiro, a gasolina exerceu um impacto de 0,31 ponto percentual no IPCA do mês, sendo responsável, sozinha, por um quarto do IPCA, ou seja, 25,41%. Sob esta pressão, os gastos com transportes subiram 2,20%, grupo que apresentou o mais elevado impacto no mês: 0,41 pontos percentuais. Ainda no grupo transportes, houve aumento também nas alíquotas do Pis/Confins para o óleo diesel, que apresentou alta de 5,32%. Já os preços do etanol subiram 7,19%. Além dos combustíveis (7,95%), outros gastos importantes com transportes também apresentaram elevação: trem (3,10%), automóvel novo (2,88%), ônibus urbano (2,73%), metrô (2,67%), ônibus intermunicipal (1,68%), táxi (1,21%) e conserto de automóvel (1,20%). (Agência Brasil) Fonte: Economia SC - 06/03 Indústria de SC deve enfrentar dificuldades em 2015 O aumento nas tarifas de energia, a queda da confiança no futuro da economia e a lenta recuperação dos grandes mercados consumidores mundiais são alguns dos principais desafios para a indústria catarinense em 2015. A avaliação é do presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Glauco José Côrte, que realizou palestra nesta quinta-feira, dia 5, na sede da Associação Empresarial de Criciúma (Acic). Durante sua apresentação, Côrte destacou que estes fatores se somam a um cenário em que o setor produtivo já tem sua competitividade fortemente prejudicada pela baixa taxa de investimentos, pela legislação trabalhista defasada e pela alta de 41% nos custos industriais entre 2006 e 2103. Na visão do presidente, isso é ruim, porque em que vez de focar em questões como os seus processos produtivos, os empresários precisam se preocupar com questões que fogem a seu controle, como câmbio, tributos e energia. Para sair da crise mais rápido, Côrte defendeu que as empresas invistam na diferenciação de seus produtos, em marketing e na educação de seus trabalhadores, já que as crises também representam oportunidades. Apesar do cenário desafiador, a indústria de Santa Catarina tem registrado desempenho acima da média brasileira, com destaque para a geração de postos de trabalho . “Em 2014 o setor industrial catarinense liderou a criação de empregos no País em números absolutos”, lembrou, acrescentando que em janeiro de 2015 a indústria catarinense criou 6 mil novas vagas, o segundo melhor desempenho no Pais, que ao todo gerou 22 mil posições. O presidente ainda ressaltou que a Federação direciona suas ações para mitigar os efeitos deste cenário para a indústria do Estado. Os esforços na área educacional são um exemplo. Na próxima segunda-feira a entidade lança a nova fase do Movimento A Indústria pela Educação, por meio da qual estimula as empresas a investirem na área. Em 2015 a estratégia será convidar o jovem a se tornar protagonista desse processo. Entre outras iniciativas das entidades da Fiesc também citou a construção de rotas de crescimento para 16 setores da indústria catarinense, a implementação de 10 institutos de tecnologia e inovação em diversas cidades de Santa Catarina, além do instituto de inovação focado na saúde e segurança do trabalhador.
