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Clipping Diário - 02/01/2014

Publicado em 02/01/2014
Clipping Diário - 02/01/2014

Chega de turismo predatório O que se viu em algumas praias e bairros  na virada do ano comprova que Florianópolis não tem como conviver com turismo de massa.  Ou o poder público e a iniciativa privada se organizam, instalam um sistema profissional e planejado, ou a capital  viverá todos os anos com estas barbaridades,  incompetências e irresponsabilidades em várias áreas. Como sempre, a falta d’água, com a Casan colocada no banco dos réus. Com alguma razão, porque não se preparou para o consumo em larga escala. Começou com a Casan responsabilizando a Celesc pela falta de energia elétrica, impedindo o bombeando de água para pontos mais elevados e distantes.   Em segundo, excesso de consumo pela invasão desproporcional de turistas. Neste particular, erram todos.  Em cidade turística, o aluguel de casas é regulamentado.  Tem que registrar na prefeitura, pagar taxas e cumprir normas higiênicas, etc. Aqui é uma bagunça geral.  O sujeito tem uma casa para quatro pessoas, muda-se com a família para o rancho e coloca até 15 turistas.  Sem instalar sequer uma cisterna.  Visitantes de baixo nível,  consumirão muita água e poucos produtos locais.  Se o aluguel fosse controlado pela Prefeitura a Casan saberia exatamente qual o crescimento da demanda.  O mesmo ocorre em relação a pousadas, hotéis e novos prédios de apartamentos. Uma distorção grave que só gera problemas e que se repete em quase todos os balneários de Santa Catarina. Engarrafamentos,  sujeira nas praias, falta de educação e hostilidade de muitos turistas, exibicionismo ridículo – tudo acontece com o agravamento do cenário na virada do ano em Florianópolis. Fonte: Diário.com – Blog Moacir Pereira – 02-01   Ano novo agora valendo As festas mal ficaram na lembrança e já é hora de o consumidor voltar a atenção às não menos tradicionais despesas de início de ano. Para fazer companhia às contas já corriqueiras, como IPTU e IPVA, os primeiros dias de 2014 terão novidades em outros temas que também afetam o bolso e a segurança do contribuinte. Além do período de maior desconto para pagamento no imposto sobre moradia e veículos, janeiro marca ainda a entrada em vigor do novo salário mínimo nacional, de R$ 724, o aumento das alíquotas do IPI para automóveis e a obrigatoriedade do airbag e do freio ABS em todos os veículos produzidos no Brasil. Confira algumas dicas que podem ajudar você a se organizar neste início de ano.   IPTU Proprietários de imóveis em Florianópolis deverão receber só em março os carnês com os valores do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) reajustados. O projeto de lei para reajuste do tributo foi aprovado na Câmara de Vereadores no início de dezembro. O aumento médio para as casas é de 25,51%, levando em conta a redução gerada pelo IPTU Social. Já o impacto nos estabelecimentos comerciais será de 36%. Entre as residências que sofrerão aumentos, de 171 mil contribuintes, o aumento médio é de 35%. O máximo de aumento é de 90% e o mínimo é de 4,7%. Na outra ponta, com redução, serão beneficiadas 57 mil residências com o IPTU Social, que será de no máximo R$ 20 no ano. Apenas áreas comerciais sofrerão o maior aumento, de 250%. De 23 mil terrenos não edificados, 828 serão atingidos por esse teto. Na primeira quinzena de janeiro, os novos valores dos 350 mil imóveis serão cadastrados e colocados na internet. Cada proprietário terá 60 dias para recorrer da nova avaliação. Até o julgamento do recurso, os carnês não serão emitidos. A previsão da prefeitura é que estejam disponíveis em março.   IPVA A boa notícia para os catarinenses em 2014 é que o Imposto sobre a Propriedade do Veículo Automotor (IPVA) terá uma redução média de 3,8%. Quem tem carro com o final de placa 1 deverá pagar a primeira parcela até o dia 10 de janeiro, caso opte por dividir o pagamento do imposto em três vezes. O cronograma de vencimento das parcelas segue os números finais das placas dos automóveis (veja tabela abaixo). O proprietário tem a opção de quitar o valor integral do imposto de uma única vez ou então parcelar em até três vezes sem juros. Em qualquer uma das modalidades de pagamento não há desconto. O IPVA pode ser recolhido no Banco do Brasil, Bradesco, Itaú, Santander, Caixa Econômica Federal, Sistema Bancoob/Sicoob, HSBC e Cecred. A quitação é um dos requisitos para licenciar o veículo. Em Santa Catarina, a alíquota para veículos de passeio, utilitários e motor-casa, de fabricação nacional ou estrangeira é de 2%. Os veículos terrestres de duas ou três rodas e os de transporte de carga ou passageiros (coletivos), nacionais e estrangeiros e os veículos terrestres destinados à locação, assim como as motos, tem percentual de 1%.   