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Clipping Diário - 03/01/2014

Publicado em 03/01/2014
Clipping Diário - 03/01/2014

EXPECTATIVAS EM 2014 Catarinense está otimista, mas pretende poupar mais Pesquisa revela que a situação financeira está melhor para 48,5% dos consumidores, mas economizar é a meta principal O consumidor catarinense está otimista com a economia em 2014. Apesar de apostar em bons resultados para o ano que acaba de começar, a principal meta será economizar dinheiro. As informações fazem parte de uma pesquisa realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina (Fecomércio-SC) em sete cidades do Estado e divulgada ontem. De acordo com o estudo, 48,5% dos consumidores consideram que a situação financeira será melhor do que em 2013. Para 75,3%, a expectativa é de otimismo, e a economia deverá melhorar em 2014. Perguntados sobre as metas pessoais no ano novo, 33,6% afirmaram que pretendem economizar. Na sequência, aparecem o desejo de comprar um imóvel, com 13,5%, e estudar, com 11,3%. Para Maurício Mulinari, assessor econômico da Fecomércio-SC, o resultado reflete a situação de endividamento do catarinense. Enquanto no Estado a média de pessoas que tem dívidas é de 86%, no Brasil o percentual cai para 62,2%. Apesar de a poupança aparecer em primeiro lugar na lista, o economista avalia que ainda é grande o volume de pessoas que pretendem investir. – A pesquisa mostra as expectativas em relação à realização de sonhos. Comprar um carro ou imóvel ainda aparecem no topo da lista – afirma. A sondagem foi feita entre os dias 3 e 7 de dezembro, com 2.711 consumidores, e 26 e 27 de dezembro, com 588 empresários do comércio em Chapecó, Lages, Florianópolis, Criciúma, Joinville, Itajaí e Blumenau. As mulheres responderam pela maior parte dos entrevistados (60,7%), com idades entre 26 e 35 anos (28,6%) e ensino médio completo (36,4%). A maioria trabalha com carteira assinada (49,8%) e tem uma renda entre R$ 1.418 a R$ 3.763 (48,2%).   Investimentos em baixa Como os consumidores, os empresários do comércio também estão otimistas. Para 52,7% dos entrevistados, 2014 será um ano de boas vendas. Porém, 64,12% dizem que não pretendem ampliar a equipe ou realizar investimentos. Para Maurício Mulinari, da Fecomércio-SC, o resultado reflete uma inversão do ritmo do comércio. Se o setor cresceu em média 8% ao ano em 2012, a expectativa agora é de um avanço mais tímido: em 2013, as vendas tiveram aumento de 3,19% no Estado, de acordo com o IBGE. – O otimismo não se reflete necessariamente em mais vendas. Isso ocorre porque o investimento para o empresário é alto, principalmente em função da mão de obra – afirma Mulinari. A situação de pleno emprego no Estado obriga o empresário a contratar profissionais menos experientes por um custo mais alto – e as vendas não acompanham o investimento. Fonte: Diário Catarinense – Economia – 03-01   Calor das últimas semanas em Blumenau faz crescer procura por ventiladores e aparelhos de ar-condicionado Lojistas garantem que em relação ao verão passado aumentou a procura pelos produtos O calor beirando os 40 ºC das últimas semanas tem levado muita gente ao comércio da cidade. Embora não haja números oficiais, lojistas garantem que, em relação ao verão passado, aumentou a procura por produtos que ajudam a amenizar os efeitos das altas temperaturas. A busca por ares-condicionados era grande na manhã desta quinta-feira nas lojas de eletrodomésticos da Rua XV de Novembro, no Centro de Blumenau. A mineira Gisele Greike da Conceição era uma delas. Morando há apenas cinco meses em Blumenau, estava decidida em resolver de uma vez por todas o incômodo que o calor vem causando. Antes, passou pelas lojas para fazer uma pesquisa de preços. — O verão daqui é difícil. À noite é pior ainda. Não tem como viver sem ar-condicionado — reclama a recém moradora. Para o casal Júlio Cesar Krause e Elen Hackbart o calor já não vai mais atrapalhar o sono: — Do jeito que está hoje em dia é perigoso dormir com a janela aberta. Por isso decidimos comprar. Já tenho até quem instale. Teremos dias melhores agora. Em busca de uma alternativa para refrescar os dias da família, principalmente do filho, Patrícia Antunes Rosa levou para casa uma piscina de 2 mil litros. Para chegar até o produto, ela comenta ter enfrentado uma verdadeira maratona. — Passei por várias lojas, mas quase todas não tinham para pronta entrega. Achei que nem ia conseguir comprar — comenta. O gerente da Lojas MM, Jefferson dos Santos, diz que desde o Natal a procura por ventiladores e ares-condicionados é intensa. Ele estima que as vendas tenham aumentado entre 10 a 15% em comparação com dezembro de 2012. — A maior procura é pelo ar-condicionado, mas para quem não tem condições acaba levando o ventilador como opção. Enquanto tiver esse calor teremos ainda muita procura — comenta. Segundo o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Blumenau, Paulo Cesar Lopes, o calor intenso dos últimos dias ajuda a movimentar vários setores do comércio, principalmente as lojas de eletrodomésticos. — Fiz um estoque de ventiladores no meu supermercado para vender entre dezembro e janeiro. Tudo foi vendido até o Natal. Acredito que isso esteja acontecendo em todos os lugares — relata. Pesquisa feita pela Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava) aponta que apenas 13% das 57 milhões de residências brasileiras possuem ar-condicionado. Fonte: Diário.com – 03-01   A cidade espera O abandonado Centro de Florianópolis recebeu da atual gestão municipal um olhar diferenciado. Trata-se de uma região privilegiada, pela arquitetura histórica e por ser um lugar catalizador de atividades culturais, com teatros, cafés, museus, galerias de arte e cineclubes. É um espaço que há muito tempo pedia um projeto urbanístico e arquitetônico adequado à sua vocação. Talvez o Centro seja o local de Florianópolis onde o casamento entre cultura e turismo possa ter o futuro mais feliz. Os projetos de revitalização, principalmente com calçadões e recuperação do aterro da Baía Sul, já estão praticamente concluídos. Mérito dos arquitetos Dalmo Vieira Filho e Cesar Floriano dos Santos, da Secretaria de Urbanismo e Meio Ambiente, que pensaram uma cidade mais humana. Muitas das ações planejadas têm necessidade de pequenos investimentos para sua realização, mas os recursos precisam chegar para esta virada fundamental.   Passarela-jardim Com aplicação de recursos, o aterro da Baía Sul no Centro de Florianópolis vai ganhar uma passarela-jardim, com sete metros de altura, ligando o centro histórico ao mar e transformando o espaço em local de esporte, cultura e lazer. No YouTube, já está disponível um vídeo postado no final de dezembro que expõe o projeto, de autoria do arquiteto José Tabacow e equipe. Basta procurar por “Passarela Jardim Aterro Baía Sul” e você vai encontrar o vídeo com trilha sonora de Sinfonia das Águas, de Naná Vasconcelos. No lugar onde havia o aterro projetado pelo escritório de Burle Marx, edificado em 1978 e paulatinamente destruído, foi planejada uma requalificação. Com preservação das palmeiras originais, jardins, escadas rolantes e elevadores, retomada de características implantadas pelo célebre paisagista, praça de eventos, anfiteatro, palco ao ar livre, marina pública, terminal marítimo, acesso a ônibus e locomoções alternativas, como a bicicleta. A boa notícia é que a obra deve ser iniciada em meados de 2014. Fonte: Diário Catarinense – coluna Cacau Menezes – 03-01   Água e luz: reunião emergencial O governador Raimundo Colombo suspendeu o descanso na fazenda da Coxilha Rica, em Lages, onde passou Natal e Ano-Novo e convocou uma reunião de emergência com os presidentes da Casan, Dalirio Beber, e da Celesc, Cleverson Siewerdt. Objetivo: avaliar a situação crítica do sistema de abastecimento de água e distribuição de energia elétrica no Litoral, especialmente, no Norte da Ilha. Ouviu relatos sobre as causas dos pontos críticos, sobre os investimentos nas regiões mais atingidas e sobre as medidas urgentes que deverão ser tomadas ainda na atual temporada. A situação da Casan é mais dramática do que a da Celesc. A falta de água atingiu consumidores de três regiões: Norte da Ilha de Santa Catarina, Araquari e Bombinhas. Nos três casos, a diretoria da Casan explica que o cenário caótico foi causado pelo violento aumento do consumo, resultado da presença extraordinária de turistas. Admite, contudo, que há problemas. Em Araquari serão necessários investimentos em uma nova adutora, nova estação e novo reservatório. Em Bombinhas, a adutora construída não foi suficiente para atender, segundo a prefeitura, 300 mil visitantes. A situação mais grave, no Norte da Ilha de Santa Catarina “a falta de energia elétrica demonstrou o planejamento da Casan”, segundo justificativa do diretor Valter Galina. Durante o encontro na Casa d’Agronômica, o governador autorizou a contratação de novas equipes de atendimento pela Casan e Celesc e aumento da capacidade dos call centers. A boa notícia: as duas empresas anunciam investimentos. A péssima notícia: no próximo Réveillon virão mais turistas e as obras da Casan exigirão dois anos de trabalhos. Moradores protestaram em frente à Casan na tarde de ontem, reclamando da falta de água no Norte da Ilha Fonte: Diário Catarinense – coluna Moacir Pereira – 03-01   PRESIDENTE DA CASAN E A FALTA DE ÁGUA “Não adianta dizer que vai ter solução imediata” Faz três anos que Dalírio Beber assumiu a presidência da Casan e há três anos ele responde aos mesmos questionamentos sobre a falta de água em Florianópolis – situação que se repete desde a década passada. Ontem precisou se explicar ao governador do Estado e ao prefeito da Capital. No