Clipping Diário - 01/12/2016
Publicado em 01/12/2016
Quinta-Feira - 01/12
CDL
Entrevistas
RBS – Jornal do Almoço
Data: 01/11
Fonte: Chamada
Pauta: Abertura de Natal
Ric Record – Ric Mais
Data: 01/12
Fonte: Lidomar Bison
Pauta: Abertura de Natal
Geral
Fonte: Diário Catarinense
"Trabalho de combate e prevenção ao Aedes independe do número de casos", afirma ministro da Saúde
Em entrevista ao DC, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, garante que o governo está investindo alto no desenvolvimento de pesquisas e vacinas, em fase de testes, para combater as doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti (dengue, chikungunya e zika vírus). O Dia D, mobilização nacional que reforça as ações de combate e prevenção, que será nesta sexta-feira em todo o país, foi transferido para o dia 9 em SC devido ao momento de luto no Estado.
Até 2013, SC era o único Estado sem nenhum caso autóctone de dengue, chikungunya e zika vírus. Neste ano, houve uma explosão de casos no Estado das três doenças, inclusive com mortes. Por que o Estado perdeu o controle e que ações devem ser feitas para recuperar a marca?
O trabalho de combate e prevenção ao Aedes aegypti deve ser permanente, independentemente do número de casos. Até mesmo os locais onde há registro satisfatório precisam manter a rotina de combate ao mosquito. Estamos esperando para este ano uma estabilidade nos casos de dengue e zika em todo o país. Como a chikungunya é uma doença nova, e muitas pessoas ainda estão suscetíveis, pode ocorrer aumento de casos ainda neste ano, mas esperamos estabilização no ano que vem. No entanto, é importante ressaltar que o SUS está qualificado e preparado para o atendimento destas pessoas. Nosso levantamento aponta que quatro municípios do Estado encontram-se em situação satisfatória com relação a surto de dengue, chikungunya e zika em Santa Catarina. Atualmente, este levantamento é feito a partir da adesão voluntária de municípios. Irei propor que a participação dos municípios com mais de 2 mil imóveis seja obrigatória a partir de 2017.
A vacina contra a dengue é uma solução? Qual é a perspectiva de ela entrar no calendário vacinal no país?
Temos priorizado a análise e pesquisa de novas tecnologias relacionadas ao combate do Aedes aegypti. A pasta já se comprometeu, desde novembro do ano passado, com R$ 130 milhões para o desenvolvimento de vacinas e novas tecnologias na área. Desse total, R$ 100 milhões são para custear a terceira e última fase da pesquisa clínica da vacina da dengue que está sendo desenvolvida pelo Instituto Butantan. Essa vacina tem potencial para proteger contra os quatro vírus da dengue com uma única dose, além de poder ser aplicada em pessoas de todas as idades, inclusive em crianças e idosos.Também estão sendo liberados R$ 11,6 milhões para o desenvolvimento de vacina contra o vírus zika pela Fiocruz. Outra pesquisa para a vacina contra zika está em desenvolvimento pelo Instituto Evandro Chagas (IEC) em parceria com a Universidade Medical Branch do Texas, nos Estados Unidos. Os testes pré-clínicos serão realizados ainda neste ano. Além disso, temos o projeto de desenvolvimento de soro contra o vírus zika pelo Instituto Butantan, sob avaliação jurídica. No entanto, ainda não podemos definir calendário de vacinação.
Intensificar as ações de combate ao Aedes só quando o clima começa a esquentar não é tarde demais?
As ações de prevenção e combate ao mosquito têm sido intensificadas. Estão sendo realizadas mobilizações nacionais para coleta de pneus em diversos municípios. Outra medida será reafirmar o Pacto da Educação Brasileira contra o Zika e sensibilizar os governadores e gestores municipais sobre a importância da continuidade das ações. Também é essencial a conscientização de toda a população para o reforço nos cuidados para eliminar possíveis criadouros. O aumento de casos é esperado nos próximos meses, devido ao calor e às chuvas, condições ideais para o Aedes aegypti. Por essa razão, a campanha nacional de mobilização é lançada nessa época do ano.
Santa Catarina até agora não tem nenhum caso de microcefalia relacionado diretamente ao zika vírus. Agora que o Estado começa a apresentar mais casos, o Ministério tem uma estratégia prevista para conter o avanço da doença no Estado?
A preocupação com o vírus zika foi uma constante no Ministério desde os primeiros casos. Até o dia 5 de novembro, foram notificados 10.119 casos suspeitos de microcefalia ou alterações do Sistema Nervoso Central. Desde abril foi observada uma redução gradual dos casos novos suspeitos notificados semanalmente. É importante esclarecer que diversos fatores podem ter influenciado a redução observada no número de notificações, como a redução de casos de vírus zika em grávidas (especialmente no primeiro trimestre de gestação) há nove meses. Além disso, a sazonalidade da febre pelo vírus zika no Brasil pode ter influenciado a curva epidêmica das complicações relacionadas a essa doença. O tema ainda necessita de estudos mais aprofundados e temos participado e financiado isso.
Quando chegarão a SC os testes rápidos de zika vírus e repelentes para grávidas?
Em outubro, adquirimos 3,5 milhões de testes rápido do laboratório público Bahiafarma para identificar o vírus zika. A projeção é que essa quantidade garanta o abastecimento da rede por um ano. Com isso, os testes estarão disponíveis para uso no SUS a partir de dezembro, ainda um mês antes do verão, quando a circulação do mosquito Aedes aegypti é maior. Está prevista a distribuição de dois milhões de kits até o final deste ano e o restante até fevereiro de 2017. A tecnologia confirma, em 20 minutos, se o paciente está ou já foi infectado pelo vírus zika vírus em algum momento da vida, independente do tempo de infecção.
Fonte: Diário Catarinense
SC volta a ocupar segundo lugar entre os Estados com maior taxa de detecção de aids
Santa Catarina passou da terceira para a segunda colocação entre os Estados com a maior taxa de detecção de aids no país. No levantamento do ano passado, o Ministério da Saúde divulgou que SC estava atrás do Amazonas e Rio Grande do Sul. Nos dados repassados nesta quarta-feira e referentes a 2015, o Estado só perde para o RS em número de casos. Enquanto o Estado vizinho apresenta um índice de detecção de 34,7 casos de aids a cada 100 mil habitantes, em SC essa taxa é de 31,9 casos.