Salário mínimo Foi pelo Twitter que a presidente Dilma confirmou o reajuste de 6,78% para o salário mínimo em 2014. Com o avanço, o piso nacional chega a R$ 724. Inicialmente, o Planalto havia previsto um salário de R$ 722,90 para esse ano, mas o valor foi atualizado em meados de dezembro durante votação da proposta orçamentária pelo Congresso. A medida irá injetar R$ 28,4 bilhões na economia nacional, de acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O aumento, no entanto, também traz um sabor amargo. Como a tabela do Imposto de Renda é reajustada em um ritmo mais lento do que a inflação, mais brasileiros serão mordidos pelo Leão em 2014. Quem ganhava R$ 1.710 em 2013 e era isento do imposto, passa a receber R$ 1.809 esse ano e se torna contribuinte, sujeito à alíquota de 7,5% sobre seus rendimentos. Na prática, é menos dinheiro no bolso do trabalhador. Em Santa Catarina, o piso regional teve reajuste médio de 9,26%. Aprovado pela Assembleia Legislativa em dezembro do ano passado, passa a valer em janeiro de 2014. As quatro faixas de salário ficarão entre R$ 835 e R$ 957.   Airbag e freio ABS obrigatórios Após polêmica sobre prazos de implementação, começou a valer ontem a obrigatoriedade para que todos os carros novos produzidos no Brasil saiam de fábrica já com airbag e freios ABS. Mesmo com um cronograma de alterações definido ainda em 2009, representantes dos sindicatos de trabalhadores chegaram a pedir adiamento da medida, com a justificativa de que provocaria demissões nas fábricas e alta nos preços dos veículos. A pressão de especialistas e de entidades de defesa do consumidor, no entanto, fez o governo manter o prometido. As novas regras provocaram mudanças no mercado e modelos conhecidos do público brasileiro, como o Uno Mille, deixam de ser produzidos pela impossibilidade de receber os equipamentos de segurança agora obrigatórios. O governo estuda abrir uma exceção para a Kombi, que não tem produto similar no mercado. Em termos econômicos, a crítica é que os veículos ficarão mais caros. Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o preço dos carros populares, que não contam com esses equipamentos de segurança, vai subir de 4% a 8% no ano que vem para que eles sejam adequados. O governo estuda ainda reduzir o imposto de importação de autopeças sem similar nacional, para minimizar o impacto dessa medida no preço dos carros e no emprego.   IPI O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) cobrado de eletrodomésticos da linha branca vai permanecer reduzido em janeiro, informou o Ministério da Fazenda no último dia de 2013. Havia uma expectativa de que o imposto que incide sobre geladeiras, máquinas de lavar e tanquinhos seria elevado novamente a partir do dia 1º de janeiro, assim como ocorreu com o IPI dos carros. O dos veículos 1.0, por exemplo, passou de 2% para 3% no início do ano. O imposto vem sendo elevado gradativamente desde fevereiro, mas permanece abaixo das alíquotas originais, que eram de 15% para geladeira, 20% para máquina de lavar e 10% para tanquinho. Atualmente, o imposto está em 10% para os dois primeiros e 5% para o terceiro. No caso do fogão, a alíquota já voltou ao patamar original de 4%. A manutenção das alíquotas torna ainda mais atrativas as compras em fevereiro, período tradicional de queima de estoque para as principais redes varejistas no Estado. Mas se o consumidor procura modelo específico, de determinada marca ou recém-lançado, pode ser melhor aproveitar o IPI reduzido e comprar até o fim do mês, pois não há garantia de encontrar esses itens em promoção.   