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Clipping Diário - 05/01/2015

Publicado em 05/01/2015
Clipping Diário - 05/01/2015

Carros Novos Como o governo federal acabou mesmo com o desconto do IPI para carros novos, as vendas de veículos foram recordes em dezembro com o licenciamento de 270 mil unidades. Em 2014, porém, foram 3,5 milhões de veículos, o que representou uma queda de 7,1% frente a 2013.
Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti – 05-01


Com Joaquim Levy, Dilma deve ser mais Lula O novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, receberá o cargo hoje, às 15h, das mãos do secretário-executivo da pasta, Paulo Caffarelli. O ex-ministro Guido Mantega não vai participar. Com Levy, a grande expectativa é de que a presidente Dilma Rousseff seja ‘menos Dilma e mais Lula’, ou seja, siga o exemplo do ex-presidente que, no primeiro mandato, de 2003 a 2006, deu autonomia para a equipe econômica trabalhar e o crescimento logo foi retomado. Vale lembrar que Levy integrava aquele grupo como o Secretário do Tesouro Nacional e ganhou o apelido de “mãos de tesoura” porque cortava gastos. Agora, é ele quem comanda a pasta, mas o temor é de que a presidente não dê a ele a liberdade para fazer os ajustes necessários ao equilíbrio das contas públicas. Sem isso, o mercado não voltará a investir e, ao invés da retomada do crescimento, o país entra numa recessão. O novo ministro disse que recebeu autonomia e o governo já anunciou alguns ajustes para correção de excessos em seguro-desemprego, abono e previdência, mas a presidente Dilma surpreendeu negativamente duas vezes nos últimos dias. Uma foi no discurso de posse, quando disse que o que vinha fazendo está certo, e no final de semana, quando desautorizou o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, sobre informação de que o governo vai apresentar projeto para mudar o atual modelo de reajuste do salário mínimo. Entre as medidas previstas estão mais cortes de gastos, volta da Cide e menos intervenção no câmbio. Muitos petistas gostariam da volta da CPMF para a saúde, mas como é um aumento da carga tributária, a reação contra será grande.
Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti – 05-01 
Artigo - A tradição do mercado público, por Laudelino José Sardá*

Imagine você chegando ao Mercado Público de Florianópolis e lhe é oferecido, com a vogal bem escancarada, carne de sol, feijão de corda, camarão seco, tapioca e ainda a alternativa de deliciar um sanduba com batata frita e refrigerante? “Até aqui....” reagiria o turista paulistano, já habituado a conviver com milhões de nordestinos que ajudaram a construir o Estado mais expressivo da economia brasileira. Nada contra os nordestinos, que constituem a mais legítima identidade cultural brasileira. O problema é a amnésia cultural da Ilha. A restauração do Mercado Público não se resume apenas à recuperação do prédio. É toda uma composição cultural que implica no fomento das tradições. Claro que no Mercado Público São José, lá na Ribeira do Peixe, em Recife, também há produtos do Sul, mas nada compromete o sentimento e o ar nordestino. A diferença é que em Florianópolis não se respira cultura da terra e não nos surpreenderá se o sertanejo universitário marcar a reinauguração do nosso mercado. As atitudes e planos modernosos do poder público têm foco de dentro para fora. Ou seja, pensa-se a restauração do prédio sem sequer sentir que aquela construção do século 19 faz parte da alma da Ilha e que precisa permitir que os moradores a sintam como um passeio pelas tradições de uma cidade recheada de histórias, magias e de artesanatos belíssimos, de causar inveja até aos nordestinos. Somos de visão curta e de sentimentos adormecidos como se esta Ilha se resumisse aos belos mares, de praias curtas, balneários degradados. Não. Precisamos inverter o processo. Tudo o que se pensasse ou fizesse na Ilha precisaria ter a ótica da identidade cultural. Quem sabe as denominações de ruas não mais resultassem de apreços pessoais e nossos museus e teatros estivessem abertos, esnobando a nossa cultura. E, assim, o turista poderia retornar das férias levando na bagagem uma boa lembrança do nosso orgulho. *Jornalista e professor
Fonte: Diário Catarinense – Artigo – 05-01


