Clipping Diário - 03/04/2014
Publicado em 03/04/2014
Clipping Diário - 03/04/2014
Juro sobe para conter a inflação Com nona elevação seguida, Banco Central coloca taxa Selic em 11% ao ano e deixa mercado na expectativa sobre próximas decisões Emparedado pela persistência da inflação de um lado e os sinais de fraco crescimento da economia de outro, o Banco Central (BC) optou ontem por mais um aumento moderado do juro básico do país. O Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou que a Selic passa a ser de 11% ao ano, uma alta de 0,25 ponto percentual já esperada pelo mercado. Após a nova alta, a nona seguida desde abril do ano passado, permanece a curiosidade se foi a última elevação de 2014 ou se a pressão dos alimentos e dos preços administrados – como energia, passagens e combustíveis – pode levar a mais um aumento em maio. Ou após as eleições, já que o calendário do BC marca duas reuniões do Copom após o segundo turno. Embora existisse a expectativa de que o Copom encerrasse ontem o ciclo de alta, o comunicado divulgado junto com a decisão, ao mencionar os próximos passos, deixou uma porta aberta para um novo aperto na reunião do colegiado no próximo mês. Para o economista Antonio Madeira, da LCA Consultores, seria temerário dar fim agora ao uso do juro para tentar controlar a inflação. – Além dos alimentos, temos uma inflação represada nos preços administrados (como gasolina e energia) que terão de ser ajustados – diz. Para a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), o impacto isolado da decisão de ontem é mínimo. A soma das sucessivas altas desde o ano passado, entretanto, preocupa o consumidor: – De hoje (ontem) para amanhã (hoje) o efeito é pequeno, cerca de R$ 2 na prestação mensal de um automóvel – alerta Miguel Ribeiro de Oliveira, diretor executivo da Anefac. Fonte: Diário Catarinense – Economia – 03-04 Salários mantêm ritmo A proporção de ganhos salariais acima de inflação deve registrar este ano um resultado bastante próximo ao de 2013 e manter uma trajetória de estabilidade. A avaliação é do coordenador do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos em Santa Catarina (Dieese-SC), José Álvaro Cardoso. No ano passado, 2,87% dos reajustes salariais em 2013 ficaram acima da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O percentual foi menor do que o registrado em 2012. De acordo com Cardoso, essa retração foi reflexo de um ano com algumas dificuldades no ritmo de crescimento da economia. Agora, além da retomada do crescimento desde o último trimestre de 2013, o bom momento do mercado de trabalho deve favorecer os trabalhadores no momento da negociação salarial. Como em Santa Catarina o mercado está bastante aquecido – com mais vagas do que trabalhadores disponíveis – as empresas buscam dar ganhos reais para reter talentos na companhia. Aumento dos preços pode ter impacto nos reajustes Para o coordenador de relações sindicais do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), José Silvestre Prado de Oliveira, caso a inflação saia do controle, isso pode gerar uma dificuldade adicional para alguns setores na conquista de ganhos reais de salários. Sérgio Luiz Leite, o Serginho, secretário da Força Sindical, que também esteve na coletiva, disse que uma das preocupações é que alguns preços represados possam subir após as eleições, prejudicando as negociações salariais no segundo semestre. Ainda segundo Serginho, outros fatores que devem ser levados em consideração são o término das obras da Copa do Mundo, que pode afetar o desempenho de serviços, e o crescimento da indústria, que tem uma influência expressiva sobre os outros setores. Fonte: Diário Catarinense – Economia – 03-04 Mutirão deverá pôr fim a atrasos Mais de 20 dias após o término da greve dos Correios, os catarinenses ainda sofrem com o atraso na entrega de contas e correspondências. Para minimizar o impacto causado pela paralisação e normalizar os envios, a estatal realizará um mutirão nas unidades onde há maior volume represado. De acordo com o assessor de comunicação dos Correios em Santa Catarina, Genésio Silva, a ação deve ocorrer ao longo dos próximos sete dias. O mutirão irá contar com o deslocamento de funcionários de outras unidades para o apoio operacional onde o volume de correspondências