Clipping Diário - 02/06/2014
Publicado em 02/06/2014
Clipping Diário - 02/06/2014
Medo no norte Comerciantes estão mais uma vez preocupados com a crescente invasão de moradores de rua em Canasvieiras. No centrinho, um grupo ocupou a fachada de uma loja usando as conhecidas fitas adesivas para interdição de locais, onde colocaram vários colchões. Fonte: Diário Catarinense – Visor – 02-06 ACIMA DA MÉDIA 95,6% das cidades de SC têm desenvolvimento alto Estado tem o terceiro melhor quadro socioeconômico do país, aponta levantamento da Federação das Indústrias do RJ Santa Catarina tem 280 de seus 293 (95,6%) municípios com desenvolvimento alto ou moderado aponta um estudo da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). É o terceiro melhor quadro socioeconômico do país, atrás apenas de São Paulo e do Espírito Santo. O levantamento é do Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), a partir de dados nacionais sobre educação, saúde, emprego e renda coletados em 2011. O país, segundo a Firjan, atingiu média de 0,7320 pontos. A escala define que até 0,4 o desenvolvimento é baixo. Entre 0,4 e 0,6, a avaliação é regular. No intervalo entre 0,6 pontos e 0,8, o desenvolvimento é moderado e, acima desse patamar estão os municípios com alto desenvolvimento. O resultado de SC é 2,7% superior ao do ano anterior e, do país, é 1,8%. De acordo com o Especialista em Desenvolvimento Econômico da Firjan, Jonathas Goulart, o ranking leva em conta não apenas a renda dos municípios, mas variáveis que vão além do Produto Interno Bruto (PIB). Ele analisa dados que refletem na qualidade de vida da população e gera informações para os gestores municipais. – É importante saber as causas dos óbitos para definir políticas públicas para diminuir este índice – afirma Goulart. Cidades melhoram índice e destacam-se Em relação a 2010, Santa Catarina aumentou em 4,8% o número de municípios com alto desenvolvimento, totalizando 15,4%. O Estado continua com nove cidades entre as 100 melhores posicionadas. Saíram Saudades e Blumenau e entraram Tubarão e Joinville, que deram um salto entre 2010 e 2011. Itajaí, também se destacou, passando de décimo para quinto lugar no ranking estadual. No nacional, Concórdia e Chapecó continuam liderando. A primeira saltou de 18o para 12o lugar no país. Chapecó passou de 28o para 18o. Entre as capitais, Florianópolis caiu da quarta para a quinta posição, devido à redução no índice na área emprego e renda. Para Goulart, o arrefecimento da economia em 2011 foi o responsável pela queda do índice em todo o país. Goulart afirma que os Estados do Sul geralmente têm bons índices de desenvolvimento, mas ainda há problemas tanto na geração de emprego e renda, quanto na saúde. – Notamos uma desigualdade – alerta o especialista. Bela Vista do Toldo está entre os 23 municípios com índice regular na área de saúde, com IFDM 0,47. É pouco mais do que a metade do índice de Concórdia, o que leva o município a ficar entre os piores resultados, à frente apenas de Cerro Negro. Os últimos colocados têm índices de emprego e renda entre baixo e regular, reflexo da baixa industrialização. Goulart diz que o aspecto econômico pode influenciar, mas não é determinante. Fonte: Diário Catarinense – Economia – 02-06 ACIMA DA MÉDIA Abismo difícil de romper Apesar de avançar ano a ano no desenvolvimento municipal, atingindo um patamar de 55% de cidades com desenvolvimento médio, o país não conseguiu romper com o abismo da desigualdade regional. De acordo com o índice, com a atual dinâmica de desenvolvimento das cidades, as regiões Norte e Nordeste levariam 29 e 26 anos, respectivamente, para alcançar os indicadores registrados em 2011 pelo Sul, onde 92,3% dos municípios registram desenvolvimento moderado ou alto. É a primeira vez que o índice registra o critério de desigualdade no cálculo do desenvolvimento. Os dados coletados reforçam a distância entre as regiões. Os 500 municípios com os resultados mais baixos, com média de 0,4231, precisariam de 13 anos para atingir o patamar dos 500 municípios mais desenvolvidos, com média de 0,8179, considerada alta na classificação da Firjan. Números - 92,3% é o