Clipping Diário - 01/09/2014
Publicado em 01/09/2014
Vigília
É elogiável a iniciativa da Associação Catarinense dos Engenheiros, que acaba de criar uma força-tarefa de experts para elaborar relatório técnico confiável sobre o atual estágio das obras da ponte Hercílio Luz. A sociedade terá ela mesma que criar esse tipo de fiscalização, já que o governo vive – conformado – o papel de joguete de empreiteiras que “trabalham para não trabalhar”.
Fonte: Diário Catarinense – Sérgio da Costa Ramos – 01-09
FALTA UMA LEI CLARA À TERCEIRIZAÇÃO
Enquanto a maioria das empresas do país defende a terceirização sob o argumento de que aumenta a oferta de empregos, centrais sindicais se posicionam contra por entender que esse processo tira renda dos trabalhadores para remunerar intermediários. De cada quatro empregos no país, um é terceirizado, apontam dados do Ministério do Trabalho. A insegurança jurídica sobre o tema é discutida hoje em evento nacional em São Paulo, promovido pelas confederações nacionais do comércio, indústria e do sistema financeiro. Entre as lideranças de SC presentes estão o presidente da Câmara Empresarial de Relações Trabalhistas e Assuntos Legais da Fecomércio-SC, Célio Spagnoli, e o diretor-executivo da entidade, Marcos Arzua. Nós não temos uma legislação efetiva, transparente e compreensível, sobre o tema. Qualquer lei que venha limitar a liberdade de ação das empresas vai tolher investimentos alerta Spagnoli. Segundo ele, a terceirização aumenta a oferta de empregos e o mercado é que define o rendimento do trabalhador, não o fato de ser ou não terceirizado. Arzua alerta que a terceirização é uma das mais importantes pautas do setor produtivo.
Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti – 01-09
DÍVIDAS
Diante da inflação alta e da série de financiamentos feitos pelas famílias, o número de endividados cresceu. O primeiro passo para se livrar do problema é colocar todos os gastos e receitas na ponta do lápis, ver onde é possível cortar e quanto dá para pagar e, então, negociar com os credores. Além disso, e preciso poupar mais.
Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti – 01-09
Mercado revê previsões e fala em PIB zero no ano
A retração de 0,6% no Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre em relação ao primeiro deflagrou uma onda de revisões nas projeções para o crescimento da economia. Uma pesquisa feita com 20 instituições do mercado financeiro pela ''Agência Estado'' mostra que, na média, os analistas esperam uma alta de 0,35% no PIB neste ano e nenhuma das projeções ultrapassa os 0,8.
Até o ministro da Fazenda, Guido Mantega, revelou que o governo vai revisar sua projeção, que hoje indica um aumento de 1,8%. Antes da divulgação ontem do PIB, o Boletim Focus, pesquisa do Banco Central (BC) com cerca de 100 instituições, apontava projeção média de crescimento de 0,7% neste ano.
Para o terceiro trimestre, o cenário traçado pelos 20 analistas financeiros pesquisados também não é dos mais animadores. As previsões preliminares vão de uma queda de 0,1% a uma expansão de 0,8% em relação ao segundo trimestre - alta de 0,2% na média.
Entre a maioria dos economistas consultados, a perspectiva para o PIB no segundo semestre é um pouco melhor do que a observada no primeiro, quando houve expansão de 0,5% em relação a igual período de 2013, mas o cenário esperado seria insuficiente para reerguer a economia.
Efeito Copa. "A expectativa é de alguma retomada leve da atividade em agosto devido basicamente a mais dias úteis", comentou o economista Henrique Santos, da gestora ARX Investimentos, lembrando do efeito da Copa do Mundo.
Para o último trimestre, a ARX trabalha com estimativa preliminar de expansão entre 0,5% e 0,6% ante o terceiro trimestre, mas isso não seria suficiente para recuperar o resultado do acumulado de 2014, que deverá ser de apenas 0,1%.
Após os dados do PIB do segundo trimestre, a consultoria Tendências revisou a projeção para 2014, de um crescimento de 0,6% para avanço de apenas 0,3%. "Teria de haver uma recuperação muito forte da economia, o que não me parece factível, dado que os indicadores (já divulgados) não apontam isso", argumentou o economista Rafael Bacciotti.
Segundo a Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO), o crescimento das vendas de em julho sinaliza uma recuperação da economia, após três meses consecutivos de desempenho negativo.