Calendário Prepare os planos para os feriadões. O ANO QUE recém começou terá o dobro de feriados nacionais prolongados do que o anterior, quando muitas celebrações ficaram para os domingos. Mas as datas correspondem a menor movimentação na economia
Sabe aquele domingo em que você já está de folga e o calendário mostra que é um feriado? Aconteceu com frequência em 2014, mas, neste ano, será diferente. Três feriados nacionais que caíram em finais de semana no ano passado serão celebrados em um dia útil em 2015. Serão 10 feriadões até o próximo Réveillon (levando em conta datas que caem em terças e quintas). O único feriado perdido em 2015 será o de Proclamação da República, que fará novamente do segundo semestre o período do ano com menor incidência de folgas. Serão sete feriados nacionais em dias da semana no início do ano e quatro na outra metade. Se um feriado no fim de semana pode parecer um desperdício para os trabalhadores e estudantes, para o comércio é um alívio. Cada dia parado representa prejuízo – e a expectativa para este ano é de queda no volume de vendas, com lojas mais tempo fechadas e mais pessoas aproveitando a folga fora das cidades de origem. Em um ano com baixa previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, a economia acaba enfraquecida.
Fonte: Diário Catarinense – 05-01


Consumo à brasileira Tive que ir duas vezes a um outlet perto de Lisboa – o quinto maior da Europa, antes do Natal e depois do Ano-novo. Não sei se o leitor está familiarizado com o conceito de outlet e esclareço: são centros comerciais com produtos a preços mais baixos que os praticados nas lojas do comércio tradicional. *** O outlet em causa tem produtos das marcas mais famosas no mundo, como Nike, Adidas, Zara, Carolina Herrera, Globe, Hugo Boss, Lacoste, Dolce & Gabbana ou Puma, entre outras. Enfim, lojas que empurram muita gente para o delírio do consumo. E nesta época, o local fica a arrebentar pelas costuras, com tanta gente a comprar. *** A coisa chama a atenção ao longo de todo o ano, mas neste período dá ainda mais nas vistas: o lugar está repleto de brasileiros. Fila no restaurante? Tem brasileiro. Fila para o elevador? Tem brasileiro. Fila nos caixas? Tem brasileiro. O pessoal compra com tanta voracidade que já se tornou um dos melhores públicos consumidores desse centro comercial. *** Os brasileiros (junto com os angolanos) gastam, em média, 190 euros por visita e chegam a superar os europeus. Aliás, as compras são tantas, que a administração do centro comercial criou um serviço de concierge para ajudar os consumidores a carregarem as compras. Mas que tipo de produtos os brasileiros procuram? Marcas de luxo, claro. *** Uma curiosidade: as lojas que vendem malas também faturam bem, porque os turistas tendem a exagerar no consumo e acabam por precisar de lugar para pôr as compras. O ambiente acaba sendo dominado pela língua portuguesa: o acento é local, mas salpicado por muitas intervenções do português do Brasil. Talvez a palavra “euros” seja a mais repetida. *** Mas por que trazer este assunto? Ora, para destacar uma ironia. Não tenho qualquer pesquisa em mãos, mas usando o “olhômetro” sou capaz de afirmar que esses brasileiros – que consomem como se não houvesse amanhã – são os mesmos que, no Brasil, vivem a reclamar que o País está a um passo do abismo e que assim não é possível viver. Quando estão fora do Brasil, mostram exatamente o contrário.
Fonte: A Notícia – Ponto de Vista – 05-01


"O varejo deve fechar o ano como a principal atividade econômica nacional" Em entrevista à Agência Adjori de Jornalismo, o catarinense que é presidente ex-presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e atual presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, fala sobre o desempenho do comércio neste ano e avalia as perspectivas no ano que vem. À frente da CNDL desde 2007, Pellizzaro assume um novo desafio em 2015: a presidência do Conselho de Administração do SPC Brasil. Nascido em Curitibanos, é sócio-gerente da Comercial Importadora Lux. Formou-se em Economia pela Universidade Federal do Paraná e em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR)