Outro dado preocupante é que SC apresenta a segunda maior taxa de detecção em gestantes e superior à taxa nacional, com 5,6 casos a cada 1 mil nascidos vivos. Rio Grande do Sul, com pior índice, apresenta uma taxa de 10,1 casos.
Os dados do Ministério da Saúde mostraram ainda que Santa Catarina teve um declínio na taxa de detecção de aids entre os anos de 2006 e 2015, com uma queda de 17%.
Pacientes sem tratamento
Dados divulgados também revelaram que 827 mil pessoas vivem com HIV/aids no Brasil. Dessas, cerca de 112 mil não sabem que estão infectados.
Do total de pessoas soropositivas identificadas no país, 372 mil ainda não estão em tratamento, apesar de 260 mil delas já saberem que estão infectadas.
Levantamento mostrou ainda que o número de casos de HIV/aids tem aumentado entre os homens. Enquanto, em 2006, a razão era de 1 caso em mulher para cada 1,2 caso em homens, em 2015, o cenário passou a ser 1 caso em mulher para cada 3 casos em homens.
Fonte: Floripa News
Veja como os estados pretendem implementar a MP do Ensino Médio
Nesta semana, o senador Pedro Chaves (PSC-MS), relator da Medida Provisória (MP) 746/2016, que estabelece a reforma do ensino médio, deverá apresentar seu parecer à comissão mista que analisa a medida no Congresso Nacional. Às vésperas da apresentação,no encontro do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), encerrado na última sexta-feira (25) em Brasília, a Agência Brasil conversou com alguns dos secretários sobre as mudanças previstas na MP e sobre como estão se organizando para implementá-las.
Atualmente, o ensino médio tem 8,1 milhões de matrículas, a maioria em escolas públicas (87%) da rede estadual (80%), ou seja, a implementação da MP recairá principalmente sobre os estados. As realidades são diferentes em cada unidade da Federação. Algumas estão mais adiantadas e pretendem começar a colocar o modelo em prática em 2018, como São Paulo. Para o Rio de Janeiro, a crise financeira implica que o estado tome "uma fase de cada vez".
Entre as principais alterações que constam na MP estão a ampliação da jornada escolar das atuais quatro horas obrigatórias por dia para sete horas, progressivamente. Quanto à estrutura curricular, a MP estabelece que parte do ensino médio seja voltada para os conteúdos que serão definidos na Base Nacional Comum Curricular, atualmente em discussão no Ministério da Educação (MEC), e parte para itinerários formativos, que serão escolhidos pelos estudantes. A MP define cinco itinerários: linguagens; matemática; ciências da natureza; ciências humanas; e formação técnica e profissional.
Com a flexibilização, apenas português e matemática serão obrigatórios nos três anos do ensino médio.
A MP sofre resistência no país por parte de professores, educadores e estudantes, que promovem atos, greves e ocupações em diversos estados. Para os secretários, o desafio é também promover o diálogo com os diversos setores da educação.
Santa Catarina
Santa Catarina passou recentemente, em 2014, por um processo de revisão do currículo e, de acordo com a secretário adjunta de Educação, Elza Marina Moretto, a intenção é conciliar as mudanças recentes com a MP. "Temos a tradição de base curricular de Santa Catarina. Mudam as equipes gestoras, mas a proposta continua avançando, foi construída com base na democracia", afirma.
No estado, segundo Elza, 25% da rede têm acesso ao ensino técnico, o que favorece a implantação da reforma. O principal desafio agora é "apaziguar a rede do ponto de vista de como estão interpretando a reforma do ensino médio. Se tivesse se constituído por um projeto de lei, a coisa tinha ganhado outro caminho, a MP é sempre uma coisa meio antipática, sempre verticalizada. As pessoas estão se perdendo na discussão de que é uma MP e não estão discutindo tanto o conteúdo da medida".
Elza acrescenta que a questão financeira deverá pesar na implementação. "A gente sabe que para fazer tudo isso tem que ter financiamento. Não dá para fazer toda essa inovação com o dinheiro que temos. Vai requerer contratação de professor, mudança curricular, infraestrutura, coisa que a curto, médio e longo prazo vai ter que ser pensado".
Distrito Federal
Uma das possibilidades de implementação da MP discutida no Distrito Federal é o modelo de escolas vocacionadas, ou seja, escolas que concentrem um ou alguns dos itinerários formativos e que os estudantes tenham escolas mais ou menos próximas umas das outras, com várias possibilidades para que possam escolher.
Segundo o secretário de Educação, Júlio Gregório, as discussões ainda estão em curso. Os debates serão levados às escolas, que elegerão representantes para discussões nas regionais de ensino. "É importante que tenhamos um ensino médio que contemple as possibilidades de o aluno ser protagonista do processo e poder optar de acordo com a sua área, sua aptidão", diz.
Quanto à oferta de ensino técnico, uma das propostas é colocar à disposição dos estudantes os cursos oferecidos nas escolas técnicas que já existem e serão construídas no DF e ampliar a oferta para além dos estudantes que fazem o ensino médio nesses locais, atendendo às escolas próximas. "Esse desenho de articulação permite inclusive a otimização do orçamento. As escolas técnicas são mais caras. Quando planejamos esse desenho, socializamos melhor o dinheiro investido no centro de formação, na medida em que você o coloca à disposição do maior número de alunos, integrando a educação", explica.
Rio de Janeiro
Diante de um grave crise financeira, o estado do Rio de Janeiro se prepara para aderir gradualmente ao novo modelo. "Todos os estados estão com a mesma dificuldade, os mesmos questionamentos. Existe um orçamento, existe uma arrecadação, isso tem que ser adaptado", diz a representante da Subsecretaria de Infraestrutura da Secretaria de Educação, Julia Sant&39;anna.