O papelão ondulado é usado nas embalagens de diversos produtos e suas vendas costumam indicar avanços e retrações na economia.
O economista-chefe do Banco Fibra, Cristiano Oliveira, está no piso do levantamento da Agência Estado. Para Oliveira, a confiança em queda reforça a percepção de baixa até no atual trimestre. Para o último quarto do ano, o banco espera avanço de 0,20%, o que levaria a crescimento zero em 2014. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: O Estado de São Paulo – 01-09
Economistas pioram projeção do PIB em 2014 a 0,52%; veem Selic a 11,75% em 2015
Após confirmação de que o Brasil entrou em recessão no primeiro semestre, economistas de instituições financeiras pioraram suas projeções para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) tanto neste ano quanto no próximo, ao mesmo tempo em que veem manutenção da Selic na reunião desta semana do Banco Central, e voltaram a projetar a taxa de juros a 11,75 por cento em 2015.
A pesquisa Focus do BC divulgada nesta segunda-feira mostrou que a estimativa para o crescimento do PIB em 2014 caiu a 0,52 por cento, contra 0,70 por cento na semana anterior, em uma trajetória descendente que já dura 14 semanas e bem abaixo dos 2,5 por cento registrados em 2013.
A expectativa é de recuperação em 2015, porém a projeção também foi reduzida após duas semanas de manutenção, para 1,10 por cento por cento, contra 1,20 por cento.
Na sexta-feira, o IBGE informou que a economia brasileira encolheu 0,6 por cento no segundo trimestre de 2014 sobre os três meses anteriores. Além disso, o desempenho do primeiro trimestre sobre o quarto trimestre de 2013 foi revisado para mostrar contração de 0,2 por cento, levando o país a entrar em recessão.
A expectativa para a produção industrial, um dos maiores pesos sobre a economia, é de contração de 1,70 por cento neste ano, sobre queda de 1,76 por cento anteriormente. Para o próximo ano houve manutenção da projeção de crescimento de 1,70 por cento.
Já para a política monetária, os economistas consultados pelo BC mantiveram a perspectiva de que a Selic será mantida nos atuais 11,00 por cento na reunião desta semana do Comitê de Política Monetária (Copom), encerrando o ano neste mesmo patamar.
Mas para 2015, voltaram a projetar que a taxa básica de juros encerrará em 11,75 por cento, contra 12,00 por cento no levantamento anterior.
Para os economistas consultados, o início do ciclo de aperto monetário será em março que vem, com alta de 0,50 ponto percentual, sem alteração sobre a pesquisa anterior.
Por sua vez, o Top-5 de médio prazo, com as instituições que mais acertam as projeção, vê a Selic a 11,00 por cento este ano e a 12,00 por cento no próximo, sem alterações.
INFLAÇÃO
O Focus mostrou ainda que as expectativas de inflação sofreram pouca alteração. A estimativa para a alta do IPCA em 2014 permaneceu em 6,27 por cento, enquanto para 2015 a projeção subiu 0,01 ponto percentual, a 6,29 por cento.
Em relação aos preços administrados, um dos principais vilões da inflação neste ano e que deve continuar em 2015, a projeção de inflação caiu 0,05 ponto percentual para este ano, a 5,05 por cento, e foi mantida em 7,00 por cento para 2015.
Em 12 meses, o IPCA vem se mantendo em torno do teto da meta do governo, que é de 4,5 por cento, com margem de 2 pontos percentuais para mais ou menos. A expectativa agora fica para a divulgação na sexta-feira dos números de agosto do indicador.
Para os próximos 12 meses, o Focus mostrou que o mercado manteve a previsão de alta do IPCA em 6,24 por cento.
O Top-5 de médio prazo calcula que o IPCA ficará em 6,34 por cento em 2014, contra 6,27 por cento, e fechará 2015 em 6,48 por cento, o mesmo que no levantamento anterior.
Fonte: O Estado de São Paulo – 01-09
IPC-S acelera alta a 0,12% em agosto, segundo FGV
O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) encerrou agosto com alta de 0,12 por cento, após fechar julho com avanço de 0,10 por cento, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta segunda-feira.
O resultado mostrou ainda aceleração em relação à terceira quadrissemana de agosto, quando foi registrada variação positiva de 0,06 por cento.
Na comparação com a terceira quadrissemana de agosto, o destaque ficou para o grupo Alimentação, com alta de 0,13 por cento após variação negativa de 0,01 por cento.
