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Clipping Diário - 03/06/2014

Publicado em 03/06/2014
Clipping Diário - 03/06/2014

Meia-boca Apesar de toda a estrutura da reforma da ala norte do Mercado estar concluída, o que mais se viu na reabertura do espaço foram portas abaixadas e gente trabalhando ainda na parte interna dos 76 boxes. Apenas quatro lojas abriram oficialmente ontem. Fonte: Diário Catarinense – Visor – 03-06   Namorados e jogos Os shopping centers estão otimistas para as vendas ao Dia dos Namorados, na mesma data da estreia do Brasil na Copa do Mundo. O grupo Almeida Junior decidiu colocar telões nos cinco shopping centers que têm no Estado. As lojas vão fechar só meia hora antes dos jogos e voltarão a abrir logo após. Para incrementar as vendas em até 14% neste ano no Dia dos Namorados, os shoppings do grupo estão sorteando automóveis Gol e presenteando os consumidores com cachecol da torcida. Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti – 03-06   PIB fraco mesmo com juro estável Economistas mostram pouca esperança por uma reação nos investimentos e consumo das famílias Com o fraco desempenho da economia no primeiro trimestre, cresceram as apostas de que o Comitê de Política Monetária (Copom) deu de fato fim ao ciclo de alta do juro. Junto à revisão para baixo do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano de 1,63% para 1,5%, o boletim Focus, divulgado ontem pelo Banco Central (BC), mostrou que o mercado financeiro espera agora a manutenção da Selic em 11% ao final do ano. O freio no juro, porém, traz pouca esperança entre economistas quanto a uma reação em indicadores como nível de investimento e consumo das famílias, que decepcionaram com recuos de 2,1% e 0,1%, respectivamente. E mesmo que a maioria do mercado espere a estabilidade da Selic, há quem projete novas elevações neste ano por um possível recrudescimento da inflação. Para Guilherme Moreira, gerente do departamento de estudos econômicos da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), existe até o risco de o investimento acabar 2014 em queda. – A confiança da indústria devido às perspectivas da economia está muito baixa – diz Moreira. No lado do consumo, a sinalização de juro estabilizado também deve ter influência nula, diz Altamiro Carvalho, assessor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio). – O consumo desacelera desde o ano passado, quando a Selic estava bem mais baixa. Ocorre que o consumidor está com receio de comprometer a renda, já corroída pela inflação – afirma Carvalho. Taxa poderá subir após a Copa do Mundo O acerto da interrupção da sequência de alta da Selic também é questionada. – Não fosse a eleição, o juro continuaria subindo. O aumento de alguns preços, como energia, novo reajuste dos combustíveis e transporte público, em algum momento vai acontecer – afirma Miguel Ribeiro de Oliveira, diretor da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac). Para Ribeiro, a Selic pode voltar a subir após as eleições. Celso Grisi, presidente do Instituto Fractal de Análises de Mercado, não descarta que isso ocorra antes do pleito. Diante de outra escalada dos preços, o custo eleitoral de uma inflação ascendente seria superior a uma nova alta do juro básico, entende o economista. Fonte: Diário Catarinense – Economia – 03-06   Peixarias aprovam novo endereço Estrutura instalada no terminal velho atrai clientela durante a revitalização da ala sul do Mercado Público de Florianópolis No auge da safra da tainha, as peixarias do Mercado Público começaram a funcionar ontem em tendas no terminal Cidade de Florianópolis, até que a revitalização da ala sul fique pronta – prevista para dezembro. Durante todo o dia, o movimento no novo local foi parecido com o que os peixeiros estavam acostumados. Os comerciantes da região aproveitam a nova vinhança e acreditam que ela trará bem mais clientes. Foi o caso da lanchonete de Reni Joaquim de Souza, que, na primeira hora da manhã de ontem, já sentiu a diferença: – Já está bem melhor o movimento. É bom ocupar esse terminal. Tem uma estrutura gigante e vive vazio – diz o comerciante. As peixarias foram montadas sob tendas brancas com balcões padronizados, de costas para as plataformas de ônibus e de frente para a Rua Antônio Luz. Toda a estrutura de armazenagem do pescado que era usada no Mercado foi aproveitada e reinstalada no terminal velho. Nem mesmo o cheiro de peixe foi encarado pelos locais como um inconveniente. Para Marcelo Jaques, proprietário da Peixaria do Chico, a primeira impressão do novo local foi “maravilhosa”. Durante o final de semana de instalação dos equipamentos, o empresário disse que a prefeitura deu todo o suporte para que tudo funcionasse perfeitamente nesta segunda. Reabertura sem data confirmada A ala sul do Mercado Público amanheceu rodeada de tapumes. Dentro, comerciantes retiravam equipamentos e o que restou do estoque. A reforma da ala norte terminou, mas ela permanece fechada. Falta os lojistas se instalarem. Na manhã de reabertura para os lojistas, operários instalavam portas e finalizavam calçadas. Conforme a prefeitura, é a primeira vez que o Mercado fecha totalmente ao público para reforma. Em 2005, quando a ala norte foi fechada após um incêndio, a outra parte do Mercado continuou atendendo normalmente. Fonte: Diário Catarinense – Geral – 03-06   