Clipping Diário - 04/07/2014
Publicado em 04/07/2014
PLANOS DE SAÚDE Governo autoriza reajuste de 9,65% Aumento estipulado pela agência é o maior desde 2005 e as mensalidades poderão ser alteradas pelas operadoras até abril de 2015 As mensalidades dos planos de saúde individuais poderão ser reajustadas em até 9,65% entre maio de 2014 e abril de 2015, índice maior do que a inflação, que tem ficado por volta dos 6%. O aumento estipulado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) é o maior desde 2005, quando o teto para reajuste foi 11,69%. Os planos individuais reúnem 8,8 milhões de beneficiários, 17,4% do mercado brasileiro. Os outros planos de saúde vendidos no país são coletivos e não têm o reajuste máximo estipulado pela agência reguladora. O reajuste autorizado pela ANS será aplicado a partir da data de aniversário do contrato, mas pode ser retroativo, caso a defasagem entre o aumento e a data de aniversário seja, no máximo, de quatro meses. A agência reguladora explica que a metodologia utilizada para calcular o índice máximo de reajuste leva em consideração a média dos percentuais de aumento dos planos coletivos com mais de 30 beneficiários. A ANS alerta que os consumidores devem ficar atentos aos boletos de pagamento e observar se o percentual de reajuste aplicado é igual ou inferior ao limite autorizado pela agência. Outro aspecto a ser observado é se a cobrança do reajuste é feita a partir do mês de aniversário do contrato. Em caso de dúvida, a agência pede que os consumidores entrem em contato pelo Disque ANS (0800 701 9656). É possível fazer a queixa também na internet ou em um dos 12 núcleos de atendimento da agência no país. Para a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), que representa operadoras responsáveis por 38% dos beneficiários de planos de saúde, há necessidade de aperfeiçoamento do modelo de cálculo do índice anual de reajuste das mensalidades para assegurar o equilíbrio financeiro das empresas. A entidade alega que a despesa assistencial per capita na saúde suplementar, entre 2004 e 2013, cresceu 133,7%, mais do que o dobro da variação acumulada do IPCA, de 61,1%. Segundo a FenaSaúde, em 2013, os atendimentos a segurados consumiu 83,7% do que as operadoras arrecadaram com as mensalidades. A margem líquida de lucro foi a menor dos últimos cinco anos, de 2,2%. Fonte: Diário Catarinense – Economia – 04-07 ÁGUA MAIS CARA Casan aumenta contas em 7,27% Reajuste irá atingir 200 municípios de Santa Catarina e passará a valer a partir das faturas emitidas em setembro pela estatal A Agência Reguladora de Serviços de Saneamento Básico do Estado de Santa Catarina (Agesan) autorizou o reajuste das tarifas de água e esgoto da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) em 7,27%. O aumento vale para todas as classes de consumo do Estado. A nova tarifa incidirá sobre as contas a partir de agosto, com faturas emitidas para pagamento em setembro. A Casan presta serviços em 200 municípios o que, em dezembro de 2013, equivalia a atender uma população de 2,305 milhões de catarinenses. De acordo com a resolução da Agesan, o último reajuste das tarifas dos serviços oferecidos pela Casan ocorreu em julho do ano passado. Segundo Rubens Aguiar, representante da Casan no Comitê Técnico de Regulação dos Serviços de Saneamento Básico, o pedido de aumento foi feito em maio, com 30 dias de antecedência em relação à aplicação da nova tarifa, conforme determina a legislação. O Diretor de Fiscalização e Regulação da Agesan, Sílvio Cesar dos Santos Rosa, explica que a companhia havia solicitado um reajuste em torno de 11,96%, para reequilibrar os preços frente à inflação dos últimos 12 meses mais a previsão de investimentos, que poderiam impactar na tarifa. A agência, contudo, considerou que a Casan teria condições de suportar os investimentos futuros com o reajuste baseado apenas na inflação e fixou o aumento em 7,27%. O Índice de Preços ao Consumido Amplo (IPCA), base para o cálculo da tarifa, registrou 6,37% de julho de 2013 a junho de 2014. Dessa forma, o aumento real na conta de água e esgoto é de 0,9%. O percentual corresponde ao Índice de Regulação de Saneamento Básico da Agesan, taxa cobrada pela agência para a fiscalização de serviços de água e esgoto oferecido