Agência Adjori de Jornalismo – O ano de 2014 parece ter sido o mais difícil dos últimos anos para o lojista. É possível fazer uma comparação estatística e também conceitual sobre o que aconteceu nos últimos anos no setor? Roque Pellizzaro Junior - Sem dúvida foi bastante difícil. Vínhamos de anos anteriores com crescimento bastante forte e o que vimos em 2014 foi uma forte desaceleração. Fruto de uma inflação alta que tirou poder de compra do brasileiro, insegurança no mercado de trabalho, juros altos que reduziram o investimento, Copa do Mundo que trouxe diversos dias de paralização de atividades e eleições. Este ano não tivemos crescimento no crédito, e nem de massa salarial, condições que vinham dando sustentação ao crescimento visto nos últimos 10 anos.

Adjori – Mesmo com situações adversas, o setor lojista e a pequena e a microempresa tiveram avanços em 2014. Quais foram eles? Roque - O varejo deve fechar o ano de 2014 ainda como a principal atividade econômica nacional. A previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) é de 0,2%. Já do varejo restrito, o crescimento deve ser superior a 3%. Isso, por si só, é uma vitória. Adjori – Quais são as perspectivas para 2015 em um quadro que prevê uma nova equipe econômica no governo federal e mudanças em algumas políticas que vinham perdurando pelo menos nos últimos quatro anos? Roque - A equipe econômica já indicada pela presidente Dilma, ao nosso ver, foi muito bem escolhida e possui todas as características para a implantação dos ajustes necessários para os anos vindouros, em especial o comprometimento com o ajuste fiscal. Volta a busca do centro da meta de inflação, câmbio flutuante e realidade dos preços administrados pelo governo, todavia a grande dúvida recai sobre as pressões políticas e se haverá realmente determinação por parte do Palácio do Planalto de dar liberdade para que esta equipe implemente as medidas necessárias.

Adjori – O senhor foi eleito e toma possa em janeiro na presidência do SPC Brasil, que é o sistema de informações das CDLs e o mais completo banco de dados da América Latina em informações sobre crédito de pessoas físicas e jurídicas. Quais são os seus planos para o SPC Brasil?

Roque - O SPC cresceu muito nos últimos anos e transformou-se de um simples processador de dados em um efetivo bureau de crédito, ficando o desafio da criação de mais e melhores serviços para os lojistas brasileiros. Entre eles eu citaria o cadastro positivo, a certificação digital e os ditos serviços de rede.

Adjori – O senhor está historicamente ligado ao movimento lojista catarinense e nacional. Qual a mensagem que o senhor deixa aos dirigentes lojistas e ao movimento no começo desta nova jornada?

Roque - Estamos deixando a presidência da CNDL, a mais capilar entidade empresarial do país, com um movimento unido e disposto a atuar politicamente na busca de melhorias no Brasil, seja para a sociedade em geral, seja para o varejo. Ainda há muito por ser feito, tanto na CNDL como no SPC, mas hoje nos orgulhamos de onde estamos e também de tudo aquilo que representamos.
Fonte: Portal Adjori/SC – 05-01


Alta dos juros rege investimentos em 2015

Aplicações atreladas às variações da taxa Selic e dos índices de inflação tendem a trazer segurança em ano de ajuste fiscal e ameaças externas. Movimento de alta iniciado em abril de 2013 deve seguir seu curso.

Em 2015, os juros vão reger os investimentos no Brasil com ainda mais protagonismo do que o usual. O movimento de alta da taxa Selic, iniciado em abril de 2013, deve seguir o seu curso, aumentando a atratividade da renda fixa. Enquanto isso, a piora macroeconômica acerta em cheio a renda variável e afasta investidores. Nessas condições, destacam analistas, aplicar em produtos atrelados à Selic tende a ser o modo mais indicado para assegurar ganhos no curto prazo.

Esse cenário, na prática, sugere poucas surpresas para o mercado. "O ano de 2015 deve repetir 2014, assim como 2014 já repetiu 2013", avalia Karina Sanches, analista da Concórdia. A diferença está na rigidez das medidas monetárias, devido à deterioração da economia brasileira, e na complexidade do cenário externo.