percentual de municípios da região Sul do país com desenvolvimento alto ou moderado, segundo a Firjan. - 13 anos é o tempo que as cidades com os resultados mais baixos precisariam para atingir o índice dos mais desenvolvidos. - 2,7% foi o percentual que Santa Catarina cresceu em 2011, em relação ao ano anterior, segundo o levantamento. Fonte: Diário Catarinense – Economia – 02-06 O Mercado e a vontade da população, por Gustavo Miroski* Finalizada no dia 23 a consulta pública promovida pela prefeitura para partilhar sugestões ao novo regulamento do Mercado Público de Florianópolis além da escolha dos horários de funcionamento aos sábados e domingos resultou em um espaço democrático onde milhares de pessoas opinaram diretamente através do site da prefeitura e outras tantas debateram o assunto por meio de redes sociais e mídia impressa. Resultado: 70% optaram pela abertura das 8h às 18h aos sábados e a possibilidade de abertura aos domingos das 9h às 14h foi apontada por 85% dos votantes. O Mercado Público ao longo dos anos perdeu sua característica de convivência, tornou-se tão somente um espaço de passagem, seja para compra de peixes e frutos do mar ou um breve encontro entre amigos ao final de tarde. O resultado da pesquisa demonstra o interesse majoritário da população em conviver ainda mais tempo no novo espaço, formado por 111 boxes e 54 atividades comerciais diferenciadas. A nova proposta não será impositiva aos comerciantes, deverá ser fruto de diálogo e consenso. Deve ser implementada a partir de 2015 quando a obra de restauro estará completa. Pode-se iniciar, por exemplo, no último final de semana de cada mês com o apoio institucional da prefeitura através de mídia e atrações artístico-culturais, habituando os frequentadores em relação aos novos horários. E justamente era esse o objetivo da iniciativa: promover o debate e validar com a opinião pública as normativas de funcionamento de um símbolo histórico de nossa cidade, o Mercado Público, palco de inúmeras manifestações culturais e populares. E principalmente, intensificar a articulação com a sociedade, permitindo que a comunidade participe da formulação e definição de politicas públicas. *SECRETÁRIO MUNICIPAL DE ADMINISTRAÇÃO DE FLORIANÓPOLIS Fonte: Diário Catarinense – Economia – 02-06 Gestão de moda A rede Makenji, forte na região Sul, aprimorou produtos, mudou a gestão e melhorou resultados. O empresário Mário Kenji, que reassumiu a presidência há dois meses, diz que as vendas tiveram alta superior a 100% em abril e maio frente ao bimestre anterior. Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti – 02-06 Conforme a demanda A rede Magazine Luiza acaba de fazer ajustes no total de lojas no país. Fechou nove unidades, sendo uma em Urussanga, dia 27 último. Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti – 02-06 Poupança e gastos Entrevista com o presidente da Ordem dos Economistas do Estado de Santa Catarina, Luiz Henrique Belloni Faria. Qual é a aplicação que prefere? Sou adepto da caderneta de poupança e da renda fixa. O que vê com preocupação, hoje, nessa área no Brasil? O que preocupa é o nível de endividamento das famílias no país. Os últimos dados disponibilizados pela Ordem dos Economistas apontam que de 55% a 60% das famílias estão endividadas. Isso aumenta muito o risco de inadimplência, que causa redução de vendas e do ritmo da economia, agravando problemas sociais. Falta ao brasileiro o hábito de calcular quanto pode gastar por mês. Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti – 02-06 A meio caminho da reabertura Operários aceleram acabamentos para ala norte voltar a receber público, enquanto ala sul é fechada com despedida saudosista Esta segunda-feira é um elo das duas etapas da revitalização do Mercado Público de Florianópolis. Pela primeira vez desde o início das obras, o centro de comércio popular que fica no coração da Capital deve permanecer fechado ao público por causa da reforma, com o fechamento da ala sul concluído no sábado, e o início da organização das lojas da ala norte. A previsão de reabertura da ala norte para hoje se concretiza em parte, já que serão os novos lojistas os