Clipping Diário - 01/08/2014
Publicado em 01/08/2014
Clipping Diário - 01/08/2014
Julgamento define se IPTU terá aumento
Depois de seis meses, a discussão a respeito dos novos valores do Imposto Territorial e Predial Urbano de Florianópolis será retomada. Na próxima quarta-feira, o Tribunal de Justiça (TJ) julga o mérito do processo iniciado em janeiro deste ano por 11 entidades de classes e empresariais, questionando a constitucionalidade da lei municipal que estabelece os novos valores.
Tribunal de Justiça julga na quarta-feira o processo sobre o aumento do imposto em Florianópolis e ressuscita a discussão iniciada há seis meses entre prefeitura e 11 entidades de classes
Uma liminar no TJ, confirmada pelo Supremo Tribunal Federal, mantinha a suspensão da lei. Agora, o julgamento vai definir se a prefeitura poderá aplicar os novos valores. Em reunião com as entidades ontem pela manhã, o prefeito Cesar Souza Junior afirmou que, se sair vitoriosa, a prefeitura aplicará o reajuste apenas aos carnês de 2015.
O procurador-geral do Município, Alessandro Abreu, informa que vai incluir no memorial a observação feita pelo prefeito. O objetivo é evitar, caso o TJ mantenha a validade da lei, que a prefeitura tenha de aprovar na Câmara de Vereadores um projeto para evitar a cobrança suplementar do imposto, pois se trataria de renúncia fiscal.
Prefeitura diz que valores estão desatualizados desde 1997
Segundo a prefeitura, a Planta Genérica de Valores (PGV) não é atualizada desde 1997 e o reajuste médio ficaria em 43,12%, sendo 27,03% aos imóveis residenciais. O advogado das entidades, Diogo Pítsica, afirma que há casos de 1.500% de reajuste, como nos bairros Santa Mônica e Estreito. Também sustenta que houve discrepância na revisão da PGV e que os aumentos não acompanham os reajustes salariais tidos pelos contribuintes no período. Outra contestação é de que a prefeitura não teria ouvido a comissão instituída por lei municipal para revisar a planta, nem promoveu audiência pública.
– Entidade nenhuma é contra a atualização da PGV. O que elas buscam é que o processo seja feito dentro da formalidade correta, com audiência pública e respeito à capacidade contributiva – defende Pítsica.
A lei municipal previa reajustes para o Imposto de Transmissão de Bens Imóveis Inter-vivos (ITBI), aplicado na transferência de imóveis, cuja alíquota passaria de 2% para 3%. No memorial entregue ao TJ, a prefeitura argumenta que, caso a lei se torne inconstitucional, haverá prejuízo de R$ 117 milhões aos cofres municipais devido à defasagem.
Fonte: Diário Catarinense – Economia – 01-08
REAJUSTE VOLTA À TONA
“Se a gente sair vitorioso, a lei só deve ser aplicada em 2015”
O procurador-geral do município, Alessandro Abreu, garante que, mesmo que o Tribunal de Justiça mantenha a validade da lei que reajusta o IPTU, não haverá cobrança retroativa nem suplementar.
Diário Catarinense – Se a lei for mantida, terá cobrança retroativa?
Alessandro Abreu – Não. Se o município sair vitorioso, o que é a tendência, a gente pede para que tenha uma modulação na própria decisão dizendo que a lei só deve ser aplicada a partir do próximo ano, justamente porque a prefeitura não tem a intenção de emitir carnê suplementar, porque as pessoas já pagaram o IPTU, já se programaram para suas dívidas até o final do ano.
DC – Se a lei for considerada inconstitucional, seria formulada uma nova com outra base de valores?
Abreu – Como não vai se aplicar nesse ano, teria que se verificar qual foi a causa que se entendeu da inconstitucionalidade e fazer nova lei. A gente nem cogita essa ideia.
DC – Com a aprovação do Plano Diretor e se for mantida a lei, haverá nova revisão de valores?