Planos de saúde Pacientes com planos de saúde individuais e coletivos passam a contar com mais 87 procedimentos que serão cobertos pelas operadoras a partir de hoje. A nova lista garante aos clientes remédios via oral para tratamento de câncer sem ter de ir a clínicas ou hospitais, reduzindo riscos e infecções. Serão ofertados medicamentos para tratamento de tumores de grande incidência, como os de estômago, fígado, intestino, rim, testículo, útero, ovário e mama, entre outros direitos. A ampliação beneficia 42,5 milhões de consumidores com plano de assistência médica e mais 18,7 milhões com planos exclusivamente odontológicos. Até agora, medicamentos e procedimentos de assistência farmacêutica fora do hospital não eram obrigatórios. Os pacientes precisavam entrar na Justiça para conseguir a medicação de quimioterapia via oral, que pode ser usada em casa. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) também ampliou o uso de outros 44 procedimentos já ofertados. Entre as novidades, está a cobertura obrigatória para consulta com fisioterapeuta. Também passou de seis para 12 o número de consultas e sessões com profissionais de especialidades como fonoaudiologia, nutrição, psicologia e terapia ocupacional. Fonte: Diário Catarinense – Economia – 02-01   Aumentar o IOF não ajuda turismo interno, diz presidente da Fecomércio-SC Presidente da Fecomércio-SC, morador de Jaraguá do Sul "A medida adotada pelo governo federal unificando em 6,38% a alíquota do IOF para todas as operações feitas no exterior (cartões de crédito, débito, saques em moeda estrangeira etc.) tende a enfraquecer um mercado que vinha crescendo nos últimos anos. De janeiro a novembro de 2013, o pré-pago de viagem movimentou R$ 3,04 bilhões, segundo o Banco Central _ ou 14% do total dos gastos de brasileiros fora do país. Apesar da justificativa de que a medida visa a corrigir o déficit nas viagens internacionais, no curto prazo o impacto é praticamente nulo. As viagens para o Exterior deste início de ano já programadas não tendem a ser alteradas. O que deve ocorrer é uma fuga dos cartões pré-pagos para a moeda em espécie. Os brasileiros continuarão gastando no Exterior, mas recorrerão mais à moeda em espécie, aumentando o risco de quem viaja para outros países. O que chama a atenção é o atropelo da medida, em plena temporada de férias, trazendo insegurança para quem está de viagem marcada. O fortalecimento do turismo nacional e a contenção da fuga de dólares através das compras internacionais são importantes, mas não podem ocorrer à custa dos que querem viajar e que já sofrem com a instabilidade da cotação do real. Muito mais eficaz seria se o poder público buscasse medidas para a qualificação do turismo interno, com melhoria da infraestrutura, diminuição das filas nas rodovias, combate à falta de luz e água na temporada e outros problemas que empurram o brasileiro para o Exterior. Isso sem falar no diferencial de preços entre os produtos importados e nacionais, advindo de uma estrutura tributária onerosa às empresas nacionais. Ao invés de aumentar impostos de maneira persistente, por que não diminuí-los e sanar os reais problemas do país? Essa é a questão a ser respondida em 2014." Fonte: Diário Catarinense – Artigo – 02-01   Gasolina tem aumento que chega a 3,6% em Florianópolis O ano iniciou com aumento no preço da gasolina nos postos de combustível de Florianópolis. A reportagem do Diário Catarinense visitou no primeiro dia de 2014 20 fornecedores da Petrobras, Shell, Ipiranga e postos sem bandeira para verificar as alterações nos valores. Destes, oito tiveram aumento. O maior reajuste foi de 3,6% em apenas cinco dias, levando em consideração os números divulgados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). Pesquisa realizada pelo Sindicato dos Revendedores Varejistas de Combustíveis da região mostra que o aumento pode estar relacionado ao reajuste que o combustível sofreu no final do ano. Alguns postos não teriam repassado os valores ao consumidor. O mesmo aconteceu com a mudança do cálculo do ICMS, que subiu o valor do combustível em quatro centavos. O sindicato aponta ainda como causa do aumento o dissídio coletivo, já que a primeira reposição ocorre em janeiro.   Abastecimento de gasolina comum estaria normalizado Os 20 postos pesquisados não apresentaram falta de gasolina comum, o que demonstra normalização do abastecimento. No dia 30, cerca de 25 postos da Rede Ipiranga estavam com falta de combustível.  