Nesta classe de despesa, a FGV citou o item carnes bovinas, cuja taxa passou de queda de 0,54 por cento para alta de 0,34 por cento.
O cenário enfrentado atualmente pelo consumidor brasileiro, às vésperas da eleição presidencial, é de crescimento baixo associado a juros altos e inflação elevado.
A economia brasileira entrou em recessão no primeiro semestre com forte retração nos investimentos e na indústria e a Copa do Mundo prejudicando a atividade econômica. Agora, as atenções se voltam para os dados do IPCA de agosto a serem divulgados na sexta-feira.
Fonte: O Estado de São Paulo – 01-09
Ganhos ainda resistem, apesar de atividade fraca
O menor peso do câmbio sobre a dívida em moeda estrangeira impulsionou os ganhos das companhias de capital aberto no segundo trimestre e ajudou a aliviar a contração de margens ocasionada pelo aumento contínuo dos custos.
Levantamento feito pelo Valor Data por meio da base de dados do Valor Empresas mostra que o lucro líquido de 271 companhias aumentou 56% em relação ao mesmo período do ano passado, para R$ 16,2 bilhões.
http://www.valor.com.br/sites/default/files/gn/14/08/arte01emp-101-balancos-b2.jpg
Os números parecem contrariar os dados que apontam atividade fraca no período, mas enganam à primeira vista. O desempenho operacional foi bem menos expressivo. O lucro antes do resultado financeiro e impostos cresceu 10,6%, para R$ 34 bilhões. Se excluirmos uma receita extraordinária com créditos fiscais de R$ 1,2 bilhão da Telefônica/Vivo - empresa bastante representativa na amostra -, o avanço é de apenas 6,7%, praticamente em linha com a inflação dos últimos 12 meses encerrados em junho, de 6,52%.
O menor número de dias úteis por conta da Copa do Mundo também inverteu a sazonalidade típica do período. Em relação ao primeiro trimestre, que costuma ser mais forte que o segundo, o lucro líquido das companhias analisadas caiu 17,9%, com recuo de 12,9% no resultado gerado pelas operações.
Os balanços de Vale e Petrobras foram excluídos da amostra, já que, pelo tamanho, essas empresas tendem a distorcer o resultado geral. O Valor Data optou ainda por não considerar os dados da OSX e da OGPar (ex-OGX), ambas controladas por Eike Batista, por conta de baixas contábeis bilionárias realizadas no ano passado e que imporiam viés à comparação.
A receita líquida das empresas analisadas cresceu 11,9% em relação ao segundo trimestre de 2013, para R$ 294,5 bilhões, sinalizando que a demanda continuou resiliente, mesmo com a realização do Mundial de futebol. O problema, mais uma vez, foram os custos de produção: no segundo trimestre de 2013, eles representavam 69,7% da receita líquida, fatia que passou a 71% no mesmo intervalo deste ano.
À inflação, principalmente da mão de obra, que já vinha pressionando os resultados, somaram-se as liquidações promovidas pelo varejo para queima de estoque e os maiores gastos da algumas marcas com marketing para o Copa do Mundo. Já na indústria, a queda na demanda reduziu a capacidade utilizada, provocando uma menor diluição dos custos fixos.
A contração de margens operacionais frente a um ano antes mostra que o movimento de redução de custos e despesas para melhorar os resultados está perdendo fôlego. "Após mais de um ano de revisão de processos de ganhos de eficiência, hoje há menos gordura para queimar", afirma Daniela Martins, da corretora Concórdia.
Nesse cenário, o salto no lucro líquido do conjunto de companhias abertas na comparação anual é explicado, principalmente, pela queda de 2,67% na cotação do dólar frente ao real verificada entre abril e junho. Isso resultou em ganhos na conversão da dívida em moeda estrangeira, enquanto no mesmo intervalo do ano passado, um salto de 10% na moeda americana frente à brasileira tinha causado perdas significativas. Com isso, no período, o resultado financeiro ficou negativo em R$ 12 bilhões, 20% a menos do que os R$ 14,9 bilhões do mesmo intervalo de 2013.
Copa do Mundo impulsionou resultados de varejistas, mas piorou o desempenho já fraco do setor industrial
Pelas regras contábeis, todo o estoque de dívida é corrigido pela cotação do câmbio no fim do trimestre, ainda que a maior parte dos financiamentos vença apenas no longo prazo. Apesar de expressivo, esse efeito é, em sua maior parte, "não caixa": afeta o balanço, mas, na prática, não significa mais dinheiro no caixa da empresa ou no bolso dos sócios.