pelas concessionárias. milena.lumini@diario.com.br MILENA LUMINI Fonte: Diário Catarinense – Economia – 04-07 ÁGUA MAIS CARA Novos valores para o volume de consumo Com o reajuste anunciado pela Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan), o valor inicial do metro cúbico residencial básico em Santa Catarina passa de R$2,992 para R$3,209. O consumo mínimo residencial de água é de 10 metros cúbicos ou 10 mil litros ao mês. Assim, um consumidor cuja conta é de R$29,92 passará a pagar R$32,09 em setembro. A partir de novembro inicia-se o processo de revisão da tarifa dos serviços de água e saneamento, que ocorre a cada quatro anos. Para isso, uma empresa de consultoria selecionada por licitação fará um levantamento dos investimentos das concessionárias e custos do serviço nos municípios catarinenses. O Diretor de Fiscalização e Regulação da Agesan, Sílvio Cesar dos Santos Rosa, explica que a revisão não significa, necessariamente, um aumento. Fonte: Diário Catarinense – Economia – 04-07 Moda sustentável por 46 anos A Malwee, de Jaraguá do Sul, festeja hoje 46 anos. A companhia, que estreou no mundo da moda em 4 de julho de 1968, conta com 10 fábricas em SC, SP, MS, BA e CE, cerca de 12 mil colaboradores e produz 75 milhões de peças por ano. Atua com nove marcas: Malwee, Malwee Brasileirinhos, Malwee Liberta, Zig Zig Zaa, Enfim, Carinhoso, Wee!, Scene e Puket. Desde a fundação se destaca com investimentos em sustentabilidade. A garota-propaganda da marca Malwee é a cantora Ivete Sangalo (foto), que cantará na festa final da Copa, dia 13. Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti – 04-07 A importadores Empresas que revendem mercadorias vindas do exterior não terão mais que pagar IPI na hora da venda. A bitributação foi suspensa por sentença do Superior Tribunal de Justiça em ação elaborada pelo escritório catarinense Blasi & Valduga Advogados Associados. Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti – 04-07 Penhora judicial De olho em empresas e instituições que optaram pela atuação em cooperativas de crédito ao invés de bancos para fugir da cobrança judicial via penhora online, o Banco Central e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiram alterar as regras. Até o ano que vem, essas cooperativas também serão alcançadas pela penhora eletrônica de valores (penhora online) executada pelo sistema Bacen-Jud. Segundo o especialista em direito bancário, Daniel Teske Corrêa, o rápido crescimento das cooperativas chamou a atenção do Judiciário. Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti – 04-07 3,2% Foi quanto caíram as vendas nas lojas brasileiras em junho na comparação com maio, já descontados os fatores sazonais. Mesmo assim, o movimento registrado de janeiro a junho ainda é 3,6% maior que no ano passado. Pesquisa é da Serasa Experian. Fonte: Jornal de Santa Catarina – Pancho – 04-07 Consumidor espera alta da inflação, diz pesquisa da FGV IDIANA TOMAZELLI - O ESTADO DE S.PAULO Expectativa de aumento da taxa é maior na gestão de Dilma Rousseff do que era no segundo mandato do presidente Lula Os consumidores estão cada vez menos otimistas com a inflação e, ao mesmo tempo, mais seguros de que a taxa se manterá em nível elevado nos próximos meses. Pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) revela que a expectativa dos brasileiros para a inflação é maior na gestão da presidente Dilma Rousseff do que era no segundo mandato do governo Lula. RIO - Entre as famílias de baixa renda, cujo bolso é mais afetado pelo aumento de preços, a inflação esperada é ainda mais intensa do que nos demais grupos. Ontem a FGV informou que a mediana da expectativa dos consumidores para a inflação nos próximos 12 meses atingiu 7,4% em junho, de 7,2% em maio. Mas dados obtidos com exclusividade com a entidade pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, mostram que essa taxa é maior, de 7,9%, entre as famílias com renda de até R$ 2,1 mil. O levantamento revela ainda que, na média do governo de Dilma Rousseff, a inflação esperada pela baixa renda ficou em 7,24%, acima dos 7,11% que as famílias diziam esperar no segundo mandato de Lula. "As pessoas estão cada vez mais certas sobre um nível de inflação maior, estão errando menos nas expectativas e concordando