Mas, apesar da venda de gasolina comum ter sido reestabelecida, dois postos — um da rede Ipiranga e outro da Petrobras — apresentavam falta de gasolina aditivada para a venda na tarde de ontem. Os frentistas do Posto Galo, na rua Almirante Lamego, afirmaram que a gasolina com aditivo — uma espécie de detergente que limpa os resíduos do motor — acabou há dois dias e não havia previsão de reposição. Por esse motivo, a comum recebeu o preço da aditivada. A falta também atingiu o posto Carioni, da rede Petrobras. Mas o valor da gasolina comum permaneceu o mesmo. Fonte: Diário Catarinense – Economia – 02-01   Que 2014 seja 2013 às avessas Num desses restaurantes de estrada, na altura de Pirassununga (SP), uma criança gostou de um brinquedo, e o pai, homem aparentemente bem simples, reagiu: "O quê? Quinze dólares por isso?!" O episódio ilustra as duas questões centrais quando se constata que o gasto de turistas no exterior cresceu dez vezes em dez anos. Uma é positiva: de fato, os bons índices de emprego e o crescimento da renda levaram brasileiros para viagens nunca antes imaginadas. Outra é negativa e é importante bater nessa tecla: os preços no Brasil são tão abusivos que a comparação passa a ser, quase que corriqueiramente, com o dólar. E, enquanto os brasileiros viajam mais e mais, gastando mais e mais lá fora, o governo tenta soltar fogos com a marca de 6 milhões de turistas estrangeiros em 2013. É um número irrisório para um país solar e "lindo por natureza" como o Brasil, ainda mais no ano da Copa das Confederações e da Jornada da Juventude, com o papa Francisco como atração principal. Há algo errado quando os estrangeiros não vêm, ou vêm tão pouco, e os brasileiros deixam fabulosos US$ 23,1 bilhões no exterior entre janeiro e novembro. O professor Nuno Fouto, do Provar/FIA, botou o dedo na ferida na Folha da última sexta: "Acabou a onda positiva. Hoje só o ministro da Fazenda diz que está tudo bem". Ou melhor, o ministro da Fazenda e a presidente da República... O governo tateia, com IPI pra cá, IPI pra lá e aumento de IOF para viagens internacionais, enquanto Dilma vai à TV em mais um pronunciamento nacional para criticar desastrosamente uma tal "guerra psicológica" contra... sei lá o quê. Agora, é só torcer, como diz a jornalista Mara Luquet, para uma inversão de expectativas. Previu-se que 2013 seria um sucesso, e foi morno. Prevê-se que 2014 será um fiasco, tomara que fique longe disso. Ótimo ano para você e o país! Fonte: Folha de S. Paulo – 02-01   Governo decide manter IPI de eletrodomésticos mais baixo em janeiro O IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) cobrado sobre eletrodomésticos de linha branca permanece reduzido por tempo indefinido, informou nesta terça-feira (31) o Ministério da Fazenda. Havia uma expectativa de que o imposto que incide sobre geladeiras, máquinas de lavar e tanquinhos seria elevado novamente a partir do dia 1º de janeiro. Da última vez em que as alíquotas desses produtos subiram, em outubro, o secretário de Política Econômica, Márcio Holland, havia dito que elas valeriam até 31 de dezembro de 2013, quando haveria então uma definição sobre novos aumentos ou não. Fonte: Folha.com – 02-01   Turistas devem injetar 38,5% a mais de recursos na economia do País em 2014 Brasil deve receber sete milhões de turistas neste ano, atraídos principalmente pela Copa Os turistas que visitarão o Brasil neste ano, atraídos, especialmente, pela Copa do Mundo, devem injetar US$ 9,2 bilhões na economia do País, estima o Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur). Em todo o ano de 2014 são esperados sete milhões de turistas estrangeiros no país, o que seria um recorde. Se for confirmada a previsão, este valor representará um crescimento de 38,5% sobre os US$ 6,64 bilhões que ingressaram no País, trazidos pelos turistas, em 2013. Convertidos em reais, o valor em dólares esperado para este ano chegará a R$ 22 bilhões ante R$ 15,6 bilhões no ano passado. "A presença de sete milhões de turistas significa provavelmente a geração de recursos superiores à indústria automobilística e à indústria de papel e celulose no Brasil, mostrando a importância econômica do turismo e, portanto, a necessidade de haver investimentos públicos e privados, como vem ocorrendo na expansão da rede hoteleira", disse o presidente da Embratur, Flavio Dino. Segundo Dino, é preciso receber bem o turista estrangeiro e, para isso, é necessário ampliar investimentos em infraestrutura (como aeroportos) e ensinar línguas estrangeiras a profissionais que têm contato com esses turistas. "Tenho muita confiança na necessidade de haver investimentos e a competitividade, ou seja, haver políticas públicas e ações privadas que garantam preços justos, para que esses turistas possam ser bem acolhidos e também economicamente estimulados a voltar ao Brasil", disse. Até novembro de 2013, de acordo com a Embratur, o turismo estrangeiro fez girar US$ 6,13 bilhões no País, o equivalente a (R$ 14,4 bilhões). A expectativa é que feche o ano entre US$ 6,6 bilhões e US$ 7,7 bilhões, algo em torno de R$ 18 bilhões. As informações são da Agência Brasil.  