acumulado é grande. Silva diz também que as correspondências atrasadas estão sendo entregues aos poucos, juntamente com as cargas do dia a dia. – Uma unidade recebe em média 30 mil objetos por dia. Além dessas entregas, completamos a carga com 7 mil objetos atrasados por conta da greve – explica o assessor. Silva conta ainda que o maior volume represado no Estado está na unidade de Itajaí, com cerca de 230 mil objetos esperando para ser entregues. Outro local onde ainda há um grande acúmulo é São José, com 30 mil correspondências e contas atrasadas, e uma das unidades de Florianópolis, com cerca de 150 mil objetos represados. Nas demais cidades onde os funcionários aderiram à paralisação, o fluxo já está normal, segundo Silva. Ele explica que durante o período de normalização, o ideal é que as pessoas aguardem a correspondência em casa e não buscá-la em uma das agências da empresa. – O funcionário irá deixar de atender uma coletividade para dar atenção a apenas um pedido, e isso poderá atrasar ainda mais as entregas. A melhor contribuição é aguardar em casa – destaca Silva. O assessor de comunicação dos Correios diz também que a greve, que durou 43 dias, não impactou a entrega de encomendas, cartas registradas, Sedex e PAC, cuja operação funcionou normalmente durante a paralisação. Fonte: Diário Catarinense – Economia – 03-04 Mais um sinal contra a inflação O Copom, do Banco Central, elevou ontem em 0,25 ponto percentual, para 11% ao ano, a taxa Selic, para conter a inflação. A decisão visa o controle dos preços para um IPCA de 6,1% no final do ano, longe do desejável para um país que está crescendo menos em função da inflação alta e tem elevada indexação. Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti – 03-04 Rede gaúcha avança em SC A rede Lojas Colombo vai abrir três novas operações no Estado este mês. As cidades contempladas serão São José, Camboriú e Timbó. A empresa, que tem 256 operações na região Sul, conta com 41 unidades em SC. Em 2013, a Colombo lucrou ano passado R$ 72,4 milhões frente a R$ 15 milhões em 2012. A obra da rodovia Caminhos da Neve avança em São Joaquim. O Exército trabalha com 150 profissionase 6,3 quilômetros da via estão prontos. Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti – 03-04 Impostos no cartão O Tribunal de Justiça de SC considerou legal a penhora do total dos pagamentos recebidos por meio de cartão de crédito por empresas devedoras de tributos. O TJ deixou claro que a penhora do faturamento da empresa não pode superar 10%, mas na receita de cartão não há limite. Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti – 03-04 Comércio pede novo horário bancário Uma consulta entre associados da Câmara de Dirigentes Lojistas de Balneário Camboriú (CDL) e do Sindicato do Comércio Varejista (Sincomércio) apontou que 71,56% dos empresários concordam com a mudança do horário bancário da cidade. Hoje, os bancos funcionam entre 10h e 15h e as entidades sugerem alterar para o período das 11h às 16h. Duas cooperativas de crédito já praticam o horário pleiteado pela maioria dos comerciantes. Segundo o presidente da CDL, José Roberto Cruz, o resultado da consulta reforçou a percepção da diretoria sobre a mudança de horário. Cruz explica que representantes das agências bancárias serão contatados para debater a possibilidade de alterar o horário de atendimento ao público em Balneário Camboriú. O Sincomércio também entende que a alteração pode alavancar o movimento dos estabelecimentos comerciais, já que muitos clientes recorrem a Itajaí depois das 15h, porque na cidade vizinha os bancos fecham às 16h. Conforme o presidente da entidade, Hélio Dagnoni, o novo horário também deve melhorar o fluxo de caixa para pagamentos no dia, o que evita juros e transtornos ao comércio. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informou que, de acordo com a resolução 2.932, de 28/02/2002, do Conselho Monetário Nacional (CMN), o horário mínimo de atendimento de uma agência bancária deverá ser de cinco horas diárias ininterruptas, respeitando o período mínimo de três horas compreendido entre 12h e 15h, em todo o Brasil. Desde que atendendo as normas do CMN, cada instituição financeira pode estabelecer o horário. Fonte: Diário Catarinense – Geral – 03-04 Mão no nosso bolso Já notou o eleitor que os governantes gostam de elevar os impostos bem acima da inflação? E que muitos renegam as promessas de campanha aumentando o que prometeram congelar? A poupança pode até encolher, mas a carga de tributos só aumenta. Está nas raízes da história do Brasil. O brasileiro cedo se acostumou a pagar o quinto, o dízimo, a parte de César, chame-se “César” de Visconde de Barbacena, Marquês de Pombal, Dilma, o governador ou o prefeito de plantão. O IPTU engorda todo mês de fevereiro a uma taxa sempre superior ao IPCA. O imposto sobre veículos, o IPVA, segue a mesma filosofia – a do quanto mais, melhor, embora essa arrecadação nunca chegue ao seu destino, que é supostamente a infraestrutura das estradas. Políticos devem acreditar que o contribuinte ganha dois salários: um para sobreviver; outro para pagar impostos. O preço do transporte público, dos remédios, da educação em escola particular segue essa mesma lógica de reajustes exagerados, quase sempre acima da inflação. Aqueles preços “de mercado”, fora do alcance dos governos, justificam-se pela... carestia dos impostos. O único interessado que não é consultado é o pagador. Aquele ingênuo coitadinho que um dia na cabine eleitoral imaginou estar bem protegido ao passar uma procuração ao presidente, ao governador, ao prefeito. Que lógica preside a majoração de um imposto, seja municipal, estadual ou federal, em nível muito acima da inflação? A lógica da tirania fiscal, como a que inspirou o Marquês de Pombal. Os impostos chegaram ao Brasil junto com as caravelas, os selos, as taxas, os emolumentos e as obrigações reinóis – tudo compondo uma formidável carga fiscal, imposta aos súditos de uma monarquia tão cartorária quanto a portuguesa. É por ser imposto que esse encargo se chama “imposto”. Se fosse uma escolha voluntária, suscetível de opção, chamar-se-ia facultativo, gostam de recitar, como desculpa, os sequazes do Marquês de Pombal. Próximo dos 38% do PIB, o volume de impostos sugados do brasileiro já beira os US$ 700 bilhões – algo como R$ 1,5 trilhão –, tesouro este retribuído em “magníficos” serviços, ótima assistência médica e previdenciária, excelente base educacional e impecável segurança, com direito a apagões periódicos e assassinatos em série... Fonte: Diário Catarinense – Sérgio da Costa Ramos – 03-04 2013 87% dos salários subiram mais que a inflação Levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgado ontem aponta que 87% dos reajustes salariais de 671 unidades de negociação em 2013 ficaram acima da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Dieese mostrou ainda que apenas 6% das negociações tiveram reajustes salariais abaixo do INPC-IBGE, cujo índice varia de acordo com o período da data-base das negociações salariais. Essas categorias tiveram reajustes entre 0,01% e 2% abaixo da inflação. Do total de categorias, 7% conseguiram reajustes iguais ao INPC-IBGE e que a faixa com o maior número de aumentos acima da inflação (34,7%) foi no intervalo de 1,01% a 2% de ganho real. As categorias de trabalhadores avaliadas pelo Dieese estão nos setores de indústria, comércio e serviços. O comércio foi o setor que apresentou maior incidência de reajustes com ganhos reais, chegando a 98% do total. O valor médio dos aumentos no comércio em 2013 (1,42%) é inferior ao observado em 2012, 2011 e 2010. O setor de serviços foi o que apresentou a menor porcentagem de negociações com conquistas acima da inflação (78%). Os reajustes abaixo do INPC no segmento representaram 11%, e outros 11% tiveram ganhos iguais à inflação. O aumento real médio nas unidades de negociação do setor chegou a 1% em 2013, abaixo do registrado em 2012. As negociações na indústria que tiveram reajustes acima do INPC responderam por 89% do total. Aquelas que ficaram abaixo do registrado pelo índice somaram 4,7%, enquanto as que tiveram reajuste igual à inflação chegaram a 6,4%. O aumento real médio do setor no ano passado foi de 1,34%, o menor porcentual em relação aos três anos anteriores. Fonte: Jornal de Santa Catarina – Economia – 03-04 Emprego no comércio A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Blumenau já colocou no ar o CDL Empregos. Lojistas e profissionais já podem se cadastrar. O sistema faz a ponte entre os que estão dispostos a trabalhar e os que