Abreu – A revisão já está adequada ao novo Plano Diretor. Tanto que a prefeitura disponibilizou neste ano para que as pessoas pudessem ter acesso para ver o valor adequado ao novo plano.
Saiba mais
CONTESTAÇÃO
- Entidades declaram inconstitucional seis artigos da lei 480/2013. Entidades consideram que faltou:
- Transparência a prefeitura não teria submetido a tabela de valores à Comissão de Análise da Planta Genérica, formado por lei pelas entidades e pela prefeitura. Também não houve audiência pública
- Capacidade financeira – não respeitaria a reposição salarial, de preços e inflacionária que os contribuintes tiveram no período
- Proporcionalidade – a revisão dos valores teria seguido parâmetros diversos em cada região da cidade e estaria fora dos padrões de mercado
- Prudência fiscal – não foi feito estudo de impacto financeiro para verificar o resultado com as diversas isenções da nova lei.
O PROCESSO
- Será julgado quarta-feira pelo órgão especial do Tribunal de Justiça, formado por 25 desembargadores
- Pelo menos 17 desembargadores devem comparecer para declarar a inconstitucionalidade da lei
- A sentença só será proferida se tiver maioria absoluta dos votos: pelo menos 13 desembargadores votarem pelo sim ou pelo não.
Fonte: Diário Catarinense – Economia – 01-08
Diálogo...
Foi considerada amistosa e construtiva a reunião convocada pelo prefeito de Florianópolis, Cesar Souza Junior (PSD), com os dirigentes de 15 entidades da Capital. Na pauta o travamento da máquina na prefeitura por confusa situação do novo Plano Diretor e a necessidade de mudanças para liberação de consultas, alvarás de construção e renovação de alvarás.
... E o IPTU
É a primeira vez que o prefeito convida as entidades para uma conversa franca. As relações ficaram estremecidas desde o projeto de violento reajuste do IPTU, suspenso por liminar da Justiça. Cesar Junior informou que se a liminar for revogada ele não executará o aumento do imposto. Neste caso, iniciará entendimentos com os contribuintes.
Fonte: Diário Catarinense – Moacir Pereira – 01-08
Caixa-forte
Advogado que leu atentamente a polêmica ação da Lagoa da Conceição conta que a decisão da Justiça Federal atinge parcela importante do PIB da Ilha de Santa Catarina. A lista das propriedades está nas mãos da Superintendência de Patrimônio da União. Mas o surpreendente, diz ele, é que em nenhum momento se fala em demolição. Apenas que se liberem os acessos à lagoa, impedidos por conta das construções particulares. Simples assim!
Fonte: Diário Catarinense – Visor – 01-08
Copa atrapalhou comércio
Os empresários dos setores de serviços e comércio deram indicações de que a Copa do Mundo atrapalhou mais a atividade em julho do que em junho. O evento esportivo contribuiu para enfraquecer a demanda e espalhou a percepção de um mês ruim, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV).
As expectativas até apontam para uma melhora após o Mundial, mas não chegam a sinalizar aceleração da economia. O Índice de Confiança de Serviços (ICS) recuou 0,6% em julho contra junho, como resultado de uma piora sensível na percepção atual e melhora expressiva nas expectativas. Já o Índice de Confiança do Comércio (Icom), que ainda não tem série com ajuste sazonal, caiu 6,3% no trimestre encerrado em julho na comparação com igual período do ano passado, fruto da mesma combinação de pessimismo sobre o momento corrente e otimismo com o futuro. Ambos foram divulgados nesta quinta-feira, 31, pela FGV.
Fonte: A Notícia – Economia – 01-08
AVAL
O governo do Estado encaminhou à Assembleia Legislativa de Santa Catarina projeto de lei que amplia o acesso ao crédito e estimula a educação financeira de empresários de pequenos negócios e profissionais autônomos por meio da criação de programa de microfinanças, a ser operacionalizado pelo Badesc com criação de fundo de aval. O teto do valor a ser financiado é de R$ 20 mil.
