Clipping Diário - 04/09/2014
Publicado em 04/09/2014
Clipping Diário - 04/09/2014
PROMESSA É DÍVIDA
Valeu a pressão. A prefeitura de Florianópolis divulgou nota oficial ontem informando que haverá segurança 24 horas da Guarda Municipal no Parque de Coqueiros para evitar novos furtos da fiação. Também garante dedicação máxima nas obras (foto) para entregar a recuperação antes do previsto. Acesse www.diario.com.br/visor e confira.
Fonte: Diário Catarinense – Visor – 04-09
...LEGADO
O governador em exercício, desembargador Nelson Juliano Schaefer Martins, pretende sancionar a criação da Região Metropolitana da Grande Florianópolis nos próximos dias, aprovada pela Assembleia. Será a marca do seu governo de pouco mais de 30 dias. Um golaço!
IMAGINA SÓ...
A criação da região metropolitana permitirá, por exemplo, obter financiamento internacional para a despoluição das baías. Sem falar na integração de grandes temas como resíduos sólidos, abastecimento de água e a tal da mobilidade urbana. O Conselho Metropolitano para Desenvolvimento da Grande Florianópolis (Comdes) foi quem mais celebrou a tão esperada aprovação no Legislativo.
Fonte: Diário Catarinense – Visor – 04-09
MAIORIA FAVORÁVEL
Assembleia aprova criação de região metropolitana. Com 31 votos favoráveis e com as abstenções dos deputados estaduais Dirceu Dresch (PT) e Luciane Carminatti (PT) foi aprovado ontem o Projeto de Lei Complementar do Executivo que institui a Região Metropolitana da Grande Florianópolis (RMF) e a Superintendência de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Grande Florianópolis (Suderf), subordinada à Secretaria Estadual de Planejamento.
A matéria foi encaminhada à Assembleia Legislativa em fevereiro deste ano. A Suderf fará a gestão de projetos conjuntos entre os nove municípios integrantes (ver tabela).
PROPOSTA É DE AUTORIA DO GOVERNO
Após a sanção do governo serão nomeados os integrantes da autarquia. São três funções: superintendente, diretor técnico e diretor administrativo-financeiro. Os outros membros serão funcionários do Estado e dos municípios cedidos para as funções, devendo ter formação universitária e capacitação técnica. Segundo o governo, a principal diferença que a lei trará às cidades integrantes é a possibilidade de elaboração de projetos específicos que decorrem de planejamento integrado. O deputado estadual Dirceu Dresch (PT) foi contra com base em críticas às secretarias regionais.
– Há mais de 150 cargos nas secretarias, agora criam alguns para a região metropolitana – afirmou.
O deputado Renato Hinnig (PMDB) defendeu a RMF:
– Há perspectiva de solução para os graves problemas da Grande Florianópolis, como a mobilidade urbana – justificou o parlamentar Hinnig.
CIDADES INTEGRANTES
- Águas Mornas, Antônio Carlos, Biguaçu, Florianópolis, Governador Celso Ramos, Palhoça, Santo Amaro da Imperatriz, São José e São Pedro de Alcântara.
Fonte: Diário Catarinense –Política – 04-09
Reforma da ponte da divisa terá duas etapas
PRIMEIRA ETAPA DAS obras terá colocação de cabos e revestimentos de estrutura. Depois serão construídos novos blocos de concreto e tubulões.
Vai demorar pelo menos mais 20 dias para carros e veículos leves voltarem a circular na Ponte da Integração, entre Palmitos (SC) e Iraí (RS). A estimativa é do engenheiro Venceslau Adolpho Júnior, da Sociedade Geral de Empreitadas Ltda (Sogel), empresa contratada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). A passagem de veículos foi interrompida dia 26 de agosto após engenheiros constatarem fragilidade na estrutura.
Uma vistoria detalhada do DNIT verificou rompimento de dois dos quatro tubulões que sustentam o 120, dos 16 pilares da ponte. Foi formalizado um contrato emergencial com a Sogel para a recuperação da estrutura. Cerca de 25 pessoas já trabalham na ponte. O molde que vai cobrir os tubulões chega amanhã, e sábado cinco mergulhadores de Rio Grande (RS) começam a trabalhar no revestimento.
