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Clipping Diário - 06/01/2015

Publicado em 06/01/2015
Clipping Diário - 06/01/2015

Natal e Réveillon

Santa Catarina foi testada nas duas últimas semanas de feriadões, quando recebeu 3 milhões de turistas em SC. Enquanto deu bons exemplos na solução de problemas, sanando a falta de água e de luz, deixou lições de casa ao poder público na mobilidade e na balneabilidade. O balanço do Natal e Réveillon para o turismo catarinense parece ser unânime: a alta temporada deste ano superou a do ano passado. Apesar do tempo instável e das longas filas, seja no acesso às praias ou nas estradas catarinenses, o setor parece estar à frente entre 2014 e 2015 no Estado, ainda a saber se com novos passos rumo a um crescimento constante ou apenas um avanço passageiro. No mesmo período de 2013, Santa Catarina amargou na falta de água e luz e perdeu turistas que saíram antes do planejado pelas falhas de estrutura. Agora foram 10% a mais de turistas em SC, totalizando 3 milhões, segundo a Santur. – A cidade teve uma quantidade enorme de turistas. E alguns dos grandes problemas do ano passado, este ano, se houve, foi em muito menor escala – disse o presidente em Santa Catarina da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-SC), Fábio Queiroz, destacando que os números ainda não estão fechados, mas indicam avanços em relação aos outros anos. O tempo ajudou a diversificar a procura entre os comércios da praia e outros estabelecimentos, explica Queiroz. Muito sol, por exemplo, concentraria todo o movimento nas restaurantes e bares à beira-mar. Ele acredita que os momentos de chuva ajudaram a levar o poder consumidor dos turistas também ao centro das cidades. – Não sei se foi porque eu fiz uma reforma e ampliei meu local, mas foi o período de mais movimento desde que eu abri, em 1998. Mesmo com a chuva – conta o dono do Restaurante Querubim, na Lagoa da Conceição, em Florianópolis. Conforme avalia o presidente da Câmara Empresarial de Turismo da Fecomércio, João Eduardo do Amaral Moritz, o período turístico para o Estado, no entanto, não se acaba após o Natal e o Réveillon. Tradicionalmente as cidades recebem um volume significativo de turistas até março. A perspectiva para o futuro é de que o turismo de massa diminua e aumente o da classe-média alta. “Foi o melhor período dos últimos cinco anos” Qual o balanço do Natal e do Ano-Novo? Valdir Walendowsky – Final e início de ano melhor, com uma diminuição muito grande de reclamações, principalmente na questão da energia e da água. Agora já começam a mudar o perfil dos turistas em Santa Catarina. Você já consegue ver isso até na BR-101. Foi excelente. Considera que foi o melhor período dos últimos cinco anos? Walendowsky - Pesando os prós e os contras, com certeza. Como manter o ritmo sem sofrer outros reveses? Walendowsky - Fazendo uma análise do que foi bom e ruim. Investindo no que foi bom e corrigindo o que deu errado. A questão da segurança em Santa Catarina, por exemplo, é um ponto positivo. Fazer uma avaliação de toda a prestação de serviços. Na avaliação de entidades como Celesc, Santur, Fecomércio, Abrasel, Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal, Corpo de Bombeiros, Fatma, Auresc e CDL, a nota média para a economia de SC é: 7,0. A falta de água não assombrou os moradores do Estado e os turistas que vieram atrás do sol e do calor, como ocorreu entre o Natal e o Réveillon em 2013. Segundo a Casan, não houve problemas ligados a desabastecimento nas 197 cidades administradas pela companhia – entre elas Florianópolis, Garopaba e Porto Belo –, apenas ocorrências pontuais como vazamentos ou canos rompidos, por exemplo. A situação mais dramática aconteceu após rompimento de uma adutora na cidade na noite de 31 de dezembro, que comprometeu o fornecimento de água a Porto Belo e em Bombinhas, mas o problema foi solucionado até o meio da madrugada. A Casan diz que utilizou caminhões-pipa em sete oportunidades, em quatro dias do feriadão, mas apenas para reduzir os danos aos moradores afetados por estas ocorrências pontuais. Valter José Galina, diretor-presidente da Casan, credita o resultado tanto às ações da companhia quanto ao envolvimento e interesse da própria população: – As pessoas compraram a ideia da economia, evitando desperdícios, fiscalizando o vizinho, aumentando reservatórios. Tivemos inúmeras respostas de moradores que não permitiram que locatários colocassem mais pessoas que a capacidade dentro de uma casa, algo que não observamos no ano passado. Segundo a companhia, não houve desabastecimento nem no Norte da Ilha de SC, que no ano passado, ficou até oito dias sem água, fazendo até 15% dos turistas optarem por check-out antecipado nos hotéis. O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis em Santa Catarina (ABIH-SC), Samuel Koch, afirma que ainda é cedo para estimar os resultados da temporada, mas relata que o setor hoteleiro não sofreu com falta de água e está otimista para o restante do verão. Em Camboriú, ao menos quatro bairros e vários dos pontos mais altos da cidade já sofreram com a falta de água durante a semana entre Natal e Ano-Novo. Já em Balneário Camboriú, a empresa Emasa registrou desabastecimentos em pontas de rede e lugares mais altos. A causa, segundo a diretora técnica da Emasa, Kelli Cristina Dacol, seria a diminuição na pressão da rede de distribuição. “Queremos concretizar a credibilidade obtida no feriadão” Por que os problemas da virada passada não se repetiram? Valter Galina – A lastimável experiência da última temporada motivou um plano de 38 ações voltadas ao verão e reuniões técnicas com engenheiros da companhia. Aumentamos em 28% o volume de água tratada e distribuída em relação à temporada passada e resolvemos problemas de distribuição no Estado inteiro. A população entendeu o valor da economia de água e comprou a ideia, evitando desperdícios, fiscalizando o vizinho, aumentando reservatórios, evitando superlotações. Você ainda temia uma reprise do ano passado? Galina – Trabalhamos muito para esse verão e intensificamos o contato com a população. A Casan e a Celesc realizaram ações muito mais coordenadas que no ano passado, o que diminuiu a chance de imprevistos graves. Mas também adquirimos 24 geradores novos para garantir que possíveis quedas de energia não levassem à falta de água justo nos momentos críticos. E onde você passou a virada? Faltou água? Galina – Passei no Norte da Ilha, de propósito, para saber como ia ser (risos). Não houve nenhum problema na região.
Fonte: Diário Catarinense – 06-01 
Natal e Réveillon