Fonte: A Notícia – Claudio Loetz – 01-08
Pesquisa indica que Copa prejudicou varejo e serviços
Os empresários dos setores de serviços e comércio deram indicações de que a Copa do Mundo atrapalhou mais a atividade em julho do que em junho. O evento esportivo contribuiu para enfraquecer a demanda e espalhou a percepção de um mês ruim, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV).
As expectativas até apontam para uma melhora após o Mundial, mas não chegam a sinalizar aceleração da economia. O Índice de Confiança de Serviços (ICS) recuou 0,6% em julho em comparação a junho, como resultado de uma piora sensível na percepção atual e melhora expressiva nas expectativas.
Já o Índice de Confiança do Comércio (Icom) caiu 6,3% no trimestre na comparação com igual período do ano passado, fruto da mesma combinação de pessimismo sobre o momento corrente e otimismo com o futuro. Os dois índices foram divulgados ontem pela FGV.
A visão de que julho foi pior ganhou força à medida que o envolvimento da população e a expectativa de tudo dar errado na Copa foi se afastando. Ao mesmo tempo, os empresários sentiram os impactos do menor ritmo de trabalho e do calendário com menos dias úteis, explicou o economista Silvio Sales, consultor da FGV e responsável pela Sondagem de Serviços.
A avaliação da demanda foi a que mais afundou. Em julho, 34,4% das empresas apontaram a procura por serviços como fraca, em comparação a uma fatia de 27,6% no mês anterior.
"O contexto continua desfavorável, mas o aprofundamento da queda dos níveis de confiança nos últimos três meses deve ficar para trás, ao menos deve estabilizar", disse Sales.
Comércio. No comércio, a análise é semelhante. A desaceleração da atividade foi decorrente da menor quantidade de dias úteis, mas a tendência é que a demanda retome seu patamar habitual. No setor de veículos, muito prejudicado pelas paralisações do comércio durante a Copa, o otimismo com os próximos meses ficou mais evidente. Embora a confiança esteja em patamar baixo, a expectativa é que as vendas em agosto e setembro sejam melhores que no primeiro semestre.
Apesar das sinalizações positivas para os próximos meses, nenhuma das atividades mostrou maior propensão em contratar, o que reforça o cenário de baixa geração de vagas em 2014, na avaliação da FGV.
"Não esperamos aceleração no terceiro e no quarto trimestre em termos de vendas", diz o superintendente adjunto de Ciclos Econômicos da FGV, Aloisio Campelo.
Consumidor. Os consumidores não estão mais tão pessimistas com a situação da inflação, do emprego e da renda. É o que aponta o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec), da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Parte dos consumidores deixou de esperar piora e prevê estabilidade nos próximos seis meses. O Inec alcançou 109,5 pontos em julho, aumento de 3% na comparação com os 106,3 pontos de junho.
Fonte: O Estado de São Paulo – 01-08
Economia brasileira desafiará empresas em 2015, diz Moody's
O desafiador ambiente macroeconômico do Brasil continuará a representar riscos para as empresas do país até pelo menos meados de 2015, afirma a agência de classificação de risco Moody's, em relatório divulgado nesta quinta-feira (31).
"As companhias de proteína brasileiras continuarão a desfrutar de altas exportações e preços favoráveis por conta da moeda fraca do Brasil. Mas a desaceleração da economia do Brasil vai se traduzir em desempenhos fracos para companhias dos setores de construção de moradias e de transporte e logística em 2014-2015", disse a Moody's.
Segundo a agência, o real fraco beneficia exportadores de carne como BRF, Minerva, Marfrig, JBS, cujos produtos continuarão a ser competitivos nos mercados globais baseados no dólar.