querem contratar. Fonte: Jornal de Santa Catarina – Mercado Aberto – 03-04 HAVAN INAUGURA EM JARAGUÁ A Havan inaugura loja no dia 12 em Jaraguá do Sul. Será 66ª unidade do grupo varejista catarinense, que atua em vários Estados. A loja de departamentos terá 14 mil m², oferecendo mix com mais de 100 mil itens. O investimento neste empreendimento foi de R$ 45 milhões. Foram contratados 200 funcionários. Fonte: A Notícia – Livre Mercado – 03-04 MENOS COMPRAS A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e o SPC Brasil projetam crescimento de 3,5% para as vendas a prazo na semana da Páscoa, na comparação com o mesmo período do ano passado. Se a projeção se confirmar, este será o resultado mais fraco dos últimos quatro anos. Em 2013, houve aumento de 5,38% e no anterior, a expansão foi de 4,84%, sempre em relação ao ano anterior. Fonte: A Notícia – Livre Mercado – 03-04 Se informando... O Nucont (Núcleo de Contadores em Gestão Empresarial), da AEMFLO e CDL-SJ, disponibiliza aos empresários da região metropolitana o Balcão do Empreendedor. O serviço é gratuito, com foco em esclarecer dúvidas, como em relação à abertura de um negócio ou legalização de empresas. O atendimento é realizado todas as terças e quintas e deve ser agendado por telefone. Nesse primeiro contato, o interessado pode antecipar as dúvidas e o contador voluntário estuda o problema e vai preparado para auxiliar o empresário no dia da consulta, na sede das entidades, em Barreiros, São José. ... para empreender melhor “Num país com uma carga tributária alta e uma legislação fiscal complicada, novos e pequenos empreendedores têm muita dificuldade para entender e fazer cumprir os trâmites normais para a criação e desenvolvimento do seu negócio”. garante o diretor de Núcleos Empresariais da AEMFLO, Rodrigo Schmitt. O Balcão do Empreendedor é uma ferramenta muito importante de orientação sobre legislação e formalização de empresas, trazendo o pequeno empreendedor para a legalidade. Mais informações e agendamentos pelo (48) 4009-5512 ou pelo e-mail empreender@aemflo-cdlsj.org.br. Fonte: Notícias do Dia – Yula Jorge - 03-04 Terreno onde funcionava o Comper é cercado e local abrigará um centro comercial com duas torres De propriedade da Província São Lourenço de Brindes, dos frades capuchinhos do Paraná e de Santa Catarina, terreno já está todo cercado por tapumes Comper desocupa prédio que ocupou durante 41 anos na Trindade Tapumes cor-de-rosa cercam a área onde funcionou por 41 anos o supermercado Comper, na rua Lauro Linhares, na Trindade. Os pedaços de madeira representam duas páginas da história de Florianópolis. Uma virada na segunda-feira, após o Comper fechar as portas da unidade no tradicional bairro da Capital. Outra, ainda sem data exata, promete modernizar o espaço deixado pelo supermercado, transformando-o num inovador centro comercial, com estacionamento subterrâneo, restaurantes, lojas e um grande supermercado. O terreno é de propriedade da Província São Lourenço de Brindes, dos frades capuchinhos do Paraná e de Santa Catarina. Frei Itamar José Angonese explica que a entidade aguarda a desocupação completa do prédio para dar início às obras. O projeto, ressalta, é complexo e a intenção é construir verticalmente e subterraneamente. “Faremos algo inovador e moderno, dotando a região de vagas de estacionamento subterrâneo, além de garantir docas para que os caminhões possam entrar e descarregar, sem prejudicar o trânsito já conturbado da região”, disse o frei. Uma permuta foi feita entre os frades e duas empresas, a ACCR Construções e a Imobiliária Dalton Andrade. “A ACCR vai construir o empreendimento, enquanto a Dalton Imóveis vai negociar os espaços”, revelou. O contrato estabelece que algumas salas comerciais serão administradas pelos frades. O contrato de permuta, acrescenta o frei, é por tempo indeterminado. Sobre as possíveis marcas a atuarem no empreendimento, Angonese afirma que as negociações prosseguem. “As obras vão começar este ano e as negociações estão avançadas”, afirmou. O alvará que liberou a construção do centro comercial saiu no dia 3 de fevereiro e o projeto é de 2011, segundo informações da SMDU (Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano de Florianópolis). Ainda de acordo com a SMDU, o projeto prevê duas