mais sobre o nível", explica o pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, Angelo Polydoro. Nas demais faixas de renda, a passagem da gestão de Lula para o governo Dilma revelou a mesma trajetória: aumento da inflação esperada e maior concordância sobre o patamar. As previsões ficam sistematicamente acima do esperado pelo mercado. Para analistas ouvidos no Boletim Focus, do Banco Central, a expectativa de alta em 12 meses a contar de junho é de 5,9%. O indicador da FGV passou a ser divulgado individualmente em junho deste ano, mas faz parte da Sondagem do Consumidor desde 2005. No caso das famílias de baixa renda, a expectativa é maior por causa da cesta de compras, concentrada em alimentos. Diante do choque nos preços provocado pela estiagem no início do ano, a inflação esperada ficou na casa dos 8,5%. Agora, continua a maior entre as classes de renda, puxada também pelos preços de serviços. Fonte: O Estado de São Paulo – 04-07 Valor de marcas de varejo de roupas cresce com ações estratégicas DO "FINANCIAL TIMES" Muitos segmentos de varejo continuam a enfrentar dificuldades para reconquistar a estabilidade depois de cinco anos de contenção de gastos pelos consumidores, mas o varejo de roupas vem conquistando grandes aumentos em seu valor de marca. De acordo com o ranking BrandZ Top 100 Most Valuable Global Brands, compilado pela Millward Brown Optimor, o valor das marcas de vestuário subiu em 29% no ano passado, superando setores como os automóveis, bens de luxo, telecomunicações e tecnologia. Mas especialistas dizem que o aumento no valor das marcas se deve a mais que um ganho de confiança da parte dos consumidores: o varejo de roupas vem elevando seu valor de marca por meio de ações estratégicas bem conduzidas pelas companhias do setor. Maureen Hinton, diretora de pesquisa da consultoria de varejo Conlumino, diz que empresas de varejo como a Zara, do grupo Inditex, estão emulando as estratégias das marcas de luxo e com isso elevando o valor de suas marcas. "Elas investiram muito no desenvolvimento de lojas âncora, como faz a Burberry, lojas maiores que mostram toda a sua gama de produtos e têm uma aparência realmente boa". É uma abordagem que funciona bem nos mercados internacionais de rápido crescimento, como a China, onde os consumidores querem marcas ocidentais não só na ponta luxuosa do mercado mas também em faixas de preço mais acessíveis. LOJAS O varejo de vestuário também vem trabalhando para melhorar a aparência e o conforto de suas lojas, diz Hinton, e consolidando pontos de venda menores em unidades maiores e mais vistosas, e reforçando essa estratégia por meio de presença forte online. Consequentemente, as maiores companhias de varejo de roupas têm "uma forte presença física que estabelece o que seus produtos querem dizer, o que sua marca quer dizer. Isso ajudará a criar inspiração nas pessoas que visitarem as lojas. Mas elas também poderão comprar online", diz a consultora. A abordagem vem dando resultado. De acordo com a Millward Brown Optimor, o valor de marca da Uniqlo, a cadeia de lojas de moda de preço acessível controlada pela Fast Retailing, do Japão, subiu em 58% no ano passado ante 2012. O valor da Nike subiu em 55% e o da Adidas subiu em 47%. Em outros mercados, o valor de marca da Next, cadeia britânica de varejo de moda, subiu em 39%, enquanto a sueca Hennes & Mauritz (H&M) subia em 22% e a Zara, da Espanha, registrava 15% de alta. Até mesmo o valor de marca da Marks & Spencer, uma tradicional cadeia britânica de produtos finos que vem fazendo esforços para melhorar suas operações no ramo de roupas, registrou alta de 16% ante o ano anterior. CRISE Mas existe também um elemento de necessidade no que tange a desenvolver a marca de uma cadeia de varejo de vestuário. A crise econômica mundial viu uma redução no volume de roupas adquirido. Muitos varejistas, especialmente no segmento de preços econômicos, basearam suas estratégias em vender o maior volume possível de roupas a baixo preço. Houve algumas baixas no setor, como a Peacocks, uma cadeia de moda de baixa preço britânica que faliu no começo de 2012, ainda que posteriormente a empresa tenha sido resgatada da liquidação. Outros grupos, como o Primark, do Reino Unido, e a Zara, tentaram se diferenciar