Abastecimento de luz não ficou prejudicado com a sobrecarga, como nas festas de Natal e Ano-Novo entre 2013 e 2014. Ações executadas durante o ano resolveram rapidamente danos causados por temporal. Considerado um dos maiores aborrecimentos do verão passado, juntamente com a distribuição de água, os apagões e as quedas de energia não causaram dor de cabeça no auge desta temporada. Entre o Natal e o Réveillon de 2013 para 2014, além de deixarem a população no escuro, os déficits da Celesc dificultaram a distribuição de água e afugentaram turistas, que acabaram saindo antes dos hotéis e levando uma impressão nada agradável do Estado. Desta vez não foram registrados problemas devido à sobrecarga, mesmo com a população de Santa Catarina ganhando 3 milhões a mais de pessoas, com a vinda dos turistas. Porém, a distribuição da energia elétrica foi marcada pela superação de intempéries climáticas, segundo a Celesc. Porém, as medidas tomadas ao longo do ano asseguraram respostas rápidas a problemas causados por temporais. O caso mais grave de falta de luz durante os dias da virada começou na tarde de 1o de janeiro e terminou somente na manhã seguinte. Trovoadas e chuvas fortes causaram desligamentos no sistema elétrico de várias regiões do Estado, deixando 50 mil unidades consumidoras na Serra, Alto Vale e Grande Florianópolis sem energia no pico do problema, por volta das 18h. – Foi um dos piores momentos da história da Celesc, algo que eu nunca tinha visto. Duas torres foram derrubadas pelo vento e tivemos que erguer uma provisória de madeira com urgência. Vivemos momentos bem dramáticos, mas conseguimos driblar esses problemas e dar uma resposta rápida – comemora Cleverson Siewert, presidente da Celesc. Segundo a Celesc, somente para a virada de ano foram mobilizadas 35 equipes extras – sendo 28 com caminhonetes e sete com caminhões – e 122 eletricistas no litoral catarinense, aumentando o número de plantonistas para 500 pessoas. Entretanto, a mobilidade dificultou as ações: – Enfrentamos uma grande dificuldade com o deslocamento, principalmente nas regiões dos balneários. Mesmo pedindo licença, com o giroflex ligado, várias equipes ficaram presas no trânsito – conta Siewert. “Driblamos um dos piores momentos” Os problemas do ano passado se repetiram nesta temporada? Cleverson Siewert – Embora o Estado tenha sido bastante afetado por tempestades nos últimos 10 dias, nosso desempenho até o momento está sendo bastante bom. Mesmo nos momentos mais complicados, poucos casos de queda de energia foram registrados no sistema. E, quando apareciam, vieram respostas rápidas para reestabelecimento. Você estava receoso com mudanças no clima e imprevistos diversos? Siewert – O sistema respondeu como imaginávamos, mesmo com imprevistos climáticos. A gente estava certo de que haveria um bom desempenho durante e após a alta temporada – tanto que criamos o Simo Online, disponível 24 horas. Somos a única distribuidora do país que teve coragem de abrir seu sistema para a sociedade, justamente porque o achamos bom. Afinal, quem não tem confiança no que faz, não abre esse tipo de informação. Na avaliação de entidades como Celesc, Santur, Fecomércio, Abrasel, Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal, Corpo de Bombeiros, Fatma, Auresc e CDL, a nota média para distribuição de energia em SC é: 8,4.
Fonte: Diário Catarinense – 06-01 
Natal e Réveillon

Ainda precisa melhorar. As filas, que chegaram a até 60 quilômetros em um só sentido da BR-101, e a qualidade da água do mar na praia são pontos fracos do litoral. Os dois foram os principais gargalos da alta temporada e necessitam de mais investimentos do poder público para terem melhorias
O volume de turistas que circularam pelas rodovias de Santa Catarina aumentou entre as festas de 2013/2014 em comparação aos de 2014/2015, segundo informações das polícias. Mais uma vez, os motoristas enfrentaram formação de filas e trânsito lento em diferentes trechos da BR-101 e em várias vias estaduais próximas ao litoral. Na BR-101, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), os principais pontos de retenção ocorreram na região de Laguna, Balneário Camboriú e no posto de pedágio de Garuva. A BR-280, entre Araquari e São Francisco do Sul, e a BR-470, na região de Blumenau, também tiveram filas e lentidão. O maior engarrafamento foi registrado no último sábado, quando uma fila de 60 quilômetros se formou entre Tijucas e Navegantes. Já a surpresa ficou por conta da tranquilidade no Morro dos Cavalos, em Palhoça, que não apresentou problema grave por conta da abertura da quarta faixa na pista, em dezembro. A Polícia Militar Rodoviária (PMRv) estima que o fluxo nas rodovias estaduais aumentou 30% na comparação com o mesmo período de 2013/2014. As situações mais críticas ocorreram nas rodovias estaduais da Grande Florianópolis, sobretudo na Ilha. Durante uma semana, filas todos os dias nas SCs 401, 404, 405 e 406. Nelson Silveira, um dos coordenadores da Associação dos Usuários das Rodovias de SC (Auresc), afirma que estes problemas não serão solucionados a menos que obras essenciais sejam realizadas. – Na segunda-feira depois do Natal, saí do Centro de Florianópolis rumo a Jurerê e enfrentei fila. Fiquei duas horas só para chegar na metade do caminho. Dei meia volta e fui embora – conta o coordenador.
Fonte: Diário Catarinense – 06-01 
Natal e Réveillon