Desde o ciclo de alta dos juros, iniciado há quase dois anos, o principal objetivo do aperto monetário do Banco Central não foi conquistado: a inflação continua a incomodar, beirando o teto da meta perseguida pelo governo, de 6,5%. No período, a Selic saltou de 7,25% para 11,75% ao ano.

A nova equipe econômica, liderada na Fazenda pelo economista Joaquim Levy, tomou posse com a promessa de fazer o ajuste fiscal necessário para colocar a casa em ordem. De acordo com Roberto Kropp, diretor da Daycoval Asset Management, compromissos como a redução de gastos públicos, por si só, já recuperaram parte da confiança perdida pela economia brasileira. Mas ele pondera: promessas não bastam. A credibilidade só virá, de fato, após mudanças de rumo concretas.

Reajustar preços represados há tempos está nos planos. Combustíveis e tarifas de energia e transporte ficarão mais caros. Essa perspectiva, dada a ortodoxia esperada da nova equipe, indica mais pauladas nos juros para tentar conter o acesso ao consumo via crédito e, consequentemente, o ritmo médio de elevação dos preços. A estimativa da pesquisa Focus do dia 26 de dezembro, que leva em conta todas essas condições, indica juros de 12,25% ao ano até o final de dezembro.

E se os juros tendem a subir por causa da inflação, outra opção atraente para 2015 está justamente nos papéis atrelados aos índices medidores da variação dos preços, como IPCA e IGP-M. "Isso, no entanto, somente é indicado para quem procura preservar a sua renda no longo prazo", entende o analista de investimentos da corretora Concórdia, Mauro Mattes.

Câmbio. Embora o governo federal não admita claramente que a elevação dos juros esteja ligada também às tentativas de conter a alta do dólar comercial, causada pela fuga de capitais do Brasil, há relações nítidas entre a disparada da Selic e as pressões da cotação da divisa americana nos últimos meses.

No governo Lula, um dos motivos para a enxurrada de dólares na economia do Brasil - e da consequente valorização do real - foi a prosperidade da economia nacional e o fato de os juros internos estarem nas alturas. Os títulos brasileiros tiveram o risco de crédito (calote) diminuídos e pagavam aos investidores estrangeiros rendimentos bem superiores aos de seus países de origem, de juros rastejantes ou negativos.

No governo Dilma, esse jogo começou a mudar com o desmantelamento da estrutura econômica. E, em 2014, acabou de vez. Depois de despejar trilhões de dólares no mundo, desde 2008, para incentivar a sua atividade econômica, o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) fechou a torneira. Por enquanto, os juros americanos continuam baixíssimos, girando em torno de 0,25% ao ano. Mas a recuperação do país e a elevação dos juros por lá, dada como certa pelos analistas em 2015, forçam o retorno de parte dos dólares que aqui aportaram nos últimos anos.

O tamanho da alta dos juros no Brasil neste ano, portanto, depende da necessidade de segurar a debandada do dólar e, por reflexo, a cotação interna da moeda americana. Em 2014, ficou 13% mais caro comprar dólares com reais. E não apenas assegurar investimentos no Brasil, mas, caso tenha poder de barrar o avanço do dólar, o BC impede desse modo o encarecimento dos produtos importados e o impacto inflacionário desse processo.

Para quem pretende diversificar seus investimentos, além de papéis atrelados aos juros e à inflação, existe, por fim, uma terceira alternativa: remunerações atreladas ao câmbio, como a de fundos cambiais oferecidos por bancos e corretoras, lembra Clemens Nunes, professor da Finanças da Fundação Getúlio Vargas.

Renda variável. A regra clássica sugere: é nos momentos de baixa que se entra na Bolsa. Mas dificilmente algum consultor daria esse conselho hoje para um investidor iniciante.

Aos conservadores e para quem busca retorno de curto e médio prazos, investimentos em renda fixa são, de longe, os mais indicados. Se 2013 foi um ano ruim para a Bolsa, quando o Ibovespa caiu 15%, 2014 amargou mais perdas, embora menores, de 3%. Em 2015, a instabilidade interna e fora do Brasil, deve ser refletida nos pregões, alerta Nunes.