torres de oito andares e cobertura, além de um bloco comum de alvenaria com um pavimento, dois subsolos e um pavimento garagem. O Notícias do Dia entrou em contato com o Grupo Pereira, responsável pela rede Comper. Ninguém da empresa quis se manifestar sobre o assunto. Fonte: Notícias do Dia – 03-04 Vendas a prazo na Páscoa devem crescer 3,5%, prevê CNDL As vendas a prazo na semana de Páscoa deste ano devem crescer 3,5% em relação a igual período do ano passado, conforme projeção divulgada nesta quarta-feira, 02, pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Se a projeção se confirmar, este será o resultado mais fraco dos últimos quatro anos, alertam as duas entidades. Na Páscoa de 2013 foi apurado crescimento de 5,31% nas vendas a prazo em relação a igual período do ano anterior. Em 2012, a alta foi de 4,84%. Em 2011, o crescimento foi de 7,26%. Em 2010, o aumento foi de 4,50% em relação a 2009. O presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, ressalta que apesar de haver estimativa de alta nas vendas a prazo durante a Páscoa deste ano, o índice de 3,5% reflete a tendência de desaquecimento das vendas no varejo, observado ao longo de 2013 e inicio de 2014. Segundo o executivo, essa movimento negativo está sendo influenciado por fatores como inflação alta, juros altos e menor crescimento da massa salarial. "Mesmo estando sob controle, a inflação é alta e corrói o poder de compra do consumidor. Isso, com certeza, impacta no resultado das vendas", avalia Pellizzaro Junior. CNDL e SPC destacam que a Páscoa é uma das datas comemorativas mais importantes para o varejo nacional em faturamento e em volume de vendas, juntamente com o Natal, o Dia das Mães e o Dia dos Namorados. Fonte: O Estado de São Paulo – 03-04 CNI: Alta da Selic traz custos ao setor produtivo Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a alta da taxa Selic em 0,25 ponto porcentual, para 11% ao ano, traz pesados custos ao setor produtivo. Em nota, a entidade defende que é preciso usar, também, a política fiscal, com redução do ritmo de aumento dos gastos públicos, para tentar trazer a inflação para o centro da meta, "e não apenas a elevação dos juros". A alta da Selic se fundamenta na resistência da inflação em convergir para o centro da meta, de 4,5%, avalia a CNI. A entidade lembra que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), encontra-se sistematicamente acima da meta, e as previsões para o ano se deterioraram desde a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). "As expectativas apontam para um IPCA em torno de 6,30% em 2014, valor muito próximo ao teto do objetivo definido pelo governo, de 6,50%. Há pressões inflacionárias no horizonte, como o fim da desoneração da tarifa de energia elétrica, os efeitos defasados da desvalorização cambial sobre os preços e a resistência dos valores cobrados pelos serviços", ressalta a CNI. Apesar de reconhecer o cenário de pressões inflacionárias, a CNI propõe, como necessário, utilizar também a política fiscal no combate à inflação, com a contenção do ritmo de elevação dos gastos públicos. Para a entidade, isso minimizaria os efeitos negativos da alta dos juros na atividade industrial. "A opção única pelo incremento da Selic para tentar trazer o IPCA para o centro da meta faz com que os custos do ajuste recaiam integralmente no setor produtivo", cita a nota da confederação. Fonte: O Estado de São Paulo – 03-04 Para analistas, alta pode ter sido a última Segundo economistas, inclusão do termo ‘neste momento’ no comunicado do Copom indica que, no máximo, haveria mais um aumento da Selic O comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgado após a reunião que definiu o aumento da taxa básica de juros de 10,75% para 11% ao ano deu aos analistas a impressão de que o Banco Central quer dar por encerrado o ciclo de alta de juros iniciado há um ano, e que os juros só voltarão a subir em maio se a inflação e o câmbio apresentarem resultados desfavoráveis nas próximas semanas. Para Alessandra Ribeiro, da consultoria Tendências, a inclusão do termo "neste momento" no comunicado do Copom sinaliza que a alta de 0,25 ponto porcentual foi vista como pontual e que o ciclo de ajuste da Selic pode ter terminado. "Esse tipo de sinalização mostra que não há intenção de subir