Ela afirma, no entanto, que a MP será aplicada e que o estado tem escolas de referência, onde metodologias de ensino semelhantes já são aplicadas. Isso deverá facilitar a ampliação para a rede. O estado aderiu integralmente, com todas as vagas que lhe são reservadas, ao Programa de Fomento à Implementação de Escolas em Tempo Integral para o ensino médio, pelo qual o MEC oferece R$ 2 mil a mais por aluno por ano para ajudar os estados.
"Não é uma mudança fácil, mas é um passo, depois outro passo, é exequível", diz Julia, "O Rio de Janeiro está aderindo com 100% do que pode aderir, vamos dando passos conforme for caminhando a arrecadação".
Pernambuco
Pernambuco é tido como referência pelo Ministério da Educação na implantação do tempo integral no ensino médio. Atualmente, segundo o secretário de Educação, Fred Amâncio, 43% das escolas funcionam com uma jornada de sete horas por dia, ou seja, os estudantes ficam mais tempo na escola e têm atividades no contraturno.
Amâncio atribui ao tempo integral o fato de o ensino médio do estado ter saído da 21ª posição, em 2007, no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que mede a qualidade da educação por meio de avaliações em português e matemática, e ter alcançado o topo do ranking, em 2015, junto com São Paulo, na última divulgação.
"Nós iniciamos esse processo. Algumas experiências que temos em tempo integral talvez tenham facilitado esse processo em Pernambuco, mas é claro que a MP vai implicar todo um redesenho da rede, vai redesenhar a estrutura da escola", observa. "Nosso desafio daqui para a frente, a partir da aprovação, será intensificar os debates".
Alagoas
Alagoas discute como implementar as mudança em um estado de distintas realidades, segundo o secretário de Educação, Luciano Barbosa. "Temos que mapear a carência de profissionais em determinadas regiões do alto sertão alagoano, médio sertão, zona da mata, de cada região. Em Maceió é mais fácil de reter recursos humanos", diz.
O estado têm 13 gerências regionais e, em cada um delas, há uma discussão técnica sobre a melhor adequação da rede de nível de médio à MP. "Isso está sendo discutido em função da realidade. Com um Ideb de 2,8 em 2015, o estado teve o segundo pior resultado, junto com o Rio Grande do Norte.
"Temos uma dívida muito grande com educação, precisamos implementar, talvez mais rapidamente, medidas que em outros estados já foram implementadas", diz Barbosa.
São Paulo
O estado de São Paulo se prepara para iniciar as mudanças na rede a partir de 2018, segundo o secretário adjunto de Educação, Francisco Carbonari. "Como essa implantação vai evoluir, vai condicionar o tempo [de implantação em toda a rede]. Se a implantação for bem sucedida, as coisas ficarão mais fáceis, se houver algum problema na implantação, as coisas ficarão mais difíceis", afirma. Até lá, o estado deverá amadurecer um modelo para tirar a MP do papel.
A intenção do estado é acabar com as disciplinas. "Temos alguns modelos, o principal deles é romper com o esquema estrutural das disciplinas para trabalhar com componentes curriculares. Não é uma coisa simples e demanda um trabalho grande porque temos uma cultura institucionalizada de trabalho por disciplina, as formações dos professores são focadas no trabalho por disciplinas".
Sobre a expansão do modelo definido para toda a rede, o estado ainda não tem previsão, principalmente por questões financeiras."Talvez São paulo seja percentualmente o estado que mais sofre com queda de arrecadação, que é onde ela cai mais significativamente. Existem questões que a conjuntura vai definir e a gente não tem, neste momento, informações suficientes para dar essa respostas", diz Carbonari.
Amazonas
Um dos modelos que o Amazonas examina é perguntar para os estudantes o que eles querem cursar, qual itinerário formativo pretendem seguir em cada escola e, a partir daí, a secretaria oferece, de acordo com a demanda. "Não é simples, mas é o caminho que eu defendo, não dá para colocar o aluno no centro da discussão e não contemplar os sonhos e as vontadades dele", diz o secretário de Educação, Algemiro Ferreira.
Quanto à infraestrutura, a secretaria pretende começar ofertando o que falta às escolas que já têm mais recursos. O estado é um dos que oferecem ensino de quatro horas em parte da rede. A partir de 2017, a intenção é ampliar essa oferta para cinco horas por dia. "Selecionaremos as escolas com quadras, com laboratório, que precisam de investimento mínimo, para já fazê-lo em 2017. As que precisam de adequação maior, de quadras de esporte, gradativamente vamos estruturando".
O secretário defende que a reforma seja feita gradativamente. "Não se consegue fazer um reordenamento de uma vez só". Ele lembra que o estado passa por dificuldades financeiras, como o restante do país, e que isso também freia a implementação em curto período de tempo.
Fonte: Floripa News
Sistema para qualificar gasto público em ações de mudança do clima é apresentado em Florianópolis
Mais de R$ 202 milhões foram executados em ações de adaptação às mudanças climáticas em Santa Catarina pelo Governo do Estado este ano. Um sistema computacional foi apresentado nesta terça-feira, 29, em Florianópolis, no seminário sobre análise do gasto público pela Secretaria de Estado do Planejamento, em parceria com a Secretaria de Estado da Fazenda e da Defesa Civil. O projeto piloto foi financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
“Foi um trabalho realizado em um curto espaço de tempo, com recursos limitados, mas eu acredito que alcançou a entrega de um produto extremamente relevante para políticas públicas e para apoiar a tomada de decisões. O próximo passo seria refinarmos a ferramenta e trabalhar junto aos órgãos do Governo para a aplicação da ferramenta”, avaliou a especialista sênior em clima e sustentabilidade do BID, Barbara Bracarz.
Segundo levantamento da equipe do projeto, 52% da população em Santa Catarina vive em áreas de vulnerabilidade alta e muito alta, considerando ameaças hidrológicas, como enchentes, temporais e outros eventos climáticos. A partir desse dado, é possível planejar investimentos para adaptação de mudanças do clima.
O projeto piloto proposto por Santa Catarina visou a construção de um sistema computacional e a elaboração de um Índice de Vulnerabilidade à mudança do clima, com ênfase na qualificação do gasto público de ações contidas no plano plurianual (PPA 2016 a 2019). Entre as ações, estão consumo de energia, construção de barragens e fiscalização ambiental. Até 2019, estão estimados R$ 4,8 bilhões em ações relacionados à mudança do clima.