Mais turistas, mas menos acidentes nas estradas. Mesmo com o acréscimo no número de visitantes, as polícias registraram redução no número de acidentes e mortes nas estradas catarinenses, além de observarem formação de congestionamentos menores do que um ano atrás. O balanço da Operação Fim de Ano, da PRF, aponta que entre os dias 27 de dezembro e 1o de janeiro foram registrados 288 acidentes nas rodovias federais em SC, número 14% menor do que em 2013/2014. Foram também contabilizados oito acidentes com mortes, taxa 43% inferior a um ano. Uma das infrações mais cometidas, depois de excesso de velocidade e ultrapassagem forçada, foi a de embriaguez ao volante. Entre os dias 12 de dezembro e 4 de janeiro foram autuados 460 motoristas bêbados, e desses 81 foram presos. No mesmo período, a PRF flagrou 29.136 motoristas transitando em excesso de velocidade. Nas rodovias estaduais, a PMRv somou 376 acidentes entre os dias 23 de dezembro e 1o de janeiro, 12 deles com morte. Respectivamente, estes números são 12% e 20% menores do que aqueles observados ano passado. Na avaliação de entidades como Celesc, Santur, Fecomércio, Abrasel, Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal, Corpo de Bombeiros, Fatma, Auresc e CDL, a nota média para mobilidade em SC é: 4,2. O sétimo relatório de balneabilidade da temporada 2014-2015, apresentado em 23 de dezembro, pela Fundação do Meio Ambiente (Fatma), apresenta um índice de 67,8% de pontos impróprios para banho no litoral catarinense. Em uma comparação por período é possível perceber um aumento significativo, tanto no Estado como na Capital. No início da temporada do ano passado, 49 locais foram considerados impróprios, sendo que neste ano foram detectados 64 locais com má qualidade da água. Em Florianópolis, foram 18 pontos ruins em 2013, para 22 em 2014. – Este ano agravou um pouco a questão por conta das chuvas, que trazem todo o material depositado na rede fluvial que vai para o mar e piora a situação – observa o diretor de Proteção e Ecossistemas da Fatma, Márcio Luiz Alves. Em uma avaliação sobre o litoral catarinense, Alves classifica como melhor qualidade o litoral Sul do Estado, entre as praias da Pinheira, em Palhoça, até Tubarão, com apenas um ponto negativo na região. O mar aberto mantém uma diminuição do acúmulo de material e torna a qualidade da água melhor, explica o diretor. No litoral Norte, as regiões com mais problemas são em Balneário Camboriú, Piçarras, Penha e Joinville, com a característica de litorais recortados por rios, o que facilita a contaminação da água do mar. Em Florianópolis, explica Alves, as baías são os locais mais críticos em relação à contaminação da água. Localizadas em Coqueiros e praia da Saudade no Continente, e em Cacupé, Saco dos Limões, Costeira, Beira-Mar Norte e Lagoa da Conceição, na Ilha, são locais que apresentam uma grande concentração de pessoas, sendo fechadas, e com poucas saídas para o material depositado. Já as praias da Joaquina, Mole, Ingleses, Pântano do Sul, Açores, Armação e Matadeiro, apesar da grande concentração de pessoas, têm mar aberto e maior diluição do material orgânico.
Fonte: Diário Catarinense – 06-01 
Natal e Réveillon

População deve ficar de olho. Para o diretor da Fatma, a solução está na fiscalização e nos investimentos do poder público e também na conscientização de empresários e da população em geral. Ele lembra que cabe aos municípios fazer o controle da destinação correta dos materiais e aos empresários ter um sistema de captação adequado. – As pessoas devem fazer sua parte e cobrar do seu vizinho o mesmo. A partir do momento que se joga materiais na rede fluvial, já é um agente contaminador – diz ele. O comandante da Operação Veraneio no litoral catarinense do Corpo de Bombeiros, coronel Onir Mocelin, observa que o nível de poluição tem aumentado na maioria das praias do Estado. Ele chama a atenção para a falta de um sistema de tratamento de esgoto nas regiões. Na avaliação de entidades como Celesc, Santur, Fecomércio, Abrasel, Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal, Corpo de Bombeiros, Fatma, Auresc e CDL, a nota média para balneabilidade em SC é: 6,3.
Fonte: Diário Catarinense – 06-01 
Natal e Réveillon

Eles fazem a diferença. Nos quesitos segurança e festas de final de ano, SC teve saldos positivos no período. Primeiros dados apontam para redução de criminalidade e as baladas atraíram nomes de peso internacional.
Com os clubes de Florianópolis e Balneário Camboriú, Santa Catarina conseguiu entrar em um roteiro internacional de entretenimento vinculado à música eletrônica. Estiveram no Estado, logo após a virada do ano, o DJ mais conhecido internacionalmente, David Guetta, e o considerado o melhor do mundo atualmente, Hardwell, nome artístico de Robbert van de Corput. – Florianópolis é um destino turístico que está na moda no Réveillon. Não só pelos atrativos da Ilha, mas principalmente pelas festas, que trazem um público diferenciado, de alto poder aquisitivo. Essa foi uma virada, nos parece, melhor que o ano passado – diz João Moritz, presidente da Câmara Empresarial de Turismo da Fecomércio-SC. DÓLAR ALTO FAVORECE VIAGENS PELO PAÍS Pesa também para a expectativa de aumento de turistas um outro fator: a crise econômica nacional. Em vez de arriscar uma viagem para fora do país, com o dólar e o euro em alta, parte dos turistas brasileiros desistem de viajar para o exterior e planejam as férias para destinos conhecidos do Brasil, entre eles nosso Estado. – Santa Catarina com certeza é favorecida por essa defasagem cambial que temos agora, tanto o dólar quanto o euro. Isso facilita a circulação de turistas no Brasil. Ao invés de viajarem para fora, que seria mais caro, vem para cá. E também favorece que quem vem de fora do país venha para o Estado, pelo maior poder aquisitivo das moedas – diz o presidente da Santur, Valdir Walendowsky. Mesmo os problemas com a falta de água e luz, da temporada passada, parecem não ter afetado a vinda dos turistas. Agora, a expectativa do trade turístico em Santa Catarina é como serão os dois próximos meses, em que a temporada de verão segue aquecida. “O balanço da operação é positivo” Qual a avaliação sobre a operação Veraneio? Valdemir Cabral – Positiva. Estamos com bastante policiamento, fizemos apreensão de muita droga e prisões. Nesta época, muitos detentos saem e isso causa aumento em alguns delitos. Em Balneário Camboriú há relato de que o ano se iniciou violento. Cabral – Houve um homicídio. Onde você tem população que chega a um milhão nessa época fica difícil de identificar, porque há pessoas que vêm para cometer delitos. Também há solicitações de mais efetivo nas praias. Como melhorar? Cabral – Não temos como. Estamos trabalhando no vermelho. Recebemos policiais do interior, do Oeste, que vieram para o litoral trabalhar e estão cedidos. O problema é que estamos com o mesmo efetivo de 1980 (11.250). Ficamos períodos muito grandes sem contratação. A minha sugestão é fazer novos concursos para contratar 6 mil policiais nos próximos quatro anos, sendo 1,5 mil por ano, realizando a formação deles também no interior. Mesmo com o efetivo disponível nas ruas longe do ideal, a cúpula da segurança considera como positivo o balanço das festas de Natal e Ano-Novo em SC. Na avaliação da Secretaria de Segurança Pública (SSP) e dos comandos das polícias Civil e Militar, não houve crimes graves e de repercussão no Estado nesse período e os ocorridos foram pontuais e poderiam acontecer em qualquer período do ano. Para o secretário da SSP, César Grubba, o período foi de normalidade, não houve registro de ocorrência de maior destaque e as polícias Militar e Civil garantiram o sucesso das festas. Os dados da assessoria de imprensa da secretaria mostram que no Natal foram registrados dois homicídios (Balneário Camboriú e Laguna) relacionados à festa. Já no AnoNovo, um caso, em Biguaçu, e a vítima apresentava passagens pela polícia. Coordenador da Operação Veraneio na Polícia Civil, o delegado Marlus Malinverni garante que os índices e os relatos dos diretores e delegados regionais pelo Estado mostram redução de crimes. Em Florianópolis, o presidente do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) de Canasvieiras, Carlos Maria Hennrichs, diz que o número de policiais vistos no balneário desta vez é inferior ao de outros anos. Outra reclamação dele é a falta de investigação dos casos registrados na região por causa do pequeno número de policiais na 7a Delegacia de Polícia. “Foi melhor do que esperávamos” As festas de Réveillon pesam na atração de turistas? Marcos Souza – Esse movimento de fim de ano, do turismo, é um movimento mais de balada, de festa, comemorativo. Mais curto. O pessoal vem e vai embora. Aparentemente, sem analisar mais profundamente os números, a gente teve um início de temporada quente. Dá para dizer que SC ficou mais atrativa para os turistas? Souza – Foi melhor do que esperávamos. A gente temia uma queda pelos problemas de falta de água e de luz da temporada passada. Por que não caiu, mesmo com os problemas? Souza – SC foi muito divulgada nos outros Estados como um grande paraíso natural para passar as férias.
Fonte: Diário Catarinense – 06-01 
Custo de Vida