novamente a taxa em maio", afirmou. Segundo ela, antes disso, a consultoria trabalhava com pelo menos mais um ajuste de 0,25 ponto na taxa. "Nossa curva ainda é de mais uma alta em maio, mas a luz dessa mudança ficou um pouco menos provável", afirmou. Mas ela ponderou que ainda não é possível descartar esse cenário. "Vai depender dos dados, acho que agora eles só subirão novamente se houver uma piora adicional no cenário econômico", avaliou. Mesma opinião tem o economista-sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano. "Uma nova alta da Selic vai depender do cenário de curto prazo. Se o IPCA voltar a rodar em patamares mais acomodados, o BC pode não fazer nada em maio", disse. E, segundo ele, mesmo que nova alta ocorra no mês que vem, "é pouco provável que o BC estenda o ciclo para além de maio". Para Marcelo Salomon, codiretor de pesquisas para a América Latina do Barclays, o BC sinalizou sua disposição de ter feito o último aumento dos juros no atual ciclo porque acredita que o IPCA começará a ceder no curto prazo. "O Banco Central tem manifestado que o ciclo de elevação da Selic já é expressivo e que a alta da inflação é temporária e deve ceder logo", destacou. "Em março, esse índice de preços ao consumidor deve ser alto, perto de 0,8%, mas pode ser que em abril diminua e atinja uma marca ao redor de 0,4%." Salomon também apontou que a mudança do comunicado do Copom ressalta a intenção do BC de ter parado o ciclo de alta de juros, pois adotou o termo "neste momento", como fez em janeiro, quando reduziu a velocidade da elevação da Selic de 0,50 para 0,25 ponto porcentual. "Mas, caso a inflação continue elevada, o BC manterá a alta dos juros em maio." Segundo o diretor de pesquisas para a América Latina do Goldman Sachs, Alberto Ramos, a probabilidade maior é que o BC não volte a elevar os juros. "Isso se evidencia por ter mudado o comunicado, no qual retirou a expressão ‘dando continuidade’ e agregou o termo ‘neste momento’", disse. Para Ramos, isso só será mudado se inflação e câmbio apresentarem "resultados desfavoráveis nas próximas seis semanas". (Ricardo Leopoldo, Fabrício de Castro, Flávio Leonel e Carla Araújo) Fonte: O Estado de São Paulo – 03-04 Brasil é o pior em retorno de imposto à população, aponta estudo Pela quinta vez consecutiva, o Brasil é o país que proporciona o pior retorno de valores arrecadados com tributos em qualidade de vida para a sua população. A conclusão consta de estudo do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação) que compara 30 países com maior carga tributária em relação ao PIB (Produto Interno Bruto) e verifica se o que é arrecadado por essas nações volta aos contribuintes em serviços de qualidade. Estados Unidos, Austrália e Coreia do Sul ocupam respectivamente as primeiras posições do ranking. O Brasil está em 30º lugar, atrás da Argentina (24º) e do Uruguai (13º), quando se analisa o retorno de tributos em qualidade de vida para a sociedade. Para medir esse retorno, o instituto criou em 2009 o Irbes (Índice de Retorno de Bem-Estar à Sociedade). No Brasil, ele é de 135,34 pontos; nos EUA, 165,78. O indicador de retorno é resultado da soma de dois outros parâmetros usados pelo IBPT: a carga tributária em relação ao PIB (soma das riquezas de um país), com ponderação de 15% na composição do índice, e o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), calculado com base em dados sobre educação, renda e saúde e que serve para medir o grau de desenvolvimento econômico. Esse indicador tem peso de 85% na composição do Irbes. Para a carga tributária, o estudo considera as informações da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico). Os dados de IDH usados são da ONU (Organização das Nações Unidas). Ambos são de 2012, último dado disponível. No Brasil, a carga fiscal em 2012 foi de 36,27%, segundo mostra o levantamento do instituto, que atua no setor. FISCO A Receita Federal informou que não comentaria o assunto. Para o Fisco, a carga tributária do Brasil em 2012 foi de 35,85%. O resultado de 2013 ainda não foi divulgado. Os percentuais do IBPT e da Receita são diferentes porque o instituto considera no cálculo os valores pagos com multas, juros e correção, contribuições e custas judiciais. Para o presidente do IBPT, João Eloi Olenike, o