“Em geral, a preocupação com as mudanças climáticas está no discurso das pessoas, mas não na ação. O projeto do Governo do Estado com apoio do BID mostra um avanço nesse sentido”, destacou o secretário de Estado do Planejamento, Murilo Flores.
A iniciativa catarinense faz parte do projeto Fortalecimento do Planejamento Orçamentário e Administração Fiscal de Mudanças Climáticas no Brasil. O projeto é realizado pela Secretaria do Planejamento, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Defesa Civil com apoio do BID e dos ministérios do Planejamento e da Fazenda.
Termo de cooperação com Ipea
Durante o seminário, o secretário de Estado do Planejamento, Murilo Flores, e o técnico de planejamento e pesquisa do Ipea, Constantino Cronemberger Mendes, assinaram um termo de cooperação técnica com o objetivo de consolidar uma relação interinstitucional entre a Secretaria de Estado do Planejamento de Santa Catarina e o Ipea. Será realizado, em conjunto, um estudo de dinâmicas territoriais para o aperfeiçoamento das políticas e qualificação dos gastos públicos.
Fonte: Floripa News
Justiça determina medidas de compensação por destruição de sítios arqueológicos em Florianópolis
Fatma, Associação Catarinense de Medicina, empresas e particulares são réus na ação
Após ação civil pública do Ministério Público, a Justiça Federal condenou os réus à compensação pelos danos causados contra patrimônio arqueológico nas proximidades da Lagoa Pequena, no Bairro Rio Tavares, em Florianópolis, pela execução das seguintes medidas, sugeridas na perícia técnica realizada no processo:
a) Realização de levantamento de sítios arqueológicos Guarani na Ilha de Santa Catarina, compreendendo a vistoria nos treze sítios arqueológicos já cadastrados, bem como a detecção de eventuais sítios não cadastrados;
b) Elaboração de diagnóstico que contemple, no mínimo, a localização atualizada, delimitação com as dimensões e estado de preservação de cada um deles;
c) Confecção de mapa com os sítios georreferenciados;
d) Identificação dos sítios por meio de sinalização no local, para conhecimento da população, cercamento, manutenção e/ou salvamento, quando for o caso;
e) Adoção de projeto de educação ambiental/cultural, nas escolas dos bairros onde identificados os sítios Guarani, incluindo palestras e cartilhas ilustrativas;
f) Publicidade do levantamento pela imprensa e envio do relatório aos órgãos de meio ambiente e de defesa do patrimônio histórico e cultural federal, estadual e municipal.
Na ação agora sentenciada, foi comprovado que as obras privadas movimentaram o solo, o que alterou a área e destruiu os vestígios da ocupação pré colombiana. Os danos tiveram como objetivo a implantação de um empreendimento imobiliário que passou por licenciamento ambiental da FATMA, sem qualquer estudo que verificasse a possibilidade da existência do patrimônio assim negligenciado.
"No caso dos autos, o autor indicou como responsáveis pelos danos tanto a ACM, porque foi dela a iniciativa para o licenciamento da atividade, quanto dos adquirentes do empreendimento e da empresa responsável pela execução das obras, além do órgão ambiental, a quem cabia averiguar a regularidade e adequação dos estudos apresentados. Todos os indicados têm alguma relação com os danos apontados na inicial. Podem, pois, ser considerados poluidores. A obrigação, no caso, é de natureza solidária", destacou a Juíza federal Marjôrie Cristina Freiberger, em sua sentença.
"A existência de sítios arqueológicos no bairro onde implantado o loteamento não é novidade no meio patrimonial-cultural do município, e, em homenagem ao princípio da precaução, as exigências para intervenção no local precisariam ser mais abrangentes, uma vez que na Ilha de Santa Catarina já haviam sido identificados 13 sítios arqueológicos (antigos assentamentos Guarani), um deles inclusive nas proximidades do empreendimento", concluiu a magistrada.
Fonte: Varejista
Rede cria cartão de crédito que permite pagamento por selfie e biometria
A bandeira internacional de cartões Mastercard disponibilizará no Brasil uma tecnologia que permite a autentificação de transações com cartões por meio de biometria ou 'selfie' no lugar de senha. Batizada de Identity Check Mobile, a solução, cujo lançamento foi anunciado no Fórum Anual de Inovação para a América Latina e o Caribe, em Miami, e antecipado ao Broadcast, sistema de informação em tempo real do Grupo Estado, estará disponível no País a partir primeiro trimestre de 2017.
A nova tecnologia poderá ser usada em qualquer cartão Mastercard, de crédito, débito ou pré-pago e é voltada tanto para pessoas físicas quanto jurídicas. Além do Brasil, a solução também estará disponível do México, ampliando para 16 o total de países com acesso à tecnologia voltada ao e-commerce, incluindo Estados Unidos, Canadá e mercados da Europa. A bandeira de cartões não abre o número de usuários já adeptos à plataforma nem o potencial de abrangência no Brasil.
A expectativa da Mastercard, de acordo com Valério Murta, vice-presidente de Produtos e Soluções Brasil e Cone Sul, é ter um projeto piloto com algum banco no País no início do próximo ano. Isso porque os emissores de cartões têm de ajustar suas plataformas para, então, disponibilizar a tecnologia ao consumidor final.
"Muitos consumidores deixam de efetuar compras na internet porque esquecem suas senhas. A substituição por biometria ou selfie pode estimular uma maior autentificação de transações além de ser mais ágil e mais segura", explica Murta, em entrevista ao Broadcast.
Segundo ele, a tecnologia pode ser ainda um maior impulsionador de vendas para o varejo em um cenário de retração em meio à crise no País. No acumulado do ano até setembro, as vendas do varejo restrito, que não incluem material de construção, acumulam retração de 6,5%, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Além disso, a nova solução pode trazer uma segurança a mais aos consumidores. Pesquisa feita pela Mastercard, divulgada hoje e antecipada ao Broadcast, mostra que embora esse seja o tema de maior atenção dos brasileiros, 61% raramente, ou nunca, mudam suas senhas. Contribui também, conforme Murta, o fato de a maioria (91%) dos entrevistados terem preocupação com roubo ou vazamento de informações financeiras e, por isso, acreditarem que os cinco minutos necessários para configurar novas tecnologias valem o tempo e o esforço.