fim da tarde, numa sala do terceiro andar da sede da companhia e com a retaguarda do superintendente na região, Carlos Alberto Coutinho, falou ao Diário Catarinense: não existe nenhuma solução imediata para resolver o problema. Diário Catarinense – No ano passado, nesta mesma época, a Casan prometia a ampliação de 50% da capacidade de distribuição de água em Florianópolis, o que resolveria o problema de abastecimento. Por que a expectativa não se confirmou? Dalírio Beber – O que nós dissemos no ano passado foi que a obra de melhorias na ETA Morro dos Quadros, que fica em Palhoça, permitiria a ampliação do volume de água tratada, sobretudo qualidade e regularidade de tratamento e portanto de distribuição. Falamos naquela época e continuamos falando. A obra está em andamento. Temos também uma rede adutora que está em processo de licitação, que vai estender a rede que já existe até a Via Expressa, e uma outra (já licitada, com execução prevista para março) que vai captar água na cabeceira da ponte e vai até a Bacia do Itacorubi. Com estas três obras nós melhoramos consideravelmente o abastecimento em Florianópolis. Mas não podemos dizer que com isto estará resolvido o problema do Norte da Ilha. DC – O que seria necessário para que não houvesse mais problemas no Norte da Ilha? Beber – Nós dependemos é de uma capacidade maior de adução na SC-401, em direção ao Norte. Nós temos hoje todo um sistema de captação de águas do aquífero dos Ingleses, temos captação na Daniela, no Rio Ratones, na Vargem Pequena, Vargem Grande, que totaliza em torno de 500 litros por segundo. Numa época normal (fora do pico) se consome de 250 a 260 litros por segundo. Então você veja que durante 11 meses e meio nós trabalhamos com 250 litros por segundo e neste momento nós estamos trabalhando com 500 litros por segundo. DC – Todo o ano, com a vinda dos turistas, sabe-se que a população vai triplicar. Ainda assim a Casan continua sendo surpreendida? Beber – Não existe nada no mundo que você não resolva com dinheiro. Somente a morte, o resto se resolve. Resta saber se estes investimentos todos serão suportados pela população residente. Ou seja, se criarmos mecanismos para atender exclusivamente o período de pico, alguém vai ter que amortizar isso e hoje quem paga a conta é o usuário do sistema. Nós temos também que ter a compreensão de que nem sempre tivemos esse fluxo aqui, até mesmo com dificuldade do abastecimento de energia elétrica – que desequilibrou o sistema. O problema existe e nós temos que concentrar esforços em busca de soluções, para que sejam pelo menos minimizados. DC – Se é um problema recorrente, por que não são previstas medidas emergenciais? Beber – Se nós formos olhar as reportagens feitas por vários veículos de comunicação, inclusive o Diário Catarinense, vamos ver que em Balneário Camboriú faltou água, mas lá não é a Casan quem gerencia o sistema. Mas por que faltou? Porque deu mais gente do que se previa. Faltou água em Itapema, não é Casan. Faltou água em Navegantes, não é Casan. Em Itapoá, São Francisco do Sul, nenhum destes é Casan. E no entanto, as matérias não disseram que não é Casan, o que não é justo. Nós temos é que ter a compreensão de que tivemos um movimento excepcional, aliado a um clima extremamente quente. Nós temos que olhar o todo. Temos 200 municípios atendidos pela Casan e quatro superintendências. No Oeste de Santa Catarina não teve nenhum tipo de dificuldade de abastecimento. No Sul não tivemos nenhum problema nas cidades litorâneas, que também têm incremento de população considerável nesta época do ano – exceto um caso pontual em parte da Praia do Rosa. Nenhuma cidade operada pela Casan no Vale do Itajaí teve problema de abastecimento. Araquari não é uma cidade litorânea, mas lá nós temos uma situação preocupante há mais tempo e por isso temos investimentos projetados para este ano. Na superintendência da Grande Florianópolis tivemos problemas. Mas às vezes as forças são insuficientes para fazer o transporte da carga que surge. Ou seja, nós hoje temos limitações físicas. DC – No ano passado a região de Tapera ficou mais de 10 dias sem água. Beber – Não foi a região da Tapera, foi uma rua, em função de um problema pontual. Não se pode generalizar a situação de um bairro e compará-la ao ano seguinte. DC – Quanto seria necessário para que o sistema de abastecimento funcionasse plenamente? Beber – Não tenho bola de cristal para te dizer o que seria necessário de recursos para resolver o problema. Nós temos hoje um estudo de concepção para captar água do Rio Tijucas e trazer esta água para abastecer Florianópolis, especialmente o Norte da Ilha. É uma previsão de R$ 295 milhões, já com adutora. É um número que temos hoje na mão. DC – E demoraria quanto tempo para uma obra destas ser concluída? Beber – Primeiro que nós não temos este dinheiro fácil. A pergunta