Fonte: Economia SC - 06/03 SC será destaque em feira de cruzeiros marítimos O título de primeiro Porto Turístico Regularizado do Brasil começa a render bons frutos para o município de Porto Belo. O prefeito Evaldo Guerreiro foi convidado pela Santur (Santa Catarina Turismo) para participar do Cruise Shipping Miami 2015, a maior feira de cruzeiros do mundo. A perspectiva é de que a cidade duplique o número de escalas já na próxima temporada de navios. Além do prefeito, a comitiva da cidade terá a presença do presidente da Fumtur (Fundação de Turismo), Claudio Souza, do presidente da Comissão de Turismo da Câmara, o vereador Antônio Brito Júnior, e do vice-governador do Estado, Eduardo Pinho Moreira. O embarque ocorre no dia 14 de março e o retorno será dia 20. O evento é realizado anualmente. O Cruise Shipping Miami é o principal encontro da indústria mundial de cruzeiros marítimos e único evento que reúne armadores, fornecedores, agentes de viagens e parceiros. Serão 900 expositores e 11 mil participantes. Porto Belo terá material exclusivo de divulgação para apresentar nas rodadas de negócios. Além do Brasil, representantes de 125 países estarão presentes na feira. O prefeito Evaldo Guerreiro destaca a importância da participação de Porto Belo no Cruise Shipping Miami, inclusive com reuniões exclusivas com os maiores operadores de cruzeiros do mundo. “Somos o primeiro porto turístico regularizado do Brasil. Todos os interesses do mercado estarão voltados para nossa cidade. Temos perspectivas de reaquecer o mercado catarinense de cruzeiros a partir deste evento”, destacou. O Presidente da Fumtur, Claudio Souza, destaca ainda a presença das maiores empresas do setor. “Participaremos de conferências onde estarão presentes os presidentes e diretores das principais companhias de cruzeiros marítimos. Discutiremos a nossa situação perante mercados emergentes no setor como Austrália, Ásia, China e Brasil”, lembrou. Porto Belo lidera a força-tarefa para a retomada das escalas de transatlânticos em Santa Catarina. O município tem o apoio de lideranças políticas como os senadores Dario Berger e Luiz Henrique da Silveira, da ministra dos Direitos Humanos, a catarinense Ideli Salvatti, do ministro do Turismo, Vinicius Lages, do Secretário Executivo do Ministério do Turismo, Vinicius Lummertz, dos Deputados Federais Esperidião Amim e Mauro Mariani e também do presidente da Abremar (Associação de Armadores de Navios de Cruzeiros do Brasil), Marco Ferraz. “Com o apoio da Abremar, agendamos visitas em marinas públicas em terminais remotos da região para troca de experiências”, ressaltou o presidente da Fumtur. Além de Porto Belo, representantes de Itajaí, São Francisco do Sul, Imbituba e Florianópolis também participarão deste evento.
Fonte:G1 Economia - 06/03 Inflação oficial fica em 1,22% em fevereiro, diz IBGE No acumulado de 12 meses, o indicador acumula alta de 7,7%.O destaque do mês ficou com a gasolina; os preços subiram 8,42%. A inflação oficial do país, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 1,22% em fevereiro, depois de avançar 1,24% em janeiro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado de 12 meses, o indicador acumula alta de 7,7%, a mais elevada desde maio de 2005, quando atingiu 8,05%. Em fevereiro do ano passado, o índice foi de 0,69%. No acumulado de 2015, a inflação ficou em 2,48%, acima do percentual de 1,24% registrado em igual período de 2014.
Gasolina é destaque
O destaque do mês ficou com a gasolina. Os preços subiram 8,42%. Refletindo aumento nas alíquotas do PIS/Cofins, que entrou em vigor em 1º de fevereiro, a gasolina exerceu um impacto de 0,31 ponto percentual, sendo responsável, sozinha, por um quarto do IPCA, ou seja, 25,41%. Assim, os gastos com transportes subiram 2,2%, grupo que apresentou o mais elevado impacto no mês (0,41 ponto percentual), segundo o IBGE.
Com isso, a estimativa do mercado para o IPCA de 2015 segue acima do teto do sistema de metas. A meta central de inflação para este ano e para 2016 é de 4,5%, com tolerância de dois pontos para mais ou para menos. O teto do sistema de metas, portanto, é de 6,5%. Em 2014, a inflação somou 6,41%, o maior valor desde 2011.
Educação
Considerando os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, a variação mais elevada foi registrada no grupo educação, que atingiu 5,88%, refletindo os reajustes praticados no início do ano letivo, especialmente nos valores das mensalidades dos cursos regulares, que subiram 7,24%. Habitação
A alta no grupo habitação foi de 1,22%, com destaque para energia elétrica, que registrou variação de 3,14%. A variação de preços na conta de luz refletiu movimentos nos valores dos impostos e parcela residual da aplicação do Sistema de Bandeiras Tarifárias sobre as contas, a partir de 1º de janeiro.