Até mesmo porque quase metade (44%) dos brasileiros considera que a proteção de suas informações financeiras é algo tão complexo quanto aprender a fazer uma cirurgia no cérebro. "Nove em cada dez brasileiros (90%) estão dispostos a tomar medidas para incorporar as novas tecnologias de pagamentos, como biometria, aplicativos digitais ou meios de pagamento sem contato (contactless) e confiam que as soluções digitais móveis protegem suas informações financeiras", destaca o vice-presidente da Mastercard.
A pesquisa da Mastercard foi feita, pela primeira vez, em seis países e ouviu mil pessoas, com idade acima de 18 anos, em cada um deles, durante os meses de junho e julho deste ano. Além de Brasil, também Chile, Colômbia, Estados Unidos, Canadá e México. O nível de confiança da pesquisa é de 95%, com probabilidade de erro de 1,5% para cima ou para baixo.
Fonte: Varejista
Marketplace ajuda a ampliar canais de venda mesmo sem e-commerce
Se você precisa comprar cinco produtos em diferentes tipos de estabelecimento, qual a primeira opção de lugar que vem a sua mente? "É muito grande a chance de a resposta ser visitar um shopping center." A pergunta hipotética e a resposta do presidente do Mercado Livre, Helisson Lemos, tenta explicar como o comportamento tem se estendido ao mundo virtual e vem reforçando a procura do consumidor por marketplaces. No Brasil, trata-se de uma área em expansão, seguindo a tendência de outros grandes mercados mundiais de comércio eletrônico, como Estados Unidos e China. Portanto, para quem pensa em expandir suas vendas na web, é sempre bom avaliar as oportunidades e vantagens de participar de um desses espaços que concentram um extenso portfólio de produtos com um grande número de acesso de internautas.
O marketplace é considerado como um dos três fatores que impulsionam o e-commerce no Brasil. Os outros dois envolvem a mobilidade, que gera cada vez mais oportunidades de negócios e já responde por 20% das vendas on-line, e o próprio comportamento do consumidor brasileiro, um dos mais ávidos em todo o mundo quando se trata de mundo digital.
Se todas as projeções se confirmarem, o comércio eletrônico vai manter seu ritmo de expansão nos próximos anos. Segundo o E-Marketer, serão 50 milhões de e-consumidores no País em 2019, e com mais participação dos marketplaces nesse universo. Um estudo da McKinsey mostra que no Brasil essa ferramenta respondia no ano passado por 20% de US$ 4 bilhões em transações on-line. Mas, se o Brasil seguir os passos de outros grandes mercados - e tudo indica que seguirá - este porcentual deverá crescer significativamente. Nos Estados Unidos, os marketplaces concentraram 33% de US$ 115 bilhões em transações e na China chegaram a 90% de US$ 506 bilhões em vendas.
As semelhanças com shoppings não ocorrem à toa. Nos marketplaces, estão diariamente milhares ou até mesmo milhões de pessoas, dependendo do porte de cada um, buscando um produto. Como ocorre no caso de um administrador de shopping, está a cargo desses espaços virtuais os investimentos em marketing, o esforço em gerar mais tráfego e a exposição das marcas. Em geral, existem regras e formatos para os anúncios e há modelos de negócios diferentes, mas, em boa parte, envolvem um porcentual a ser pago por cada venda realizada.
"O marketplace é a solução ideal para quem quer aumentar suas vendas e sabe que o investimento para atrair compradores deve ser inferior ao aumento de vendas", afirma Lemos. Há vários desafios para quem deseja ampliar suas vendas on-line, e a mobilidade é um deles. "O mobile marketing é muito importante, mas sua dinâmica é muito mais complexa do que montar um site de e-commerce. São vários sistemas operacionais de dispositivos móveis e diferentes formas de gerenciamento desses aplicativos", ressalta.
Nesse aspecto, observa o presidente do Mercado Livre, pode se contar mais um ponto para os marketplaces, que, em sua maioria, já são "móveis". Ou seja, levam os produtos de seus associados para as telas dos celulares e tablets sem que o vendedor tenha de investir no desenvolvimento e monitoramento de aplicativos.
Carlos Curioni, presidente da Elo7, concorda que os marketplaces têm como um do seus pontos fortes a possibilidade de expansão dos negócios dos varejistas com investimentos e custos fixos mais baixos. E oferecem essas oportunidades mesmo a quem não possui o seu próprio site de e-commerce. "Em geral, a porta de entrada do varejo no digital são as redes sociais. A segunda pode ser justamente o marketplace", comenta.
A Elo7 é parte de uma transformação do mercado de marketplaces no País que permitiu o surgimento de oportunidades de negócios a partir de iniciativas mais segmentadas. Com oito anos, o marketplace Elo7 é especializado em produtos artesanais, autorais e criativos. E se tornou uma referência para esse público, reunindo atualmente mais de 70 mil vendedores, 3,5 milhões de produtos cadastrados e aproximadamente 20 milhões de visitantes mensais. A previsão de Curioni é de que neste ano o universo de lojistas reunidos no Elo7 movimente cerca de R$ 450 milhões. O modelo de negócios da empresa prevê uma comissão de 12% para cada venda realizada.
Para permitir mais aderência ao mundo digital, o Elo7 passou a oferecer plataforma de e-commerce para os interessados em montar o seu site. "Nós procuramos desenvolver um sistema simples que permite ao varejista postar seus produtos com facilidade, como se estivesse colocando um post no Facebook", diz o executivo.
O mercado brasileiro também desenvolveu o seu próprio fenômeno e um dos impulsionadores da oferta de marketplaces foi o Mercado Livre. Atualmente, ele figura como o oitavo site mais visitado em toda a internet brasileira. "Cerca de 40% do tráfego da web no País passa pelo Mercado Livre, são mais de 46 milhões de visitantes mensais", ressalta Lemos. Ele calcula que cerca de 150 mil pessoas, levando em conta dois colaboradores por empreendimento, estão envolvidas nas vendas do site.