Os balanços do segundo trimestre mostram ainda a discrepância entre os setores ligados ao consumo e a indústria. O lucro de 41 empresas industriais - incluindo siderúrgicas, fabricantes de bens de capital e autopeças - recuou 17,1% em relação ao segundo trimestre de 2013, para R$ 1 bilhão. O impacto da atividade fraca e do menor número de dias úteis de produção por conta da Copa já se fez sentir na primeira linha do balanço: as receitas cresceram 2,3%, muito abaixo da média das empresas listadas e inferior à inflação medida pelo IPCA.
Já no varejo, o lucro consolidado de 44 empresas de consumo subiu 8,7%, para R$ 1,11 bilhões. "O varejo sofreu menos que o esperado com o menor número de dias comerciais do segundo trimestre", afirma Daniela, da Concórdia. E alguns segmentos varejistas foram beneficiados pela Copa do Mundo. As varejistas de eletroeletrônicos tiveram desempenho bastante acentuado com a venda de televisores. Já os ganhos de varejistas de alimentos foram impulsionados pelo maior consumo de bebidas e carnes, bem como pela Páscoa, que neste ano caiu em abril, ao contrário de 2013, quando ocorreu em março, ajudando a base de comparação.
Para o restante do ano, a perspectiva é que a diferença entre consumo e indústria se mantenha. "O segundo semestre tende a ser melhor para as varejistas, com alguma retomada da atividade. Mas para a indústria, apesar de o período da Copa ter representado o fundo do poço, não esperamos uma recuperação tão acentuada", assinala Daniela.
Seguindo uma trajetória que já se mantém há anos, outro setor que se destacou entre abril e junho foi o de educação. O lucro líquido das seis rede de ensino listadas na bolsa dobrou, chegando a R$ 426,6 milhões. Entre as incorporadoras, a estratégia de reduzir lançamentos e focar na execução dos projetos em andamento também rendeu frutos. Os ganhos de 20 empresas do setor aumentaram 35% na comparação anual, apesar da queda de 10,6% nas receitas.
Na contramão, o destaque negativo, além da indústria, ficou por conta do segmento de energia elétrica, cujo lucro apresentou queda de 41,8% no período, para R$ 1,54 bilhão. O número foi puxado para baixo principalmente pelas distribuidoras, que tiveram que absorver o maior custo com energia comprada para revenda em meio à estiagem que atinge o país.
Fonte: Valor Econômico – 01-09
Baixo nível de confiança afeta intenção de consumo e aumento de produção
A queda da confiança em 2014 é generalizada entre todos os agentes econômicos. Da indústria ao consumidor, passando pelos empresários do comércio, dos serviços e da construção, os níveis de pessimismo atingem hoje patamares que, nos últimos anos, só foram vistos em 2009, no auge da crise internacional. O recuo da confiança tem sido apontado por analistas como uma possível razão para a retração do investimento, do consumo e, consequentemente, para o recuo do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre.
Para economistas consultados pelo Valor, a deterioração da confiança é hoje um fenômeno que responde muito menos a perdas e quedas típicas de uma crise e mais a um período de desaceleração e estagnação longo o suficiente para que os agentes econômicos deixem de acreditar em uma melhora no horizonte à vista. É como se o bem-estar não precisasse necessariamente piorar para que a confiança piorasse. Eleições mais indefinidas do que as anteriores e taxas de investimento em queda são também fatores que abalam a confiança, com o agravante de que, quanto menor ela for, menos se tende a investir ou a consumir.
"Existe um certo efeito de desapontamento", diz Aloísio Campelo, superintendente adjunto de ciclos econômicos da Fundação Getulio Vargas (FGV) e um dos coordenadores das sondagens feitas pela entidade. "Em 2009, houve um baque externo muito forte e as expectativas foram para o fundo do poço, mas também se recuperaram muito rápido. Agora o que temos é uma situação de quedas muito mais discretas, mas que já dura muito tempo, o que é raro", disse ele, identificando que desde pelo menos 2012 a economia vem patinando entre pequenas altas e pequenas quedas intercaladas, que são como "andar de lado".