O engenheiro esclarece que o aumento do nível do rio, a correnteza e a turbidez da água podem atrapalhar os trabalhos, causando atrasos. Além disso os mergulhadores podem encontrar mais problemas na estrutura que está submersa e que não foi identificado na vistoria anterior superior ao nível do rio.
MORADORES ATRAVESSAM OS MIL METROS A PÉ
Enquanto a passagem não é reaberta os veículos desviam pelas balsas de Mondaí e Itapiranga ou até pela ponte do Goio-Ên, em Chapecó. Outros moradores da região atravessam os mil metros da ponte a pé.
A gestante Daniela Folle, que está com 7,5 meses de gravidez, fez dois quilômetros a pé ontem entre a ida para Iraí e a volta para Palmitos, onde mora. Ela foi de carro até a ponte, fez a travessia a pé e, no lado gaúcho, pegou um táxi até Iraí, para fazer o pré-natal com seu médico. Foram R$ 35 para ir e mais R$ 35 para voltar, só de táxi. Sua amiga Sônia Felchicher foi acompanhá-la. Elas só esperam que até o próximo exame, daqui a 20 dias, a ponte esteja liberada.
Fonte: Diário Catarinense – Geral – 04-09
REFORÇO ESTRUTURAL
Liberação total da ponte está prevista para 2015. Os trabalhos de revestimento na base do pilar da pontes são apenas um paliativo para liberar o tráfego parcial, segundo o engenheiro superintendente do DNIT da região de Cruz Alta, José Augusto Bassani. Posteriormente terão que ser feitos mais blocos de concreto e mais tubulões na base do pilar 12, para a sustentação suficiente ao tráfego pesado. O prazo para a liberação total do tráfego está prevista para o dia 4 de janeiro.
–Vamos tentar concluir ainda em dezembro – projetou o engenheiro da Sogel.
Ele informou ainda que a recuperação, orçada em R$ 7,8 milhões, inclui apenas a estrutura dos pilares 11 e 12, que eram os mais críticos. Posteriormente deverá ser feita a manutenção dos demais pilares. O engenheiro Bassani, do DNIT, disse que periodicamente são feitas vistorias nas pontes para avaliar a necessidade de manutenção.
O fechamento da ponte afeitou estabelecimentos comerciais. O Restaurante Panorâmico, de Iraí, que servia 120 almoços no domingo, serviu 20 refeições no domingo passado. E, durante a semana, quase não está recebendo clientes.
Fonte: Diário Catarinense – Geral – 04-09
EM OBRAS
Parte de construção desaba em Luís Alves. A ESTRUTURA DE uma caixa dágua cedeu em prédio onde trabalhavam nove profissionais, na cidade do Vale do Itajaí. Ninguém ficou ferido e área foi isolada pelos bombeiros depois do ocorrido. É o segundo desabamento no local neste ano.
Parte de um prédio em construção desabou ontem de manhã na SC-414, no bairro Vila do Salto, em Luis Alves, no Vale do Itajaí. De acordo com o Corpo de Bombeiros, a estrutura cedeu onde ficaria a caixa d’água do imóvel.
Os profissionais que estavam trabalhando no local ouviram barulhos e saíram imediatamente. Minutos depois a estrutura desabou. Ninguém se feriu.
Os Bombeiros isolaram a área e acionaram o engenheiro responsável pela obra. Segundo informações da corporação, é a segunda vez neste ano que parte da estrutura desaba.
A primeira vez foi em março e atingiu o CTG Laço Luisalvense, que fica ao lado da construção. Na época, a empreiteira, responsável pela obra no local, reformou a parte interna e a cobertura do imóvel danificadas pelo acidente.
Após o isolamento do local, os bombeiros não possuem mais responsabilidade sobre a área.