INPC
Nesta divulgação, o IBGE também apresentou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que apresentou variação de 1,16% em fevereiro, 0,32 ponto percentual abaixo do resultado de 1,48% em janeiro. No acumulado de 12 meses, o índice ficou em 7,68%, acima dos 7,13% dos 12 meses anteriores. Em fevereiro de 2014, o INPC foi de 0,64%.
Fonte:G1 - 06/03 Em SC, OAB lança campanha nacional de Combate à Corrupção Evento reuniu 27 presidentes estaduais do órgão em Florianópolis.'Ou acabamos com a corrupção ou ela acaba com o país', diz presidente. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) lançou nesta quinta-feira (5) em Florianópolis, a campanha nacional de Combate à Corrupção. A ação vem sendo articulada desde 2014 e tem como objetivo combater o problema nas esferas pública e privada. O evento de lançamento aconteceu durante o Colégio de Presidentes de Seccionais, no qual 27 presidentes estaduais da entidade se reuniram na capital catarinense. A programação inclui reuniões até esta sexta-feira (6). "É uma campanha para que a OAB seja protagonista de causas e não comentarista de casos. Temos que canalizar o anseio da sociedade em mudanças estruturais, principalmente em uma reforma política. Ou acabamos com a corrupção ou ela acaba com o Brasil”, afirma o presidente da entidade, Marcus Vinicius Furtado Coêlho,
O presidente da OAB seccional Santa Catarina, Tullo Cavallazzi Filho, destacou a relevância do lançamento da campanha para o contexto atual do Brasil, de manifestações e crise política. “Estamos vivendo um momento delicadíssimo no país, de denúncias de crimes que exigem uma postura firme. Só a ordem pode colocar o Brasil no rumo certo", defendeu Cavallazzi. Campanha de Combate à Corrupção Entre as principais bandeiras da campanha está a defesa da profissionalização dos órgãos públicos, com a redução de nomeações no serviço público, dando prioridade aos servidores de carreira e concursados. A campanha busca pela regulamentação da Lei 12.846, de 2013, a Lei Anticorrupção, que pune as empresas corruptoras. Também é defendida a aplicação da Lei Complementar 135, conhecida como Lei da Ficha Limpa, para todos os cargos públicos. “A OAB entende que os desvios de recursos drenam os recursos que deveriam ser usados em educação, saúde e a sociedade fica no desejo de ser ouvida. Isso também incentiva a devida apuração de todos os fatos”, comenta Coêlho. O presidente nacional da Ordem destacou a necessidade de mudança, por meio da reformas política e estruturais do país. Segundo ele, um dos objetivos da campanha é combater abuso de poder político e econômico. “A corrupção eleitoral é o germe da corrupção politica”, destacou. Além disso, também é defendido o fim do financiamento empresarial em candidatos e partidos políticos, bem como o estabelecimento de limites para contribuições de pessoas físicas. A OAB pede a criminalização do 'caixa dois' de campanhas eleitorais.