ainda mais. O Primark, que se expandiu na Europa continental e está se preparando para ingressar no mercado dos Estados Unidos, se concentra em oferecer moda muito atual a preços muito baixos. O Primark também melhorou suas lojas, e Richard Hyman, um consultor independente de varejo, diz que a empresa está desenvolvendo um elenco de marcas sob sua direção, e avançando da condição de grupo de varejo cuja prioridade é o preço para a de "um grande expoente do branding". A Zara, enquanto isso, sustentada pelo modelo de operações da Inditex, que permite levar os looks mais atuais às suas lojas em prazo de apenas duas semanas, se concentrou em interpretar tendências de moda ao que os clientes percebem como ótimo valor pelo dinheiro, em abrir grandes e modernas lojas em locais como a Quinta Avenida, de Nova York, e em ingressar em mercados estrangeiros como o da China. Hyman diz que, com o fim do crescimento propelido pelo volume, "o mercado se polarizará entre as empresas que priorizam o volume, de um lado, e grupos de varejo de nicho, com foco estreito mas penetração profunda junto aos consumidores, na outra ponta. E tudo dependerá do branding". DIFERENCIAL Os especialistas dizem que no mercado de vestuário que emergiu da desaceleração econômica mundial, diferenciar o produto de uma empresa dos produtos de suas concorrentes será crucial para as vendas e os lucros. "Ter uma marca depende de diferenciação e demarcação", diz Hyman. "É necessário compreender onde ela começa e acaba, e compreender que se você a conduzir para além de seus limites naturais, estará causando desvalorização". No entanto, diz ele, alguns grupos de varejo têm um histórico dúbio de gestão de marcas. "A compreensão dos grupos de varejo quanto a marcas e branding é muito precária". "Nos próximos cinco anos, o destino de muitos grupos de varejo será determinado pela rapidez com que aprenderão a respeito, porque eles têm muito a aprender", diz Hyman. Os grupos de varejo de vestuário que já aprenderam a criar marcas valiosas terão vantagem natural nessa nova realidade da moda. Fonte: Folha de São Paulo – 04-07 Shoppings da Grande São Paulo dão descontos de até 90% DO "AGORA" Os shoppings da capital e da Grande São Paulo já começaram as suas liquidações de inverno. Os descontos podem chegar a 90%. O motivo das promoções, segundo os lojistas, é a troca de coleção, que está ocorrendo cada vez mais cedo. A promoção Etiqueta Maluca do Complexo Tatuapé, que inclui os shoppings Metrô e Boulevard Tatuapé, na zona leste, dará descontos entre os dias 17 de 27 de julho. Botas, camisas, calças e casacos são alguns dos produtos em promoção. Os descontos chegam a 50%. No Shopping Center Norte, na zona norte, a maior parte das lojas está com preços menores. Os descontos vão de 30% a 70%. No Shopping D, também na região norte, os homens poderão renovar o guarda-roupa sem precisar gastar muito, com descontos em calça jeans. Os consumidores também encontram ofertas nos centros comerciais da Grande São Paulo. Quem passar pelo Golden Square Shopping, em São Bernardo, encontrará liquidações de até 70% nas lojas. O comércio popular de rua também já está preparando promoções. No Brás, na região central, os descontos devem começar em duas semanas. Já no Bom Retiro, os clientes conseguem descontos de 20% a 50%, segundo a associação de lojistas. Fonte: Folha de São Paulo – 04-07 Copa provoca redução nas vendas do varejo em junho Com forte diminuição no movimento de consumidores em supermercados, postos de gasolina e lojas de materiais de construção, a atividade do comércio varejista caiu 3,2% em junho, na comparação com maio, feitos os ajustes sazonais, informou a Serasa Experian. Em maio, o movimento do varejo havia crescido 0,6%. Na comparação com junho do ano passado, houve aumento de 0,7%, uma expansão bem menor que a de 5,2% registrada em maio, na mesma base. Com o resultado, o varejo acumulou alta 3,6% no primeiro semestre sobre o mesmo período do ano passado. A Serasa Experian atribui a queda da atividade no comércio aos feriados em várias cidades-sede da Copa do Mundo, que reduziram o expediente das lojas no período. Além disso, fatores já presentes em outros meses também atrapalharam: juros elevados, confiança baixa dos consumidores e desaceleração