Inflação de Florianópolis chega a 6,73% em 2014, em dezembro, alta alcançou 0,64%. O Índice de Custo de Vida de Florianópolis, que mede a inflação da Capital, apurado pela Esag-Udesc em parceria com a Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (Acif), registrou alta acumulada de 6,73% no ano passado. Em dezembro, a alta alcançou 0,64%, superior à variação de 2013 para o mesmo mês. A maior pressão foi dos preços dos alimentos, segundo o coordenador do índice, o administrador Hercílio Fernandes Neto. Em 2013, a inflação acumulada de Florianópolis ficou em 6,09%, o que confirma que o custo de vida é alto na capital catarinense. Em 2014, os produtos alimentares subiram 7,16% e os itens que mais aumentaram foram o limão (33,34%, laranja-pera (27,7%) e o macarrão (27,30%).
Fonte: Diário Catarinense – 06-01


Equilíbrio fiscal é o foco da nova equipe da fazenda Com um discurso cuidadoso mas firme, o engenheiro naval Joaquim Levy assumiu ontem o cargo de ministro da Fazenda deixando claro que a linha mestra da sua atuação será o equilíbrio fiscal. Ele afirmou que o Brasil tem plenas condições de exercitar o equilíbrio fiscal, com disciplina no gasto público sem ofender os direitos sociais. Mostrou que é assim que o país vai conseguir entrar num novo ciclo de crescimento. O ministro também afirmou que, para atingir esse equilíbrio, possíveis ajustes em tributos (aumento de impostos) serão considerados para elevar a poupança doméstica. Disse que é importante harmonizar o ICMS para desestimular a guerra fiscal entre Estados e que o realinhamento de preços administrados é uma prioridade. Vale explicar que equilíbrio fiscal significa usar com eficiência o dinheiro público para custear despesas e aumentar os investimentos, reduzindo pressões inflacionárias e demanda por mais recursos que exigiriam aumento da carga tributária. As contas públicas equilibradas oferecem melhores condições para o setor privado investir com confiança e de forma permanente. Apesar da experiência de Levy no setor público, especialmente quando atuou no ministério com Antonio Palocci, é grande a preocupação do setor produtivo sobre como a presidente Dilma vai proceder diante do ajuste necessário, o que não foi uma política no primeiro mandato dela. Até porque o novo ministro disse que não fará concessão tributária para setores específicos, as condições serão iguais para todos.
Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti – 06-01


IPVA menor Sempre é bom começar o ano com boas notícias. Em Santa Catarina, o valor do IPVA 2015 está em média 3,4% menor para os donos de veículos. O Estado tem a alíquota do imposto, que varia entre 1% e 2%, mais baixa em relação ao Rio Grande do Sul e ao Paraná. Se comparar com São Paulo, também é a menor. A Secretaria da Fazenda espera arrecadar R$ 1,4 bilhão com o IPVA. Para quem tem carro com placa final 1 o pagamento da cota única vence no último dia de janeiro.
Fonte: Diário Catarinense – Cacau Menezes – 06-01 
Bom para negócios O Brasil subiu 23 posições e está entre os melhores países para se fazer negócios, segundo ranking da Bloomberg. De 2012 para 2014 o país saltou do 61o para o 38o lugar, num ranking de 167 países. Hong Kong lidera a lista, e o Canadá pulou para a segunda posição, deixando os Estados Unidos em terceiro.
Fonte: Diário Catarinense – Cacau Menezes – 06-01


Apagão no Centro Alô, Celesc! Alguma explicação para o apagão que deixou o centro de Florianópolis sem energia nesta primeira segunda-feira de 2015? A partir das 11h30min o que se viu foi gente presa em elevador, restaurantes lotados sem as mínimas condições de atender adequadamente e repartições públicas sem seus barnabés. A energia só voltou por volta das 15h. “Cosa” de louco!
Fonte: Diário Catarinense – Cacau Menezes – 06-01 
Falta

Impressionante como a cidade sente a falta do Mercado Público, que já poderia estar com as reformas concluídas. Tem gente em Floripa doente sem ter onde ir.
Fonte: Diário Catarinense – Cacau Menezes – 06-01
Confiança do comércio fecha 2014 em queda histórica, mostra CNC