que se precisa fazer é quanto vai custar a tarifa de água depois da obra, para amortizar o empréstimo de R$ 295 milhões. Vai aumentar a tarifa. Pense o seguinte: esta obra toda viria apenas para suprir a deficiência que nós constatamos hoje. É um recurso que teria que vir a fundo perdido, captado junto ao governo federal. DC – Em litros, quanto seria necessário? Beber – Não seria muito mais do que 500 litros por segundo (o que temos hoje). É que houve uma descompensação do sistema em função das quedas de energia. Nós precisamos voltar a compensar o sistema para que os 500 litros sejam suficientes para atender a população do Norte da Ilha. DC – Se sabe que as quedas de energia aumentam durante esta época. Não seria o caso de investir em geradores? Beber – Um gerador será instalado para funcionar durante cinco, seis dias. Só que ele ficaria 12 meses instalado ali. Você vai ter que ter gente durante o ano inteiro operando este gerador para na hora que, nestes cinco dias que você precisa, ele funcione. Então você vai ter um custo a mais na tarifa. DC – Mas o senhor não concorda que as pessoas iriam preferir pagar um pouco mais e ter a garantia da água ao invés de pagar menos e não ter? Beber – Não seria um pouco mais, seria muito mais. Porque na verdade, no Norte da Ilha, você não tem um único sistema, são vários sistemas espalhados que fazem esse conjunto de 500 litros por segundo. Então hoje nada impede que nós acatemos a sugestão de analisar em profundidade a possibilidade da adoção da compra e locação de geradores. Em princípio você vai ter geradores para dois, três dias. DC – Existe solução imediata? Beber – Não adianta prometer e dizer que vai ter solução imediata. Não, nós temos é que reequilibrar o sistema para que volte à normalidade. DC – O que o senhor diria para uma família que está há uma semana sem água? Beber – Não teve nenhuma família que passou tanto tempo sem água. Teve, digamos assim, famílias que passaram com menos água do que o habitual. DC – Temos informações de moradores que estão saindo de Florianópolis em função da quantidade de dias sem água. Beber – (pergunta a Carlos Alberto Coutinho) Com toda a sinceridade, até sábado as condições de abastecimento estavam normais? Estamos em 2 de janeiro e o problema começou no 25 de dezembro, então são cinco dias. Não estamos confortáveis, em absoluto. Estamos desconfortáveis porque não era isso que nós desejávamos. DC – O senhor foi surpreendido? Beber – Eu vou te perguntar, Balneário Camboriú foi surpreendida? Navegantes foi surpreendida? Itapema foi surpreendida? São Francisco do Sul foi surpreendida? Itapoá foi surpreendida? Eu acho que precisamos ter uma visão mais larga, menos pontual. DC – A Casan, foi surpreendida? Beber – Temos que ter uma visão mais larga, é o que estou falando. O que aconteceu neste litoral? Tivemos uma situação de excepcionalidade no fluxo de pessoas. Na cidade de Balneário Camboriú foram 1,5 milhão de pessoas no dia 31. Em Copacabana, e aí é de se pensar em quantas as pessoas moram no Rio de Janeiro e mais quantos turistas vão para lá, foram 2,5 milhões. Ou seja, estes números eu acho que podem ajudar a explicar a excepcionalidade do movimento que o litoral do Sul teve nesta virada do ano. DC – O que o senhor falaria para quem está em casa sem água? Beber – Eu quero dizer que não existem casas sem água, existem casas onde nós estamos tendo momentaneamente dificuldade de abastecimento regular e satisfatório. Para estas pessoas nós pedimos compreensão. Temos que ter a humildade de pedir e dizer que lamentavelmente não é um caso que está acontecendo só aqui. Mas que a Casan está trabalhando para que o sistema volte ao normal. Não concedemos férias para nenhum funcionário. Mas não temos nenhuma solução de cartola. DC – E no ano que vem, se a quantidade de pessoas for a mesma? Beber – Eu espero que não falte água. DC – O que será feito de diferente para que a situação não se repita? Beber – Eu não vou prometer hoje. Promessas feitas de rompante, apenas para agradar, ninguém vai ter de mim. Mas com certeza os nossos técnicos vão sentar de forma responsável e pensar em soluções de curto prazo, que possam ser empreendidas para permitir que se crie uma perspectiva diferente para o ano que vem. E não vou torcer por menos movimento, porque dá a impressão que a gente torce para que a cidade não cresça, para que o setor do turismo não se desenvolva, muito ao contrário. DC – Mas o senhor não fica com receio de que os moradores de Florianópolis se voltem contra o turismo? Beber – Não. É difícil, eu tenho muitos amigos que gostariam de vir para o Norte da Ilha e se tivesse uma casa eles poderiam ficar lá, apertando bem. Mas seria ético da minha parte colocar 25 ou 30 pessoas numa casa feita para 10? Ou seja, nós responsabilizamos a empresa de infraestrutura, mas nós mesmos estamos superlotando