ocupantes do corredor recém-envernizado neste primeiro dia de portas abertas. Eles precisam preencher os estoques, enquanto a potencial clientela pode matar a curiosidade sobre o resultado da reforma. Da prefeitura, saíram 11 dos 77 alvarás necessários para o início das atividades. Porém, mesmo as lojas adiantadas precisam de um prazo maior para abrir. Ontem à tarde, o chão do corredor recebia a última demão de impermeabilizante, o que manteve a parte interna da ala totalmente isolada. Retoques na pintura e adequação da calçada também foram acelerados, enquanto os tapumes eram transferidos para o lado da ala sul, revelando em detalhes a fachada reformada do Mercado. A perspectiva do poder público é de que os outros 66 boxes abram gradativamente até o fim do mês. A ala sul foi fechada no sábado e a previsão é de que as obras de revitalização se estendam até dezembro. Sob o céu nublado, bares tradicionais como o do Alvim e o do Box 36-A fizeram os últimos atendimentos depois de mais de cinco décadas. O conhecido cheiro de peixe dividiu o cenário com o aroma de churrasco, preparado excepcionalmente para a despedida dos dois pontos de encontro que deixarão de funcionar no Mercado Público. Entre os vendedores ambulantes, clientes disputavam espaço no corredor da ala para tentar se sentar em uma das mesas do Box 32, comprar uma tainha ou aproveitar a venda de ponta de estoque de calçados. Do lado de fora, duas rodas de samba embalaram o movimento atípico, enquanto, nas lojas, caixas de papelão iam acumulando o que restou de estoque. Alguns lojistas atenderão temporariamente em locais alternativos durante os seis meses de obras e outros permanecerão de portas fechadas até dezembro. O advogado Janir Ricardo Pilar, 39 anos, defendeu a revitalização: – Esse lugar é um cartão-postal da cidade e merece ter qualidade muito alta. A reforma da ala sul é a segunda parte do projeto e custou R$ 7 milhões. Fonte: Diário Catarinense – Economia – 02-06 UM DIA SEM MERCADO Peixarias começam a atender em estandes no Centro Histórico A alternativa encontrada pela prefeitura de Florianópolis para mais de 200 famílias de pescadores que dependem das peixarias do Mercado Público foi a mudança para o Centro Histórico. A partir de hoje e até dezembro, nove estandes erguidos dentro do Terminal Cidade de Florianópolis agregarão movimento à Rua Antônio Luz. A estrutura foi montada no fim de semana, com câmaras de resfriamento e balcões gelados, como os do próprio Mercado Público. Segundo Everson Mendes, superintendente do Instituto de Geração de Oportunidades de Florianópolis (Igeof), a operação envolveu prefeitura, Celesc, Casan e comerciantes. Para evitar mau-cheiro, o esgoto foi canalizado para a rede central e a Comcap deve reforçar a coleta de lixo. Além disso, um caminhão fará a lavação do terminal a cada dois dias. Fonte: Diário Catarinense – Economia – 02-06 Peixe limpo O consumidor ilhéu encontra no Mercado Público de Florianópolis muito peixe fresco. Mas a qualidade do serviço deixa um pouco a desejar. Quando se pede para limpar o peixe na hora ou até mesmo aqueles que já são oferecidos como limpos não raro apresentam restos de escamas e vísceras que não foram completamente extraídas da região abdominal. Por menor que seja a quantidade, você precisa se livrar rapidamente desses resíduos que provocam mau odor na lixeira da residência de um dia para o outro. Como o serviço nas peixarias de Florianópolis é feito só por homens, há quem anseie pela chegada das mulheres também a esse mercado de trabalho para oferecer um serviço de melhor qualidade. Porque onde elas entram, geralmente o serviço melhora. Ou então levar os nossos peixeiros para uma turnê nos melhores mercados de peixes do mundo, especialmente o Tsukiji, no Japão, com cerca de 400 produtos marinhos, a maioria mantidos vivos até a comercialização. Temos muito a melhorar nesse quesito e é sempre bom evoluir. Fonte: Diário Catarinense – Cacau Menezes – 02-06 PESQUISA Estão abertas as inscrições para a nona edição da pesquisa As Pequenas e Médias Empresas que Mais Crescem no Brasil, realizada pela Deloitte em parceria com a revista Exame PME, da Editora