Índice de Confiança dos Empresários do Comércio aponta queda de 13,4% em relação ao mesmo período do ano passado. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgou o Índice de Confiança dos Empresários do Comércio (Icec). Segundo os dados, o índice fechou 2014 com queda de 13,4% na comparação com dezembro de 2013. Esse foi o maior recuo anual do indicador em toda a série histórica da pesquisa, iniciada em março de 2011. Na comparação mensal, o Icec registrou queda de 2,5%, a quarta queda seguida e a maior desde fevereiro de 2014. Para a CNC, a estagnação da economia e o menor crescimento das vendas nos últimos 11 anos são responsáveis pela perda de confiança por parte dos empresários do comércio. Segundo o economista da entidade, Fabio Bentes, desde 2003 o comércio não tem um desempenho tão fraco. “Dadas a trajetória recente do índice e a ausência de sinais claros de recuperação dos fatores de sustentabilidade das vendas do setor, o ano de 2015 deverá impor novos desafios à retomada da confiança por parte dos empresários”, afirma Bentes. Para 2015, a entidade projeta alta de 3,6% nas vendas.

Na opinião de três em cada quatro empresários do comércio, a economia atualmente está pior do que há um ano. O subíndice que mede as condições atuais teve seu pior nível (76,6 pontos) desde o início da pesquisa, no comparativo mensal o recuou foi de 6,7%. A contínua desaceleração do comércio também levou os empresários a avaliar os investimentos para os próximos meses. O subíndice de Investimentos do Empresário do Comércio recuou 10,3% na comparação anual e 1,5% na comparação mensal. “A queda na intenção de investimentos em máquinas e equipamentos esbarra não somente no ritmo mais fraco das vendas, como no custo mais elevado de captação de recursos por parte das empresas”, avalia o economista da Confederação.
Fonte: Portal Adjori/SC – 06-01 


Alta dos juros rege investimentos em 2015

Aplicações atreladas às variações da taxa Selic e dos índices de inflação tendem a trazer segurança em ano de ajuste fiscal e ameaças externas. Movimento de alta iniciado em abril de 2013 deve seguir seu curso.

Em 2015, os juros vão reger os investimentos no Brasil com ainda mais protagonismo do que o usual. O movimento de alta da taxa Selic, iniciado em abril de 2013, deve seguir o seu curso, aumentando a atratividade da renda fixa. Enquanto isso, a piora macroeconômica acerta em cheio a renda variável e afasta investidores. Nessas condições, destacam analistas, aplicar em produtos atrelados à Selic tende a ser o modo mais indicado para assegurar ganhos no curto prazo.
Esse cenário, na prática, sugere poucas surpresas para o mercado. "O ano de 2015 deve repetir 2014, assim como 2014 já repetiu 2013", avalia Karina Sanches, analista da Concórdia. A diferença está na rigidez das medidas monetárias, devido à deterioração da economia brasileira, e na complexidade do cenário externo.

Desde o ciclo de alta dos juros, iniciado há quase dois anos, o principal objetivo do aperto monetário do Banco Central não foi conquistado: a inflação continua a incomodar, beirando o teto da meta perseguida pelo governo, de 6,5%. No período, a Selic saltou de 7,25% para 11,75% ao ano.
A nova equipe econômica, liderada na Fazenda pelo economista Joaquim Levy, tomou posse com a promessa de fazer o ajuste fiscal necessário para colocar a casa em ordem. De acordo com Roberto Kropp, diretor da Daycoval Asset Management, compromissos como a redução de gastos públicos, por si só, já recuperaram parte da confiança perdida pela economia brasileira. Mas ele pondera: promessas não bastam. A credibilidade só virá, de fato, após mudanças de rumo concretas.

Reajustar preços represados há tempos está nos planos. Combustíveis e tarifas de energia e transporte ficarão mais caros. Essa perspectiva, dada a ortodoxia esperada da nova equipe, indica mais pauladas nos juros para tentar conter o acesso ao consumo via crédito e, consequentemente, o ritmo médio de elevação dos preços. A estimativa da pesquisa Focus do dia 26 de dezembro, que leva em conta todas essas condições, indica juros de 12,25% ao ano até o final de dezembro.

E se os juros tendem a subir por causa da inflação, outra opção atraente para 2015 está justamente nos papéis atrelados aos índices medidores da variação dos preços, como IPCA e IGP-M. "Isso, no entanto, somente é indicado para quem procura preservar a sua renda no longo prazo", entende o analista de investimentos da corretora Concórdia, Mauro Mattes.

Câmbio. Embora o governo federal não admita claramente que a elevação dos juros esteja ligada também às tentativas de conter a alta do dólar comercial, causada pela fuga de capitais do Brasil, há relações nítidas entre a disparada da Selic e as pressões da cotação da divisa americana nos últimos meses.

No governo Lula, um dos motivos para a enxurrada de dólares na economia do Brasil - e da consequente valorização do real - foi a prosperidade da economia nacional e o fato de os juros internos estarem nas alturas. Os títulos brasileiros tiveram o risco de crédito (calote) diminuídos e pagavam aos investidores estrangeiros rendimentos bem superiores aos de seus países de origem, de juros rastejantes ou negativos.
No governo Dilma, esse jogo começou a mudar com o desmantelamento da estrutura econômica. E, em 2014, acabou de vez. Depois de despejar trilhões de dólares no mundo, desde 2008, para incentivar a sua atividade econômica, o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) fechou a torneira. Por enquanto, os juros americanos continuam baixíssimos, girando em torno de 0,25% ao ano. Mas a recuperação do país e a elevação dos juros por lá, dada como certa pelos analistas em 2015, forçam o retorno de parte dos dólares que aqui aportaram nos últimos anos.

O tamanho da alta dos juros no Brasil neste ano, portanto, depende da necessidade de segurar a debandada do dólar e, por reflexo, a cotação interna da moeda americana. Em 2014, ficou 13% mais caro comprar dólares com reais. E não apenas assegurar investimentos no Brasil, mas, caso tenha poder de barrar o avanço do dólar, o BC impede desse modo o encarecimento dos produtos importados e o impacto inflacionário desse processo.