o sistema. Então será que todos nós estamos sendo éticos com a estrutura disponibilizada na nossa comunidade? É uma bela discussão. DC – Como o senhor tem dormido nestes últimos dias? Beber – Eu quero te dizer o seguinte: quem perturba o teu sono não é o trabalho, é a tua consciência. Eu, neste momento, estou desconfortável e triste, não vivo com prazer em função do sofrimento dos que estão sem água, mas estou com a consciência tranquila de que nós estamos empreendendo todos os esforços. O que é possível de ser feito está sendo feito. Vou perguntar para o Coutinho, (pergunta) quantas horas vocês têm dormido nos últimos dias? (resposta: não mais que quatro). Na noite do dia 31 ele passou trabalhando no Norte da Ilha e não tomando espumante. DC – Na sua casa faltou água? Beber – Na minha não faltou. Eu moro no Centro e o problema está concentrado no Norte da Ilha. DC – Há reclamação também sobre a busca por informações, na central de atendimento da Casan. Beber – Eu recebi esta reclamação hoje (ontem) pela manhã e o pessoal da diretoria comercial já está verificando o que está acontecendo. As informações precisam ser prestadas. DC – Tem perspectiva de o abastecimento ser normalizado? Beber – Nós lutamos pelo mais rápido possível. Se nós pudéssemos fazer o dito milagre eu te diria que está feito, mas não dá. Então vamos trabalhar para gradativamente o sistema voltar ao normal. Fonte: Diário Catarinense – Geral – 03-01   À ESPERA DE UM DIAGNÓSTICO PRECISO Éelogiável que o governador Raimundo Colombo tenha chamado à Casa dAgronômica os presidentes da Casan e da Celesc na tarde de ontem. Afinal, em meio à principal semana de turismo do litoral catarinense só o que se ouve são lamúrias de moradores e visitantes tendo de enfrentar uma sufocante e histórica onda de calor sem energia elétrica e sem água. A virada do ano se transformou em um martírio para milhares de famílias, que têm recorrido aos órgãos de comunicação social para pedir ajuda. Com a sensibilidade que lhe é peculiar, o governador entendeu que o problema é maior que as estatais em questão: trata-se da qualidade de vida de quem vive em Santa Catarina, da economia estadual e da imagem hospitaleira do Estado. Da reunião, pelo que se sabe, foi decidido que será aumentado o número de equipes de plantão para tentar atender às demandas de água e luz no litoral. Uma pena que a nota oficial emitida após o encontro credite apenas a fatores externos o problema: “O calor excessivo, o aumento do consumo de água e quedas de energia resultaram no desabastecimento de parte das residências na Grande Florianópolis, onde se concentra o maior volume de turistas”, diz texto divulgado após a reunião. Não pode ser só isso. Se de fato forem apenas essas as explicações, pode-se prever, infelizmente, que as carências se repetirão com indesejada frequência. Não pode ficar de fora do diagnóstico uma variável fundamental para administradores públicos: planejamento. Soa inadmissível aceitar que a solução seja rezar para baixar a temperatura ou para que os visitantes voltem para seus Estados. Conforme entrevista concedida pelo presidente da Casan, Dalírio Beber, publicada às páginas 4 e 5 desta edição, a estatal parece não ter definido ainda se investe o necessário para garantir abastecimento ou se desiste de ser parceira do próprio Estado e da iniciativa privada no projeto de confirmar Santa Catarina como um polo de turismo. A empresa tem os estudos das obras estruturais necessárias, mas não tem certeza se vale a pena o custo para atender o que considera demandas curtas. Pergunte-se a um morador se um dia sem água em casa pode ser definido como uma demanda curta. Pergunte-se a um dono de hotel se um dia sem água é uma demanda curta. O que dizer de dois, três, quatro ou cinco dias sem o líquido, como vem ocorrendo em algumas cidades atendidas pela estatal. E o que esperar, então, das cidades onde o serviço é municipalizado? Fonte: Diário Catarinense – Editorial - 03-01   Investir ou não neste ano? Média dos lojistas de Joinville que ainda não sabem se vão abrir ou ampliar lojas e contratar mais funcionários em 2014 está acima da média do Estado, aponta pesquisa da Fecomércio-SC O comércio de Joinville começa o novo ano com dúvidas sobre a contratação de funcionários, abertura ou ampliação de lojas e diversificação de negócios. Pelo menos é o que indica pesquisa divulgada ontem pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina (Fecomércio-SC), que revela que o percentual de empresários e lojistas que não sabem se vão realizar investimentos nestas áreas é bem maior do que nas principais cidades do Estado. Segundo o levantamento, 20,6% dos comerciantes de Joinville não sabem ou não informaram se vão ampliar o quadro de funcionários em 2014. A média estadual é de 10,2%. Com relação à abertura ou ampliação de lojas, 29,5% dos entrevistados