A proposta do Mercado Livre mudou com o tempo e a empresa passou a se posicionar como uma empresa de tecnologia com soluções completas de e-commerce. Para isso, montou um ecossistema diversificado, que reúne a oferta de sistemas de pagamento (gratuita dentro do site), via Mercado Pago, de soluções de logística, via Mercado Envios, e até plataformas de gestão (ERP), via KPL, a única aquisição realizada pela empresa.
"Nós acreditamos que os benefícios do marketplace devem ir além da demanda on-line. Por isso, nosso ecossistema permite a integração de soluções que vão proporcionar itens desejados pelos vendedores, como exposição da marca, baixo investimento acesso a dispositivos móveis, a sistemas de pagamento e tecnológicos e até a logística", observa Lemos.
A exemplo do que acontece em outros países, há cerca de dois anos o mercado brasileiro de e-commerce viu ampliar a oferta de marketplaces criados por grandes gigantes mundiais e nacionais do varejo. Entram nessa parada para disputar fortemente esse mercado grupos como Walmart, Magazine Luiza, CNova (do grupo Casino), ao lado de outros que já têm uma longa presença nessa área, como a B2W (Submarino, Americanas e ShopTime).
É bom lembrar que essa é uma tendência mundial que ganha cada vez mais força. A Amazon, por exemplo, tem cerca de 80% de sua oferta proveniente de marketplace e a gigante chinesa de comércio eletrônico Alibaba conta com mais de 7 milhões de lojistas cadastrados.
Essa foi uma forma encontrada pelas empresas para ampliar a oferta de produtos, atrair mais consumidores a seus sites, sem terem de arcar com o alto custo de estoque e de logística", analisa Curioni. Mas isso não quer dizer que não haja algumas resistências a esse processo. "Há uma grande diferença entre os marketplaces puros, ou seja, aqueles que têm como foco promover o encontro virtual dos consumidores com os seus vendedores, e os que têm a sua própria oferta de produtos concorrendo com a de terceiros. Para mim, isso representa um conflito de interesses", questiona o executivo do Mercado Livre.
Alheia a esta polêmica, a Sun House, tradicional empresa de móveis de qualidade e design contemporâneo, decidiu combinar a oferta de seus produtos em três marketplaces: o B2W, o CNova e o Walmart. E tem obtido bons resultados nesse mix. Em agosto, por exemplo, 23% dos seus negócios on-line vieram do marketplace. Em setembro, este porcentual subiu para 33% e, em outubro, para 40%.
Com duas lojas físicas criadas há mais de duas décadas, a Sun House partiu para a oferta digital há quatro anos, dos quais um pouco mais de um ano com a participação ativa em marketplaces. Segundo Ilan Calderón, diretor de marketing, a opção por participar desse shopping virtual começou a ser tomada quando ele percebeu que os investimentos em publicidade digital realizados pela companhia já não estavam mais compensando.
"Há dois anos, pagávamos R$ 0,30 por clique no Adwords, do Google. Como é um leilão e cresceu muito o número de players nesse período, passamos a pagar R$ 1,50", afirma o executivo. No esquema atual, ele paga comissões aos marketplaces que variam entre 13% e 16% por venda.
Calderon, por sua vez, não concorda com as afirmações de que o negócio on-line pode ser iniciado em um marketplace. Na avaliação dele, a experiência da empresa com seu próprio site de e-commerce é fundamental, inclusive, para aproveitar melhor os benefícios oferecidos pelo próprio marketplace. Sem isso, acredita Calderon, há riscos para o varejista ao não entender exatamente como funciona o comércio eletrônico, que, em último caso, pode até levá-lo a ser expulso de um marketplace.
Ele também considera muito importante analisar bem como está se desenvolvendo o perfil do marketplace para ter certeza de que continua em sintonia com seu negócio. No seu caso, por exemplo, ele começa a sentir que o seu tipo de produto pode não estar mais no auge do interesse de marketplaces com os quais trabalha. Mas, em todo caso, já negocia um novo espaço, desta vez com a rede Magazine Luiza.
Fonte: Varejista
Mercado de alimentação saudável segue imune à crise
Foi-se o tempo em que as pessoas se alimentavam mal e tinham pouca preocupação com a saúde e o bem-estar. Hoje, o brasileiro está cada dia mais ligado em questões de saudabilidade, sustentabilidade e simplicidade. De acordo com a consultoria Euromonitor, o mercado de alimentação saudável movimentou R$ 80 bilhões em 2015 e deve movimentar R$ 108,5 bilhões até 2019. Nos últimos cinco anos, as vendas nesse setor dobraram. Um ótimo nicho para quem deseja investir, ainda mais no setor de franquias.
Segundo a ABF - Associação Brasileira de Franchising, só o segmento de saladas, tapiocas e apelo saudável faturou quase R$ 235 milhões em 2015. Um bom exemplo são os restaurantes da Let´s Wok, que unem um conceito de fast food saudável. A rede oferece um cardápio flexível, que permite milhares de combinações entre massas, arrozes, vegetais e outros ingredientes preparados em panela Wok, sua marca registrada. Como possuem pouca gordura e produtos naturais, seus pratos tem ganhado cada vez mais adeptos.
Uma das unidades mais bem sucedidas da empresa é a loja do Shopping Patio Iporanga, em Santos. A cidade, por ser litorânea, tem uma grande aceitação do conceito - tanto que duas das quatro unidades da rede estão lá. “Nossos pratos caem muito bem tanto em dias quentes quanto frios. Por serem preparados em menos de 10 minutos e na frente do cliente, a aceitação é muito boa”, afirma Daniel Mendonça da Silva, gerente da unidade.
De acordo com os demonstrativos contábeis da unidade, mesmo em meio à crise, o faturamento vem aumentando. “Só no mês de julho, tivemos um crescimento de 10% em relação ao mesmo período do ano anterior. É uma prova de que o segmento de alimentação saudável tem seguindo praticamente imune à crise”, afirma. “Percebemos, muitas vezes, redes tradicionais de sanduíches e outras comidas mais calóricas, que ficam ao lado da nossa, no shopping, terem um movimento muito menor”, atesta.