A Ilha mais aliviada A Ilha não espicha e isso levou duas entidades catarinenses a aproveitar espaços no seu entorno, como sugerido na coluna de ontem. Aliás, fizeram um pouco mais: as duas vão dividir o mesmo prédio, otimizando espaço. A Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc) e a Associação Catarinense dos Supermercados (Acats) decidiram em maio construir sua sede na parte continental, próximo às cabeceiras das pontes. Serão cerca de 2 mil metros quadrados para a Facisc, mil metros quadrados para a Acats, 4 mil metros quadrados para garagens, auditórios e áreas comuns. A Ilha não espicha, mas podemos fazê-la respirar um pouco mais aliviada. Fonte: Diário Catarinense – Cacau Menezes – 03-06   Estrela Almoço-debate de varejo do Lide Santa Catarina hoje no CentroSul, em Florianópolis, terá como convidada especial Luiza Helena Trajano, a poderosa presidente do Magazine Luiza. Fonte: Diário Catarinense – Cacau Menezes – 03-06   Acij define novo comandante Advogado João Martinelli vai assumir o comando da entidade empresarial no lugar de Mario Cezar de Aguiar para mandato de um ano. A posse está marcada para o próximo dia 30 de junho O advogado João Martinelli foi eleito presidente da Associação Empresarial de Joinville (Acij) em votação realizada nesta segunda-feira, na sede da entidade. Martinelli já era um dos vice-presidentes da associação e irá substituir o empresário Mario Cezar de Aguiar. O mandato será de um ano. A posse oficial está marcada para o dia 30 de junho. Além da nova diretoria, foram eleitos os integrantes do novo conselho fiscal da Acij, que terão mandato de um ano. Metade dos membros dos conselhos deliberativo e superior também foi renovada. Martinelli construiu carreira na advocacia. O escritório fundado por ele, a Martinelli Advocacia Empresarial, é especializado em direito empresarial e tem uma das bancas mais prestigiadas e admiradas do País, com presença frequente no anuário Análise Advocacia 500, realizado pela Análise Editorial. O novo presidente vai manter as atuais plataformas de defesa da Acij, principalmente no que se refere à mobilidade urbana. Obras na avenida Santos Dumont, no Aeroporto de Joinville e na rua Dona Francisca, próximo ao eixo industrial, devem centralizar o debate. Mas ele também defende uma aproximação maior com a sociedade. – Queremos identificar e estar mais próximos dos grandes problemas da comunidade. A segurança pública é uma questão importante – ressalta Martinelli. Uma de suas primeiras ações à frente da Acij será marcar uma audiência com o governador Raimundo Colombo para discutir o tema. No encontro, que ainda não tem data para ocorrer, Martinelli vai reivindicar aumento de efetivo policial e a instalação imediata de câmeras de segurança pelas ruas. Fonte: A Notícia – Economia – 03-06   CATARINENSES ENDIVIDADOS Pesquisa da Fecomércio revela que, na comparação entre o mês de abril e maio deste ano, o número de catarinenses endividados subiu 2,9 pontos percentuais, passando de 54,9% para 57,8%. As famílias com renda superior a dez salários mínimos continuam as mais endividadas: 65,6% delas têm dívidas. Foram entrevistados consumidores de Joinville, Blumenau, Chapecó, Florianópolis e Itajaí. Também subiu o total dos muito endividados. Passaram de 7,1% em abril para 12,1% em maio. Na faixa dos mais ou menos endividados, a alta passou de 17,1% para 21,3%. EM ATRASO Pelo menos uma em cada cinco famílias (24,2%) afirmou que não terá condições de pagar totalmente suas dívidas. O percentual foi maior (28,6%) no mês anterior. Fonte: A Notícia – Claudio Loetz – 03-06   Feira e congresso abrem as portas nesta terça Depois da obertura oficial, ontem à noite, a 27ª Feira de Produtos, Serviços e Equipamentos para Supermercados (Exposuper) dá a largada hoje para a feira de negócios e para as palestras e workshops. Serão 200 expositores apresentando soluções para os supermercadistas e mais de 40 atividades paralelas. O evento acontece até sexta-feira, na Expoville, e deve reunir 35 mil visitantes, movimentando R$ 100 milhões em negócios. O QUÊ: 27ª Exposuper. QUANDO: até a próxima sexta-feira, dia 5. A programação do congresso tem início às 9 horas. ONDE: complexo da Expoville (rua 15 Novembro, 4.315, bairro Glória). MAIS INFORMAÇÕES: www.exposuper.com.br. Fonte: A Notícia – Economia – 03-06   Estacionamento em frente ao Largo da Alfândega está automatizado e mais caro MultiPark, que venceu licitação no ano passado, fez melhorias e reajustou o valor da hora para R$ 3,50 Acesso ao estacionamento passou da Paulo Fontes para a rua ao lado, a Deputado João Bertoli O estacionamento da MultiPark, em frente ao Largo da Alfândega, no Centro da Capital, está de cara nova. Alvo de críticas após vencer a licitação no ano passado e assumir o serviço que era da Aflov, a empresa pavimentou todo o pátio e as cancelas das entradas e saídas estão automatizadas. Até o dia 10, o estacionamento estará readequado e apto para receber motocicletas. Outra novidade é a mudança do acesso, que da avenida Paulo Fontes passou para a rua deputado João Bertoli, ao lado do Ticen. Com as melhorias, o valor da hora passou de R$ 2,50 para R$ 3,50.   