"Tem que acabar com as coligações que se unem para ter mais tempo de televisão. Tem que existir um tempo igualitário para todos os candidatos", defendeu Coêlho. O movimento pede ainda que a Lei da Transparência seja cumprida em todos os órgãos públicos, possibilitando o fácil acesso às informações. Ainda não há detalhes de como a campanha será operacionalizada em nível nacional. Coêlho explica que, nesta sexta-feira (5), deve acontecer um debate entre os 27 presidentes de seccionais para definir as estratégias de atuação nos estados durante o segundo dia do encontro na capital catarinense. Fonte: G1 - 06/03 Raimundo Colombo recebe proposta de novo piso regional de 2015 para SC Proposta aprovada por sindicatos patronais e de trabalhadores é de 8,84%. Projeto deve ser encaminhado nesta sexta, para a Assembleia Legislativa. Representantes de federações empresariais, centrais e sindicatos dos trabalhadores entregaram nesta quinta-feira (5), a proposta de reajuste do piso regional para o governador Raimundo Colombo. O projeto prevê aumento de 8,84% sobre os salários mínimos de quatro faixas da indústria catarinense. O doumento deve ser encaminhado pela Casa Civil do estado para a Assembleia Legislativa de Santa Catarina, ainda nesta sexta-feira (6). De acordo com a assessoria de imprensa do governo, "o projeto será protocolado em regime de urgência e com efeitos retroativos a 1º de janeiro de 2015". O reajuste do novo piso regional foi aprovado após diversas reuniões entre trabalhadores e empregadores. Se aprovado pela Alesc, ele passará de R$ 835 para R$ 908, na primeira faixa salarial. A segunda terá aumento de R$ 867 para R$ 943. Na terceira, subirá de R$ 912 para R$ 994. Já a quarta sairá de R$ 957 para R$ 1.042. De acordo com o presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Glauco José Corte, "cerca de 1 milhão de trabalhadores” devem ser beneficiados com a medida. “Nenhum trabalhador poderá receber um salário menor que o definido. Sabemos que não é o ideal, mas dentro do que queremos já um grande passo”, explica Ivo Castanheira, representante da Federação dos Trabalhadores no Comércio no Estado de Santa Catarina (Feces) e do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese-SC). Confira quais setores compõem cada faixa salarial Primeira faixa: a) agricultura e na pecuária;
b) indústrias extrativas e beneficiamento;
c) empresas de pesca e aquicultura;
d) empregados domésticos;
e) turismo e hospitalidade; (Redação da alínea revogada pela LPC 551/11).
f) indústrias da construção civil;
g) indústrias de instrumentos musicais e brinquedos;
h) estabelecimentos hípicos; e
i) empregados motociclistas, motoboys, e do transporte em geral, excetuando-se os motoristas. Segunda faixa: a) indústrias do vestuário e calçado;
b) indústrias de fiação e tecelagem;
c) indústrias de artefatos de couro;
d) indústrias do papel, papelão e cortiça;
e) empresas distribuidoras e vendedoras de jornais e revistas e empregados em bancas, vendedores ambulantes de jornais e revistas;
f) empregados da administração das empresas proprietárias de jornais e revistas;
g) empregados em empresas de comunicações e telemarketing; e
h) indústrias do mobiliário. Terceira faixa: a) indústrias químicas e farmacêuticas;
b) indústrias cinematográficas;
c) indústrias da alimentação;
d) empregados no comércio em geral; e
e) empregados de agentes autônomos do comércio. Quarta faixa: a) indústrias metalúrgicas, mecânicas e de material elétrico;
b) indústrias gráficas;
c) indústrias de vidros, cristais, espelhos, cerâmica de louça e porcelana;
d) indústrias de artefatos de borracha;
e) empresas de seguros privados e capitalização e de agentes autônomos de seguros privados e de crédito;
f) edifícios e condomínios residenciais, comerciais e similares, em turismo e hospitalidade;
g) indústrias de joalheria e lapidação de pedras preciosas;
h) auxiliares em administração escolar (empregados de estabelecimentos de ensino);
i) empregados em estabelecimento de cultura;
j) empregados em processamento de dados; e
k) empregados motoristas do transporte em geral.
I) empregados em estabelecimentos de serviços de saúde.