na cidade também não tiveram resposta, enquanto o índice em Santa Catarina é de 16,8%. Outros 22,7% empresários joinvilenses não souberam dizer se vão diversificar os negócios neste ano. No Estado, este número é de 8,3%. Alguns fatores explicam a desconfiança: mercado concorrido, falta de mão de obra qualificada e os altos custos para manter os negócios. Ainda assim, os resultados surpreenderam o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Joinville e Região (Sindilojas), Osnildo de Souza. Ele acredita que os números não condizem com o atual momento do comércio e cogita a hipótese de alguns empresários estarem “escondendo o jogo” sobre os investimentos. – A abertura de lojas e as contratações vão acontecer. É um fenômeno natural – avalia. O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Carlos Grendene, conta que, nos últimos dois anos, cerca de 500 novas lojas foram abertas em Joinville. A oferta maior poderia justificar a não confirmação dos investimentos. – A concorrência ficou acirrada, e às vezes ela não te dá muita perspectiva – acredita Grendene. Mesmo em meio a esse cenário, os comerciantes da cidade estão otimistas com o desempenho dos negócios. Para 89,7% deles, a expectativa é de que as vendas sejam boas ou ótimas. Em Santa Catarina, a média é de 80,8%.   COMÉRCIO Consumidor está mais confiante Outro indicador da mesma pesquisa pode explicar o porquê de a incerteza rondar o comércio de Joinville. Segundo o levantamento, apenas 41,7% dos joinvilenses afirmaram estar com uma situação financeira melhor do que a verificada no início de 2013. A média estadual é de 48,5% e chega a subir para 49,3% em Florianópolis e para 51,4% em Blumenau. Apesar disso, o consumidor local demonstra confiança. Para 79% dos joinvilenses entrevistados, a economia vai melhorar em 2014, enquanto em Santa Catarina este índice é de 75,3%. O levantamento da Fecomércio-SC foi realizado entre os dias 3 e 7 de dezembro, com 2.711 consumidores, e 26 e 27 de dezembro com 558 comerciantes nos municípios de Joinville, Chapecó, Lages, Florianópolis, Criciúma, Itajaí e Blumenau. O objetivo foi identificar as expectativas e perspectivas de comerciantes e consumidores para este ano. Fonte: A Notícia – Economia – 03-01   Inflação e endividamento, por Nilson Borges Filho* O Brasil caminha para uma crise na área econômica com graves reflexos sociais. Inflação alta, baixo crescimento em diversos setores da produção industrial e câmbio sem controle são indicadores de que o quadro pode se agravar, sim, com poucas possibilidades de recuperação a curto prazo. O discurso otimista da presidente Dilma Rousseff pode ser lido mais como um ato pré-eleitoral do que uma análise sensata das condições adversas que o País atravessa. Observa-se que alguns setores da economia sinalizam com a exigência de um enxugamento dos seus quadros de colaboradores, mediante a utilização de programas de demissões voluntárias. O ramo automotivo dá sinais claros de que a crise está chegando para valer. O crédito fácil e o incentivo governamental ao consumo geraram uma população endividada, com dificuldades para cumprir compromissos da época da fartura do consumismo exagerado. A alta no custo dos alimentos e dos serviços acelera o agravamento da crise que se anunciava há três anos. Medidas paliativas não cabem mais nesse processo inflacionário com o fraco desempenho da produção. A fuga de dólares demonstra que os investidores não confiam na política econômica do governo brasileiro. Para se ter uma vaga ideia das atuais condições financeiras da população, o nível de endividamento atingiu 63% das famílias. Convém salientar que nesses índices não estão os endividados informais, aqueles espertos que dão um bordejo no bolso dos pais, apostando que lá na frente serão perdoados da dívida, ou aquele outro tipinho que costuma dar o calote no cunhado endinheirado. E tem mais: as atas do Banco Central informam que as taxas dos juros continuarão a subir se não houver uma desaceleração do surto inflacionário. Como os números não mentem, a inflação está mais propensa a dar um salto para cima do que desacelerar neste ano, período de eleições gerais e de gastos governamentais. Diversos Estados estão com problemas seriissimos de caixa, o que leva, nesses casos, os governantes a buscarem dinheiro no exterior com taxas de juros desconfortáveis. Nada indica que aqueles que buscam a reeleição puxarão o freio de mão na gastança pública. Ao contrário. Afinal, a cada ano aumentam os custos de uma eleição. Mas e daí? Não é o contribuinte quem paga? Fonte: A Notícia – Opinião - 03-01   Comércio externo tem pior ano desde 2000 Superavit cai 87%, a US$ 2,6 bi, mas resultado seria pior não fosse venda recorde de plataformas que não saíram do país Governo defende cálculo de plataformas nas exportações e diz que resultado da balança deve ser comemorado