Já os segmentos de açúcar e etanol, e transporte e logística, enfrentarão condições difíceis até pelo menos metade de 2015, pelo clima desfavorável, oferta limitada de cana e controle do governo sobre os preços da gasolina.
"A exposição da Tegma à fraca indústria automotiva do Brasil vai enfraquecer seu fluxo de caixa, e a companhia aérea Gol ainda enfrenta alta alavancagem e hedge limitado contra uma desvalorização significativa do real", disse a Moody's.
Já as empresas de mineração e produtoras de aço enfrentarão preços menores e demanda fraca. "A Vale está bem posicionada para tolerar preços menores de minério de ferro e a produção mais baixa de aço pela China até pelo menos meados de 2015, por causa de seu baixo custo estrutural", disse a Moody's.
A agência acrescentou que Gerdau, CSN e Usiminas têm liquidez adequada até metade de 2015, mas experimentarão competição das importações, possível racionamento de energia no país e sobrecapacidade de produção de aço persistente no mundo.
Além disso, os altos investimentos e limites do governo ao preço da gasolina deverão pressionar o fluxo de caixa da Petrobras, segundo a agência.
A Moody's acrescenta que o programa brasileiro de investimento em infraestrutura, de US$ 246 bilhões, beneficiará as maiores construtoras, como Odebrecht e Andrade Gutierrez.
"A economia apresenta dificuldades com o declínio gradual do consumo, desaceleração do investimento e deterioração da confiança do investidor. O consumo e a disponibilidade de crédito perderam fôlego, à medida que o endividamento das famílias e a inflação deixaram os consumidores menos inclinados a gastar", disse Barbara Mattos, vice presidente e analista sênior da Moody's. A Moody's espera que o PIB do Brasil cresça 1,3% em 2014 e 1,5% em 2015.
RACIONAMENTO
Na avaliação da agência, pouca chuva e clima quente no país ainda podem ser um elemento de peso adicional sobre a já fraca produção industrial brasileira.
O cenário climático elevou o risco de racionamento de energia no país, segundo a Moody's, em decorrência do baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas e comprometimento da geração de energia elétrica.
"Uma redução obrigatória eventual no consumo de energia elétrica reduziria a produção industrial e, portanto, as receitas, e os preços mais elevados de eletricidade aumentariam os custos e pressionariam as margens", afirmou a agência no relatório.
Fonte: O Estado de São Paulo – 31-07
Lucro líquido ajustado da Magazine Luiza mais que dobra no 2ª trimestre
A Magazine Luiza enxerga o segundo semestre do ano como desafiador mesmo depois de ter dobrado o lucro líquido entre abril e junho, na comparação anual, impulsionada por um avanço das vendas no período.
O lucro líquido ajustado foi R$ 26,6 milhões no segundo trimestre, alta de 130,6% ante os R$ 11,5 milhões obtidos um ano antes. Já o lucro líquido sofreu redução de 51,3%, de R$ 54,7 milhões para R$ 26,6 milhões.
A diferença entre ambos se dá em virtude do resultado operacional extraordinário, que reduziu em R$ 65,3 milhões o lucro líquido da companhia no 2º trimestre de 2014. O resultado só não foi negativo devido a outros resultados extraordinários, positivos, que somaram R$ 22,2 milhões.
No período, a receita líquida cresceu 28,5%, a R$ 2,34 bilhões, informou a varejista nesta quinta-feira (31). As vendas mesmas lojas (abertas há mais de 12 meses) cresceram 24,5%, ante um avanço de 9,3% um ano antes.
O avanço, segundo a empresa, é reflexo do aumento das vendas em todos os canais, "com destaque para a região Nordeste e a operação do e-commerce, que continuam crescendo acima da média", afirmou a companhia em seu relatório de resultados.
SEGUNDO SEMESTRE
Para o segundo semestre, a Magazine Luiza cita que a base de comparação é mais difícil e que o cenário macroeconômico continua desafiador.