Para quem pretende diversificar seus investimentos, além de papéis atrelados aos juros e à inflação, existe, por fim, uma terceira alternativa: remunerações atreladas ao câmbio, como a de fundos cambiais oferecidos por bancos e corretoras, lembra Clemens Nunes, professor da Finanças da Fundação Getúlio Vargas.

Renda variável. A regra clássica sugere: é nos momentos de baixa que se entra na Bolsa. Mas dificilmente algum consultor daria esse conselho hoje para um investidor iniciante.

Aos conservadores e para quem busca retorno de curto e médio prazos, investimentos em renda fixa são, de longe, os mais indicados. Se 2013 foi um ano ruim para a Bolsa, quando o Ibovespa caiu 15%, 2014 amargou mais perdas, embora menores, de 3%. Em 2015, a instabilidade interna e fora do Brasil, deve ser refletida nos pregões, alerta Nunes.

O futuro da Petrobrás, um dos papéis mais líquidos do índice, é incerto. A estatal está no centro de escândalos de corrupção e ainda não divulgou o balanço do 3.º trimestre por esse motivo. Já as empresas brasileiras dependentes da China, como a Vale, tendem a passar por uma fase de estremecimento, devido à diminuição do crescimento de Pequim e da queda no preço das commodities.
Para analistas, no entanto, alguns setores estão mais blindados. Entre eles estão as empresas exportadoras, por lucrarem em dólares, e o segmento financeiro, com destaque para os bancos.

Crise na Rússia. A turbulência russa nos últimos dias do ano é mais um ingrediente preocupante para 2015. O ataque especulativo ao rublo, a moeda local, fez com que as divisas dos países emergentes - incluindo o real - se desvalorizassem. No dia de maior queda da cotação do rublo - cujo pico foi de 30% durante as negociações -, o dólar bateu em R$ 2,75 no Brasil, em alta de cerca de 2%.

O medo a assolar o mercado é de que se repita o efeito contágio de 1998. Naquele ano, o rublo sofreu um colapso em questão de dias e forçou a Rússia a declarar o calote de sua dívida. Todos os países foram afetados de alguma forma na ocasião.

Se a crise piorar e os russos lançarem mão de medidas extremas, o pânico pode ser generalizado. Nessa hipótese, investidores podem correr para o refúgio do dólar, abandonando outras moedas, incluindo o real. Esse movimento faria com que as cotações internas decolassem. Caso seja assim, aumentam as pressões inflacionárias e de aumento dos juros básicos aqui no Brasil.
Fonte: O Estado de São Paulo – 06-01