O país teve em 2013 o pior resultado no comércio externo em 13 anos, mesmo com as estatísticas oficiais mostrando exportações recorde de plataformas de petróleo que, na verdade, não deixaram o país por terem sido alugadas internamente. O superavit de US$ 2,6 bilhões foi 87% inferior ao de 2012 e o menor desde 2000, quando houve deficit de US$ 731 milhões. Também foi a primeira vez desde 2002 que o superavit anual não atingiu o patamar de dois dígitos. O desempenho no ano passado refletiu uma combinação de crise nas principais economias do mundo, que afetou a venda de produtos brasileiros, fraca produção nacional de petróleo e derivados e aumento da demanda interna por combustível. O petróleo é um dos principais itens da pauta de exportação do Brasil. Com a baixa produção em 2013, o país não só deixou de vender, como também teve de importar mais para atender a uma maior demanda interna. Com isso, em 2013, a balança comercial do petróleo apresentou o maior deficit da história: US$ 20,3 bilhões. Essa conta foi influenciada porque a compra feita em 2012 de US$ 4,6 bilhões em petróleo só entrou nos cálculos oficiais em 2013, contribuindo para o aumento do deficit. No acumulado do ano, as exportações totais do Brasil caíram 1% em relação a 2012, enquanto as importações bateram recorde, subindo 6,5%. Ainda assim, o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Daniel Godinho, disse que há motivos para comemorar, já que a exportação se manteve "num patamar elevado" num ano considerado extremamente "difícil".   PLATAFORMAS O retrato do comércio exterior em 2013 só não ficou pior porque o governo contabilizou como exportação o vaivém contábil envolvendo sete plataformas produzidas aqui, vendidas a subsidiárias da Petrobras e de outras petroleiras no exterior e alugadas a empresas no Brasil. Essas operações, que são legais e geram vantagens tributárias para as empresas (as petroleiras não precisam pagar PIS, Cofins e IPI sobre as plataformas), somaram US$ 7,7 bilhões em 2013, valor recorde. Sem essas exportações, o comércio externo teria sido deficitário. Godinho defendeu a sistemática. "Cada país tem seu modelo [de contabilização dessas transações]. Esse é o modelo brasileiro, que existe desde 1999", disse, rebatendo as críticas de que se trata de manobra para inflar artificialmente os dados oficiais. "Quem produz são estaleiros nacionais, não é a Petrobras. O fabricante vende para um estrangeiro e há ingresso de moeda estrangeira no país. Não posso dar tratamento diferenciado das demais exportações." Segundo ele, desde 2004, com exceção de 2006 e 2009, houve exportação de plataforma. Porém, o valor máximo apresentado foi de US$ 1,5 bilhão em 2008 e 2012. Fonte: Folha de S. Paulo – 03-01     OTIMISMO EM BAIXA A economia brasileira foi a que registrou a maior queda de avaliação em um período de 12 meses entre 24 países pesquisados pela Ipsos. Questionados sobre o cenário econômico, 34% dos entrevistados no Brasil afirmaram em novembro de 2013 que a situação era boa. O número representa um retrocesso de 21 pontos em relação a dezembro de 2012, quando 55% dos entrevistados se mostravam otimistas. Apesar do recuo, o percentual de novembro colocou o país em décimo lugar entre as economias pesquisadas. O melhor desempenho foi o da Arábia Saudita, onde 80% dos ouvidos definiram o quadro como bom. Na outra ponta ficaram França e Espanha, com apenas 5% de pessoas confiantes em cada um dos países. Foram entrevistados para o levantamento 18.041 adultos nas 24 localidades. Fonte: Folha de S. Paulo – coluna Mercado Aberto – 03-01   Ano novo, real fraco, de novo   Mercado deu o tom do que será o câmbio; governo tem de ser hábil para evitar acidentes com o dólar DÓLAR A R$ 2,40 foi um aperitivo forte demais para o início de 2014, mas esse vai ser um dos sabores do ano. Resta saber qual vai ser a dose da desvalorização. A sacudida de ontem no mercado foi praticamente mais da mesma novela a que assistimos em 2013, com a novidade ainda pouquíssimo testada do novo modelo de intervenção do Banco Central do Brasil. Em princípio e em tese, o BC vai deixar o mercado mais solto, vendendo menos dólares. No mais, a pressão pela desvalorização veio toda de fora. Houve noticiazinhas de melhorias na economia americana. Nada muito preciso ou definitivo, mas dados positivos sobre pedidos de seguro-desemprego e indústria insuflaram ainda mais o otimismo que vem desde dezembro. Muita gente começa a chutar, mais ou menos informadamente, que o crescimento americano vai dobrar em 2014, podendo chegar mesmo a excepcionais 4% (no ano passado, o PIB dos Estados Unidos deve ter crescido um pouco menos que 2%). Bom crescimento e desemprego em baixa vão fazer com que o banco central deles, o Fed, reduza gradativamente o despejo de dinheiro na economia, injeção de estímulo que poderia então terminar ainda neste 