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Clipping Diário - 04/05/2014

Publicado em 04/05/2014

Oportunidade ao comércio Em 2000, como parte da programação dos festejos de 150 anos de Blumenau, surgiu um evento que hoje é referência para Santa Catarina e para o Brasil: o Stammtisch. Já são dúzias de municípios catarinenses que fazem suas próprias versões da festa. Fora uma ou outra adaptação, o principal permanece o mesmo: chamar para a rua os grupos que cultivam o tradicional congraçamento periódico em restaurantes, clubes ou nas casas dos integrantes. Lá se vão 14 anos, e fico um tanto intrigado com a polêmica que ele ainda rende. É um evento que faz 20 mil pessoas passarem em frente às vitrines dos lojistas da rua XV de Novembro. Minha pergunta: será que o comércio pode perder uma oportunidade dessas? Pois teve loja que vendeu na segunda-feira posterior ao evento, 28 de abril, três vezes mais do que nas demais segundas. Já fechou a cota de quarta-feira no primeiro dia útil da semana. Melhor “ressaca” do Stammtisch não poderia haver. Quem comprou? Gente que viu o produto no sábado e voltou o mais rápido para comprá-lo. É uma oportunidade que está aí e que tem que ser aproveitada. O Stammtisch leva à rua XV uma parte da cidade que vem ao Centro duas, três vezes ao ano, pois faz suas compras no bairro onde vive. Atrai ainda muitos que chegam de outras cidades para conhecer o tão comentado evento – aliás, muito mais conhecido do que o blumenauense imagina – e com certeza está de olho nas vitrines. Não podemos imaginar o sábado de Stammtisch como um sábado qualquer do comércio local. Há várias estratégias que podem estimular as vendas para o lojista, como expor seu produto na rua, distribuir folhetos, lançar promoções que chamem a atenção do público para a sua loja. São só alguns exemplos do que é possível fazer. Com certeza, há muitas outras possibilidades. Fonte: Jornal de Santa Catarina – Artigo – 04-05   Expectativa é de novos voos para os catarinenses Do Oeste à Grande Florianópolis, Santa Catarina terá em breve novas opções de voos. O Aeroporto Internacional Hercílio Luz, na Capital, deverá receber mais uma conexão direta para Buenos Aires em agosto. Já no Aeroporto Serafin Enoss Bertaso, em Chapecó, a Azul pretende retomar os dois voos diretos para Florianópolis, disponibilizando até naves maiores. A companhia argentina Aerolíneas solicitou à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) um voo direto e diário de Florianópolis ao Aeroporto Internacional de Ezeiza, em Buenos Aires. A conexão começaria a ser operada em 1º de agosto, com saída às 2h10min e chegada a Ezeiza às 4h20min. No sentido inverso, as decolagens de Buenos Aires seriam às 23h30min com aterrissagem na Capital à 1h30min. A Anac informou que a aprovação do voo está em análise. Segundo a agência, a confirmação depende de diversos fatores, como capacidade do aeroporto, tipos de equipamentos usados nos terminais e horários disponíveis. Se aprovado, o voo da Aerolíneas vai ser um reforço às duas operações diretas e diárias entre Florianópolis e Buenos Aires hoje, operadas pela Gol. Em função de ajustes em sua malha aérea, a Azul deixou de operar em 7 de abril dois voos diretos de Chapecó a Florianópolis, o destino mais procurado no aeroporto municipal Serafin Enoss Bertaso. A cidade do Oeste de Santa Catarina perdeu um terço dos voos diretos para a Capital. Hoje apenas Gol e Avianca operam a conexão. Azul pretende retomar voos em Chapecó O administrador do aeroporto, Eglon Buraseska, conta que recentemente esteve em Campinas, na sede da Azul, questionando a companhia sobre o cancelamento, afinal, como ele afirma, o aeroporto de Chapecó atende à população de 33 municípios da região, que procuram principalmente pelo destino Florianópolis. Segundo Buraseska, a Azul informou que o cancelamento dos voos foi parte da rearticulação de sua malha aérea em função da Copa. Como vai aumentar a demanda para as cidades-sede, a companhia moveu alguns de seus voos de aeroportos regionais para destinos mais