Na entrada, uma câmera registra a placa do veículo no tíquete. A automatização e as melhorias na infraestrutura estavam previstas na licitação, que permitia ainda o aumento de R$ 1 no valor da hora. O estacionamento tem capacidade para 580 vagas. Atendendo pedido da Secretaria de Desenvolvimento Urbano da Capital, a MultiPark recuou em média cinco metros do muro que cerca o estacionamento. “A prefeitura pretende construir aqui a passarela jardim”, disse o gerente de operações regionais da empresa, Odirley Ângulo Elizeu. Ele se refere ao projeto de revitalização do aterro da baía sul. A obra ligará a avenida Paulo Fontes ao mar, passando pela lateral norte no CentroSul.  “Ficou bem melhor e a automatização faz parte do progresso”, disse o cobrador de ônibus Daniel Fabiano, 40 anos. “Só falta cobertura para os clientes na área dos caixas. Em dias de chuva miúda e vento sul fica complicado”, alertou. Fonte: Notícias do Dia – Cidade – 03-06   Na Copa Percebendo que muita gente aproveita o menor movimento para fazer suas compras, as lojas do Angeloni vão funcionar normalmente durante os jogos do Brasil na Copa do Mundo. Fonte: Notícias do Dia – Panorama – 03-06   Sem clima A ala Norte do Mercado Público de Florianópolis foi reaberta segunda, 2, com os operários ainda dando os últimos retoques e praticamente vazia, conforme mostra a imagem. E sobre a ala Sul, recebi inúmeras mensagens de amigos, observadores e ex-frequentadores. Alguns chegam ao exagero de duvidar que a nova formatação seja implantada, outros não creem que o "clima de mercado" volte a reinar no ambiente depois da reforma iniciada pela prefeitura. Fonte: Notícias do Dia – Damião – 03-06   80% dos brasileiros usam cartão para parcelar, mas só um terço sabe dos juros SPC mostra que segurança é apontada como a maior vantagem e a perda de controle dos gastos, o principal risco   Um estudo feito pelo portal 'Meu Bolso Feliz', uma iniciativa de Educação Financeira do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), mostra que o cartão de crédito é a modalidade de pagamento mais utilizada pelos consumidores na hora de parcelar uma compra: 83% dos entrevistados afirmam ter incorporado esse costume em seu dia a dia, sendo que quase um quarto (23%) dos consumidores ouvidos costuma fazer compras parceladas com o chamado 'dinheiro de plástico' ao menos uma vez por mês. A pesquisa foi encomendada para traçar os hábitos e os comportamentos mais comuns do brasileiro na hora de utilizar as várias opções de crédito disponíveis no mercado. A pesquisa apresenta também um diagnóstico preocupante ao revelar que mais da metade (57%) dos consumidores entrevistados já usou ou tem o hábito de usar o crédito rotativo - situação em que o consumidor opta por pagar apenas o valor mínimo da fatura do cartão. Um agravante é que a maioria dos consumidores (77%) reconhece não ter conhecimento do valor dos juros cobrados nesse tipo de operação. Na avaliação de José Vignoli, educador financeiro do portal 'Meu Bolso Feliz', o cartão de crédito pode ser um vantajoso instrumento de financiamento, já que oferece parcelamento quase a custo zero, com exceção do valor cobrado pela anuidade. "O cartão de crédito trouxe conveniência e segurança porque viabiliza o poder imediato de compra, mesmo que o consumidor não disponha de dinheiro no momento do uso. Mas para usufruir das vantagens, é preciso controle para que a pessoa não gaste mais do que efetivamente possa pagar. Aqueles consumidores que não quitam o valor integral da fatura correm o risco de cair no efeito 'bola de neve', já que hoje, a taxa média cobrada nessas operações gira em torno de 200% ao ano. É uma das maiores do mundo", alerta o educador. Outra constatação do levantamento é que até mesmo entre os consumidores que não possuem cartão de crédito no próprio nome (23%), o seu uso é algo comum. Desse percentual, quatro em cada dez consumidores (43%) revelam ter o hábito de pedir o cartão emprestado a parentes ou amigos para realizar compras parceladas. A prática aparece com mais frequência entre os brasileiros mais jovens (53%) e as mulheres (48%). Usar o cartão pode ser vantajoso Na opinião dos consumidores entrevistados, a segurança é a principal vantagem oferecida pelo cartão de crédito (30%) na comparação com outros meios de pagamento, uma vez que ele substitui o dinheiro de papel na carteira e pode ser facilmente bloqueado em casos de furto ou roubo. Outros benefícios também percebidos pelos consumidores é a possibilidade de parcelar uma compra em várias prestações (28%), poder pagar a prazo (19%) e poder comprar um bem mesmo sem ter dinheiro disponível no dia (15%) - fatores que acabam aliviando momentaneamente o bolso do consumidor. O estudo revela ainda que há uma percepção diferente entre os gêneros quando são avaliadas as facilidades ofertadas pelo uso do cartão de crédito. Para os homens, a maior vantagem é a segurança que o cartão proporciona (34%), enquanto que para as mulheres, poder parcelar em várias vezes (33%) figura como o benefício mais relevante. Apesar de uma parcela reduzida de apenas 5% dos consumidores citarem os programas de milhagem como o principal atrativo do uso do cartão de crédito, 32% dos consumidores admitem dar preferência aos cartões na hora de parcelar uma compra para ganhar milhas ou somar pontos em programas de benefícios, que geralmente são convertidos em descontos ou prêmios. O percentual sobe para 39% entre os homens e atinge 42% dos entrevistados das classes A e B. Para o educador financeiro José Vignoli, o cartão