2014. Com menos dinheiro na praça, os juros de mercado de papéis privados e públicos continuarão a subir, provavelmente menos que em 2013, mas subirão. Juros em alta e economia acelerada nos Estados Unidos tirarão dinheiro (dólar) do resto do mundo, Brasil inclusive, ou em especial. Desde o final de 2013, os juros de mercado dos títulos da dívida americana de dez anos estão flutuando em torno de 3% ao ano. No início de 2013, estavam abaixo de 1,8%. Há chutes informados de que não devem passar de 3,5% em 2014. Desde maio do ano passado, o preço do dólar no Brasil acompanha os movimentos dos juros de longo prazo nos Estados Unidos. Tal associação ficou estremecida a partir do final de agosto, quando o Banco Central do Brasil passou a intervir no mercado. Mas a fonte de pressão estava lá, implícita. Em tese, dadas as perspectivas para os juros nos Estados Unidos, a pressão sobre o dólar no Brasil seria menor este ano. Com um Banco Central mais comedido, vendendo menos dólares, vamos descobrir qual é a cotação mais "realista" da moeda norte-americana. Mas, obviamente, não vão ser apenas a política monetária e as reações do mercado americano que vão definir a taxa de câmbio do Brasil. Caso o governo venha a fazer mais bobagem na área fiscal (gastos), o caldo vai azedar. Se a inflação ficar mal comportada, o caldo vai azedar mais um tanto. Se o nosso comércio exterior não reagir mesmo com a melhora da economia mundial e um real mais desvalorizado, o caldo vai azedar outro tantinho. Enfim, o Banco Central pode mudar de ideia a respeito do tamanho das intervenções necessárias. Pode deixar o barco correr, desde que as variações do dólar não sejam muito violentas. Pode, porém, considerar que tal ou qual preço do dólar seja o ideal para tal e qual altura do ano, "tabelamento" necessário para evitar uma alta ainda maior da inflação. Fonte: Folha de S. Paulo – 03-01     Dólar abre ano em alta e vai a R$ 2,393 Em dia de poucos negócios, cotação foi a maior desde o final de agosto do ano passado; BC intervém menos no mercado de câmbio Menor oferta de dólares pela autoridade monetária tende a empurrar preços da moeda para cima O dólar terminou o primeiro dia de negócios de 2014 no maior preço em mais de quatro meses, em uma sessão de baixo movimento financeiro. A quinta-feira também foi marcada pelo início do programa do Banco Central de intervenções reduzidas no mercado de câmbio para conter a alta da moeda americana. O dólar à vista, referência no mercado, fechou em alta de 1,31%, a R$ 2,393, o maior valor desde 27 de agosto. E o dólar comercial, usado no comércio exterior, subiu 1,44%, a R$ 2,391, a maior cotação desde 22 de agosto. A moeda à vista chegou a bater R$ 2,40 ao longo do dia, mas perdeu força. O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, caiu 2,26%, aos 50.341 pontos, com um volume cerca de 25% menor que a média diária do ano passado, que ficou em R$ 7,4 bilhões.   DISTORÇÃO Para analistas ouvidos pela reportagem, em razão do volume de negócios abaixo do norma, a alta do dólar ontem não pode ser atribuída diretamente à medida do BC, já programada, de interferir menos no mercado de câmbio. "Esses dois dias [ontem e hoje] são atípicos, pois estão entre o feriado de Ano-Novo e o fim de semana. Muitos investidores ainda estão viajando", afirma Fernando Bergallo, diretor de câmbio da TOV Corretora. "Assim, uma operação pontual, como uma importação, que não causaria efeitos em um dia comum, tem um reflexo distorcido em um dia de poucos negócios", acrescenta o especialista. Ontem, o BC passou a oferecer menos contratos de "swap cambial" --que equivalem a uma venda futura de dólares e ajudam a conter o aumento do preço da moeda americana. Essa redução já havia sido anunciada em 18 de dezembro, como reflexo da decisão do BC dos Estados Unidos de diminuir os estímulos econômicos naquele país.   NO PREÇO Ainda de acordo com analistas, o novo modelo de atuação do Banco Central brasileiro no mercado de câmbio já tem sido embutido nos preços da moeda americana desde a data do anúncio da medida, e novos impactos poderão ser avaliados de forma mais consistente a partir dos próximos dias. Para Victor Hugo Galhardo, operador de câmbio da Treviso Corretora, o dólar tem fôlego para superar R$ 2,40. Galhardo destaca como forças de pressão de alta sobre a cotação da moeda americana tanto a diminuição dos estímulos econômicos nos Estados Unidos --que reduz o volume de dólares disponíveis naquele país para investimentos em outros mercados, como o brasileiro-- quanto a redução dos leilões feitos pelo BC do Brasil no mercado de câmbio. Isso porque a oferta de menos contratos de "swap cambial" resulta em menos dólares disponíveis no mercado de câmbio, o que tende a empurrar os preços para cima. Fonte: Folha de S. Paulo – 03-01

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