A queda de 0,6% do PIB no segundo trimestre foi a terceira dos últimos quatro trimestres. Para se ter uma ideia, tanto o Índice de Confiança da Indústria quanto o de Serviços da FGV tiveram em agosto a oitava queda consecutiva, o que os levou às menores marcas desde abril de 2009. No caso dos consumidores, há mais oscilações, mas desde que se atingiu seu pico recorde em 2012 o otimismo vem caindo também a níveis que só se comparam a 2009 ou a antes 2005.
"Em 2009, o gatilho foi externo, na rabeira de uma grande crise internacional, mas agora o gatilho é doméstico", diz Alessandra Ribeiro, economista da Tendências Consultoria. "A confiança [em queda] é o reflexo claro de um modelo de consumo esgotado", acrescenta Fábio Bentes, economista da Confederação Nacional do Comércio (CNC).
Desde que estourou a crise em 2009 e a indústria exportadora foi atingida em cheio, foram principalmente o comércio, os serviços e o consumo que puxaram o PIB, mas agora eles também enfraqueceram. Na explicação de Bentes, esses setores respondem a uma sucessão de más notícias, como a inflação alta, a partir de 2012, seguida da pressão do aumento nos juros, de 2013 para frente. A CNC, que também faz uma sondagem própria do comércio iniciada em 2011, marca hoje a menor pontuação de toda a série.
"Hoje as pessoas também estão endividadas e veem que vão ficar um bom tempo ainda assim", diz o economista e pesquisador do Insper José Luiz Rossi Júnior. "Há, sim, uma piora, mas ela é gradual. Saímos de um ritmo de crescimento de 4% ao ano do PIB para menos de 1%. E a percepção das pessoas se antecipa a isso". No Insper é feita uma sondagem das perspectivas de pequenos e médios empresários. Em junho, completou-se o quinto trimestre de queda consecutiva.
Fonte: Valor Econômico – 01-09
Empresas afirmam que resultado de portal do consumidor é positivo
Empresas que aderiram ao site consumidor.gov.br vêm sentindo bons resultados. Na visão de Paulo Pompilio, diretor de Relações Institucionais do GPA (Grupo Pão de Açúcar), a iniciativa é mais uma chance de atender o cliente antes de a queixa virar um processo judicial, o que, entre outros fatores, aumenta custos.
Segundo Luca Cavalcanti, diretor de Canais Digitais do Bradesco, o banco aderiu porque acha importante estar presente onde o cliente quiser se manifestar.
"Recebemos 450 manifestações pelo site no período. E, para nós, a crítica é saudável, porque nos permite melhorar o atendimento", diz.
Tanto Pompilio quanto Cavalcanti dizem que podem ter recebido, por meio do site, reclamações que já tinham sido encaminhadas aos canais das próprias empresas, sem que o atendimento tivesse sido considerado satisfatório pelos clientes.
"O site é encarado como uma plataforma de solução diferenciada. Avaliamos nossos processos e cada caso para tentarmos solucionar o problema ali", diz Pompilio.
Tanto o atendimento a queixas que já tinham passado pelo banco quanto a busca direta pelo consumidor.gov são efeitos que o Itaú Unibanco também enxerga.
Para o banco, o site representa uma nova oportunidade de diálogo com o consumidor e de redução de conflitos no Judiciário e nos órgãos de defesa do consumidor.
Em nota, a Telefônica Vivo afirma que "considera positiva a abertura de mais um canal de comunicação e interação com os consumidores".
"A Telefônica Vivo está comprometida em trabalhar pela solução dos problemas que possam ser apresentados por meio dessa nova plataforma", informa a nota.
Na avaliação da Oi, o site é uma ferramenta completa, que oferece diversas opções de interação e informações abrangentes.
Além disso, a companhia afirma que o portal "é também um canal oficial, adequado aos hábitos das novas gerações, sempre conectadas e acostumadas a buscar soluções pela internet".
Fonte: Folha de São Paulo – 01-09
Após crise, setor calçadista mira o mercado interno e tenta se diversificar
Quando criou uma oficina de calçados no município gaúcho de Igrejinha, em 1955, Almiro Grings não poderia imaginar que sua Piccadilly, 59 anos depois, teria 31 lojas da sua marca em 10 países.
Resultado das profundas mudanças que marcam a história do setor calçadista no Brasil, a exportação de design e marca hoje domina a atuação dessas empresas no exterior. O peso das exportações no negócio e na balança comercial, porém, despencou nas últimas décadas.