de crédito pode ser um aliado dos consumidores no controle do orçamento pessoal. Concentrar os gastos numa única data de fatura e poder visualizar a partir do extrato para onde o dinheiro está indo é um facilitador de tempo e planejamento, explica o educador. "O grande diferencial do cartão de crédito é que ele proporciona poder de compra. Isso significa que o consumidor pode adquirir um bem mesmo sem ter o dinheiro. Porém, essa é uma vantagem que se transforma facilmente em desvantagem, quando não há controle. O cartão de crédito, ao contrário do que muitos pensam, não é um vilão para o consumidor. Tudo depende de como ele é utilizado", garante. Ameaças do cartão de crédito Já em relação aos perigos oferecidos pelo cartão de crédito, quatro em cada dez entrevistados (39%) atribuem à facilidade de compra como a principal causa das compras supérfluas, seguida pela dificuldade em manter o controle do valor das compras realizadas (36%) e não resistir às compras por impulso (16%). "Estudos do SPC Brasil mostram que os maus hábitos de planejamento financeiro são a principal causa da inadimplência das famílias, independentemente do nível de renda. Isso significa que o consumidor precisa estar preparado e bem informado para usar o cartão de crédito a seu favor", afirma a economista-chefe do SPC Brasil, Luiza Rodrigues. Parcelamentos e número de cartões Diante de todas as facilidades e conveniências do cartão, a maioria dos entrevistados (61%) admite que no momento de parcelar uma compra, o que mais pesa é se o valor de cada prestação cabe no bolso e não se os juros embutidos impactam no valor final do produto. "Existe um comportamento imediatista por parte do consumidor brasileiro, que tende a ignorar o valor de custos secundários como a multa paga por atrasar o pagamento da fatura ou o juro cobrado pelo uso do crédito rotativo. Esse é o grande risco. Pequenos gastos vão se somando e sem demora se transformam em uma quantia imensa e difícil de ser paga", alerta a economista Luiza Rodrigues. Exemplo que pode explicar esse comportamento de risco, é que quase um terço (32%) dos consumidores têm, atualmente, quatro ou mais compras parceladas no cartão de crédito e 22% dos entrevistados afirmam possuir três ou mais cartões, incluindo cartões de loja, os chamados 'private label'. "Claro que um consumidor organizado pode ter dois, três ou mais cartões, que não haverá problema. No entanto, é preocupante que uma parcela tão expressiva da população ande com mais de um cartão na carteira e ainda assim, ignora a cobrança de juros e os riscos de não pagar uma fatura integral", afirma Vignoli. Colocando as contas em dia Para quem se endividou no cartão e está com dificuldades para pagar as parcelas atrasadas, o 'Meu Bolso Feliz' oferece, gratuitamente, pela internet um serviço de simulador de troca de dívida. Com ele, o internauta descobre o quanto consegue economizar de juros caso opte por substituir a dívida do rotativo por um empréstimo pessoal consignado, cujas taxas cobradas ao consumidor são mais baratas. Fonte: Portal Adjori /SC – 02-06   Desemprego fica em 7,1% no 1º trimestre, aponta Pnad Contínua Segundo o IBGE, o resultado é menor do que o verificado no primeiro trimestre de 2013, de 8%, mas maior se comparado ao 4º trimestre do ano passado, quando a taxa foi de 6,2% RIO - A taxa de desocupação no Brasil ficou em 7,1% no primeiro trimestre de 2014, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado é menor do que o verificado em igual trimestre de 2013, quando a taxa de desemprego foi de 8%. No quarto trimestre de 2013, entretanto, a taxa tinha sido de 6,2%. O IBGE vive uma crise com seus servidores. Em Abril, foi anunciado que a Pnad Contínua seria suspensa até 2015, o que causou revolta entre os funcionários. Mesmo com a volta da pesquisa, os servidores, mantiveram a ameaça de greve, o que acabou se concretizando no fim de maio. Segundo o sindicato do setor, a adesão chegou a 70% dos servidores. A população desocupada no total do Brasil somou 7 milhões de pessoas no primeiro trimestre de 2014, montante maior que o verificado no trimestre imediatamente anterior, quando totalizava 6,1 milhões de indivíduos. No primeiro trimestre de 2013, a população desocupada havia somado 7,8 milhões de pessoas. Greve no IBGESUSPENSÃO DA PNAD CONTÍNUA EM ABRIL DEFLAGROU CRISE DO IBGE COM SERVIDORESMARCOS DE PAULA/ESTADÃO Os dados sobre a população ocupada mostram que 91,2 milhões de pessoas tinham alguma ocupação no primeiro trimestre de 2014, contra os 91,8 milhões verificados no trimestre imediatamente anterior.  No primeiro trimestre de 2013, a população ocupada somava 89,4 milhões de pessoas. Desde janeiro de 2014, o IBGE passou a divulgar uma taxa de desocupação com periodicidade trimestral para todo o território nacional. A nova pesquisa substituirá a partir de 2015 a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que abrange apenas seis regiões metropolitanas, e também a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) anual, que produz informações referentes somente ao mês de setembro de cada ano.  Carteira assinada. Cerca de 77,7% dos empregados do setor privado no País tinham carteira de trabalho assinada no 1º trimestre de 2014. O montante representa um avanço de 1,6 ponto porcentual em relação ao 1º trimestre de 2013, quando os postos formais representavam 76,1% dos trabalhadores.  