O futuro da Petrobrás, um dos papéis mais líquidos do índice, é incerto. A estatal está no centro de escândalos de corrupção e ainda não divulgou o balanço do 3.º trimestre por esse motivo. Já as empresas brasileiras dependentes da China, como a Vale, tendem a passar por uma fase de estremecimento, devido à diminuição do crescimento de Pequim e da queda no preço das commodities.

Para analistas, no entanto, alguns setores estão mais blindados. Entre eles estão as empresas exportadoras, por lucrarem em dólares, e o segmento financeiro, com destaque para os bancos.

Crise na Rússia. A turbulência russa nos últimos dias do ano é mais um ingrediente preocupante para 2015. O ataque especulativo ao rublo, a moeda local, fez com que as divisas dos países emergentes - incluindo o real - se desvalorizassem. No dia de maior queda da cotação do rublo - cujo pico foi de 30% durante as negociações -, o dólar bateu em R$ 2,75 no Brasil, em alta de cerca de 2%.

O medo a assolar o mercado é de que se repita o efeito contágio de 1998. Naquele ano, o rublo sofreu um colapso em questão de dias e forçou a Rússia a declarar o calote de sua dívida. Todos os países foram afetados de alguma forma na ocasião.

Se a crise piorar e os russos lançarem mão de medidas extremas, o pânico pode ser generalizado. Nessa hipótese, investidores podem correr para o refúgio do dólar, abandonando outras moedas, incluindo o real. Esse movimento faria com que as cotações internas decolassem. Caso seja assim, aumentam as pressões inflacionárias e de aumento dos juros básicos aqui no Brasil.
Fonte: O Estado de São Paulo – 05-01


Economistas pioram projeções para inflação e PIB em 2015, diz BC

Economistas de instituições financeiras elevaram a projeção para a inflação neste ano, piorando o estouro da meta, diante de uma economia com perspectiva de crescimento menor. O Boletim Focus, realizado pelo Banco Central e divulgado nesta segunda-feira (5) mostrou que a projeção para a inflação oficial (IPCA) de 2015 foi a 6,56%, 0,03 ponto percentual a mais do que no levantamento anterior. Para 2014 a projeção teve ligeiro alta a 6,39%, contra 6,38%. A inflação do ano passado será conhecida na sexta-feira (9), quando o IBGE divulgará o IPCA de dezembro. O centro da meta do governo é de 4,5%, com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos. PIB Já a projeção para a expansão do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano caiu em 0,05 ponto percentual, a 0,50%. Para 2014, a expectativa é de crescimento de 0,15%, contra 0,14% anteriormente. Sobre a taxa básica de juros (Selic), o Focus mostrou que a perspectiva ficou estável. Os economistas ouvidos pelo BC esperam que a taxa, atualmente em 11,75% ao ano, termine 2015 em 12,50%. DÓLAR Para o dólar, que fechou 2014 em alta de quase 13% ante o real, a R$ 2,65, especialistas consultados mantiveram a projeção de que encerrará este ano a R$ 2,80. Inflação alta, juros elevados, crescimento baixo e contas públicas em deterioração formam o cenário que o novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy terá de enfrentar. Com perfil mais ortodoxo, ele já anunciou nova meta de superavit primário para este ano, equivalente a 1,2% do PIB, e disse que é preciso coragem para fazer as mudanças necessárias.
Fonte: Folha de São Paulo – 05-01


