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Clipping Diário - 05/10/2014

Publicado em 05/10/2014
Clipping Diário - 05/10/2014

Alta da inflação de serviços deve superar 8% este ano

Os serviços serão o principal foco de pressão da inflação em 2015, junto com os preços administrados pelo governo. Apesar de uma ligeira desaceleração no ritmo de alta esperada para este ano e para o próximo, a inflação de serviços segue alta, acima do índice geral de preços. No período de 12 meses até agosto, a inflação dos serviços subiu 8,5%, enquanto o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 6,5%.
Os preços se mantêm em nível elevado, apesar do freio na economia. Em 2014, os serviços devem registrar a menor taxa de crescimento em 11 anos. A resistência da inflação é explicada pelo mercado de trabalho aquecido - embora em desaceleração -, pela indexação dos preços, e pela maior demanda por serviços por parte das classes sociais que foram incorporadas ao mercado de consumo.
Nos últimos dois anos, a inflação de serviços ficou estacionada em 8,7%. A previsão é de um pequeno recuo para algo entre 8,1% e 8,3% em 2014. Para 2015, a expectativa é de um índice até um ponto porcentual menor.
"É uma desaceleração importante, mas os serviços vão continuar se destacando como uma das principais fontes de pressão no IPCA", diz a economista da consultoria Tendências, Adriana Molinari. Suas projeções indicam um IPCA de 6,8% em 2015. Os serviços devem responder por 36% do total, a mesma fatia dos administrados.
"Em qualquer lugar do mundo a variação dos preços dos serviços corre acima da inflação total por se tratar de um item que não é comercializável (que não pode ser importado)", diz o economista da LCA, Fábio Romão.
Ele diz que a diferença está elevada por causa de uma combinação inédita de fatores. Nos últimos três anos, a inflação dos serviços superou em quase 50% a inflação geral ao consumidor. "Em 2014 essa relação deve cair para 30% e, em 2015, para 20%."
Descompasso. A demora da inflação de serviços para desacelerar ocorreu, na avaliação de Romão e Adriana, por vários motivos. No caso da alimentação fora de casa, o serviço que mais subiu entre 2003 e 2013 (depois do emprego doméstico), com alta de 158,4%, se deveu à subida dos alimentos, combinada com a alta do custo da mão de obra.
Adriana diz também que apesar de o mercado de trabalho ter dado sinais desfavoráveis nos últimos meses, o desemprego está baixo. Romão lembra que o rendimento médio real do trabalhador se acelerou no fim de 2013. "Isso atrapalhou a desaceleração dos preços dos serviços no início deste ano", diz o economista, explicando que há uma defasagem entre o comportamento da renda e do preço dos serviços.
Já o economista da FGV, André Braz, aponta outro fator que contribuiu para resistência dos preços: o fato de ter hoje mais gente consumindo serviços. "A expansão das classes menos favorecidas criou uma forte demanda por serviços que não foi acompanhada pela oferta."
Braz cita alguns exemplos, Um deles é o seguro facultativo de carro, cujo preço nos últimos 12 meses até setembro subiu 10,21% e a despesa de condomínio que aumentou 5,71%. A compra do primeiro carro e da casa própria e as despesas por conta dessas aquisições pesaram no bolso da classe C.
Fonte: O Estado de São Paulo – 05-10


Bancários devem decidir pelo fim da greve na segunda-feira

Presidente do sindicato indicou em nota aprovação do acordo que será votado em assembleia pelos trabalhadores. Em assembleias marcadas para segunda-feira, 6, à tarde, os bancários devem suspender a greve iniciada na última terça-feira, 30. Em nota, o Comando Nacional dos Bancários recomenda a aprovação da proposta de reajuste salarial de 8,5% apresentada na sexta-feira pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
Greve havia sido aprovada pela catedoria no início da semana
“O Comando Nacional dos Bancários está indicando a aprovação da proposta que contém aumento real para os salários – é o maior ganho real não escalonado desde 1995 –, valorização do piso, da PLR, além de um reajuste expressivo para o vale-refeição”, afirma a presidente do sindicato, Juvandia Moreira na nota. “Também conseguimos alguns avanços importantes em questões de saúde e condições de trabalho, além do não desconto dos dias parados.”
A proposta anterior da Fenaban era de aumento de 7,35%. Para o piso da categoria, a proposta de aumento salarial subiu de 8% para 9%. A Fenaban ainda ofereceu um reajuste de 12,2% no vale-refeição.
A greve por tempo indeterminado foi aprovada no início da semana. Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), na sexta-feira a paralisação atingiu 10.355 agências e centros administrativos.
Fonte: O Estado de São Paulo – 05-10


Rede Casas Bahia terá de indenizar vendedora por "embutir" garantia na venda

O TST (Tribunal Superior do Trabalho ) manteve uma condenação contra as Casas Bahia e determinou o pagamento de R$ 15 mil por danos morais a uma de suas vendedoras. De acordo com a Justiça, ela era obrigada a enganar clientes embutindo a garantia no preço dos produtos e arredondando para cima juros sem o conhecimento dos fregueses.
Procurada pela Folha, a Via Varejo, que administra as marcas Casas Bahia e Pontofrio, disse que tomará as "medidas judiciais cabíveis" contra a decisão do TST.
Devido às práticas enganosas, a vendedora alegou que era alvo da ira dos consumidores quando a estratégia de venda era descoberta. No processo, disse que foi xingada de ladra por alguns dos clientes.
No processo, a vendedora disse ainda que os funcionários que não atingiam as metas de venda da empresa eram obrigados a ficar "na boca do caixa" oferecendo produtos a quem ia pagar carnês.
Outra reclamação é a de que os chefes chamavam de "fraquinhos" e diziam que já estavam "velhos" os vendedores que não cumpriam metas, e sugeriam que os insatisfeitos pedissem demissão.
De acordo com a Justiça, todos estes fatos ficaram devidamente comprovados por meio dos depoimentos de testemunhas, por isso a fixação de R$ 15 mil de danos morais como forma de compensar a vendedora.

Outro Lado

Questionada sobre a decisão judicial, a Via Varejo disse que pauta suas ações no respeito e na transparência com seus clientes.
"A empresa esclarece que segue as determinações do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) para a venda de garantia estendida. O serviço é ofertado aos clientes no ato da compra de um produto, quando são apresentadas todas as informações necessárias, seguindo as diretrizes do Código de Defesa do Consumidor."
Em nota, a empresa disse ainda que não admite que seus gestores tenham comportamento "arrogante, discriminatório e desrespeitoso com os seus subordinados".
Fonte: Folha de São Paulo – 05-10

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