Fonte: Folha de S.Paulo - 06/03 Inflação em 12 meses tem maior alta desde maio de 2005 O IPCA, índice que baliza o regime de metas de inflação do governo, segue sob forte pressão. O índice acumulado em 12 meses ficou em 7,7%, superior aos 7,14% até janeiro. É o maior aumento desde maio de 2005, que foi de 8,05%. O resultado é superior aos 7,56% do centro das apostas de analistas de bancos e consultorias. O índice fechou fevereiro com alta de 1,22%. Em janeiro, a taxa havia sido de 1,24%. Os dados foram divulgados pelo IBGE na manhã desta sexta-feira e os principais impactos vieram dos preços controlados pelo governo, sobretudo energia e gasolina. Em fevereiro de 2014, a inflação fora bem mais moderada: 0,55%. O índice de fevereiro deste ano ficou acima do centro das expectativas de analistas ouvidos pela agência Bloomberg, de 1,08%. Trata-de do segundo mês seguido com alta superior a 1%, algo inédito desde o primeiro trimestre de 2003, quando o país vivia a crise após a eleição do ex-presidente Lula em 2003, que fez o dólar disparar para R$ 4. Os principais focos de pressão em fevereiro vieram de energia elétrica (3,14%), gasolina (8,42%), educação (5,83%). Os alimentos ficaram 0,81% mais caros, mas num ritmo inferior ao da inflação média. A forte alta recente do câmbio (e seus impactos sobre preços de alimentos cotados em dólar e produtos importados) é uma incerteza a mais para o já complicado cenário de inflação, que pode levar a taxa do ano a superar as previsões de uma alta de em torno de 7,5% neste ano, segundo analistas. A LCA, por exemplo, espera uma taxa maior do que o ponto central das estimativas de analistas. Prevê 7,86%, com principal contribuição vindo do pesado reajuste da energia –na faixa de 55% neste ano.
Fonte: Folha de S.Paulo - 06/03 Rapidez do Congresso é essencial para país voltar a crescer, diz Levy Em um momento de crise na base aliada, com risco de atraso e mudanças no pacote do governo para elevar a arrecadação e cortar gastos, o ministro Joaquim Levy (Fazenda) afirmou que a gravidade da situação financeira do país recomenda "rapidez" na definição das medidas no Congresso Nacional. Para ele, o ajuste nas contas não é um fim em si mesmo, mas o trampolim para recuperar a capacidade de crescimento do PIB. "A rapidez é essencial para a economia voltar a crescer. Em particular, os agentes saberem a data em que, por exemplo, MPs terão seus efeitos, é um fator importante para o resultado dessas medidas sobre as expectativas e na arrecadação dentro do ano", disse o ministro em entrevista por e-mail à Folha. Alvo de críticas de políticos aliados, trabalhadores e até empresários por causa do corte seco nas despesas, Levy indicou que não mexerá um ponto sequer na meta de superavit primário. "Não há espaço nem intenção de reduzir a meta de 1,2% do PIB." Joaquim Levy aposta ainda em uma reforma do PIS/Cofins neste ano. Para isso, porém, também precisará da aprovação do Legislativo. ENTRAVES As dificuldades do governo no Congresso vêm do principal parceiro da coalizão, o PMDB. Nesta semana, o presidente do Senado, Renan Calheiros, simplesmente devolveu ao Planalto a medida provisória que estabelecia, com efeito imediato, a elevação das alíquotas sobre a folha de pagamento de 56 setores. A retaliação forçou Dilma Rousseff a enviar as mudanças por projeto de lei, que exige aprovação do Legislativo para começar a valer. O episódio renovou a insegurança do mercado sobre as condições do governo de aprovar o pacote fiscal. Neste momento, agências de classificação de risco estão no país para avaliar se mantêm a avaliação de que o Brasil continua um lugar seguro para se investir. O ministro da Fazenda defende as medidas adotadas até agora fazendo uma comparação indireta com o regime que fez a presidente Dilma perder peso. Segundo ele, uma "dieta efetiva requer comer menos e melhor". Seguindo esta receita, diz, os "resultados aparecem" apesar do ceticismo de alguns. E sentencia, com direito a exclamação e tudo: "O Brasil não está doente!". Folha - A economia está no chão, teremos recessão neste ano e o governo apertou ainda mais o ajuste fiscal. Não corremos o risco de matar o doente com o remédio administrado?