procurados. Mas, de acordo com Eglon, a companhia quer retomar os voos para Chapecó depois do mundial, e ainda oferecendo naves maiores. De um modelo para 70 passageiros, a Azul passaria a disponibilizar um avião com 125 lugares. Fonte: Jornal de Santa Catarina – 04-05   Mudanças O presidente da Fecomércio-SC, Bruno Breithaupt, vai apresentar novos integrantes da diretoria da instituição em evento na próxima terça-feira, às 10h. Também vai revelar a bandeira para a gestão 2014-2018 e projetos de investimentos do Sesc e Senac no Estado. Fonte: Jornal de Santa Catarina – 04-05   Pausa para descansar e NEGOCIAR Além de um bom momento para fazer networking, a parada estabelecida pelo COFFEE BREAK permite retomar a concentração para os eventos Pode parecer apenas um intervalo para o lanche, mas seu poder é maior do que isso. Além de o coffee break ser o momento ideal para fazer networking, o especialista Marcos Fritzke, dono da D’Marcos Buffet para Eventos, explica que a interrupção após algumas horas de atenção é fundamental para oferecer uma pausa à mente. – É como um motorista que para um pouco para descansar durante a viagem – afirma, referindo-se ao efeito que a parada exerce no retorno da concentração e disposição indispensáveis para a próxima etapa da jornada. O coffee break também influencia a imagem que os participantes levarão do evento. Ele nunca passa despercebido, e quando algo se sobressai para o bem ou para o mal, aparece nos questionários aplicados no final dos encontros. Referências bem específicas sobre um alimento não são raras. Janara Ziliotto, gerente comercial da Bokitos Doces e Salgados, já viu algumas delas e diz que uma iguaria pode render elogios e destacar o bom gosto e apreço à qualidade do organizador. – Em um evento interno da empresa, o cuidado na preparação do coffee break também demonstra que a empresa valoriza seus funcionários – diz Janara. Segundo ela, quando a organização disponibiliza cursos após o expediente, deve oferecer um lanche reforçado e caprichado, e isto será reconhecido pelos trabalhadores. É preciso bom senso na escolha do horário e do tipo de alimento. Marcos destaca que, durante a manhã, o cardápio deve ser mais leve do que no período da tarde. Um bom coffee break apresenta variedades entre doces e salgados, não oferece frituras e tem opções de frutas, água, café e leite. Um dos maiores pecados, segundo o especialista, é errar o horário de servi-lo. Ele já presenciou coffee breaks às 11 horas, 14h30 e até às 18h30 – horários muito próximos de outras refeições. Como padrão, 10 horas e 16 horas são os aconselháveis. A duração depende do número de convidados. Para até 20 pessoas, um intervalo de 15 minutos é o suficiente. Um evento para mil pessoas exige um tempo maior para que todos consigam se servir, e pode chegar a 45 minutos. Fonte: A Notícia- 04-05   Indústria catarinense perde bilhões com feriados e baixa qualificação Há um movimento no país para reduzir quantidade de feriados prolongados Numa edição recente, a revista inglesa “The Economist” retratou o Brasil como o pior dos mundos em relação à qualidade da mão de obra, chamou os brasileiros de improdutivos e fez comparações com outras economias emergentes que nos colocam no chinelo em termos de produtividade. O país do futebol, da próxima Copa do Mundo, do samba e da malemolência tropical, que tanto fascina os estrangeiros que gostam de sair da linha, é também o lugar aonde a educação vai mal, a burocracia atravanca a produção, a carga tributária é gigantesca e falta segurança jurídica para investir e gerar trabalho e renda. Como um país com tanto mercado, potencial e próximo ao pleno emprego está na rabeira quando o assunto é competitividade?   