João Luis Gomes, o franqueado da unidade, não tem do que reclamar. Mesmo atualmente morando fora do país, ele consegue acompanhar a evolução do seu investimento. “A loja se valorizou muito. Na época em que abri, em 2011, investi cerca de R$ 250 mil reais. Hoje, de acordo com as avaliações da franqueadora, minha unidade vale em torno de R$ 700 mil. Em nenhum tipo de aplicação eu conseguiria quase triplicar o meu capital em menos de cinco anos”, alegra-se.
Obviamente, não se trata de milagre. Há muito esforço e dedicação envolvidos. “No início, precisamos investir bastante na formação da clientela. Foi um tempo até as pessoas experimentarem e passarem a incluir nossos pratos no seu dia a dia. Hoje, felizmente, a grande maioria dos clientes é recorrente. Uma prova de que mais do uma refeição esporádica, eles realmente aderiram o conceito de alimentação saudável em seu cotidiano. Bom para o cliente e melhor ainda para o investidor desse segmento”, finaliza.
Fonte: G1
Gean Loureiro e Cesar Souza voltam a debater situação da prefeitura
O futuro prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (PMDB) e o atual, Cesar Souza Junior (PSD), estiveram reunidos novamente na prefeitura, na tarde desta quarta-feira (30), para falar sobre a situação da administração. Segundo o executivo, foram discutidos temas como convênios, andamento de obras e pagamento de terceirizados. Além dos dois políticos, participaram da reunião equipes de transição e secretários municipais.
Segundo o executivo, Cesar Souza Junior deixou claro que a prefeitura enfrenta dificuldades de caixa. Ele afirmou que o objetivo é ajudar o novo prefeito. "Nossa equipe está repassando toda a realidade da prefeitura, uma vez que o objetivo é facilitar a largada".
Outros assuntos abordados foram o carnaval, a taxa de lixo desvinculada da cobrança do IPTU e o cronograma de pagamento dos servidores. Em dezembro, as datas serão dia 2 para os salários de novembro, 20 para o décimo terceiro e 30 para os salários de dezembro.
Para a reunião, Gean Loureiro levou Constâncio Maciel e Nelson Gomes Mattos. Cesar Souza estava acompanhado dos secretários municipais Rafael Hahne, de Obras; Paulo Ávila, da Casa Civil; Ivan Grave, da Administração, e André Bazzo, da Fazenda, e o Procurador Geral, Gustavo Miroski.
Fonte: Exame
Copom corta juros em 0,25 ponto percentual para 13,75%
O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) anunciou hoje um corte de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros da economia, a Selic, que foi de 14% para 13,75%.
É o segundo corte consecutivo; o anterior, também de 0,25 ponto, ocorreu em outubro e foi o primeiro desde 2012.
A decisão veio de acordo com o que esperava a maior parte dos analistas de mercado; alguns viam espaço para um corte de meio ponto percentual.
A ata será divulgada na próxima quinta-feira, 08 de dezembro, e a próxima reunião está marcada para os dias 10 e 11 de janeiro.
A decisão foi por unanimidade e sem viés. O comunicado cita a fraqueza da atividade, incertezas internacionais e o processo de aprovação das reformas fiscais.
A previsão do último Boletim Focus, divulgado na última segunda-feira, é que a Selic termine o ano de 2017 em 10,75%.
Quando o Copom aumenta os juros, encarece o crédito e estimula a poupança, o que faz com que a demanda seja contida e faça menos pressão sobre a atividade e os preços. Cortar os juros causa o efeito contrário.
O IBGE divulgou na manhã de hoje que o PIB (Produto Interno Bruto) caiu 0,8% no 3º trimestre de 2016 em relação ao trimestre anterior, com queda de 2,9% sobre o mesmo período do ano anterior.
O espaço para o ciclo de afrouxamento monetário surgiu na medida em que as expectativas de inflação para 2017 se aproximaram do centro da meta perseguida pelo Banco Central, de 4,5%.
Além da fraqueza da atividade, também houve avanço da agenda de reformas com a aprovação da PEC do Teto de Gastos em duas votações na Câmara dos Deputados e uma no Senado.
Um obstáculo significativo é a piora no cenário internacional após a inesperada eleição de Donald Trump nos Estados Unidos.
Além da incerteza em relação à sua figura, muitos de seus planos são inflacionários, o que causou um aumento na expectativa de juros futuros nos Estados Unidos.
Juros mais altos no mundo desenvolvido significam fuga de capital dos emergentes e uma margem menor para cortar os juros por aqui.
Veja a íntegra do comunicado:
“O Copom decidiu, por unanimidade, reduzir a taxa Selic para 13,75% a.a., sem viés.
A atualização do cenário básico do Copom pode ser descrita com as seguintes observações:
O conjunto dos indicadores divulgados desde a última reunião do Copom sugere atividade econômica aquém do esperado no curto prazo, o que induziu reduções das projeções para o PIB em 2016 e 2017. A evidência disponível sinaliza que a retomada da atividade econômica pode ser mais demorada e gradual que a antecipada previamente;
No âmbito externo, o cenário apresenta-se especialmente incerto. O aumento da volatilidade dos preços de ativos indica o possível fim do interregno benigno para economias emergentes. Há elevada probabilidade de retomada do processo de normalização das condições monetárias nos EUA no curto prazo e incertezas quanto ao rumo de sua política econômica;
A inflação recente mostrou-se mais favorável que o esperado, em parte em decorrência de quedas de preços de alimentos, mas também com sinais de desinflação mais difundida;
As expectativas de inflação apuradas pela pesquisa Focus recuaram para em torno de 4,9% para 2017, e mantiveram-se ao redor de 4,5% para 2018 e horizontes mais distantes;
As projeções condicionais do Copom oscilaram em função de fatores com impactos opostos. As projeções para a inflação de 2016, nos cenários de referência e mercado, recuaram e encontram-se em torno de 6,6%. As projeções para 2017, nos cenários de referência e mercado, situam-se em torno de 4,4% e 4,7%, respectivamente. Para 2018, as projeções encontram-se em torno de 3,6% e 4,6%, nos cenários de referência e mercado, respectivamente; e
Os passos no processo de aprovação das reformas fiscais têm sido positivos até o momento.