A economia (e a nostalgia) dos shopping centers mortos Dentro do reluzente shopping center de Owings Mills, no domingo anterior ao Natal, só faltava uma coisa: consumidores. "Jingle Bells Rock" ecoava animadamente pelos corredores e o cheiro de frango teriyaki invadia os corredores vindo da praça de alimentação, mas havia apenas algumas lojas abertas no vasto shopping center. Alguns visitantes caminhavam pelos longos corredores e contemplavam, por entre as barras das portas metálicas trancadas, os espaços que um dia abrigaram lojas como a H&M, Wet Seal e Kay Jewelers. "É deprimente", disse Jill Kalata, 46, enquanto experimentava alguns dos poucos pares de tênis que restavam no estoque da Athlete's Foot, que deve fechar dentro de algumas semanas. "Esse lugar vivia lotado. E no Natal, havia filas saindo porta afora. Agora, a surpresa é que ainda haja alguma coisa aberta". O Owings Mills Mall deve se unir ao que profissionais dos imóveis, planejadores urbanos, arquitetos e entusiastas da Internet definem como "shopping centers mortos". Desde 2010, mais de duas dúzias deles fecharam nos Estados Unidos, e outros 60 estão à beira do fechamento, de acordo com a Green Street Advisors, que acompanha o desempenho do setor de shopping centers. Obituários prematuros para os shopping centers vêm surgindo desde o final dos anos 90, mas a realidade hoje é mais nuançada, refletindo tendências mais amplas que vêm mudando a economia dos Estados Unidos. Com a desigualdade de renda cada vez maior, os shopping centers mais refinados estão prosperando, enquanto redes de varejo caretas como a Sears, Kmart e J. C. Penney estão oscilando, e levam com elas os shopping centers dirigidos à classe média dos quais servem como âncora. "É uma situação clara de separação entre as pessoas que têm e as que não", disse D. J. Busch, analista sênior da Green Street. Os norte-americanos afluentes "continuarão indo ao Short Hills Malls em Nova Jersey e a outros estabelecimentos dirigidos aos 5% ou 10% de consumidores mais ricos. Mas na barriga da economia houve muito pouco crescimento". No Owings Mills, a J. C. Penney e a Macy's persistem, mas outras lojas grandes voltadas ao consumidor médio, com o a Sears, Lord & Taylor e a cadeia regional de lojas de departamento Boscov vieram e se foram, entre as âncoras do estabelecimento. Inaugurado em 1986 e reformado em 1998, o Owings Mills é novo, para um shopping center moribundo. E embora sua localização possa ter contribuído para seu fim, outras forças também desempenharam papel crucial, como as mudanças nos hábitos de consumo e nos padrões demográficos. "Não tenho dúvida de que alguns shopping centers sobreviverão, mas grandes segmentos de nossa sociedade se cansaram deles", disse Mark Hinshaw, arquiteto, urbanista e escritor de Seattle. Um fator a que muitos consumidores atribuem culpa pelo declínio dos shopping centers - as compras online - exerce efeito apenas modesto, dizem os especialistas. Menos de 10% das vendas do varejo são realizadas online, e essas vendas tendem a prejudicar mais as grandes lojas do que as cadeias de moda e outros varejistas especializados que operam em shopping centers. Em lugar disso, o problema fundamental para os shopping centers é o excesso de lojas em muitas partes do país, como resultado de um longo boom de construção de espaços comerciais de toda ordem. "Estamos vivendo um momento de extremo excesso de varejo", disse Christopher Zahas, economista especializado em imóveis e urbanista em Portland, Oregon. "Ocupar 90 mil metros quadrados é uma tarefa difícil". Como baleias encalhadas na praia, os shopping centers mortos causam fascinação, além de preocupação. Existe um site muito popular dedicado ao fenômeno - deadmalls.com -, e ele se tornou uma espécie de meme cultural. Uma cena especialmente assustadora de "Gone Girl" se passa em um shopping center deserto. "Todo mundo lembra de ter ido ao shopping center quando criança", diz Jack Thomas, 26, um dos três parceiros que operam o site em suas horas vagas. "Ninguém imaginava que um shopping center pudesse morrer". Bem ciente das dimensões culturais bem como do que está em jogo economicamente, o setor de shopping centers está tentando reverter as percepções do público quanto a esses monumentos que celebram o passatempo predileto dos norte-americanos: fazer compras. Em agosto, o Conselho Internacional de Shopping Centers, uma organização setorial sediada em Nova York e formada por proprietários de shopping centers, contratou a agência de relações públicas Burson-Marsteller "para revelar a história real e pôr fim à visão negativa de que os shopping center deixarão de existir dentro de alguns anos", disse Jesse Tron, diretor de comunicação do Conselho. Embora seja verdade que muitos shopping centers prósperos continuarão a florescer no futuro, não está claro o que o setor pode fazer para impedir que mais estabelecimentos venham a cair em decadência. Cerca de 80% dos 1,2 mil shopping centers dos Estados Unidos são considerados saudáveis, com índices de desocupação de 10% ou menos de seu espaço. Mas em 2006 94% dos shopping centers se enquadravam a essa descrição, de acordo com o CoStar Group, um dos principais fornecedores de dados ao setor imobiliário. Quase 15% dos shopping centers têm de 10% a 40% de seu espaço desocupado, ante 5% em 2006. E 3,4% - representando mais de 2,7 milhões de metros quadrados de espaço comercial - têm desocupação superior a 40%, o limiar do que Busch, da Green Street, define como "espiral da morte". Os executivos do setor admitem francamente que o setor de shopping centers sofreu uma profunda bifurcação, da recessão para cá. "Você tem os shopping centers classe A, os grandes do setor, se saindo muito bem", disse Steven Lowy, co-presidente executivo da Westfield, uma companhia originária da Austrália mas que hoje tem alcance mundial no setor de shopping centers. Nos Estados Unidos, ela abandonou propriedades na região centro-oeste para se concentrar nas duas costas, mais afluentes. Na Europa, ela prefere centros urbanos ricos como Londres e Milão. "Nossos negócios têm foco mais regional e dirigido ao consumidor de classe alta", ele disse. "Há gradientes de shopping centers mortos, moribundos ou estagnados, e tudo que estiver na faixa central do mercado enfrentará problemas". Tom Simmons, que comanda a divisão de shopping centers da Kimco, outra gigante dos imóveis, na região centro-atlântico dos Estados Unidos, é mais brusco. "Existem shopping centers categoria B e C em mercados terciários que são dinossauros e provavelmente morrerão", ele disse. "Mas os shopping centers A estão se saindo bem". No entanto, é difícil distinguir entre as categorias. O White Flint Mall, em North Bethesda Maryland, um subúrbio de Washington, era um estabelecimento afluente, mas agora está lacrado e aguarda demolição. Meia hora a leste, de ônibus, no condado de Prince George, uma região econômica e etnicamente diversificada, o Landover Mall foi demolido em 2006, deixando uma área vazia de estacionamento e uma loja isolada da Sears que fechou em 2014. As duas propriedades pertencem à família Lerner, que também controla o Washington Nationals, um time de beisebol. A Lerner Enterprises diz que pretende reincorporar os dois locais, mas existem poucos sinais de que isso esteja a caminho. No subúrbio de Akron, Ohio, o shopping center Rolling Acres desafiou todas as tentativas de reaproveitamento e continua abandonado, com tábuas barrando as janelas e árvores crescendo nas rachaduras do concreto. Antes que ele fosse selado, foi ocupado por invasores e vândalos removeram o cobre da estrutura para venda. Quando o shopping center estava ativo, "chegavam ônibus cheios de gente", diz Timothy Dimoff, detetive aposentado da polícia de Akron e antigo consultor de segurança do shopping center. "Todo mundo em Akron ainda fala da pipoca doce da praça de alimentação". O Owings Mills pode estar a ponto de morrer, mas não está em um mercado morto. A General Growth Properties, sua proprietária original, vendeu 50% de participação nele à companhia de Simmons, e agora a Kimco está trabalhando para convertê-lo em híbrido entre shopping center fechado e área comercial aberta. Ressuscitar um shopping center morto não é um processo fácil, porém. A demolição do velho Owings Mills e a construção do que o setor chama de "power center", com grandes lojas como Costco, Best Buy e Target, custaria entre US$ 75 milhões e US$ 100 milhões e demoraria de dois a cinco anos, segundo Simmons. Ele antecipa que o Owings Mills se mantenha em seu estado zumbi atual até o final de 2015. O shopping center morreu, ele diz, porque os consumidores foram atraídos por outros centros de comércio mais refinados no bairro, como o Towson Town Center. Embora o Ownings Mills tivesse sido originalmente projetado como estabelecimento de luxo, passou a enfrentar dificuldades para concorrer depois que a Saks Fifth Avenue fechou sua loja âncora lá, na metade dos anos 90. "O gênio do shopping center escapou da garrafa", disse Simmons, "e nunca mais voltou".
Fonte: Folha de São Paulo – 06-01 
Fluxo de consumidores no varejo cai 3,8% em 2014, aponta SBVC

O fluxo de clientes nas lojas do varejo em 2014 ficou 3,8% abaixo do patamar do ano anterior, segundo dados da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) e da empresa de monitoramento Virtual Gate. O levantamento indicou que o resultado do mês de dezembro afetou negativamente o desempenho do ano. Em dezembro, o fluxo nas lojas foi 4,1% menor em relação ao mesmo mês de 2013, mesmo depois de o resultado de novembro ter sido positivo por conta da Black Friday. O indicador, chamado de Índice de Consumidores do Varejo Mensal, apontou ainda que, no acumulado do quarto trimestre de 2014, houve retração de 2% no fluxo de clientes nas lojas em comparação com igual período de 2013. "O desempenho de novembro de 2014 havia sido 46% superior no período da Black Friday, mas isso não foi suficiente para melhorar a performance do trimestre pois dezembro foi realmente muito fraco", afirmou em nota Eduardo Terra, presidente da SBVC.
Fonte: Portal Varejista – 06-01