Educação baixa e a consequente falta de qualificação prejudicam a produtividade catarinense Para os especialistas, não impressiona a informação de que a produtividade no trabalho respondeu por 40% do aumento do PIB (Produto Interno Bruto) no Brasil entre 1990 e 2012, enquanto na Índia o índice foi de 67% e chegou a 91% na China. Não se pode dizer que o brasileiro não trabalha – ele trabalha muito, mas rende pouco. A gênese do problema, para a maioria dos analistas, está na educação. A CNI (Confederação Nacional da Indústria) desenhou um mapa estratégico no ano passado que enumera as ações necessárias para melhorar a produtividade até 2022, e colocou o nível de ensino como o principal vilão do atraso nacional. Aqui, apenas 53% dos trabalhadores no setor têm do ensino médio para cima e 69% das indústrias admitem enfrentar dificuldades para contratar mão de obra qualificada. Nem num contexto mais paroquial o desempenho é razoável. A mesma CNI dá conta de que entre 15 países da América Latina, o Brasil está em 13º em condições de infraestrutura logística e em 14º nos quesitos competitividade e peso tributário. “Sem inovar, a produtividade não cresce, e inovação depende da educação”, afirma o responsável pela área de planejamento e controle de gestão da Fiesc (Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina), Carlos Henrique Ramos Fonseca.   Só a produtividade gera riqueza A CNI elaborou a Carta da Indústria, que será entregue aos candidatos à presidência da República este ano, e a Fiesc fez o mesmo em Santa Catarina, alertando os postulantes ao cargo maior do Estado sobre as grandes demandas do setor. Nos dois casos, citam-se os gargalos de infraestrutura (portos pouco eficientes, rodovias em mau estado, riscos de abastecimento energético), legislação trabalhista defasada, alto custo do dinheiro, falta de políticas setoriais e de uma tributação simplificada e transparente. Mas nem só dos governos depende uma saída para tantos desafios. “É preciso melhorar a gestão empresarial, formar cadeias globais de valor e acompanhar as mudanças de preferências dos consumidores”, ensina Carlos Henrique Fonseca, da Fiesc. Para o técnico, só a produtividade alta leva à geração de riqueza. Nesse ponto, as empresas também pecam quando contratam mais por intuição do que pelo domínio de tecnologias que o funcionário pode ter, o que poderia agregar valor a uma contratação. Para fazer o cálculo, os especialistas dividem o PIB pelo número de empregados na indústria. Uma prova da defasagem está num levantamento do Ministério do Trabalho e Emprego mostrando que, entre as pessoas que recebem até um salário mínimo, 46,7% têm não concluíram o ensino fundamental. E são pessoas que não concluíram o nível médio as que trabalham mais tempo – 45 horas por semana – e que, por isso, encontram mais dificuldades para se reciclar e qualificar.   Brasil vai mal no ranking da educação Pela complexidade do problema, eliminar as deficiências na área da educação, pelo menos no médio prazo, é vital para o Brasil. O site da CNI (www.portaldaindustria.com.br) dá um panorama da situação: “O Global Competitiveness Report 2012-2013 coloca o Brasil na 126ª posição em termos de qualidade da educação primária, atrás de países como México, Chile, Rússia e Espanha, e 57ª posição no pilar educação superior e treinamento. Em termos de disponibilidade de engenheiros e cientistas, o mesmo relatório avalia que o Brasil está na 113ª posição entre 144 países.” Por isso, a proposta da entidade é que a nota média dos brasileiros no Pisa, programa que avalia o desempenho dos estudantes de 67 países, que era de 401 pontos em 2009, chegue a 435 pontos em 2015 e a 480 pontos em 2021. Para qualificar a mão de obra em Santa Catarina, a Fiesc criou o Movimento da Indústria pela Educação, que envolve mais de 1.000 empresas, em várias frentes. Os focos são a qualificação técnica, a recuperação da escolaridade e a inovação (por meio de sete institutos de tecnologia e de três institutos de educação), em parceria com a rede nacional do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial). “Isso aumentará a facilidade de acesso ao emprego”, diz Carlos Henrique Fonseca, da área de planejamento e controle de gestão da federação. “No Brasil, todas as atenções estão voltadas para o ensino superior, quando seria melhor investir nos cursos médios”, conclui.   