As Regiões Norte (64,6%) e Nordeste (62,8%) mostraram os menores porcentuais de empregados formais no setor privado no primeiro trimestre do ano. No Sudeste, a formalização alcançou 83,1% dos funcionários; no Sul, 85%; e no Centro-Oeste, 76,9%. Fonte: O Estado de São Paulo – 03-06   Confiança cai e variação do PIB no 2º trimestre pode ser negativa Estudo da FGV-Ibre mostra piora das perspectivas em diferentes setores e relaciona esse pessimismo ao resultado final da economia A queda forte e generalizada em maio dos índices que medem a confiança de consumidores e de empresários da indústria, comércio, serviços e construção, que respondem por 60% da economia, indica um desempenho ainda pior do Produto Interno Bruto (PIB) neste trimestre, com risco de atingir um resultado negativo. Entre janeiro e março, a economia cresceu apenas 0,2% em relação ao 4º trimestre se 2013, descontado o comportamento típico do período, segundo o IBGE. “Há uma piora na percepção da conjuntura captada pelos índices de confiança que pode se transformar numa desaceleração ainda maior do PIB, que cresceu só 0,2% no 1.º trimestre. Isso significa que podemos ter resultado negativo no PIB do 2.º ou do 3.º trimestres, na comparação com período imediatamente anterior”, afirma Aloisio Campelo, superintendente de Ciclos Econômicos do Instituto Brasileiro de Economia, responsável pelos índices de confiança da FGV. Se a confiança aumenta em relação ao trimestre anterior, a economia cresce - e vice-versa SE A CONFIANÇA AUMENTA EM RELAÇÃO AO TRIMESTRE ANTERIOR, A ECONOMIA CRESCE - E VICE-VERSAINFOGRÁFICO/ESTADÃO Para chegar a essa conclusão, Campelo observou num período de quase dez anos uma forte correlação entre o comportamento da confiança dos empresários da indústria, comércio, serviços e construção e o resultado efetivo do PIB. Isto é, constatou que quando a confiança aumenta em relação ao trimestre anterior, descontados os efeitos sazonais, a economia cresce e vice-versa. Em 22 trimestres acompanhados desde o 3.º trimestre de 2008, Campelo observa que o PIB e a confiança não seguiram a mesma direção em apenas um trimestre, o segundo de 2013, quando a confiança caiu e o PIB se acelerou. Mas no trimestre seguinte, o PIB recuou e seguiu a confiança, afetada pelas manifestações de junho de 2013. Naquela ocasião, o descasamento ocorreu porque a economia ainda recebia estímulos ao consumo e havia crescimento por causa da aceleração da atividade no final do trimestre anterior. Neste segundo trimestre, no entanto, a economia herdou a desaceleração do final do 1.º trimestre, os estímulos ao consumo estão sendo retirados e os juros ao consumidor estão em rota ascendente. Reflexos. “A queda dos indicadores de confiança em abril e maio e a perspectiva negativa para este mês, por causa das paralisações com a Copa, vão ter um impacto bastante negativa no PIB do 2.º trimestre”, diz o economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale. Após o fraco resultado do 1.º trimestre, ele reduziu de 1,2% para 0,8% a taxa de crescimento do PIB do 2.º trimestre em relação a igual período de 2013. No 1.º trimestre, o PIB cresceu 1,9% ante o mesmo período de 2013. Assim como Campelo, Vale considera os índices de confiança um indicador antecedente do PIB. Nas suas contas, a confiança do consumidor e dos empresários do comércio, da indústria, do setor de serviços e da construção civil caiu 10% entre janeiro e maio. “Como a confiança tem forte relação com o PIB, este será mais fraco no segundo trimestre.” Também para o assessor econômico da Fecomércio-SP, Altamiro Carvalho, a queda de 25% da confiança do consumidor em maio em relação a mesmo mês de 2013, indica um segundo trimestre bem mais fraco, afetado principalmente pelo baixo desempenho do comércio. “O varejo vai ter problemas em abril e maio. Temos quase certeza”. Em 2013, o PIB do 2.º trimestre cresceu 1,6% em relação ao trimestre anterior. Para Carvalho, o resultado deste ano deve ficar entre 0,4% e 0,6%. Fonte: O Estado de São Paulo – 03-06    Lojas terão que detalhar impostos na nota fiscal a partir do dia 9 Depois de um ano para se adequarem à lei assinada pela presidente Dilma Rousseff, comerciantes terão que informar em suas notas fiscais o valor dos tributos embutidos nos produtos adquiridos pelos consumidores. A partir de 9 de junho, quem descumprir a norma poderá ser penalizado com multa, que pode variar de R$ 494 a R$ 7,4 milhões. Uma das maiores dúvidas é sobre a forma como a informação deve ser apresentada, já que a lei permite oferecê-la tanto nos cupons fiscais, quanto em painel colocado em local visível ou em outro meio eletrônico ou impresso. Quando o detalhamento estiver na nota fiscal, o dono da loja não é obrigado a informar o valor do imposto por produto, mas sim o valor aproximado do total da compra feita. A reportagem esteve em 17 estabelecimentos e constatou que são poucos os consumidores que sabem da informação. A assistente administrativa Camila Almeida, 26 anos, elogia a medida. "A gente sabe que paga muita coisa, mas não tem noção do quanto isso representa. Agora nós vamos ter", diz. ADEQUAÇÃO Na maioria dos locais visitados, as grandes redes já fornecem o valor aproximado de impostos, mas há exceções. A nota do McDonald's não trazia a informação sobre o imposto. No Walmart, quem quisesse saber quanto paga de tributos teria que fazer a consulta em uma lista extensa no balcão de atendimento ao cliente. As duas empresas informaram que até o dia 9 estarão adequadas à legislação. Embora cerca de dez milhões de locais no país tenham que fornecer a informação, segundo o IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação), menos de dois milhões baixaram o programa gratuito. "Os empresários, principalmente pequenos e médios, têm dificuldade de entender como adotar a medida", diz a assessora jurídica da Fecomércio-SP, Ana Paula Locoselli.  