DONO DIZ QUE OBRA ESTÁ DENTRO DAS NORMAS
A caixa d’água com capacidade para 20 mil litros começou a ser enchida na terça-feira. Ontem estava com cerca de 16 mil litros quando a estrutura desabou.
De acordo com o proprietário do imóvel, Vagner Faraeli, nove pessoas estavam no local no momento do desabamento.
Quatro em uma área externa e cinco, dentro. Faraeli afirmou ter ouvido um barulho estranho e pediu para todos se retirarem. O imóvel estava sendo erguido para abrigar uma confecção têxtil.
– Contratamos uma empreiteira e foi tudo feito dentro das normas. Não houve nenhuma irregularidade. Se houve, foi em uma das sapatas – disse o homem.
O proprietário disse que a empreiteira já foi informada sobre o incidente. Procurada pela reportagem, a empresa afirmou que só irá se manifestar sobre o caso hoje, em horário comercial.
Fonte: Diário Catarinense – Geral – 04-09
FREIO PUXADO
BC mantém juro apesar de recessão. TAXA BÁSICA fica em 11% ao ano. Empresários criticam, analistas apontam controle da inflação.
Cinco dias depois que o Brasil foi informado da entrada em recessão técnica – dois trimestres seguidos de recuo na atividade econômica –, a direção do Banco Central (BC) decidiu manter o juro básico em 11% ao ano.
A taxa Selic serve de referência para todas as demais e, por estar elevada, é apontada como uma das responsáveis pela freada na produção. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve o nível pela terceira vez seguida. Embora fosse esperada pela maioria dos analistas, a decisão foi criticada por empresários.
“A economia brasileira está em recessão, e a manutenção da taxa Selic nesse patamar é um erro”, afirmou em nota o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). A Selic é um instrumento usado para conter o consumo. O crédito – empréstimos em bancos e parcelamento em lojas – fica mais caro quando o juro sobe, ou mais barato quando é reduzido.
GUIDO MANTEGA NÃO GARANTE SUPERÁVIT
No comunicado da decisão, o Copom retirou a expressão “neste momento”, usada para indicar chance de mudança futura. A maioria dos analistas prevê manutenção do patamar este ano. Só há mais duas reuniões para alterar a taxa, uma em 28 e 29 de outubro – depois do segundo turno da eleição – e outra em dezembro.
Ao dizer que neste ano a situação está “mais difícil”, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, evitou ontem se comprometer com o cumprimento da meta de superávit primário em 2014.
O objetivo do compromisso é reservar um determinado valor, resultado da economia nas contas públicas, para pagar todo o juro da dívida, evitando assim que aumente. Neste ano, a meta é de R$ 99 bilhões para todo o setor público.
– Mas faremos um primário, estaremos sempre no positivo, com alguma poupança, mas também temos que fazer correção de rota – afirmou Mantega ontem, admitindo não alcançar a meta.
O ministro voltou a traçar um cenário de otimismo sobre a recuperação da economia no segundo semestre.
Mantega disse que o mau desempenho da economia no primeiro semestre é consequência também do menor número de dias úteis em junho por conta da Copa, quando o comércio vendeu menos e a produção industrial foi mais baixa.
Fonte: Diário Catarinense – Economia – 04-09
Duas novas âncoras
O Shopping Via Catarina, de Palhoça, anunciou ontem a chegada de duas âncoras de peso no seu mix de lojas: a Renner e a Americanas. As duas serão instaladas no segundo piso do empreendimento. Uma das maiores empresas de moda (foto), a Renner ocupará 1.360 metros quadrados e deverá ser inaugurada em março de 2015. A Americanas terá operação de 1000 metros e abrirá as portas em dezembro. O superintentendente do Via Catarina, Jânio Bezerra, prevê que essas operações vão aumentar em até 50% o fluxo de consumidores no shopping.
Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti – 04-09
DEFASADO
Durante reunião da comissão técnica formada por integrantes da prefeitura e de entidades que contestaram o aumento do IPTU, ontem, uma declaração chamou a atenção. O engenheiro da empresa contratada pela prefeitura para fazer o estudo dos valores venais dos imóveis, que serviu de base para o aumento, admitiu que diante do novo plano diretor seria necessário um novo estudo. Se a prefeitura trabalha com dados fora da realidade, o que se esperar dos valores do imposto?
Fonte: Diário Catarinense – Cacau Menezes – 04-09
149
Pedidos de falências e de recuperações judiciais foram feitos em todo o País em agosto, uma alta de 5,7% em relação aos 141 requerimentos apresentados em julho. Das 149 solicitações, 82 partiram de micro e pequenas empresas. Os dados são da Serasa Experian.
Fonte: A Notícia – Claudio Loetz – 04-09
Vendas a prazo crescem 0,78% em agosto, diz SPC Brasil
Presidente da CNDL alerta que alta verificada no mês não foi suficiente para reverter a tendência de desaquecimento do comércio.
As consultas para vendas a prazo tiveram uma alta de 0,78% na comparação com o mesmo mês de 2013. Esse dado sinaliza que o ritmo de atividade no comércio voltou a crescer no mês de agosto, após cinco meses consecutivos de queda. O indicador é apurado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).
Na avaliação dos empresários, a melhora no mês se explica em parte pelo fim da Copa do Mundo, que em decorrência de menos dias úteis afastou os consumidores dos grandes centros de compras. Outro fator de impacto, de acordo com a CNDL, foi o Dia dos Pais, que além de ter registrado queda em relação ao mesmo período do ano passado (-5,09%), teve o pior resultado dos últimos cinco anos. Nos anos anteriores, as expansões foram de 3,78% (2013 - 2012), 4,75% (2012 - 2011), 6,86% (2011-2010) e de 10% (2010-2009).
"Apesar da interrupção da trajetória de queda do volume de vendas a prazo, a expansão da atividade varejista no mês de agosto não foi suficiente para reverter a tendência de desaquecimento das vendas no comércio. No acumulado dos oito primeiros meses, frente a igual período de 2013, o indicador soma uma queda de -1,01%", disse o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior.
A economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, também acrescenta que o resultado é ainda consequência direta da economia em declínio, "influenciado principalmente pela manutenção dos juros em patamares elevados, pela persistência da inflação no limite da meta, pelo menor crescimento da renda dos trabalhadores e pelo maior rigor na concessão de crédito".
Comparação mensal
Em relação a julho deste ano, as consultas para vendas parceladas cresceram 1,86%, reflexo da volatilidade da comparação mensal. Para os economistas do SPC Brasil, apesar de as vendas do Dia dos Pais em relação ao ano passado terem sido fracas, foram fortes suficiente para aquecer as vendas do comércio em relação ao mês de julho, que apresentou queda por conta do período de Copa do Mundo.
Metodologia
O Indicador de Vendas a Prazo é resultado de uma comparação percentual do volume de consultas para vendas a prazo realizadas pelos estabelecimentos comerciais ao banco de dados que o SPC Brasil tem acesso. O indicador tem abrangência nacional.
Fonte: Portal da Adjori/SC – 04-09
Após 5 meses em queda, vendas a prazo crescem 0,78% em agosto
Alta ocorreu em relação a agosto de 2013; no acumulado dos oito primeiros meses, frente a igual período de 2013, o indicador soma uma queda de 1,01%.
Após cinco meses consecutivos de queda, as consultas para vendas a prazo cresceram 0,78% em agosto, na comparação com o mesmo mês de 2013. De acordo com o indicador apurado pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas). O Indicador de Vendas a Prazo foi divulgado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Em relação a julho deste ano, as consultas para vendas parceladas cresceram 1,86%.
"Apesar da interrupção da trajetória de queda do volume de vendas a prazo, a expansão da atividade varejista no mês de agosto não foi suficiente para reverter a tendência de desaquecimento das vendas no comércio. No acumulado dos oito primeiros meses, frente a igual período de 2013, o indicador soma uma queda de 1,01%", disse o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior.
A economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, avalia que o resultado reflete a economia em declínio, em cenário "influenciado principalmente pela manutenção dos juros em patamares elevados, pela persistência da inflação no limite da meta, pelo menor crescimento da renda dos trabalhadores e pelo maior rigor na concessão de crédito".
Fonte: O Estado de São Paulo – 04-09
BCE surpreende e reduz três principais taxas de juros
O Banco Central Europeu (BCE) decidiu nesta quinta-feira reduzir suas três principais taxas de juros na reunião de política monetária desta quinta-feira, surpreendendo a maioria dos analistas.
O BCE cortou a taxa básica, a de refinanciamento, para a nova mínima histórica de 0,05%, de 0,15% anteriormente. Além disso, a instituição diminuiu a taxa de juros de empréstimo marginal, para 0,30%, de 0,40%, e a taxa para depósitos bancários, para -0,20%, de -0,10%. Fonte: Dow Jones Newswires.
Fonte: O Estado de São Paulo – 04-09
Indústria e comércio comentam manutenção da Selic em 11%
Representantes da indústria, do comércio e de organizações trabalhistas comentaram nesta quarta-feira (3) a decisão do Banco Central de manter o juro básico da economia brasileira, a taxa Selic, em 11% ao ano.
Foi a terceira manutenção seguida do juro básico, após uma sequência de nove altas, iniciada em abril do ano passado.
A decisão já era aguardada pelo mercado, devido à condição de "recessão técnica" na qual o país se encontra, após dois trimestres seguidos de queda do PIB (Produto Interno Bruto).
Veja o que cada instituição comentou sobre a manutenção da Selic:
FIRJAN (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro)
"O resultado negativo do PIB no segundo trimestre confirmou o quadro de baixo crescimento da economia brasileira retratado pelas pesquisas setoriais e pelos índices de confiança de empresários e consumidores. Apesar disso, ainda que os resultados para a inflação tenham sido mais favoráveis desde a última reunião do Copom, permanecem relevantes desafios quanto à sua trajetória, em especial no que diz respeito à correção dos preços administrados. Dessa forma, o Sistema FIRJAN insiste que uma política fiscal mais equilibrada, com redução dos gastos públicos de natureza corrente, é essencial para um recuo sustentável da inflação, de forma a abrir espaço para um processo de queda permanente da taxa de juros"
FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo)
"A divulgação dos resultados do PIB no segundo trimestre confirmou o que todos já sabiam: a economia brasileira encontra-se em recessão. O caso da indústria de transformação é ainda pior, pois a queda do segundo trimestre foi a quarta consecutiva. Os investimentos também mostraram a mesma dinâmica. Por causa do cenário desenhado pelos números do PIB, somado à contínua deterioração da confiança das empresas e dos consumidores, esperávamos um corte na taxa básica de juros, que infelizmente não ocorreu, mantendo o Brasil com a taxa mais elevada do mundo", disse o presidente da Fiesp e da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Benjamin Steinbruch, em nota.
FORÇA SINDICAL
"A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) de manter os juros altos representa mais uma oportunidade perdida pelo governo de virar o jogo.
A atual situação - queda drástica no nível da atividade econômica - já era esperada e foi causada por um conjunto de fatores, tais como: falta de investimentos, câmbio sobrevalorizado durante muito tempo e, sobretudo, por uma política monetária que, durante boa parte do tempo, manteve as taxas de juros em patamares extremamente elevados.
A Força Sindical é contra os juros altos, e já realizou inúmeros protestos contra essa política do governo. Vamos continuar combatendo esta prática de privilegiar o capital em detrimento da produção e do emprego.
Os juros altos, a retração no PIB (Produto Interno Bruto) e a queda na produção industrial (embora tenha crescido 0,7% em julho) mostram que este ano está praticamente perdido", disse o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, em nota.
FECOMERCIOSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo)
"Para a FecomercioSP, a decisão foi acertada, ainda que a Entidade não esteja plenamente convencida de que o risco do IPCA ficar acima da meta tenha sido realmente debelado.
