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Temporada em Florianópolis é marcada pela areias lotadas, filas e infraestrutura esgotada Desde agosto Florianópolis se prepara para receber cerca de 800 mil turistas Na última pesquisa elaborada pela Santur (Santa Catarina Turismo SA), em 2012, Florianópolis recebeu 1,5 milhão de turistas. Para este ano, a Secretaria de Turismo da Capital, trabalha com um aumento entre 4% e 5% com base nos índices pesquisados. Parece pouco, mas significa que 1,6 milhões de pessoas deverão visitar a Capital nos próximos três meses. O que reflete em uma cidade cheia, que passa de 453 mil moradores fixos para ter quase 2 milhões.   Nos Ingleses, a praia ficou cheia durante a semana Resultado que se vê nas areias, no trânsito, supermercados, lojas e restaurantes. Há fila e superlotação em todos os lugares. Ainda que a Operação Presença – Verão 2014 tenha sido lançada em agosto, com o objetivo de suprir as demandas criadas pelos visitantes, o projeto não conseguiu resolver os problemas crônicos de falta de água e luz durante a temporada. “Nós trabalhávamos com a possibilidade de crescimento de até 10%, mas alcançamos algo em torno de 4 ou 5% a mais de visitantes”, afirmou a secretária de turismo Maria Claudia Evangelista. Enquanto isso, o presidente da Abih-SC (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis em Santa Catarina), João Eduardo Moritz, anunciou à coluna Panorama, do Notícias do Dia deste fim de semana, o índice satisfatório de 95% de ocupação dos hotéis da Capital para os próximos meses. O secretário de Turismo do Estado, Valdir Walendowsky, não tem um número exato de visitantes antes do fim da temporada, mas fala no “maior verão da história de Santa Catarina”. Dessa vez não foi só o Litoral que lotou, a Serra também teve ocupação integral, conforme anunciou o setor hoteleiro. Outro ponto que reflete bem essa lotação na Capital são as estradas. Para se ter uma ideia, o aumento nos feriados de Natal e Ano-Novo foi 70% maior que nos outros períodos do ano, conforme a Polícia Rodoviária Federal. Veículos em direção, principalmente, a Laguna, Balneário Camboriú e Florianópolis. Os problemas relacionados à segurança também aumentam. A Polícia Militar ainda não tem dados concretos, mas afirmou, por meio de assessoria os furtos aumentaram no Norte da Ilha e em Coqueiros desde o começo da temporada.   Turistas sentem na pele “Está bem mais lotado. A gente percebe as filas nos mercados, restaurantes, o centrinho dos Ingleses também está bem cheio”, afirma Geisi Molon, 31, de Caxias do Sul. É o terceiro ano em que ela vem para Florianópolis com a família depois do Natal e fica até domingo. Dessa vez vieram em 12 pessoas em alugaram uma casa nos Ingleses. Com o sol e calor de Florianópolis nos últimos dias, as regiões à beira-mar são as mais procuradas. “Mais gente na areia do que isso, eu nunca vi”, afirma o guarda-vidas Cyro Soares sobre a praia dos Ingleses. Com o grande número de banhistas, aumenta o trabalho dele e dos colegas. Só no dia 30 de dezembro, Cyro registrou seis arrastamentos de banhistas no mar, três queimaduras de caravela e três crianças perdidas na areia. Mesmo cada vez mais cheia, a Capital ainda atrai investidores como a odontopediatra Daniela Souza de Sá, de Otacílio Costa, no Planalto catarinense. Ela veio para a Capital no verão passado, gostou tanto que decidiu comprar um apartamento aqui. Nesse fim de ano, veio com mais seis familiares para cá. “Tudo está mais complicado, mais cheio de gente por todos os lados. Para não correr riscos desnecessários evitamos pegar trânsito. Planejamos horários para ficar no contra-fluxo”, conta a cirurgiã-dentista.   Comércio comemora Mais gente nos balneários também reflete no comércio e nas festas. Gilberto Guedes da Silva Neto, proprietário da Casa do Biquíni, loja no bairro Ingleses, estima que teve 20% mais movimento em sua loja até agora. William Cabral, dono do restaurante Cabral, no mesmo bairro, acredita que o movimento subiu 30% em relação ao verão passado. O estacionamento Micheline, em frente ao restaurante, estima um acréscimo de 15% a 20% na quantidade de veículos que procuraram o serviço. As baladas também fazem sucesso. Para o dono da casa noturna Fields, PC Dávila, a Ilha tem mais turistas em relação ao verão passado. Ele acredita que a cidade atraia pelo preço, relativamente barato, comparado a outros paraísos fora e dentro do Brasil. “Florianópolis é a bola da vez do turismo”, diz. Nas festas que promove durante a temporada, estima que 50% do público de 1.500 pessoas por festa seja de turistas, interessados em grandes show, como o que acontecerá no dia 9, com os sertanejos Zezé de Camargo e Luciano. (Aline Torres)   População Segundo estimativa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2013, Florianópolis tem 453 mil habitantes. Durante a temporada, o número chegará perto de 2 milhões.   Energia Durante o ano o Litoral catarinense é responsável pelo consumo de 14% da energia do estado. No verão esse valor passa para 30%. No inverno o pico de consumo no litoral é de 490 megawatts. No verão chega a 740 megawatts.   Produção de lixo Segundo a Comcap (Companhia Melhoramentos da Capital), em média, no inverno, são recolhidas 400 toneladas por dia em Florianópolis. No verão os picos, como no réveillon, atingem 1.000 no período.   Água Segundo a Casan, a distribuição de água no Norte da Ilha durante o ano é de 250 a 260 litros por segundo. Na temporada, a mesma região consome mais de 500 litros por segundo. Fonte: Notícias do Dia – Reportagem Especial – 04-05/01