Fonte: Folha de São Paulo – 03-06   'PIB comprova que o consumo bateu no teto' "Todas as expectativas serão jogadas para o ano que vem" Todos os elementos de crescimento que prevaleceram nos últimos 17 anos não existem mais. O cenário não é de crise, mas falta investimento. O ânimo do empresário, porém, foi atingido por "agressões" vindas do governo e, com o juro mais alto, preferiu manter dinheiro aplicado a elevar produção, diz o ex-presidente do BNDES Luiz Carlos Mendonça de Barros. Integrante do governo tucano de Fernando Henrique Cardoso, ele defende que uma eventual vitória de Aécio Neves (PSDB) trará o choque positivo que falta para que o investimento volte a fluir, mas não descarta que a presidente Dilma Rousseff possa se recompor com o setor privado, se agir diferente. Sobre as razões que o fizeram investir em meio a tanto mau humor - Mendonça de Barros é presidente da Foton Aumark do Brasil, representante da maior fábrica de caminhões da China -, ele assume que, apesar de tudo, a situação da economia brasileira é "muito superior à do passado". Valor: Mesmo com tantas iniciativas do governo, o investimento desacelerou. O que aconteceu? Luiz Carlos Mendonça de Barros: Vendo que não há mais espaço para crescimento de demanda por uma restrição de oferta, o empresário deveria investir. Só que o governo Dilma, com todas as agressões que fez ao setor privado, como a confusão na energia elétrica, tirou o ânimo de investimento do empresário. Todos os índices de confiança, até em serviços, tomaram um tombo nos últimos tempos. A demanda ainda teria condições de crescer se tudo o mais ficasse constante. Mas o BC foi obrigado a interferir subindo o juro e aí o quadro de desânimo que já existia só piorou. Com a combinação de falta de confiança e juro em alta, todo mundo preferiu manter dinheiro aplicado ou deixar de gastar no aumento de produção. Esse é o resumo dos números [do PIB]. Valor: O que está errado? Mendonça de Barros: O PIB é uma comprovação dura de um quadro que existe há algum tempo: o consumo bateu no teto. Entre 1993 a 2011, o consumo de energia elétrica cresceu a uma taxa de 3,7% ao ano, o que é impressionante. No período todo, o consumo andou à frente do investimento, e qualquer ociosidade que existia foi ocupada. Em 2010 houve uma esticada do governo para manter esse crescimento e, quando Dilma tomou posse, a economia bateu na parede. Esse quadro é normal para uma economia que cresceu tanto por muito tempo. O fato é que todos os elementos de crescimento que prevaleceram nos últimos 17 anos não existem mais. O modelo dos anos Lula está esgotado e, se depender só do consumo, o PIB brasileiro vai continuar medíocre. Valor: Além do investimento, a poupança também é baixa... Mendonça de Barros: A queda da taxa de poupança significa que o consumo da sociedade aumentou - e não foi do setor privado, foi do setor público. E isso quer dizer que não sobra dinheiro para investimento. Não acho que seja uma crise séria, eu sempre disse isso. Ao não ler corretamente a armadilha da falta de investimento, o governo elevou o próprio consumo. E ao fazer isso, jogou mais lenha na fogueira da inflação. Ficou um negócio contraditório: o governo aumenta o consumo e o BC, os juros. A situação é fruto da incapacidade analítica do governo de entender os reais desafios da economia. Valor: Como salvar 2014? Mendonça de Barros: Esperamos alta de 1,5% do PIB e não existe mais tempo para melhorar isso no curto prazo porque estamos em ano eleitoral. 2014 já está dado e mesmo o BC parando de subir o juro, ele já está suficientemente alto para inibir o crescimento. Todas expectativas vão ser jogadas para o próximo ano. Valor: O sr. vê uma inflação pressionada por muito tempo? Mendonça de Barros: Ela vai ficar por aí. Além dela, as importações em alta em detrimento da produção local também preocupam. E só existe uma forma de sair disso: via investimento privado. Valor: O que esperar para 2015? Mendonça de Barros: Se houver novo mandato da presidente Dilma sem que ela consiga passar uma mensagem clara de que vai mudar a política econômica para tentar sair da armadilha atual, vamos ter um choque negativo de confiança. E nesse cenário em que o investimento é a saída, teremos uma piora das condições de hoje. Valor: As previsões mudam caso a oposição ganhe as eleições? Mendonça de Barros: Com a vitória do Aécio, o cenário é diferente. Ele mostra que terá equipe econômica respeitada pelo mercado e é esse choque positivo de confiança no setor privado que vai provocar a volta de investimento. O Eduardo [Campos] não conheço. Valor: De qualquer forma, o sr. não vê um primeiro ano difícil de mandato, cheio de desafios? Mendonça de Barros: A situação da economia brasileira é muito superior à do passado. Hoje, 70% dos brasileiros vivem na