Pirataria on-line causa perda de R$ 800 mi O Brasil perdeu ao menos R$ 800 milhões com a venda de produtos piratas pela internet em 2014. Os dados se referem ao período de janeiro ao início de dezembro, sem computar as vendas de Natal. Na melhor época do ano para o comércio, estima-se que tenha havido uma expansão de 25% a 30% no comércio eletrônico de itens falsificados ou contrabandeados, em relação ao Natal de 2013. Os dados são do Fórum Nacional de Combate à Pirataria (FNCP), que recentemente lançou o "piratômetro" (www.clickoriginal.org), um portal para empresas e consumidores denunciarem o comércio pela internet de produtos falsificados ou de origem suspeita —a maior parte vinda da China, com preços subfaturados. O fórum é integrado por 32 entidades. O "piratômetro" foi desenvolvido em parceria com uma empresa que atua no setor de combate a fraudes bancárias e funciona com um sistema semelhante ao do impostômetro da Associação Comercial de São Paulo. O site publica, a partir de informações mapeadas em alguns segmentos, as perdas com a pirataria. Entre os setores campeões de denúncia no site estão perfumaria e cosméticos, brinquedos e medicamentos. No comércio tradicional (vendas de lojas físicas), a perda com o comércio ilegal de produtos deve chegar a R$ 30 bilhões em 2014, considerando 13 segmentos da indústria, afirma Edson Vismona, que preside o fórum. "O Brasil é um mercado que desperta forte interesse, seja para quem quer vender produtos legais ou ilegais, e, no comércio on-line, o crescimento é vertiginoso. Os sites chineses estão aproveitando essa oportunidade e já alcançam a liderança no mercado brasileiro", diz ele. Segundo Vismona, a audiência desses sites cresceu 79% no país só no último ano. "O consumidor tem de ter atenção, desconfiar de preços fantásticos, daqueles que vendem sem nota fiscal e não se sabe a procedência do produto", afirma o executivo. AMORTECEDOR A US$ 2 Levantamento feito pelo FNCP mostra, por exemplo, que amortecedores do Fiat Cinquecento são vendidos por US$ 2 a unidade, quando adquirido um pacote com 200 unidades no Alibaba. O site menciona que o produto é "genuíno". Outros produtos que constam do levantamento mostram bolsa da grife Givenchy vendida por US$ 29,99, enquanto a original custa US$ 1.225. Um celular Samsung Galaxy S5 é vendido na internet por US$ 122,55; e o preço de venda do aparelho original no país é R$ 1.817,05. Mesmo se descontado o peso da carga tributária no Brasil, chama a atenção a diferença de preço, segundo avalia a entidade. OUTRO LADO O site AliExpress (Alibaba) informou, em nota, que é uma plataforma de e-commerce "neutra e transparente" e que incentiva os consumidores a dar sua opinião diretamente aos vendedores para melhorar "seus serviços e a experiência dos usuários". "Qualquer um que identificar um produto falsificado ou de venda restrita ou proibida pode fazer uma denúncia à equipe do AliExpress por meio da opção 'denunciar produto' disponível nas páginas de produtos", diz a nota. "Também incentivamos denúncias sobre comportamentos desonestos por parte dos vendedores." O site ressalta que as denúncias são anônimas e processadas com rapidez. Sobre pirataria e falsificação, o site diz que solicita "aos donos de marcas que encontrarem imitações dos seus produtos no AliExpress que registrem a denúncia no AliProtect para que os produtos falsificados sejam imediatamente removidos". Também afirma que os vendedores reincidentes terão suas contas suspensas e poderão ser banidos permanentemente da plataforma. O site informa ter gasto globalmente US$ 160,7 milhões (mais de 1 bilhão de yuans) para combater produtos falsos desde o início de 2013 até o dia 23 de dezembro de 2014. "Carregamos uma séria responsabilidade nesta luta contra produtos falsificados."
Fonte: Folha de São Paulo – 05-01 