estudo reforça e mostra a necessidade de cobrar dos governos de todas as esferas -federal, estadual e municipal- a melhor aplicação dos recursos pagos pelos contribuintes. "Os brasileiros foram às ruas recentemente em protestos em que as faixas também mostravam a insatisfação com a elevada carga tributária e o pouco retorno em qualidade de vida", diz. RANKING Na edição anterior do levantamento, o Japão ocupava a quarta posição. Neste ano, passou para sexta. Já a Bélgica estava em 25º lugar e passou para a 8ª colocação. Fonte: Folha de São Paulo – 03-04 Com a Selic em 11% ao ano, veja como ficam os juros dos empréstimos Com o aumento do juro básico, a Selic, para 11% ao ano, a taxa média de juros para pessoas físicas ficará em 97,49% ao ano (ou 5,84% ao mês), segundo cálculos da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade). Em fevereiro, o juro médio ao consumidor ficou em 97,05% ao ano (ou 5,82% ao mês -o maior nível desde agosto de 2012), ainda de acordo com a associação. Em julho de 2011, quando a Selic estava em 12,50% ao ano, esse juro médio ao consumidor era de 121,21% ao ano. Apesar da redução nos últimos dois anos, os juros cobrados do consumidor final são muito superiores à Selic, alertam consultores. Fonte: Folha de São Paulo – 03-04 Pedidos de falência caem no primeiro trimestre Menos empresas pediram falência no primeiro trimestre deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com a Serasa Experian e a Boa Vista Serviços. Enquanto a primeira identificou queda de 4%, levantamento da segunda mostrou recuo de 0,2% nesses requerimentos. Para a Boa Vista, o cenário econômico incerto não deve contribuir para que os pedidos de falências recuem significativamente neste ano, a exemplo do que ocorreu em 2013, quando houve queda de 3,1%. Tomando apenas o mês de março, houve queda de 12,6% nos pedidos de falência na comparação com fevereiro, de acordo com a Serasa. No confronto com o mesmo período do ano passado, a queda foi maior, de 15,9%. Já a Boa Vista Serviços verificou recuo de 13,6% em março, ante fevereiro, e retração de 5% ante março do ano passado. A Serasa Experian avaliou que a queda foi resultado do deslocamento do feriado do carnaval neste ano, que reduziu a quantidade de dias úteis de março. Já os pedidos de recuperação judicial tiveram queda de 18,5% em março, ante fevereiro, mas subiram 8,1% ante março do ano passado, nas contas da Serasa. Nas contas da Boa Vista, os pedidos de recuperação judicial aumentaram 16%, ante fevereiro, e subiram 81,3% ante março de 2013. Segundo a Boa Vista, no acumulado do ano, o setor de serviços foi o que apresentou mais requerimentos de falência (38%), seguido do setor industrial (35%), e do comércio (27%). Já os pedidos de recuperação judicial concentram-se no setor industrial (38%), seguido por serviços (36%) e comércio (26%). Fonte: Valor Econômico – 03-04 Pernambucanas lucra mais com financeira do que no varejo A Casas Pernambucanas, uma das mais tradicionais varejistas de vestuário e produtos eletrônicos no país, decidiu seguir cartilha oposta a das maiores redes do país. E o resultado dessa postura aparece mais claramente nos resultados dos últimos anos publicados pela empresa de capital fechado, e informados na terça-feira peloValor Pro, serviço de informações em tempo real do Valor. Numa estratégia definida anos atrás pela herdeira Anita Regina Harley, bisneta do fundador, Herman Lundgren, a Pernambucanas cresce pouco em relação aos competidores e o volume mais expressivo no lucro reflete as operações do seu braço financeiro, a Pernambucanas Financiadora. A empresária de vida reclusa, segundo fontes, é presença cada vez mais rara na sede da varejista, em São Paulo. É a maior acionista individual da rede, com 30% de participação e disputa na justiça uma fatia de 25%, pertencente a sobrinhos. Anita tem contatos com o comando da rede basicamente por telefone, poucas vezes ao mês. "Ela liga quando tem algum recado, mas é raro", diz um ex-diretor. Solteira e idade estimada em pouco mais de 70 anos, ela mudou-se para uma casa na cidade de São Paulo após viver 30 anos no hotel Cad'oro, fechado em 2009. Com R$ 4,26 bilhões em receita líquida e 303 lojas, a Pernambucanas lucrou R$ 7,92 milhões no ano passado com sua operação no comércio varejista. Em 