economia formal e essa é uma mudança social que pouquíssimos países emergentes fizeram nos últimos anos. Agora é uma questão de ajustar a política econômica e usar esse novo ativo que o Brasil tem, que é uma classe média tão grande, para voltar a crescer. Se esse cenário for bem entendido e explorado pela política econômica, a rapidez com que vamos voltar a crescer vai surpreender todo mundo. Valor: O sr. está envolvido com a candidatura de Aécio? Mendonça de Barros: Não. Eu estou envolvido nessa minha brincadeira nova de caminhões. Eu quero é a economia voltando a crescer. Valor: Mas, em meio a todo mau humor, o sr. assumiu há pouco a presidência de uma empresa de caminhões. O que lhe faz investir? Mendonça de Barros: Minha leitura sobre o Brasil é muito positiva. O grosso da população está estudando mais, se aperfeiçoando, e essa dinâmica me faz acreditar. Vamos torcer para que, se Dilma ganhar, tenha condições de falar 'olha setor privado, vocês são fundamentais à retomada. Me desculpem se não nos entendemos bem no primeiro mandato, mas eu garanto que no segundo vamos trabalhar juntos'. Se ela conseguir isso, a coisa anda. Fonte: Valor Econômico – 03-06   Pedidos de falências crescem 8,5% em maio   De acordo com Serasa, foram realizados 141 pedidos de falência em todo o país. Foto: Divulgação De acordo com Serasa, foram realizados 141 pedidos de falência em todo o país. Foto: Divulgação O número de pedidos de falências aumentou 8,5% em maio deste ano. Os dados são do Indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações. Foram realizados 141 pedidos de falência em todo o país. Em abril, foram 130. Na comparação com maio de 2013, quando o índice registrou 156 pedidos, houve recuo de 9,6%. Dos 141 requerimentos de falência efetuados em maio de 2014, 70 foram de micro e pequenas empresas, 41 de médias e 30 de grandes. As recuperações judiciais requeridas apresentaram queda de 11,4% em maio de 2014, quando comparadas com o mês anterior. Foram 78 solicitações realizadas no quinto mês deste ano, contra 88 em abril. As micro e pequenas empresas lideraram os requerimentos de recuperação judicial com 39 pedidos, seguidos pelas médias (20), e pelas grandes (19). Fonte: Economia SC – 03-06   Sobe número de catarinenses endividados Famílias com renda superior a 10 salários mínimos são as mais endividadas O número de catarinenses endividados aumentou de 54,9% para 57,8% no mês de maio. Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência dos Consumidores (Peic), divulgada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina (Fecomércio SC) e Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). As famílias com renda superior a 10 salários mínimos permanecem sendo as mais endividadas (65%) na comparação com as famílias de renda inferior a 10 salários mínimos (57,1%). Foram entrevistados consumidores de Blumenau, Chapecó, Florianópolis, Itajaí e Joinville, com idade superior a 18 anos. Para compor o dado agregado de Santa Catarina, os resultados obtidos em cada munícipio foram ponderados de acordo com sua população e dessazonalizados. O nível de endividamento das famílias subiu mensalmente. A pesquisa mostra uma elevação dos muito endividados (5 p.p.), passando de 7,1% em abril para 12,1% em maio. O cartão de crédito continua na liderança dos agentes no endividamento catarinense. Pelo menos 51,5% dos entrevistados declararam usar essa forma de pagamento nas compras. Em segundo, terceiro e quarto lugar aparecem, respectivamente, os financiamentos de carro (22,7%), os carnês (18,6%) e crédito pessoal (16,9%). Não houve alteração nessas posições quando comparado com o mês passado. De acordo com a pesquisa, a quantidade de famílias com contas em atraso apresentou leve alta na comparação entre abril e maio. De 25,3% de famílias com contas em atraso em abril, temos em maio 28,7%. Fonte: Economia SC – 03-06   Empresas põem Classe D no radar Com renda familiar mensal entre R$ 713 e R$ 1.1133, eles não costumam ser bancarizados nem ter holerite. Parcelas amigáveis e avaliação alternativa de crédito são os desafios Marcelo Coelho, Igiano Souza e Fernando Assad reformam casas em comunidades de baixa renda Eles são 30,2 milhões de brasileiros, mas até bem pouco atrás eram praticamente invisíveis dentro do mercado consumidor. No vácuo gerado pela ascensão da nova classe média, a classe D — com renda familiar média mensal entre R$ 713 e R$ 1.133, segundo o Data Popular — atrai um número crescente de empresas, que estão adaptando suas facilidades de pagamento e metodologia de análise de crédito para atender um público sem comprovação formal de renda nem conta bancária.  Criada 23 anos atrás, a rede de clínicas odontológicas OdontoCompany contabilizou em 2013 cerca de 1,4 milhão de procedimentos, sendo 65% em clientes da classe C e 35% da D. Para este ano, a projeção é de que a empresa — atualmente com 207 unidades espalhadas pelo Brasil — alcance o patamar de dois milhões de procedimentos, mas com uma proporção diferente: 50% distribuídos pela classe D e o restante, pela C. “Abraçamos a classe D com a odontologia de bairro”, afirma Paulo Zahr, fundador e presidente da OdontoCompany, referindo-se à estratégia de instalar franquias em localidades populares. “É importante estar no bairro da classe D. Se o chefe da família está fora de casa, a família vai ao consultório sem precisar dele. São pessoas que trabalham, não podem perder tempo no deslocamento”, explica Zahr.  