SP: Faturamento do varejo registra aumento de 0,6% em setembro Números da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio) divulgados no final de 2014, antes do Natal, apontam que o faturamento do setor varejista na região de Sorocaba em setembro ficou em R$ 2,2 bilhões, o que representa um aumento de 0,6% em relação a setembro de 2013. A região foi uma das três, entre 16 analisadas, que registraram desempenho positivo no mês, de acordo com a Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV), apresentada mensalmente pela entidade. Em comparação a agosto de 2014, a receita permaneceu estável, e no acumulado do ano (de janeiro a setembro de 2014), subiu 1,9%. O resultado de setembro foi influenciado, principalmente, pela expansão de 24,1% nas vendas das lojas de vestuário, tecidos e calçados (R$ 123,1 milhões). Também contribuíram para o resultado os avanços de 7,9% na receita do segmento de materiais para construção (R$ 232,1 milhões) e de 12,5% do setor de farmácias e perfumarias (R$ 107,4 milhões). Por outro lado, ainda de acordo com o levantamento da Fecomercio, os supermercados registraram baixa de 3,7% nas vendas (R$ 603,8 milhões), e as outras atividades em geral do comércio obtiveram queda de 2,9% (R$ 453,4 milhões), na mesma base de comparação. Lojistas consultados pela reportagem confirmaram o quadro. "Realmente o movimento foi maior naquele período, mas nossa expectativa era de que isso se mantivesse, até pela proximidade das festas do final de ano, o que acabou não ocorrendo", disse Antonio Carlos Ribeiro, gerente de uma loja de calçados. No Estado Em nível estadual, o faturamento do varejo paulista caiu 2,6% em setembro (em relação a setembro de 2013), registrando receita real de R$ 44,1 bilhões no mês, ainda conforme a PCCV. Na comparação anual, de março a setembro, essa foi a sétima queda seguida. A baixa registrada em setembro manteve a taxa de retração do setor em 2,4% no acumulado do ano, solidificando perspectivas menos otimistas para o fechamento de 2014. Em setembro, seis das dez atividades pesquisadas apresentaram queda no faturamento. As mais expressivas foram as dos setores de concessionárias de veículos (-14%), de lojas de materiais para construção (-9,9%) e de lojas de eletrodomésticos e eletrônicos (-9,3%). Juntas, as três baixas pressionaram negativamente o índice geral em 3,6 pontos percentuais. A segunda queda consecutiva nas vendas dos supermercados, de 1,3% em relação a 2013, sinaliza uma preocupação para o cenário econômico, já que o baixo crescimento de renda está impactando até o consumo de bens essenciais.
Por outro lado, o aumento de 7,9% nas vendas das farmácias e perfumarias contribuiu para que a baixa do comércio paulista não fosse maior, aliviando o índice geral em 0,4 ponto porcentual, mesmo peso da alta de 4,9% nas lojas de vestuário, tecidos e calçados no desempenho do varejo. Entre as 16 regiões analisadas, apenas três registraram aumento nas vendas do comércio: Jundiaí, Araraquara e Sorocaba. O faturamento ficou estável em Campinas e caiu nas 12 restantes, sendo a maior baixa em Guarulhos, de 11,3%. Na avaliação da assessoria econômica da Fecomercio, o resultado negativo de setembro reflete, mais uma vez, a fragilidade do momento para o consumo decorrente do baixo crescimento da renda. O fraco nível de criação de novos postos de trabalho vem impedindo, em 2014, a trajetória de elevação mais expressiva da massa de rendimentos. Ao lado disso, a menor procura por crédito, taxas de juros crescentes e maior seletividade dos bancos para disponibilizar empréstimos têm prejudicado, principalmente, as compras de bens duráveis. A pesquisa utiliza dados da receita mensal informada pelas empresas varejistas ao governo paulista por meio de um convênio de cooperação técnica firmado com a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo. As informações, segmentadas em 16 Delegacias Regionais Tributárias da Pasta, englobam todos os municípios paulistas e dez setores (autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de departamentos; lojas de eletrodomésticos e eletrônicos; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecidos e calçados; materiais de construção; supermercados; e outras atividades). Os dados brutos são tratados tecnicamente de forma a se apurar o valor real das vendas em cada atividade e o seu volume total em cada região. Após a consolidação dessas informações, são obtidos os resultados de desempenho de todo o Estado.
Fonte: Portal Varejista – 05-01


Vendas do varejo sobem 1,6% na semana do Natal, diz Cielo

As vendas reais do comércio varejista brasileiro subiram 1,6% na semana do Natal, período entre 19 e 25 de dezembro, na comparação com o mesmo período de 2013, apontou nesta segunda-feira o índice ICVA da empresa de meios de pagamento eletrônico Cielo.

O crescimento no período foi 0,5 ponto percentual abaixo do registrado no ano passado em relação a 2012.
O valor médio de cada compra na semana de Natal deste ano foi de 102 reais --considerando os 24 setores do varejo brasileiro monitorados pelo ICVA--, queda de 1,6% em relação ao valor médio de 2013, de 103 reais.

O indicador registra mensalmente o desempenho de vendas em um grupo de 24 setores mapeados pela Cielo com base nas informações de mais de 1,5 milhão de pontos de venda ativos no Brasil.
Fonte: Portal Gouvêa de Souza – 05-01

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