De acordo com análise da Federação, a manutenção da Selic em 11% foi possível porque o IPCA está crescendo pouco (0,01% em julho) e agora acumula alta de 6,5% em 12 meses, pouco abaixo dos 6,52% fechados em junho. Esse cenário, avalia a Entidade, permite ao Banco Central trabalhar com menos pressão, e posterga - ao menos por enquanto - a necessidade de elevação dos juros.
Segundo os economistas da FecomercioSP, o IPCA de junho, julho e provavelmente agosto está variando pouco por conta do binômio recessão/sazonalidade. No caso da recessão, os números fracos da atividade econômica reduzem algumas pressões de preços, por conta da queda da demanda, que já vem ocorrendo e ficou evidente com a divulgação do PIB do segundo trimestre.
Já em relação à sazonalidade, é fato que nesses meses alguns itens importantes no orçamento familiar, como alimentação e vestuário, passam a operar com elevações pequenas de preços, quando não em queda. Na avaliação da Federação, a calmaria que o Banco Central tem encontrado nestes últimos meses, em parte é devido à sazonalidade, algo que já era esperado. Por outro lado, o desempenho da atividade econômica tende a ficar enfraquecido ainda por algum tempo, e por esse canal não existe pressão de preços.
A Entidade considera que ainda há o represamento de preços administrados, mas este assunto deve ser tema de preocupação e discussão no Copom apenas após as eleições. Portanto, é provável que a situação não mude até o final do ano."
ABIPLAST (Associação Brasileira da Indústria do Plástico)
"Independentemente da manutenção ou das pequenas variações da Selic que têm sido anunciadas ao longo de 2014, o patamar atual é muito elevado. A taxa básica de juros do Brasil é refém do problema fiscal. É premente reduzir as despesas públicas, em todas as instâncias governamentais, pois com o Estado gastando mal e muito, não temos como baixar os juros, e o alto preço do dinheiro é inimigo do aporte de capital em empreendimentos produtivos.
Produzir no Brasil, atualmente, é pelo menos 34% mais caro do que nas economias com as quais concorremos. Por isso, não se pode entender os juros como algo isolado. Trata-se de um processo atrelado a uma estratégia com ações de curto, médio e longo prazo para o crescimento sustentado da economia.
Percebe-se o reflexo desses problemas na indústria de transformação do plástico, constituída por 11.670 empresas. No segundo trimestre deste ano, houve uma redução de 3.000 postos de trabalho, que haviam sido conquistados em fevereiro. O setor, que é o terceiro maior empregador da indústria, começou o ano prevendo um crescimento de 5% a 6% nas atividades, mas agora prevemos ficar próximo de zero ou até mesmo resultado negativo de 1,5% a 2%. Estamos operando com 67% a 70% de nossa capacidade, quando o normal é de 75% a 80%. Isso tudo é reflexo da instabilidade que vive a indústria de transformação, como automotivo, construção civil e alimentos, para os quais fornecemos", disse o presidente da Abiplast, José Ricardo Roriz Coelho, em nota.
CONTRAF-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro)
"Manter a Selic nesse patamar elevado, no momento em que a inflação está próxima de zero e o PIB não sai do lugar, é frear o crescimento econômico e apostar na recessão, o que terá consequências desastrosas para o país e para os trabalhadores, trazendo de volta o fantasma do desemprego e de redução da massa salarial.
Os maiores beneficiários dessa política são os bancos, os rentistas e os grandes especuladores financeiros, que continuarão lucrando muito e tirando vultosos recursos dos cofres públicos, que deveriam ser direcionados para o crescimento da economia e para a distribuição de renda.
Os bancos abocanham recursos bilionários do Estado, na medida em que são os principais detentores de títulos públicos e se beneficiam das altas taxas da Selic, dificultando investimentos que o país tanto precisa para acelerar o crescimento e combater as desigualdades sociais.
Essa política de juros altos só tem contribuído para turbinar o lucro dos bancos e a concentração da renda. Para que haja um crescimento sustentável é necessário desenvolvimento com geração de empregos e distribuição de renda", disse o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, em nota.