"O segundo semestre do ano passado foi muito bom, melhor que o primeiro. Vamos agora comparar o segundo semestre de 2014 com o de 2013", disse o presidente-executivo da companhia, Marcelo Silva.
A Magazine Luiz afirma estar confiante "em sua capacidade de superar os resultados obtidos até agora, pois além das sinergias do processo de integração das redes adquiridas (Maia e Baú), a rentabilidade da operação como um todo está evoluindo a cada trimestre de forma consistente, gradual e positiva".
Segundo Silva, o desempenho no segundo semestre dependerá do do humor do mercado. Os resultados entre janeiro e junho deste ano foram uma continuidade da segunda metade do ano passado, acrescentou.
O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 133 milhões no período, um crescimento de 40,3%, na mesma base de comparação.
Magazine Luiza/2014
Faturamento R$ 2,7 bilhões
Lucro líquido R$ 26,6 milhões
Número de funcionários 24 mil
Dívida de longo prazo R$ 1,1 bilhão
Principais concorrentes Máquina de Vendas (Insinuante e Ricardo Eletro), Via Varejo (Casas Bahia e Ponto Frio)
Fonte: Folha de São Paulo – 31-07
Meta fiscal de 1,9% do PIB está mais distante, diz BC
Para o Banco Central (BC), o cumprimento da meta de superávit fiscal de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2014 está mais distante e mais difícil, após o governo acumular déficit primário de R$ 13 bilhões entre maio e junho. No entanto, isso não quer dizer que o resultado não possa ser alcançado, disse o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Túlio Maciel. "O Tesouro trabalha nesse sentido", afirmou.
Após um déficit de R$ 11 bilhões em maio, o setor público consolidado registrou déficit de R$ 2,1 bilhões em junho, pior resultado para o mês na série iniciada em 2001. Em 12 meses, o esforço fiscal representou 1,36% do Produto Interno Bruto (PIB), menor desde outubro de 2009, quando estava em 0,97%. No acumulado do primeiro semestre, o superávit é de R$ 29,380 bilhões, o menor registrado na série histórica. A meta é de R$ 99 bilhões.
Mesmo assim, o BC ainda não tem elementos suficientes para alterar a avaliação sobre a variável fiscal dentro de seus modelos. De acordo com Maciel, o BC trabalha com o conceito de superávit primário estrutural - que desconta receitas não recorrentes e considera parâmetros como PIB potencial. A partir dessa métrica a autoridade monetária calcula o impulso fiscal, que é a variação do superávit estrutural no tempo. Ele pode ser positivo, negativo ou neutro.
Segundo Maciel, o resultado atual é que o impulso fiscal é próximo a zero, ou seja, caminha para a neutralidade. "Nesse sentido, o BC vem mencionando que o indicador fiscal caminha para a neutralidade e os resultados na margem não têm alterado isso", disse ele, lembrando que ata do Comitê de Política Monetária (Copom) de julho reafirmou a percepção de que o impulso fiscal converge para a neutralidade no horizonte relevante para a política monetária.
Menor esforço fiscal, aliado a maior conta de juros, resulta em elevado déficit nominal. No semestre, o déficit no conceito nominal soma R$ 90,866 bilhões, contra R$ 65,935 bilhões registrados em igual período do ano passado. Em 12 meses, esse déficit equivale a 3,63% do PIB, e a conta de juros consome o equivalente a 5% do PIB. A conta de juros não está ainda maior, porque o BC tem feito um dinheiro extra com as operações de swap, que equivalem à venda de dólar no mercado futuro.
Com a perda de força do dólar, o BC embolsou no ano R$ 20,174 bilhões. Em junho, essas operações renderam R$ 3,387 bilhões. Por outro lado, quanto maior a queda de valor da moeda americana, menor o valor das reservas internacionais quando convertidas para real. Assim, a dívida líquida em relação ao PIB sobe. Em junho, a dívida líquida do setor público atingiu 34,9% do PIB, contra 34,6% em maio e 33,6% no fim de 2013. Para julho, o BC estima um retorno da relação para 34,6%.