Abril. O objetivo é destacar as PMEs que mais expandiram seus negócios desde 2011. Fonte: A Notícia – Claudio Loetz – 02-06 Réquiem para o velho mercado Despedida no sábado (31/5) foi dolorosa, assinalando o fim de um ciclo e abrindo a cortina de uma grande dúvida: como será o novo mercado? Um sábado nublado, depois chuvoso, marcou a despedida dolorosa de centenas de florianopolitanos de um dos símbolos mais queridos da cidade: a ala Sul do Mercado Público, onde ficavam as peixarias e o bar do Alvim, o mais democrático, autêntica e charmosamente. Muita gente se emocionou. Muitos encararam aquela despedida como um ato final, um “cai o pano”, como se diz na linguagem cênica. O Alvim realmente era o ponto de encontro descontraído dos amigos, um lugar sem comparação, cujas principais marcas sempre foram a qualidade e a autenticidade. Vem aí um novo mercado. Para alguns, um mercado "nada a ver" com a cidade, modernoso e sem identidade, bonito por fora e gelado por dentro. Há quem diga que não, que tudo será melhor, mais organizado e legalizado, porque os boxes – espaços públicos – nunca tinham sido licitados, como manda a legislação. Mas a turma que gostava do formato e da espontaneidade daquela esquina da avenida Paulo Fontes com a rua Jerônimo Coelho jamais perdoará a frieza da lei que impediu a continuidade do Alvim, praticamente patrimônio cultural de Florianópolis. Fonte: Notícias do Dia – Damião - 02-06 Deserto Se até as financeiras estão fechando as portas na região central de Florianópolis – numa única quadra da rua Felipe Schmidt, duas encerraram atividades na semana passada –, que dirá os pequenos negócios que não suportam mais o peso extorsivo dos aluguéis? Têm que faturar muito para aguentar o tranco. Fonte: Notícias do Dia – Damião - 02-06 Confiança cai e variação do PIB no 2º trimestre pode ser negativa Estudo da FGV-Ibre mostra piora das perspectivas em diferentes setores e relaciona esse pessimismo ao resultado final da economia A queda forte e generalizada em maio dos índices que medem a confiança de consumidores e de empresários da indústria, comércio, serviços e construção, que respondem por 60% da economia, indica um desempenho ainda pior do Produto Interno Bruto (PIB) neste trimestre, com risco de atingir um resultado negativo. Entre janeiro e março, a economia cresceu apenas 0,2% em relação ao 4º trimestre se 2013, descontado o comportamento típico do período, segundo o IBGE. “Há uma piora na percepção da conjuntura captada pelos índices de confiança que pode se transformar numa desaceleração ainda maior do PIB, que cresceu só 0,2% no 1.º trimestre. Isso significa que podemos ter resultado negativo no PIB do 2.º ou do 3.º trimestres, na comparação com período imediatamente anterior”, afirma Aloisio Campelo, superintendente de Ciclos Econômicos do Instituto Brasileiro de Economia, responsável pelos índices de confiança da FGV. Se a confiança aumenta em relação ao trimestre anterior, a economia cresce - e vice-versa SE A CONFIANÇA AUMENTA EM RELAÇÃO AO TRIMESTRE ANTERIOR, A ECONOMIA CRESCE - E VICE-VERSAINFOGRÁFICO/ESTADÃO Para chegar a essa conclusão, Campelo observou num período de quase dez anos uma forte correlação entre o comportamento da confiança dos empresários da indústria, comércio, serviços e construção e o resultado efetivo do PIB. Isto é, constatou que quando a confiança aumenta em relação ao trimestre anterior, descontados os efeitos sazonais, a economia cresce e vice-versa. Em 22 trimestres acompanhados desde o 3.º trimestre de 2008, Campelo observa que o PIB e a confiança não seguiram a mesma direção em apenas um trimestre, o segundo de 2013, quando a confiança caiu e o PIB se acelerou. Mas no trimestre seguinte, o PIB recuou e seguiu a confiança, afetada pelas manifestações de junho de 2013. Naquela ocasião, o descasamento ocorreu porque a economia ainda recebia estímulos ao consumo e havia crescimento por causa da aceleração da atividade no final do trimestre anterior. Neste segundo trimestre, no entanto, a economia herdou a desaceleração do final do 1.