2012 foram R$ 4,11 milhões, calculou o Valor com base nos dados presentes em balanço. Esse valor não considera o pagamento de dívidas com a União, via Refis. Ao contabilizar os efeitos do Refis, mas excluindo os ganhos da financeira, a controladora Pernambucanas teve prejuízo de R$ 45,17 milhões em 2013. Se forem considerados os ganhos com a Pernambucanas Financiadora - lucro líquido de R$ 160,2 milhões em 2012 e R$ 210,4 milhões em 2013 (alta de 31%) - o prejuízo da empresa vira lucro de R$ 161,6 milhões no ano passado (ver tabela). A opção de expansão conservadora - a rede tem aberto de seis a sete lojas ao ano, e as vendas líquidas aumentam 5,5%, em média, ao ano desde 2009 - e a decisão de manter a área financeira dentro da empresa, em vez de vendê-la aos bancos como grandes varejistas decidiram fazer anos atrás, foram medidas defendidas por Anita. Isso apesar de discordâncias frequentes entre ela e membros do conselho de administração sobre os rumos da rede nos últimos anos, segundo fontes do mercado. A Pernambucanas, 303 lojas e 9 milhões de cartões "private label", gera lucro com a financeira num valor mais do que o dobro do obtido pela financeira do Magazine Luiza (LuizaCred), com 744 pontos, e da Riachuelo, com 212 lojas. A receita com intermediação financeira da Pernambucanas passou de R$ 997 milhões em 2012 para pouco mais de R$ 1 bilhão no ano passado, alta de 13,5%. Na LuizaCred, com o Itaú, esse crescimento foi de 7,2%, para R$ 1,15 bilhão. A LuizaCred lucrou R$ 89 milhões em 2013, menos da metade do lucro da financeira da Pernambucanas no ano. Na Via Varejo, com a FIC (também do Itaú), o valor foi de R$ 88 milhões, alta de 125%. Enquanto a financeira da Riachuelo cresceu 4% no ano passado com 23 milhões de cartões e atingiu lucro de R$ 120 milhões (alta de 9,5%), a Pernambucanas cresceu 13,5% com 9 milhões de cartões e lucro de R$ 210 milhões. Como ocorre no varejo, o crescimento da financeira da empresa está atrelado à expansão da base de clientes. Quanto mais consumidores nas lojas, maior o potencial da financeira - que ainda cresce ancorada, obviamente, nos "spreads" (diferença entre a taxa de juros cobrada pela empresa e o custo financeiro da captação dos recursos). Nos últimos cinco anos, porém, a rede passou de 269 unidades para 303. São seis a sete novas lojas ao ano, no máximo. A Lojas Americanas abre de 100 a 110 e o Magazine Luiza, 20 a 40 pontos. A financeira da Pernambucanas é, portanto, mais eficiente no uso da base de pontos (vender mais produtos financeiros ou fazer o cliente usar mais opções do cartão) em relação a outras varejistas. Um dos caminhos para ampliar a base de cartões pode ser a volta da sua loja on-line, que funcionou entre 2008 e 2009. O Valor apurou que a rede considera a hipótese de voltar a vender pela internet em 2014. Em janeiro, contratou o executivo Ronaldo Magalhães (ex-Magazine Luiza) como gerente de comércio eletrônico. O grupo confirma a contratação e informa que não há prazo para voltar com a loja na web. Cerca de dez anos atrás, as principais varejistas do país - Lojas Americanas, Ponto Frio, Casas Bahia - assinaram acordos de associação com bancos, como Bradesco e Itaú, que pagaram entre R$ 500 milhões a R$ 600 milhões pelo direito de exclusividade de financiar clientes das lojas. A Pernambucanas recebeu uma série de propostas de bancos, que sequer foram discutidas na época, apurou o Valor. "Ela [Anita Harley] nunca abriu mão dessa operação [financeira], que era o filé mignon na visão dela", diz um ex-diretor da rede. Historicamente, nas questões estratégicas, Anita defende postura cautelosa e crescimento lento, posição que já foi muitas vezes contrária ao do primo, hoje no conselho, Frederico Lundgren. A cautela de Anita reflete o temor de repetir erros da família no passado. "Depois que a Pernambucanas quebrou no resto do país, falar em projetos mais audaciosos ficou difícil lá dentro. Restou um trauma", diz um ex-diretor. Anita é neta de Arthur Herman Lundgren, fundador da rede. Disputa entre os herdeiros nas décadas de 1970 a 1990, levou a uma separação das operações pelos país. Os negócios de Pernambuco, Ceará e Rio de Janeiro passaram a atuar de forma autônoma, mas acabaram desaparecendo, após problemas de gestão. Fonte: Valor Econômico – 03-04