A dívida bruta também subiu na passagem de maio para junho de 58% para 58,5% do PIB. O BC esperava um recuo para 57,8%. A projeção para julho é de 58,3%.
De acordo com Maciel existe a possibilidade de os Estados e municípios darem uma contribuição maior para o superávit primário do setor público em 2014. "O superávit esperado para 2014 é R$ 18 bilhões e eles já cumpriram R$ 15 bilhões", disse.
No entanto, disse Maciel, é bom considerar que uma parte relevante do esforço fiscal dos Estados e municípios costuma ocorrer no primeiro semestre, reflexo das receitas de tributos como IPTU e IPVA. Em junho, Estados, municípios e suas respectivas companhias estatais apresentaram superávit primário de R$ 447 milhões.
Fonte: Valor Econômico – 01-08
Inadimplência tem leve alta nos bancos
Balanços divulgados ontem por Bradesco e Santander, dois dos principais bancos de varejo do país, deram sinais de que os credores atrasaram mais o pagamento de suas dívidas, mas sem que isso fosse suficiente para arranhar o lucro das instituições.
Executivos de ambos os bancos são insistentes em negar, mas analistas começam a se questionar se o movimento já não marca uma deterioração do índice de inadimplência. Pelas projeções que vinham sendo traçadas até agora, o nível de calotes só começaria a mostrar uma piora no fim deste ano.
O Santander mostrou a maior piora nos pagamentos em atraso acima de 90 dias. O indicador ficou em 4,1%, com alta de 0,3 ponto percentual em relação a março. Esse foi o segundo trimestre consecutivo de piora do índice de inadimplência do banco.
Para Jesús Zabalza, presidente do Santander Brasil, o movimento não representa uma tendência. "Nossa ideia para os próximos trimestres é que a inadimplência fique estável ou com uma leve queda, mas não muito importante", disse o executivo ontem, durante teleconferência com jornalistas.
No Bradesco, a taxa de atrasos acima de 90 dias fechou junho em 3,5%, valor 0,1 ponto percentual maior na comparação com março. Apesar de sútil, é a primeira elevação do indicador dos últimos dois anos.
Todos os tipos de tomadores de empréstimos atrasaram os pagamentos, de consumidores a empresas de diversos portes. "A tendência da qualidade de crédito visivelmente enfraqueceu", afirma o Goldman Sachs em relatório. Para o Credit Suisse, há uma "esperada elevação nas provisões" nos próximos trimestres.
Para Luiz Carlos Trabuco, presidente do Bradesco, o avanço no trimestre não reflete uma deterioração da qualidade dos ativos. "Não existe nenhuma tendência de a inadimplência mudar de patamar. Não há um ciclo de esgotamento da capacidade de pagamento [dos tomadores]", afirmou o executivo durante entrevista a jornalistas.
O principal argumento de Bradesco e Santander para espantar o temor de uma piora nos atrasos é que o indicador antecedente de inadimplência aponta queda em ambos os bancos.
O índice de atrasos de 15 a 90 dias no Santander fechou junho em 5%, com uma redução de 0,3 ponto percentual na comparação trimestral. No Bradesco, o recuo foi de 0,2 ponto percentual, para 4,1%.
Dados do Banco Central mostram que a inadimplência do sistema financeiro ficou em 3% em junho, estável ante março, depois de ensaiar uma alta em maio.
Entre os economistas e analistas, os números não são suficientes para dirimir preocupações de que os atrasos podem se intensifica nos bancos. "Não achamos que os riscos de uma inadimplência maior em 2015 aliviaram completamente só pelos dados melhores de julho", afirmou o BTG Pactual em relatório.