Na década de 90, quando predominavam no mercado os aparelhos ortodônticos importados na faixa de US$ 800, o então novato Zahr fechou acordo com um fabricante nacional para colocar o produto gratuitamente na boca de clientes que pagavam apenas pela manutenção periódica. À medida em que recebia dos clientes, pagava ao fabricante dos aparelhos. Hoje, oferece procedimentos cosméticos (clareamento e as facetas laminadas para corrigir imperfeições no sorriso), além de implantes dentais, parcelados em 18 vezes. “A classe C já precisa menos de odontologia e mais de saúde bucal. Já a D não frequentava há muito tempo o consultório dentário, dependia muito do SUS (Sistema Único de Saúde)”, compara.  Embora as facilidades de pagamento sejam essenciais, as empresas perceberam que é necessário também contar com outras armas atrair o consumidor de classe D. Enquanto uma família da nova classe média normalmente está empregada no mercado formal de trabalho, a imensa maioria da classe D ainda atua na informalidade e, por isto, apresenta renda instável, variando de acordo com os bicos. “São famílias que tem uma gestão de fluxo de caixa mais sofisticada do que a classe C”, resume Renato Kiyama, diretor de Aceleração da Artemísia, organização sem fins lucrativos voltada para o fomento de negócios de impacto social.  Quando se trata de vender serviços essenciais como saúde e educação para esta camada da população, uma das dificuldades — destaca Kiyama — é convencer as famílias de que estes não são necessariamente “produtos” caros. Por estar ainda pouco acostumada a consumi-los, a classe D raramente procura pro-ativamente por esses serviços. “Além da renda familiar baixa, a classe D, com alta concentração de autônomos, sem comprovante de renda, não tinha a acesso a nenhuma linha de crédito. Portanto, o consumo era focado no básico”, analisa Stella Kochen Susskind, presidente da empresa de pesquisa de mercado Shopper Experience. “Com as alterações nos procedimentos de análise de crédito e algumas facilidades oferecidas, a classe D deixou de ser invisível para as empresas.”  O fato de a maior parte dessas famílias não ter conta em banco também é outro obstáculo a ser contornado pelas empresas, normalmente partir de experiências bem-sucedidas nas áreas de varejo (Casas Bahia) e cosméticos (Avon). Mas como avaliar a capacidade de pagamento das famílias de classe D sem ter acesso a contracheques ou extrato bancários? Para a o historiador Marcelo Zarzuela Coelho e seus dois sócios, a resposta era essencial para pôr em operação a Vivenda, empresa montada para reformar residências de famílias que moram em comunidades carentes. Com experiência acumulada na Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), do Estado de São Paulo, Coelho e os sócios desenvolveram um modelo de negócios em que cada cômodo da casa pode ser reformado de cada vez, a partir do uso de kits de material de construção.  Ao invés de soluções padronizadas, a Vivenda oferece projetos customizados a partir da renda do cliente. O objetivo é solucionar problemas que se repetem com frequência nessas comunidades, como excesso de umidade e a falta de ventilação. Banheiros inadequados também são alvos-preferenciais das reformas. Antes de fechar o contrato com o cliente em potencial, são feitas visitas técnicas à residência, para avaliar qual o valor da parcela que o cliente pode desembolsar. A avaliação da capacidade de pagamento foge dos padrões habituais, lembrando mais um processo corpo-a-corpo. “Se a cliente é uma diarista, por exemplo, conversamos com a patroa. Se a pessoa faz bicos, falamos com o empregador para quem ele trabalha com mais frequência”, conta Coelho. Outra estratégia adotada pela Vivenda é conversar com donos de lojas locais de material de construção, para saber se o possível cliente mantém seus pagamentos em dia. A Vivenda ocupa um nicho de mercado que antes era preenchido informalmente por mutirões organizados pelos próprios moradores das comunidades, sem remuneração. “Seis anos atrás, tentamos lançar esse modelo de negócios mas o produto de reformas em favelas simplesmente não vendia, era impensável”, recorda Kiyama, da Artemísia. A mudança na aceitação do produto veio a partir do aumento na oferta de emprego no país , que tornou mais escassa a mão de obra para os mutirões, sustenta Marcelo Coelho. A consolidação — dentro da classe D — da ideia de que é possível pagar um pouco mais por um serviço de qualidade também contribuiu para viabilizar o negócio da Vivenda, que entre o fim de 2013 e o início deste ano fez 20 reformas no Jardim Ibirapuera, na Zona Sul de São Paulo. Para os próximos 20 dias, estão previstas outras dez. “É claro que as comunidades têm bons pedreiros mas eles normalmente cobram 50% de entrada e o restante ao fim do serviço, enquanto nós dividimos o valor da reforma em 12 vezes sem juros”, diz Coelho, da Vivenda. Ainda com pouco acesso aos canais de crédito tradicionais, o consumidor de classe D sabe o que significa pagar as contas em dia. “Trata-se de um consumidor que valoriza o ‘nome limpo’, portanto, honra os compromissos. Só compra quando pode pagar”, avalia Stella, da Shopper Experience. Fonte: Brasil Econômico – 03-06

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