Fonte: Estado de S. Paulo – 02-01   Em ano de eleição, governo terá pouco espaço para estimular a economia Sem margem de manobra. Segundo economistas, normalmente a ordem seria aquecer a economia, mas Planalto terá de lidar com redução de estímulos nos EUA e desconfiança externa sobre o Brasil em 2014; perspectiva de mercado é de crescimento de 1,5% a 2% O governo terá de lidar com diversas amarras em 2014, o que dará pouco espaço para estimular a economia brasileira. A expectativa é que o padrão econômico do País dos últimos anos se repita com baixo crescimento e inflação elevada. Se o governo decidir, por exemplo, aumentar os gastos para estimular a economia, a situação fiscal tende a piorar ainda mais, e aumenta o risco de o Brasil ser rebaixado pelas agências de risco num ano de disputa eleitoral - em junho, a agência Standard & Poor's colocou a perspectiva de rating brasileiro de estável para negativo. "O desejo do governo seria o de colocar o pé no acelerador porque 2014 é um ano eleitoral. Mas existe uma restrição dada pelas agências de risco", afirma Juan Jensen, economista e sócio da Tendências Consultoria. A estimativa para 2014 é que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 2,1% e inflação, medida pelo IPCA, fique em 6%. A inflação, em particular, também tende a ser um incômodo neste ano por causa da pressão dos preços administrados. Em 2013, esse grupo foi beneficiado pelo congelamento das tarifas dos transportes e pelo baixo reajuste do combustível. Assim, os administrados devem subir apenas 1,5% em 2013, nível considerado baixo e que não deve se repetir em 2014. "A economia está tão amarrada que desamarrá-la não vai ser fácil. A inflação reprimida está muito alta e, se o governo liberá-la, o BC terá de subir os juros para impedir um patamar mais alto da inflação", afirma Armando Castelar, coordenador da área de economia aplicada do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV). Novas altas da taxa básica juros (Selic) podem esfriar ainda mais a economia brasileira. A expectativa do Ibre é que o PIB cresça 1,8% em 2014, e a inflação fique em 6,1%. O controle inflacionário também deve ser dificultado pela normatização da política monetária dos Estados Unidos, o que trará mais pressão para o câmbio - com a desvalorização do real - e um possível repasse para os preços. O Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) iniciou em dezembro a retirada dos estímulos da economia. Reduziu as compras mensais de ativos de US$ 85 bilhões para US$ 75 bilhões. "O fim dos estímulos nos Estados Unidos diminui a liquidez internacional e complica um pouco o mercado brasileiro", afirma Jensen. Para ele, o BC está se aproximando do fim do ciclo de aumento da taxa básica de juros (Selic). Desde abril, os juros subiram de 7,25% ao ano para 10% ao ano. Ajuste. Para especialistas, o governo também terá de trabalhar parra reduzir os desequilíbrios econômicos apresentados em 2013. Indicadores ruins levaram a uma piora da percepção sobre o Brasil, sobretudo desde o fim de outubro, quando foi divulgado o déficit de R$ 9 bilhões nas contas públicas de setembro. A queda de 0,5% no PIB do terceiro trimestre também piorou o cenário. O problema é que o governo quer evitar ajustes que possam prejudicar o crescimento da economia em 2014, por causa da eleição. "Em 2015, o Brasil vai ter de fazer alguns ajustes na política econômica, independentemente de quem vença as eleições. Hoje, há incerteza da magnitude desse ajuste", diz o sócio da Tendências. Para Castelar, as consequência de um eventual ajuste seriam redução no reajuste do salário mínimo e alta no desemprego. "Acho que o governo não quer tocar demais no bem-estar da população. O custo é tão grande que o governo deve empurrar com a barriga", diz. Embora afirme que o ajuste terá de ser feito algum dia, o economista acredita que as reservas internacionais podem ajudar a adiar mudanças pouco populares. Fonte: Estado de S. Paulo – 02-01

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