O Comitê ressalta os seguintes riscos para o cenário básico para a inflação:
Por um lado, (i) o possível fim do interregno benigno para economias emergentes pode dificultar o processo de desinflação; (ii) os sinais de pausa no processo de desinflação de alguns componentes do IPCA mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária persistem, o que pode sinalizar convergência mais lenta da inflação à meta; (iii) o processo de aprovação e implementação das reformas e ajustes necessários na economia é longo e envolve incertezas;
Por outro lado, (iv) a atividade econômica mais fraca e o elevado nível de ociosidade na economia podem produzir desinflação mais rápida que a refletida nas projeções do Copom; (v) a inflação tem se mostrado mais favorável no curto prazo, o que pode sinalizar menor persistência no processo inflacionário; e (vi) o processo de aprovação e implementação das reformas e ajustes necessários na economia pode ocorrer de forma mais célere que o antecipado.
Considerando o cenário básico, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis, o Copom decidiu, por unanimidade, pela redução da taxa básica de juros para 13,75% a.a., sem viés. O Comitê entende que a convergência da inflação para a meta de 4,5% no horizonte relevante para a condução da política monetária, que inclui os anos-calendário de 2017 e 2018, é compatível com um processo gradual de flexibilização monetária.
A magnitude da flexibilização monetária e a intensificação do seu ritmo dependerão das projeções e expectativas de inflação e da evolução dos fatores de risco mencionados acima. Nesse sentido, o Copom destaca que o ritmo de desinflação nas suas projeções pode se intensificar caso a recuperação da atividade econômica seja mais demorada e gradual que a antecipada. Essa intensificação do processo de desinflação depende de ambiente externo adequado.
Votaram por essa decisão os seguintes membros do Comitê: Ilan Goldfajn (Presidente), Anthero de Moraes Meirelles, Carlos Viana de Carvalho, Isaac Sidney Menezes Ferreira, Luiz Edson Feltrim, Otávio Ribeiro Damaso, Reinaldo Le Grazie, Sidnei Corrêa Marques e Tiago Couto Berriel.”
Fonte: Portal No Varejo
Aposentadoria: Micro e pequenos empresários investem no futuro?
Embora o futuro sempre pareça algo distante, os especialistas recomendam: quanto antes pensarmos em aposentadoria, menos dor de cabeça o assunto trará. E os empresários não diferem tanto assim dos trabalhadores comuns: eles também precisam planejar o futuro. O que o levantamento do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) apontou, no entanto, que os micro e pequeno empresários do varejo e serviços não investem o necessário para o futuro.
Para o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, os empresários também devem se preocupar com o futuro, sobretudo os micro e pequenos, que, muitas vezes, têm faturamento reduzido e são mais vulneráveis a sazonalidade de acordo com a demanda de seus serviços. “Como todo trabalhador, o empresário também se aposenta, mas nem sempre dá a devida atenção ao assunto. A contribuição para o INSS é uma necessidade básica que não garante a manutenção do padrão de vida que se tinha antes da aposentadoria. Por isso, recomenda-se também um esforço adicional que pode ser realizado por meio de planos de previdência privada e outras formas de investimento”, afirma Pinheiro.
Segundo o levantamento, apesar de 86,6% dos entrevistados considerarem importante o planejamento para a aposentadoria, quase a metade (49,0%) desses empreendedores não faz qualquer contribuição complementar ao INSS, seja por meio de uma previdência privada ou algum outro tipo de investimento.
Os números indicam, ainda, que 7,6% dos micro e pequenos empresários não fazem qualquer recolhimento para o INSS e a maior parte (38,1%) paga apenas o valor mínimo da contribuição. Outros 25,4% pagam um valor intermediário e apenas 11,6% contribuem com o teto previdenciário.
Opções
Os entrevistados que disseram fazer alguma contribuição além do INSS citaram como opções de investimento a poupança (18,4%), a previdência privada (15,0%) e investimento em imóveis (12,6%). Muitos empresários pretendem extrair a renda extra do próprio negócio. Neste caso, Honório Pinheiro faz um alerta importante: “Fala-se muito sobre os impactos de uma reforma da previdência entre trabalhadores celetistas, mas pouco sobre o universo do pequeno empresário. Pensar na aposentadoria inclui, também, planejar o processo sucessório de suas empresas, sob pena de ver seu negócio não se sustentar. Isso é especialmente importante para o empresário que pretende extrair renda do próprio negócio”, defende.
Continuar no mercado
Diante deste cenário, para boa parte dos micro e pequenos empresários é continuar trabalhando. Segundo os dados levantados, entre os empresários que já estão aposentados, mas continuam trabalhando, metade (50,0%) segue na ativa para complementar a renda, pois a aposentadoria não é o suficiente para cobrir seus gastos do dia a dia.
No entanto, há uma parcela considerável dos entrevistados (19,6%) que continuam trabalhando para se sentirem mais produtivos e ocupados. Muitos, aliás, não querem parar de trabalhar definitivamente em dia nenhum (32,1%). Um dado interessante: 47,4% dos micro e pequenos empresários começou a trabalhar cedo, com idade entre 14 e 17 anos.
Regras de aposentadoria
A maioria dos entrevistados (72,3%) acredita que as atuais regras da previdência são válidas tanto para a realidade dos trabalhadores quanto dos empresários. Para 61,9% deles, o sistema não deve fazer distinção entre categorias profissionais.
No entanto, para 21,2% dos entrevistados, as regras da previdência deveriam ser diferentes. A principal justificativa é que os empresários podem trabalhar menos, uma vez que têm a opção de delegar funções dentro de suas empresas. Em média, o micro e pequeno empresário de varejo e serviço considera que o trabalhador brasileiro deveria se aposentar com 59 anos. Já o empresário, aos 61 anos.
A pesquisa ouviu 822 micro e pequenos empresários dos ramos do comércio e serviços nas 27 capitais e cidades do interior.
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destaques
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