Joaquim Levy - O Brasil não esta doente! Aliás, sem cometer uma indiscrição excessiva, deixe-me dizer que há pessoas ao meu redor que me contam que uma dieta efetiva requer comer menos e melhor; fazendo assim, explicam, apesar do ceticismo de alguns, os resultados aparecem. As medidas econômicas tomadas até agora são essencialmente de diminuição de gastos, inclusive renúncias fiscais. Ações para diminuir a dimensão de alguns instrumentos anticíclicos, cuja eficácia vinha desaparecendo. O governo não está muito preso ao ajuste fiscal, deixando de lado a agenda do crescimento?
O ajuste fiscal é o primeiro passo para o crescimento. Foi assim em outras ocasiões. O emprego formal, que havia encolhido na época de maior gasto público no final dos anos 1990, cresceu a partir de 1999, quando começou a haver disciplina fiscal. Em geral, estabelecido o equilíbrio, a economia dá a partida. Como fará para aprovar as medidas no Congresso, levando em conta a tensão na base?
O Congresso tem um papel fundamental na estabilidade do país e vai saber conduzir esse movimento, até porque sua liderança já deu mostras disso. A mudança das metas promovida pelo Congresso no final do ano passado se explica principalmente no contexto de preparar um ajuste rápido e abrangente este ano. A rapidez é essencial para a economia voltar a crescer. Em particular, os agentes saberem a data em que, por exemplo, MPs terão seus efeitos, é um fator importante para o resultado dessas medidas sobre as expectativas e na arrecadação dentro do ano. Sempre pode haver o que aprimorar, e o Congresso é onde a democracia opera. Ainda que, como comentei antes, não se esteja inventando nada, mas apenas modulando efeitos de algumas medidas anteriores, com a presteza exigida pela gravidade da situação financeira do país e na intensidade ditada pelas mudanças na economia mundial e brasileira desde meados de 2014. O Congresso reclama de não estar sendo ouvido na adoção de medidas, como a redução da desoneração da folha de pagamento. O que o governo fará se as medidas não forem aprovadas como foram enviadas? Há plano B?
A possibilidade de as empresas não pagarem a contribuição patronal em alguns casos é regressiva em relação à regra geral. Especialmente para empresas ou setores com altos salários. Vários estudos mostram também que o custo por emprego preservado tem sido alto. Então, apesar de o mecanismo ter dado resultado positivo no passado e continuar sendo importante para alguns setores abertos à competição externa ou da informalidade e de pequenas empresas com regime tributário favorável, seu ajuste era necessário e oportuno. Dentre as alternativas para reduzirmos o gasto com renúncias esse ajuste é dos menos impactantes. Como acelerar a retomada?
É evidente também que haverá oportunidades de trabalharmos com o Congresso em várias matérias econômicas, como na reestruturação do PIS/Cofins. O ideal para o PIS seria as mudanças serem votadas ainda este ano para entrarem em vigor em janeiro de 2016, sem perda de receita. Se consolidarmos rapidamente as medidas anunciadas nos dois últimos meses poderemos em breve trabalhar com o Legislativo para chegarmos a um projeto de lei do PIS/Cofins horizontal, transparente e com o mínimo de exceções. Isso aceleraria a retomada da economia. O governo pode reduzir sua meta de 1,2% de superavit neste ano diante das dificuldades no Congresso?
Não há espaço nem intenção de reduzir a meta de 1,2% do PIB. A presidente fez reparos às suas declarações sobre a desoneração da folha de pagamento, mas reconheceu que você está comprometido com o resultado fiscal. Neste período de convivência com a presidente, qual sua avaliação sobre o comprometimento dela com os ajustes que estão sendo feitos na economia?