do mercado de trabalho. Com exceção do segmento tecidos, vestuário, calçados e acessórios, no qual o movimento ficou estável em junho ante maio, todos os outros registraram quedas expressivas: material de construção (-13,1%), combustíveis e lubrificantes (-12,3%), veículos, motos e peças (-6,4%), supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas (-4,2%) e móveis, eletroeletrônicos e informática (-3,0%). No acumulado dos primeiros seis meses de 2014, a atividade varejista cresceu 3,6% liderada pelo setor de supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas (expansão de 3,7%), combustíveis e lubrificantes (3,0%), material de construção (2,4%), móveis, eletroeletrônicos e informática (0,5%) e veículos, motos e peças (0,3%). Fonte: Valor Econômico – 04-07 Carga tributária aumentou 10 pontos percentuais após criação do Real BRASÍLIA - A estabilidade da moeda trouxe custos para o contribuinte. Necessário para derrubar a inflação, o ajuste fiscal resultou em aumento de impostos. De acordo com a Receita Federal, a carga tributária – peso dos tributos sobre a economia – saltou mais de dez pontos percentuais depois do Plano Real. De 25,72% do Produto Interno Bruto (PIB) em 1993, ano anterior ao plano, o indicador subiu para 35,85% em 2012, dado mais recente. Para equilibrar as contas públicas, o governo federal criou e aumentou tributos nos anos seguintes à criação do real. O destaque foram as contribuições sociais, cujas receitas ficam todas com a União. As principais são a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (Cofins), o PIS, o Pasep e a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), que taxou as transações financeiras até 2007. A voracidade sobre os contribuintes, no entanto, destacam especialistas, puniu as camadas mais pobres da população e não resultou em melhoria de serviços públicos. Presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), João Eloi Olenike diz que o real acentuou uma tendência iniciada com a Constituição de 1988, que permitiu aos governos (federal, estadual e municipal) obter cada vez mais recursos por meio do aumento de tributos. Para ele, o maior problema é que a tributação, no Brasil, concentra-se no consumo e nos salários. Com caráter regressivo, a tributação sobre o consumo pune os mais pobres porque as alíquotas incidem sobre o preço final dos produtos. Para uma mercadoria que custa R$ 5 e tem alíquota de 20%, o consumidor pagará R$ 1 de tributo, independentemente da classe social. Proporcionalmente, a quantia pesa mais no bolso dos mais pobres. Com desconto direto na folha de pagamento, a tributação sobre os salários taxa os trabalhadores, não os empresários. “Hoje, no Brasil, não temos uma política tributária para que haja uma arrecadação de acordo com a capacidade contributiva de cada cidadão. Existe, sim, uma política de arrecadação tributária. Aquela do quanto mais eu arrecadar, melhor”, critica Olenike. Ele defende uma reforma tributária executada em etapas que mude o foco da tributação para o lucro e o patrimônio, que têm maior impacto sobre as parcelas mais ricas da população. “Hoje não existe interesse em fazer reforma tributária. Se cada vez se arrecada mais, por que fazer reforma tributária?”, questiona. Em 2012, os tributos sobre o consumo e os salários corresponderam a 76,26% da arrecadação, segundo a Receita Federal. Nos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), grupo que reúne nações desenvolvidas, a média correspondia a 58,35% em 2011. A tributação sobre a renda e o patrimônio somava 21,69% da arrecadação no Brasil, contra 38,27% da OCDE. Para Cláudio Damasceno, presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional), as distorções no sistema tributário brasileiro persistem porque, até hoje, o grande capital define os rumos da política tributária. “Temos uma carga de primeiro mundo e retorno de terceiro mundo nos serviços que o governo acaba oferecendo à população. Desde a criação do real, pouco mudou”, comenta. Damasceno cita a defasagem de 61% na correção da tabela do Imposto de Renda e a isenção na distribuição de lucros e dividendos para sócios e acionistas como medidas que pioraram o sistema tributário brasileiro para a população de menor renda nos últimos 20 anos. “Nos países