º trimestre, os estímulos ao consumo estão sendo retirados e os juros ao consumidor estão em rota ascendente. Reflexos. “A queda dos indicadores de confiança em abril e maio e a perspectiva negativa para este mês, por causa das paralisações com a Copa, vão ter um impacto bastante negativa no PIB do 2.º trimestre”, diz o economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale. Após o fraco resultado do 1.º trimestre, ele reduziu de 1,2% para 0,8% a taxa de crescimento do PIB do 2.º trimestre em relação a igual período de 2013. No 1.º trimestre, o PIB cresceu 1,9% ante o mesmo período de 2013. Assim como Campelo, Vale considera os índices de confiança um indicador antecedente do PIB. Nas suas contas, a confiança do consumidor e dos empresários do comércio, da indústria, do setor de serviços e da construção civil caiu 10% entre janeiro e maio. “Como a confiança tem forte relação com o PIB, este será mais fraco no segundo trimestre.” Também para o assessor econômico da Fecomércio-SP, Altamiro Carvalho, a queda de 25% da confiança do consumidor em maio em relação a mesmo mês de 2013, indica um segundo trimestre bem mais fraco, afetado principalmente pelo baixo desempenho do comércio. “O varejo vai ter problemas em abril e maio. Temos quase certeza”. Em 2013, o PIB do 2.º trimestre cresceu 1,6% em relação ao trimestre anterior. Para Carvalho, o resultado deste ano deve ficar entre 0,4% e 0,6%. Fonte: O Estado de São Paulo – 02-06 É hora de fugir do crédito, dizem analistas Com as parcelas dos empréstimos pesando mais no bolso do consumidor, especialistas recomendam evitar a tomada de crédito. De acordo com dados do Banco Central, entre abril do ano passado e o mesmo mês de 2014, a taxa média de juros cobrados no crédito pessoal ficou 46% mais cara. Na prática, isso significa que um consumidor que contratasse um empréstimo de R$ 1.000 em abril do ano passado pagaria, ao final de 12 meses, R$ 1.678,44. No mesmo exemplo hoje, a pessoa desembolsaria R$ 1.991,79. Parte dessa alta é explicada pelo movimento de elevação da taxa básica da economia, a Selic, que passou de 7,25% ao ano em março de 2013 para os atuais 11%. "O crédito tem acompanhado basicamente o aumento da Selic. Agora, deve começar a ter uma interrupção nesse encarecimento, porque a taxa parou de aumentar", afirma Nicolas Tingas, economista-chefe da Acrefi (Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento). Mas não é apenas esse componente que conta. A inadimplência também pesa. "O crescimento da renda diminuiu. Com o aumento da inflação, mais pessoas deixam de pagar as contas", diz Alexandre Chaia, professor do curso de planejamento financeiro do Insper, instituto de ensino. Para Chaia, diante desse cenário de encarecimento do crédito, o consumidor deve ficar mais seletivo na hora de contratar um empréstimo. A principal orientação é ponderar se realmente o crédito é necessário. Muitas vezes o consumidor entra no cheque especial, por exemplo, para comprar produtos supérfluos, que poderiam ser adquiridos posteriormente. "Às vezes as pessoas estão tão acostumadas a contar com o limite do cheque especial que não consideram essa modalidade como uma dívida", diz Erasmo Vieira, consultor da Planilhar Planejamento Financeiro. Isso ocorre, segundo Vieira, porque o cheque especial e o limite do cartão de crédito são linhas "de fácil acesso", que acabaram caindo no gosto dos brasileiros. "Muitos consumidores têm recursos aplicados na poupança e hesitam em sacar o dinheiro para pagar dívidas. É um erro clássico", diz. "Não há aplicação de renda fixa cujo rendimento supere os juros cobrados pelo cheque especial ou pelo rotativo do cartão de crédito." A urgência de cada caso vai definir se o crédito saiu barato ou caro, afirma José Vignoli, especialista em finanças pessoais do portal Meu Bolso Feliz, da SPC Brasil. "Se a pessoa usa o cheque especial para pagar o hospital, é um crédito barato. Se o utiliza para pagar o restaurante, é caro." Se a pessoa concluir que precisa mesmo do empréstimo, deverá avaliar as opções. O crédito consignado é, em geral, a modalidade com taxa mais baixa porque, como a parcela é debitada na folha de pagamento, o banco tem mais segurança de que vai receber e, por isso, cobra menos. Os dados do BC