Ela tem dito e demonstrado total comprometimento com o ajuste da economia. O ajuste é a plataforma para voltar a crescer. O sr. reforçou o ajuste preocupado com a nota do Brasil. Um ajuste tão recessivo não estaria focando demais na nota de crédito do Brasil e menos no ambiente político para aprovar as medidas no Congresso?
O Brasil expandiu bastante o crédito nos últimos 15 anos. Isso permitiu muita gente ter acesso a bens e serviços antes inalcançáveis. Abriu espaço para as empresas investirem e micro e pequenos empresários aproveitarem as oportunidades do mercado. O preço e tamanho do crédito privado dependem da qualidade da dívida pública. A nota soberana não é um assunto apenas de quem investe na "renda fixa". É de todo mundo. A indústria deve demitir. Há alguma ajuda em curso para evitar desemprego?
Em janeiro, a indústria contratou. Mas queremos um ciclo sólido de crescimento. As mudanças de preços relativos que estamos vivenciando e as iniciativas que estão vindo vão ajudar a indústria no período à frente. O dólar segue pressionado, o que vai pressionar ainda mais a inflação. Este é um preço do ajuste em curso?
O dólar tem se apreciado no mundo todo. Tem gente que acha que uma desvalorização cambial resolveria tudo no Brasil. Mas um antecessor meu tinha um quadrinho nessa sala (no Ministério da Fazenda) que dizia em letras maiúsculas que "para todo problema difícil tem uma solução fácil". E, lá embaixo, em letras minúsculas, bem minúsculas, estava: "em geral inadequada". Não tem uma medida mágica para reequilibrarmos a economia. O governo fez movimentos moderados em varias áreas, reduzindo os subsídios do BNDES, fazendo uma programação de gastos dos ministérios disciplinada, alinhando o preço dos combustíveis, acertando as contas no setor elétrico, atacando brechas que podiam distorcer a concessão de pensões por morte, e modulando a renúncia fiscal. Um conjunto bem distribuído, que vai permitir à economia tomar pé com confiança e os preços relativos encontrarem um equilíbrio saudável. Com isso, o ambiente vai mudar e com custo muito menor do que algumas pessoas pensam hoje.
Fonte: Folha de S.Paulo - 06/03 Receita Federal cria malha fina para pequenas e médias empresas A Receita Federal anunciou nesta quinta-feira (5) a criação da malha fina da pessoa jurídica. Por meio desse novo sistema, pequenas e médias empresas com inconsistências na declaração do Imposto de Renda serão notificadas e terão a chance de regularizar espontaneamente sua situação com o fisco. Neste ano, a Receita está notificando 26 mil empresas com indícios de irregularidades em suas declarações feitas em 2012. Caso seja comprovado que todas essas empresas sonegaram, o valor total da dívida é estimado em R$ 7,2 bilhões. Por meio de cruzamento de dados, a Receita identificou esse universo com irregularidades potenciais, como aplicação incorreta do lucro presumido, mas ainda não há prova de infração, disse o subsecretário de Fiscalização, Iágaro Jung Martins. As empresas que foram notificadas têm 90 dias para regularizar de forma espontânea seus dados ou confirmar o que foi informado à Receita. A partir de então, o contribuinte está sujeito a ser autuado a qualquer momento, informou Martins. VANTAGEM Para o contribuinte, é vantajoso regularizar sua situação de forma espontânea, pois fica livre de multa –que pode superar 200% sobre o valor sonegado–, afirma Martins. Para a Receita, há a vantagem de arrecadar mais. Quando o contribuinte é impugnado, ele geralmente recorre, abrindo processo que pode levar anos para um desfecho. Para Martins, essa é uma relação de maior transparência com contribuintes menores. Estão na mira da malha fina empresas com receita bruta anual de até R$ 48 milhões. "Os grandes a gente ataca de outra forma. Temos uma estratégia bem definida para eles", afirmou. A expectativa da Receita é que neste ano apure R$ 157,9 bilhões com fiscalização de contribuintes, incluindo grandes, médias e pequenas empresas e pessoas físicas.

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