ABIGRAF (Associação Brasileira da Indústria Gráfica)
"A manutenção da Selic em 11% já era esperada e reforça esse movimento de acelerar e puxar o freio de mão ao mesmo tempo com que a economia tem se conduzido neste ano. Os juros na ponta - para o consumidor e para o tomador de crédito - estão altos e exercem um efeito perverso sobre a mercado, pois são diretamente repassados aos preços dos produtos, o que dificulta vendas e compromete as margens das empresas, muitas vezes já pressionadas pelos importados. Mesmo que a recente flexibilização do compulsório aumente a oferta de crédito, o consumo e os investimentos em bens de capital não vão dar um salto. Com juros assim, o salto seria mortal", disse o presidente nacional da Associação Brasileira da Indústria Gráfica, Levi Ceregato, em nota.
SINDITÊXTIL-SP (Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem do Estado de São Paulo)
"Os juros altos são um remédio inútil contra a inflação, além de contribuírem para o enfraquecimento da economia nacional. Outros fatores agravantes desta situação são os impostos e taxas demasiadamente onerosos, inclusive incidentes sobre investimentos e folha de pagamentos; os fretes, cada vez mais atrasados e caros, majorados pela precariedade dos transportes e a burocracia exacerbada. Precisamos definir estratégias de longo prazo, desonerar efetivamente a produção, remover o controle artificial da inflação e oferecer ao mercado um cenário claro e transparente para estimular os investimentos produtivos", disse o vice-presidente do Sinditêxtil-SP, Francisco José Ferraroli dos Santos, em nota.
Fonte: Folha de São Paulo – 04-09
A importância do relacionamento com o consumidor para o “novo varejo”
Quando pensamos em varejo, nos colocando no papel de consumidores, quais as nossas maiores expectativas com relação às marcas e seus produtos? Se relacionarmos, sem a pretensão de estabelecer uma ordem de importância, teremos entre outros pontos: preço justo, qualidade, variedade, design, atendimento, garantia, segurança, oferta, marca, nível de serviço, facilidade/conveniência, status e experiência diferenciada.
Ocorre que a maioria dessas expectativas, tornou-se imprescindível e não são vistas como diferenciais, mas sim, o "mínimo" para que uma marca/loja consiga se estabelecer de forma relativamente competente.
Agora, se organizarmos as expectativas de outra forma, podemos enxergar o varejo com suas marcas e lojas atuando em níveis diferentes. Todos apresentam, vendem e cobram por produtos, mas a forma como cada um faz isso, a maneira como cada um se relaciona com seus consumidores é diferente:
Volume
Preço justo;
Variedade;
Garantia;
Oferta;
Facilidade/Conveniência;
Segurança.
Ex: Lojas de 1,99, lojas populares, self-service, etc.
Diferenciado
Qualidade superior;
Nível de serviço;
Atendimento.
Ex: Lojas de shopping, marcas em crescimento de diversos setores como moda, calçados, presentes, etc.
Exclusivo
Design;
Marca;
Status;
Experiência diferenciada
Ex: Salvatore Ferragamo, Apple, etc.
As marcas fortes, reconhecidas pelo público mais exigente, que têm apelo e inspiram desejo, logicamente são as que atendem a todas as expectativas acima listadas de forma absolutamente competente e sempre procuram agregar algo que faça com que se destaquem, que as diferenciem ainda mais das outras. Não por acaso, essas marcas são as que mais investem em pesquisa, design, qualidade, desenvolvimento e apresentação dos seus produtos em lojas cada vez mais inteligentes e sofisticadas.
O resultado de todo esse trabalho é o status realmente diferenciado obtido perante os consumidores. A marca em si, muitas vezes mais do que seus próprios produtos, torna-se objeto de desejo.