comprovam: a taxa média desse tipo de empréstimo ficou estável entre março e abril, em 25,3% ao ano. Já o juro do cheque especial mudou de patamar: passou da casa dos 140% (exatamente 147,9% ao ano) em dezembro de 2013 para 161,8% ao ano em abril. FINANCEIRAS O consumidor que não consegue comprovar renda ou que já esgotou o limite de crédito no seu banco tem a possibilidade de contratar empréstimo em financeira. Mas é preciso tomar cuidado com as taxas, mais altas do que dos bancos de varejo. "Se a instituição financeira sabe que aquela pessoa está endividada e não tem mais limite de crédito ou ela não pode comprovar renda, vai pagar mais", afirma Chaia, do Insper. Para Tingas, da Acrefi, não adianta recorrer a mais um empréstimo se o endividado não mudar seu modo de lidar com as finanças. "Se você está numa situação de buraco permanente no orçamento que não consegue pagar, por mais que reestruture sua dívida, terá ou que arranjar mais receita ou reduzir a despesa. Não tem mágica." Fonte: Folha de São Paulo – 02-06 Vendas na 25 de Março decepcionam Marcelo Mouawad, diretor comercial da Loja Semaan: "Estamos com estoques acima do que prevíamos" Invadida pelo barulho ensurdecedor de cornetas e apitos, a região da Rua 25 de Março, no centro de São Paulo, fica mais verde-amarela a cada dia. No entanto, a 11 dias do início da Copa do Mundo, a sensação dos lojistas do maior centro de comércio popular da cidade é de que os negócios poderiam estar melhores. Quem vende itens de decoração diz acreditar que o clima de protestos e o medo de depredações fizeram muitos consumidores desistirem - ou deixarem para a última hora - dos planos de enfeitar ruas e estabelecimentos comerciais com as cores do Brasil. Para boa parte dos lojistas da região, as vendas de produtos da época seriam 40% superiores às da Copa da África do Sul, disse Marcelo Mouawad, diretor comercial da rede Semaan, especializada em brinquedos. No entanto, disse Mouawad, os negócios estão apenas entre 10% e 15% acima das vendas da Copa passada até agora. "Estamos com estoques acima do que prevíamos e com a sensação de que dependemos dos resultados dos jogos do Brasil. Isso não era para acontecer, varejo não é loteria." Segundo Mouawad, as vendas de itens de uso pessoal, brindes e brinquedos estão boas, o que não ocorre com os produtos de decoração. "Nós torcemos para que o consumidor entenda que é para protestar na urna e torcer na Copa." Com portfólio focado em decoração, a empresária Ana He, dona da loja Barão das Novidades, disse que investiu o mesmo montante que em 2010 em artigos temáticos. Porém, até o momento, as vendas estão 50% abaixo do que se esperava para o período. Na rede Armarinhos Fernando, que possui 16 lojas em São Paulo, as vendas começaram a melhorar após a primeira semana de abril, disse o gerente comercial Ondamar Ferreira. Antes disso, estavam bastante fracas. A rede investiu 25% mais do que na última Copa em produtos da época - a maioria importados da China -, que representam 15% do portfólio total da loja no momento. A aposta foi menor em 2010, com apenas 7% de produtos de Copa nas lojas da rede. Na sexta-feira, a matriz da Armarinhos Fernando ainda ofertava bolas com temática da Copa das Confederações, quando as vendas foram prejudicadas pelo clima de manifestações, diz Ferreira. O produto, que custava R$ 29 há um ano, hoje é vendido por R$ 17,90. Apesar disso, Ferreira não teme ficar com estoque encalhado. "A sobra de produtos vai ser retirada pelos fornecedores. Estamos com muita coisa consignada", afirmou. "Acho que vai dar para fazer bons negócios." Márcio Nahas, dono da Tecidos Cassia Nahas, disse que as vendas só decolam totalmente quando os jogos começam. "Achamos que seria um pouco diferente nesta Copa porque é no Brasil, mas não foi." Na manhã de sexta-feira, o casal Pedro Shewchenko e Nancy Sommerhauzer circulava pelas lojas em busca presentes com temática da Copa para sobrinhos. Ele, dono de pequeno negócio de lanches, disse que estava achando o fluxo de consumidores na região fraco. "Há muita gente indignada com os gastos da Copa e o clima não está tão de festa", disse Shewchenko. "Mas vai