Compras pela Internet têm crescimento de 37% no Natal e superam expectativas

As compras efetuadas pela Internet no período de Natal renderam ao comércio eletrônico R$ 5,9 bilhões. O montante projeta um crescimento nominal de 37% em relação ao mesmo período do ano passado e superou a expectativa inicial, que previa R$ 5,2 bilhões em vendas para a data. A informação é da E-bit, empresa especializada do segmento, que levantou os dados referentes a pedidos realizados de 15 de novembro a 24 de dezembro de 2014. O estudo tem abrangência nacional. Conforme a empresa, não foram coletadas informações localizadas, já que o trabalho é de natureza macro. No total, foram feitas 15,2 milhões de encomendas, com um tíquete médio de R$ 388. Um grande incentivador deste aumento de vendas foi a Black Friday, no dia 28 de novembro, que representou 20% de todo este faturamento, sendo que os cinco dias de promoção (27/11 a 01/12, véspera da Black Friday até a Cyber Monday) foram responsáveis por 36% do total. Nesse período, o tíquete médio foi de R$ 451, e no dia 28 foi ainda mais alto, R$ 522. A entrada de novos consumidores é outro fator que continua colaborando para o crescimento do e-commerce no País, e no Natal deste ano, eles representaram 1,5 milhão de pessoas. As categorias com maior quantidade de pedidos foram moda e acessórios, cosméticos, perfumaria e saúde, eletrodomésticos, telefonia e celulares e informática. "Em momento de instabilidade econômica como foi este final de ano, os consumidores intensificam as compras pela Internet, pois isso pode representar ainda mais economia e conveniência em efetuar boas compras", avaliou o diretor executivo da E-bit, Pedro Guasti. A pesquisa mediu também as compras realizadas por meio de aparelhos móveis: se no mesmo período do ano passado elas representaram 4,8% do faturamento total e 4,5% dos pedidos, neste ano passaram para 8,8% do faturamento (crescimento de 82%) e 8,8% do total de pedidos (crescimento de 96%). No m-commerce, as categorias com maior volume de pedidos foram cosméticos, perfumaria e saúde, eletrodomésticos, moda e acessórios, telefonia e celulares, brinquedos e games. Para Guasti, a tendência mostra a aceleração da adesão dos brasileiros por esse modelo de plataforma. "A participação dos dispositivos móveis nas compras virtuais já se aproxima de 9%. E percebemos que dessa maneira, tanto novos entrantes que nunca tiveram acesso à Internet com computadores tradicionais como internautas que antes usavam desktop e notebook estão agora migrando para os smartphones e tablets", finalizou. 
Fonte: Portal Varejista – 06-01


Custo de vida em Florianópolis tem alta de 6,73%

Preços do limão, da laranja e do macarrão puxaram a alta do índice em 2014. O custo de vida em Florianópolis fechou o ano de 2014 com alta de 6,73%, valor 0,64 ponto percentual superior ao registrado em 2013, que teve aumento de 6,09%. Ao longo do ano, o menor índice mensal foi registrado em julho, com taxa de 0,19%, e o maior em janeiro, marcando 0,97%. Os dados são do Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag) da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) e da Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (Acif). O acumulado de 2014 também foi superior ao de 2013 no principal grupo que compõem o índice, o de alimentação: 7,16% de aumento, contra 6,68% calculados no ano anterior. Neste grupo, os preços que mais subiram foram o do limão (33,34%), da laranja pera (27,70%) e do macarrão (27,30%). Nos demais grupos também houve aumento em 2014. Os produtos não alimentares subiram 7,58%, os outros serviços 4,40% e os Serviços Públicos 2,99%. As maiores altas foram nos artigos de limpeza (23,77%), na energia elétrica (22,45%) e no aluguel de imóveis (11,10%).
Fonte: Economia SC – 06-01


Setor de serviços do Brasil encerra o ano com 3º mês de queda Em dezembro, o PMI apurado pelo Markit foi a 49,1 ante 48,5 no mês anterior, permanecendo pelo terceiro mês seguido abaixo da marca de 50. O setor de serviços do Brasil registrou em dezembro o terceiro mês seguido de contração diante das condições econômicas frágeis, de acordo com o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) divulgado nesta terça-feira. Em dezembro, o PMI apurado pelo Markit foi a 49,1 ante 48,5 no mês anterior, permanecendo pelo terceiro mês seguido abaixo da marca de 50 que separa crescimento de queda da atividade, ainda que a contração tenha ficado menos acentuada. "As evidências vincularam as reduções na atividade a fatores tais como as condições econômicas frágeis, o escândalo da Petrobras e o término de contratos", destacou o Markit em nota. Somada ao retorno ao crescimento da indústria no mês passado, o PMI Composto do Brasil melhorou, mas ainda assim permaneceu fraco ao atingir 49,2 em dezembro, contra 48,1 em novembro. Dos seis subsetores de serviços monitorados, a atividade caiu em quatro, sendo as exceções Hotéis e Restaurantes e Transporte e Armazenamento. Segundo o Markit, a taxa de inflação de insumos atingiu o ritmo mais forte desde novembro de 2008, diante de relatos de preços de combustíveis mais altos e da apreciação do dólar contra o real. Somente em dezembro a moeda norte-americana avançou 3,39 por cento, no quarto mês seguido de alta. Com isso, os preços cobrados pelos fornecedores de serviços tiveram a maior alta desde o início da pesquisa, no começo de 2007, e o avanço foi de forma generalizada entre os setores. "O que chama nossa atenção é que as empresas reportaram que os preços cobrados subiram no ritmo mais rápido desde o início da série, enquanto os preços de insumos avançaram no ritmo mais rápido desde 2008, já que isso parece ser inconsistente com a fraqueza geral da economia", disse em nota o economista-chefe do HSBC, André Lóes. Em contraste, as novas encomendas avançaram pelo segundo mês em dezembro, o que ajudou no aumento do emprego pela primeira vez desde julho, ainda que a um ritmo moderado. A criação de vagas ficou evidente, segundo o Markit, em metade dos seis subsetores, destacadamente o de Hotéis e Restaurantes. Apesar do declínio na atividade, a confiança no setor chegou ao melhor nível desde junho com quase metade dos participantes da pesquisa indicando sentimento positivo em relação ao crescimento da atividade nos próximos 12 meses. Como principais fontes de otimismo foram citadas expectativa de obtenção de novos clientes, novas políticas do governo e a perspectiva de um ano sem eleição ou Copa do Mundo.
Fonte: Brasil Econômico – 06-01 

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