É simples, diga para qualquer mulher que ela ganhou uma bolsa Chanel e pergunte a ela se prefere recebê-la em casa ou retirá-la na loja. Não se surpreenda, mas por mais distante que a loja possa ser, ela vai preferir buscá-la pessoalmente, pois o prazer não está ligado exclusivamente ao produto, mas também à experiência com a marca. Estar, ver e ser vista em uma loja Chanel, ter a experiência glamurosa que a marca oferece, faz parte do processo de realização pessoal. É quase um ritual e faz toda a diferença.
Mas o fato é que, mesmo entre as marcas que já atingiram esse patamar perante os consumidores, a concorrência é cada vez mais feroz e, assim como todas as outras, é preciso se movimentar. Por isso, é fundamental que exista uma busca constante por algo que faça o consumidor optar por ela em sua primeira escolha ou continuar fiel numa próxima compra e isso ocorre em todos os níveis do varejo. É aí que começamos a entender a importância de estabelecer uma relação mais duradoura com o consumidor, uma conexão mais profunda, sempre tentando fazê-lo perceber que a sua marca faz mais por ele.
Trata-se de uma tendência clara, desde que o consumidor descobriu o poder e a importância que tem para a sobrevivência das marcas, ele não se contenta mais apenas com o melhor produto. Ele está sempre em busca de algo mais, algo que o convença e que o faça se sentir especial, portanto, estar conectado com esse consumidor é vital por inúmeras razões, não só para garantir um bom patamar de vendas, como poderia se pensar em uma análise superficial; vai muito além disso.
Uma marca que souber se relacionar bem com seus clientes e envolvê-los, receberá em troca coisas infinitamente mais valiosas, tais como opiniões diretas e sinceras, novos pontos de vista, a "visão da rua", o entendimento do que a marca está conseguindo expressar para o seu público, fidelidade, novos seguidores, entre outros pontos.
Falando em exemplos práticos. Toda mulher adora sapatos, certo? Então, o que significaria para ela poder entrar uma hora antes de todas as outras amigas na sua loja preferida para conhecer e experimentar uma nova coleção, participar de um desfile de lançamento ou até mesmo opinar no desenvolvimento de novos produtos? Muito, se sentiria importante, valorizada e reconhecida como uma cliente preferencial e privilegiada.
O resultado disso? Fidelidade, adoração, divulgação nas redes sociais, boca a boca, mais imagem positiva para a marca e, claro, mais vendas.
E se ao invés de oferecer um desconto déssemos um presente? Algumas marcas mantém suas lojas sempre movimentadas criando situações que envolvam e chamem suas melhores clientes o tempo todo. Muitas vezes, a única coisa que oferecem é um mimo, uma bolsa ecológica, pulseirinha ou amuleto cheio de charme. Ou então, trabalham de forma competente uma régua de relacionamento cultivando o contato em ocasiões especiais para suas clientes.
Como resultado, as consumidoras não se sentem pressionadas a ir até a loja para comprar, não tem a percepção de estarem sendo abordadas para gerar faturamento, mas por serem reconhecidas como clientes especiais, com um status diferenciado, vão e invariavelmente acabam aproveitando a visita e comprando algo.
Grandes magazines estão se reposicionando perante as consumidoras ao convidar estilistas renomados para criar coleções exclusivas para suas marcas e fazendo o lançamento dessas coleções em eventos "fechados", com direito a desfiles e tudo mais para suas clientes preferenciais. A maior parte da divulgação é feita através de redes sociais e a participação está vinculada a uma inscrição/reserva na qual as interessadas preenchem um cadastro completo.
Ao término do desfile, as roupas dessas coleções estão disponíveis para venda inicialmente com exclusividade para as que participaram do evento, já que a loja estará fechada por algumas horas apenas para atendê-las.
Enfim, poderia citar inúmeros exemplos nos mais variados segmentos, mas o fato é que cada marca deve entender qual o nível de relacionamento que está apta a travar com os seus consumidores e ter a consciência de que quanto mais profundo ele for, melhores serão os resultados.
Marck Krauze é sócio-fundador e executivo responsável pela área comercial do Ezmall, app de mobile commerce e mídia segmentada da Five and a Half tecnologia da informação.
Fonte: Portal Varejista – 04-09