melhorar. Brasileiro esquece rápido quando assunto o é futebol", disse Nancy. Supervisora de call center, Edilaine Gonçalves opina que muito consumidor ainda está "dividido" em relação à Copa. Segurando duas grandes sacolas de brindes com as cores do Brasil, ela disse que a empresa para a qual trabalha lhe deu carta branca para comprar produtos temáticos para sortear entre os funcionários. "Quando os jogos começarem, todos vão entrar no clima", afirmou. Fonte: Valor Econômico – 02-06 Inflação medida pelo IPC-S atinge 6,57% em um ano Os cinco itens de maior pressão inflacionária foram a tarifa de eletricidade residencial, o tomate, refeições em bares e restaurantes, condomínio residencial e plano de saúde São Paulo - O Índice de preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) encerrou maio em alta de 0,52%, com recuo de 0,17 ponto percentual sobre a terceira prévia do mês. Desde janeiro, a taxa já subiu 3,85% e, nos últimos 12 meses, acumula alta de 6,57%, próximo do teto da meta prevista para a inflação oficial no país. O levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV) mostra que seis dos oito grupos pesquisados reduziram a intensidade de aumentos. Entre eles, alimentação foi o que mais ajudou a diminuir o ritmo inflacionário, com alta de 0,45% ante 0,81%. Esse resultado reflete, principalmente, os preços das hortaliças e legumes que caíram, em média, 1,42% ante um aumento de 0,91%. Em saúde e cuidados pessoais, o índice passou de 1,08% para 0,76%, sob influência dos medicamentos (de 1,97% para 1,20%). No grupo transportes, a taxa atingiu 0,27% ante 0,42%, com destaque para a gasolina (de -0,01% para -0,20%). Em habitação ocorreu decréscimo de 0,68%, ante 0,74%, com perda de força na correção da tarifa de eletricidade residencial (de 3,29% para 2,84%). O grupo vestuário passou de 0,45% para 0,29%, com maior impacto das roupas (de 0,54% para 0,27%). Em comunicação, a variação passou de uma alta de 0,18% para 0,02% . Nesse último caso, o resultado está associado a telefone residencial (de 0,48% para -0,08%). Nos demais grupos ocorreram elevações em nível acima da pesquisa anterior: educação, leitura e recreação (de 0,63% para 0,78%), com destaque para o encarecimento das diárias em hotéis ((de 0,29% para 1,34%) e em despesas diversas (de 0,74% para 0,93%), com alta puxada pelo jogo lotérico (de 4,43% para 7,29%). Os cinco itens de maior pressão inflacionária foram: tarifa de eletricidade residencial (2,84%); tomate (13,51%); refeições em bares e restaurantes (0,62%); condomínio residencial (1,12%) e plano e seguro saúde (0,71%). Em sentido oposto, os itens com as maiores quedas foram: batata-inglesa (-12,58%); alface (-10,89%); laranja-pera (-6,18%); móveis para residência (-0,61%) e aparelho de TV (-1,88%). Fonte: Brasil Econômico – 02-06 Cielo e Linx fazem acordo para parceria voltada a pequeno varejista Parceria é para venda de solução de automação e gestão. Operação está sujeita à aprovação das autoridades regulatórias. A empresa de meios de pagamento Cielo e a produtora de software para varejo Linx anunciaram nesta segunda-feira (2) acordo para a criação de joint venture (parceria) voltada ao desenvolvimento e venda de solução de automação comercial e gestão para pequenos varejistas. As empresas informaram em comunicado à imprensa que pesquisa realizada pela Cielo em 2013 com mais de 800 proprietários ou responsáveis pela gestão de estabelecimentos dos segmentos de alimentação e vestuário concluiu que essa oferta "apresenta um grande potencial, visto que 52% dos entrevistados não possuem automação comercial". "A nova oferta, inédita na América Latina, traz para o Brasil o conceito de IPOS (Integrated Point of Sale) e fornecerá aos pequenos varejistas uma solução integrada e flexível para atender às necessidades específicas dos diversos segmentos", disse a Cielo, em nota. De acordo com a empresa, a concretização da operação está sujeita à aprovação das autoridades regulatórias aplicáveis, à assinatura dos documentos definitivos e às aprovações internas pertinentes. "A Cielo e a Linx manterão o mercado informado do desenvolvimento da operação." Fonte: G1 Economia – 02-06