A fabricante de sapatos femininos Piccadilly começou a exportar na década de 1970, por meio dos agentes de exportação que se instalaram na região do Vale dos Sinos (RS). Representantes de grandes indústrias e varejistas estrangeiros, os agentes traziam a modelagem de fora, e os fabricantes locais providenciavam a cópia.
Muitas empresas da região cresceram apoiadas no modelo do "calçado-commodity" e na política de incentivos às exportações da época.
"Quem começava a exportar acabava ficando só com o mercado externo, era mais rentável", conta Ricardo Wirth, diretor da Wirth, indústria de Dois Irmãos (RS) que durante 20 anos produziu exclusivamente para exportação, de 1975 a 1995.
Na fase de ouro do setor, as receitas externas com calçados chegaram perto de US$ 2 bilhões -o Rio Grande do Sul respondia por 80% do total.
As indústrias incentivaram a formação de polos de produção no Vale dos Sinos, onde ainda é possível encontrar tudo para calçados: máquinas, curtumes, bordadeiras.
A fase próspera prosseguiu até o início da década de 1990, quando a China começou a ganhar espaço. A situação se agravou com a valorização cambial em 1994, após a implantação do Plano Real.
"O setor não conseguia mais negociar preço com seus clientes externos", diz Paulo Grings, filho de Almiro e atual presidente da Piccadilly.
Com a perda de competitividade do produto brasileiro, fabricantes fecharam as portas. "Mais de 120 desapareceram em todo país", diz Heitor Klein, presidente da Abicalçados (Associação Brasileira da Indústria de Calçados).
"O modelo que caracterizava a nossa exportação migrou para a China, e o mercado interno apareceu como alternativa", conta Eduardo Scheffer, diretor da fabricante das marcas West Coast (masculino) e Cravo e Canela (feminino), de Ivoti (RS).
MERCADO INTERNO
A crise obrigou os sobreviventes a repensar o negócio. A saída foi vender sapatos para o consumidor brasileiro, mas, para conquistá-lo, era preciso desenvolver seu próprio produto e sua marca.
Entre o final dos anos 1990 e o início dos 2000, Piccadilly, West Coast e Wirth, entre outras indústrias do Vale dos Sinos, se dedicaram ao design e ao marketing, com foco no mercado interno.
Com o aumento da renda e do consumo no país, o mercado doméstico conseguiu compensar o espaço deixado pela demanda externa.
A exportação deixou de ser a razão do negócio e tornou-se um desdobramento. "Montamos uma equipe para abrir novos mercados, mas só aceitávamos exportar a mesma coleção desenvolvida para o mercado interno, com nossa marca e design", diz Grings.
O setor desistiu de competir com a China. "A nossa proposta era oferecer calçados confortáveis e com materiais nobres. Não pretendemos disputar grandes volumes", diz Wirth, filho do fundador da indústria de mesmo nome, especializada em mocassins.
NOVA ALTA
Com a ajuda do câmbio, entre 2000 e 2007 as receitas voltaram a subir. Mas a boa fase foi interrompida pela crise de 2008, que voltou a valorizar o real, tornando o calçado brasileiro menos competitivo no exterior.
"O nosso sapato ficou muito caro e os nossos clientes reduziram as compras", diz Micheline Grings, diretora de exportação da Piccadilly.
As poucas empresas que mantiveram o modelo voltado integralmente à exportação quebraram, na segunda grande crise do setor. Foi o caso da Reichert e da Schmidt Irmãos, tradicionais indústrias gaúchas que deixaram milhares de desempregados.
Quem não quebrou assistiu à forte queda nas exportações. Desde 2007, a receita do país com as vendas externas de calçados caiu 43%.
"O Brasil se tornou o coletor de pequenos pedidos do mundo. Podemos atender poucos pares, o que a China não faz", diz Scheffer.
Com uma produção quase "sob demanda", o país passou a exportar para 150 países -80 deles em pequenos volumes. Dos 25 produtos industrializados com maior peso nas exportações, só 2 não perderam mercados desde 2004: o calçado é um deles.
A Piccadilly, por exemplo, exporta para 90 nações. Em 10, tem lojas da sua marca. "Elas foram criadas por iniciativa de clientes, que nos pediram para identificar a nossa marca em suas lojas", diz a diretora de exportação.
Em três anos, ela prevê dobrar o número desse tipo de estabelecimento, para 60. No Brasil, a empresa não tem lojas da marca, pois não quer concorrer com seus clientes.