desenvolvidos, a tributação sobre o patrimônio é muito maior. Essa discrepância tem raízes profundas”, diz. Apesar do aumento da carga tributária nas últimas duas décadas, a Receita Federal não considera o peso dos impostos sobre a economia alto em relação a outros países. Segundo o órgão, o Brasil está numa posição intermediária na comparação com os 27 países da OCDE. Além disso, a Receita informa que alguns países como o Chile, cuja carga tributária soma 21,8% do PIB, não tem Previdência Social. A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda alega que a carga tributária líquida, que desconta dos tributos arrecadados o retorno à sociedade por meio de subsídios e das transferências de renda, ficou praticamente estável nos últimos anos, passando de 18,39% em 2002 (dado mais antigo disponível) para 19,82% em 2012. Segundo a secretaria, a carga tributária líquida é mais importante que a carga bruta porque considera as devoluções do governo, que aumentam a renda disponível do setor privado e o bem-estar das famílias. Fonte: Valor Econômico – 04-07 Aplicativo revela carga tributária de produtos em supermercados Com o objetivo de identificar os impostos dos produtos comercializados nos supermercados, apresentando sua tributação por meio da descrição ou da leitura do código de barras, a Systax, empresa de inteligência fiscal, acaba de lançar um serviço de utilidade pública: o aplicativo “Impostos no Supermercado”, com versões para Android e iOS. Inserido no contexto da Lei da Transparência Fiscal, o aplicativo identifica o montante da carga tributária e permite conhecer os impostos incidente em cada fase da comercialização, passando pela indústria, atacado e varejo. As informações também são apresentadas por tributo, ou seja, IPI, PIS, COFINS e ICMS, explica o diretor da Systax, Fábio Rodrigues. Segundo ele, são mais de 1,5 milhão de regras atualizadas diariamente pela Systax, envolvendo operações com todos os estados brasileiros. A Lei 12.741/12, aprovada em dezembro de 2013 e publicada no Diário Oficial no mês passado, obriga as empresas a informarem, na nota fiscal, todos os impostos que o consumidor paga. As médias e grandes serão obrigadas a separar a informação na nota fiscal entre os impostos pagos para a União, para o estado e a parcela do município. A informação pode ser em reais ou em percentual. Já as micro e pequenas empresas que optaram pelo simples nacional podem informar apenas o valor da alíquota. As lojas também poderão informar os impostos que existem nos produtos e nos serviços em cartazes, painéis ou tabelas. Daqui a seis meses, o comerciante que não se adaptar às novas regras vai pagar multa. Fonte: Portal Varejista – 04-07 Copa tem efeito negativo e comércio 'encolhe' 3,2% em junho, diz Serasa Feriados e expediente menor reduziram atividade do setor. No primeiro semestre, comércio cresceu 3,6%. A atividade do comércio recuou 3,2% em junho frente ao mês anterior, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (3) pela Serasa. Na comparação com junho de 2013, houve leve alta, de 0,7% – bem abaixo da registrada em maio, de 5,2%. Com o resultado de junho, o comércio acumulou, no ano, alta de 3,6% no semestre, frente ao mesmo período do ano passado. A piora nos dados de junho, segundo a entidade, foi resultado dos feriados decretados em algumas cidades do país por conta da Copa do Mundo, e da redução do expediente do comércio nos dias de jogos, que reduziram o volume de negócios na maioria dos segmentos. “Outros fatores que provocaram a diminuição do número de consumidores nas lojas foram: a elevação das taxas de juros; a menor geração de empregos no mercado de trabalho; o baixo índice de confiança dos consumidores e as incertezas com relação à economia”, diz a Serasa em nota. Entre os setores, a maior queda na passagem de maio para junho foi registrada em material de construção, de 13,1%, seguida por combustíveis e lubrificantes (-12,3%); veículos, motos e peças (-6,4%); supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas (-4,2%) e móveis, eletroeletrônicos e informática (-3,0%). Apenas o segmento de tecidos, vestuário, calçados e acessórios não teve piora, ficando estável frente a maio. Fonte: G1 Economia – 04-07
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