O peso dos feriados sobre a produção industrial Para os trabalhadores, o assunto é delicado, mas há um movimento pela redução do número de feriados e pela extinção dos feriadões no Brasil. Uma das entidades que está por trás dessa briga é a Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), que associa o excesso de dias parados à baixa produtividade das empresas. Estudo publicado este ano pela entidade mostra que o país deixará de produzir até 3,6% do seu PIB industrial por causa dos feriados nacionais e estaduais em 2014. Em valores nominais, isso significa um prejuízo de R$ 45,5 bilhões, patamar 2,8% superior ao do ano passado. Os jogos do Brasil na Copa do Mundo, quando tudo deverá parar, jogaram para cima a projeção das perdas. O estudo da federação carioca abarca todos os Estados e mostra que as perdas provocadas pelos feriados chegarão a R$ 2,2 bilhões em Santa Catarina em 2014. São Paulo, Estado mais rico do país, terá uma quebra estimada em R$ 15,6 milhões no ano, seguido pelo Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. No documento “O Custo Econômico dos Feriados”, a Firjan mostra que 30 dos 44 feriados estaduais no Brasil inteiro cairão em dias úteis – situação é mais grave no Acre, Alagoas e Amazonas, com três dias de feriado e perda estima de 4,4% do PIB industrial. Este ano também é pródigo em feriadões, quando surgem os pontos facultativos e a prática do “enforcamento” de dias próximos aos feriados – casos do Carnaval, Páscoa e Tiradentes, Dia do Trabalho e Corpus Christi. Em Natal (RN), chega-se a uma situação absurda: por causa da Copa do Mundo, haverá apenas dois dias úteis entre 12 e 24 de junho. A contrapartida virá com os mais de 600 mil turistas estrangeiros e mais de três milhões de brasileiros viajando pelo país entre junho e julho – juntos, eles gastarão mais de R$ 25 bilhões, azeitando a economia.   Professor questiona critérios da revista Para o professor Silvio Cario, do departamento de Economia e Relações Internacionais da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), a baixa produtividade do trabalho decorre, entre outros fatores, do nível tecnológico que as empresas brasileiras apresentam. Dentro de um mesmo setor industrial, há empresas avançadas, enquanto a maioria apresenta defasagem tecnológica. “A tecnologia contribui fortemente para se alcançar níveis maiores de produtividade, ainda que o trabalhador participe deste processo”, afirma. No caso da reportagem da revista “The Economist”, o equívoco estaria na análise voltada apenas para o desempenho do trabalhador. Além da responsabilidade do empresário de fazer investimento e modernizar o parque produtivo em linha com o padrão mundial do setor em que atua, é preciso pensar na infraestrutura do país, em melhorias nas estradas, nos portos, nos aeroportos, nas fontes de energia e nas comunicações. “Constitui uma postura conservadora e discriminatória considerar a baixa produtividade brasileira o pouco compromisso do trabalhador com o trabalho”, diz Cario. Há que considerar também que o processo de desenvolvimento brasileiro ocorreu tardiamente em relação aos países desenvolvidos. Quando o Brasil começou a desenvolver sua economia, os países centrais já se encontravam em estágio avançado de desenvolvimento. “No curso deste desenvolvimento, os países desenvolvidos foram impondo condições que contribuíram para o nosso atraso”, ressalta o professor. Além disso, a dimensão territorial do Brasil requer esforços além do que fizeram muitas nações desenvolvidas. Contudo, ele reconhece que o gasto percentual de 2,2% do PIB com infraestrutura é baixo e que as parcerias público-privadas podem ser o caminho desejado. Sobre a proposta de reduzir o número de feriados, Silvio Cario afirma que “há que se encontrar nova fórmula para os dias comemorativos que não implique no processo produtivo”. Este processo, diz ele, não pode ser decidido somente entre as empresas e governo, mas requer a participação dos trabalhadores. Fonte: Notícias do Dia – 04-05

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