Hoje, cerca de 25% da produção da Piccadilly, de 10 milhões de pares por ano, é exportada. Em 2002, essa participação chegou a 35%. Mas a executiva parece satisfeita e otimista com o nicho de mercado que escolheu.
"O Brasil nunca vai conseguir competir com produção em massa e o custo de mão de obra da Ásia. Mas podemos, sim, ter algum espaço no mercado externo quando investimos em diferenciação."
Fonte: Folha de São Paulo – 01-09
Vendas de loja crescem 25% após reformulação da vitrine
A vitrine de uma loja tem a função de seduzir e fazer o consumidor entrar e comprar. Oitenta por cento da decisão de compra do cliente ocorre na vitrine, que é, portanto, o primeiro e mais importante instrumento de venda do estabelecimento. Com técnica e criatividade, é possível montar uma boa vitrine sem gastar muito. Entre as alternativas estão elevar o piso, usar iluminação focada de LED amarela, prender suportes no teto para pendurar objetos, criar ambientes temáticos e trocar os produtos a cada 15 dias.
Na capital paulista, uma loja de roupas infantis é um exemplo de que uma vitrine bem planejada pode ser uma estratégia de venda. Até março deste ano, a vitrine da Piks era mal iluminada, sem graça, com objetos expostos na horizontal. Quando a loja reformulou o espaço, as vendas aumentaram em torno de 25% de imediato. A vitrine foi refeita pelo visual merchandiser Ará Candio, que dividiu o espaço por seções, usou displays de madeira pendurados e brincou com manequins flexíveis, de pano, além de enfeitar com balões e brinquedos coloridos. O especialista faz 12 consultorias e fatura R$ 30 mil por mês.
No Brás, no centro de São Paulo, um shopping atacadista de moda considera as vitrines tão importantes que contratou um visual merchandiser só para checar a qualidade de cada uma delas nas diferentes lojas do estabelecimento. Para a consultora de mercado Heloísa Omine, é possível utilizar vários recursos para valorizar a vitrine, como fotos, molduras, luzes de neon, telões ou cascatas. De acordo com ela, não é preciso gastar muito, o segredo é usar a criatividade e misturar materiais simples como papel, plástico e madeira, compondo cenários na vitrine. E o retorno é imediato.
Fonte: Portal Varejista – 01-09
Criação de novas empresas cresce 14,5%, diz Serasa
Em julho, foram criados 170.952 empreendimentos no país, alta de 14,5% ante junho. Segundo o Indicador Serasa Experian de Nascimento de Empresas, o resultado é o segundo maior para meses de julho desde 2010, ficando atrás apenas do registrado no mesmo mês do ano passado, quando surgiram 179.148 firmas.
No acumulado dos sete primeiros meses do ano, o total de novos empreendimentos atingiu 1,115 milhão, elevação de 2,9% na comparação com igual período de 2013. Nesta base comparativa, o resultado é o maior da séria histórica do indicador, com início em 2010.
Na análise dos dados por segmento, os Microempreendedores Individuais (MEIs) foram os principais responsáveis pela criação de novas empresas, com 123.069. Segundo a Serasa, na margem, "a alta de 12,4% denota recuperação do setor, que havia apresentado queda de 5,2% em junho em relação a maio". As Sociedades Limitadas figuram em segundo lugar, responsáveis pelo surgimento de 21.688 companhias, número 21,9% maior que em junho.
Em julho, o número de novas Empresas Individuais foi de 17.338 (alta de 17,5%) e o de novas empresas de outras naturezas chegou a 8.857 (alta de 21,5%). "A crescente formalização dos negócios no Brasil pode ser responsável pelo aumento constante dos MEIs, registrado desde o início da série histórica do indicador", diz a Serasa Experian, em nota.
A instituição destaca que essa modalidade passou de quase metade do total de novos empreendimentos (44,5%, em 2010) para 72,3% no último levantamento.
Fonte: Portal Gouvêa de Souza – 01-09
galeria de imagens
destaques
-
Carnaval 2025: Sindilojas de Florianópolis e Região orienta sobre o funcionamento do comércio
Por Assessoria Sindilojas em 20.02.2025
-
CDL Florianópolis promove o primeiro encontro do Papo Inova no Centro
Por Marketing CDL em 11.02.2025
-
CDL Florianópolis apresenta projeto-piloto para otimizar a coleta de lixo no Centro com carro coletor motorizado elétrico
Por Assessoria CDL em 28.01.2025