Para os analistas, se a inadimplência voltar a subir, desta vez os bancos brasileiros terão menos munição para contorná-la. Isso porque alternativas como migração para créditos com mais garantia, corte de custos e reforço dos modelos de análise de risco já foram feitos. "Assim sendo, acreditamos que um aumento potencial dos créditos inadimplentes no cenário atual pode ter impactos importantes em resultados, ainda que a deterioração não seja tão dura quanto em ciclos anteriores"
Nem de longe, por enquanto, o crescimento do número de maus pagadores chegou a afetar a última linha do balanço dos bancos na comparação anual. Os resultado de Santander e Bradesco superaram a expectativa de analistas.
Fonte: Valor Econômico – 01-08
Prêmio reconhece iniciativas de empreendedoras
Inscrições para o Prêmio Sebrae Mulher de Negócios vão até 10 de agosto
As inscrições para o Prêmio Sebrae Mulher de Negócios, que reconhece as melhores iniciativas do público feminino no empreendedorismo brasileiro, encerram no dia 10 de agosto. A iniciativa tem como objetivo identificar, selecionar e premiar os relatos de vida de empreendedoras de todo o país, as quais transformaram seus sonhos em realidade e cuja história de vida é exemplo para outras que têm o mesmo sonho. Para concorrer, é necessário ter mais de 18 anos. Formado por duas etapas (estadual e nacional), o prêmio é dividido nas categorias Microempreendedora individual, produtora rural e pequenos negócios.
Na etapa estadual, podem ser reconhecidas até três empreendedoras (uma por categoria) de cada Estado e três do Distrito Federal. As unidades do Sebrae oferecerão para as vencedoras a seguinte premiação: uma placa/troféu de reconhecimento; certificado de premiação; direito ao uso do selo de vencedora, explicitando o ciclo; e um curso da matriz de soluções educacionais e/ou dezesseis horas técnicas de consultoria em gestão.
Dados revelados pelo Sebrae, a partir da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), mostram que 52% dos novos empreendedores – aqueles com menos de três anos e meio de atividade – são mulheres.
O coordenador regional do Sebrae no oeste de Santa Catarina, Enio Albérto Parmeggiani, acredita que o resultado está relacionado à criação do Supersimples que reduziu os impostos e unificou oito tributos em um único boleto, o aumento da escolaridade e o incentivo à formalização dos pequenos negócios por meio do Microempreendedor individual. “Além disso, as mulheres são determinadas, investem em qualificação, buscam acesso às informações e identificam oportunidades de mercado”.
A iniciativa é uma parceria entre Sebrae; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM); Federação das Associações de Mulheres de Negócios e Profissionais do Brasil (BPW); e Fundação Nacional da Qualidade (FNQ). As inscrições podem ser feitas pelo site www.mulherdenegocios.sebrae.com.br ou nas unidades do Sebrae. No oeste e extremo oeste, as inscrições podem ser feitas nas coordenadorias regionais do Sebrae em Chapecó (49 3330 2800) ou em São Miguel do Oeste (49 3631-2100).
Fonte: Valor Econômico – 31-07
Taxa de desemprego se mantém estável em junho
Pesquisa divulgada nesta quarta-feira pelo Dieese mostra panorama de emprego e desemprego
As informações da Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED mostram que, em junho, o total de desempregados no conjunto das seis regiões onde a pesquisa é realizada foi em 2.253 mil pessoas, 14 mil a menos do que no mês anterior. A taxa de desemprego total manteve-se relativamente estável, ao passar 10,9%, em maio, para os atuais 10,8%. Segundo suas componentes, a taxa de desemprego aberto variou de 8,8% para 8,7% e a de desemprego oculto manteve-se estável em 2,1%. A taxa de participação participação praticamente não variou ao passar de 59,6% para 59,5%, no período em análise.
Em junho, o nível de ocupação permaneceu em relativa estabilidade (0,1%). A criação de 25 mil postos de trabalho, número superior ao de pessoas que ingressaram na força de trabalho (11 mil), resultou na redução do contingente de desempregados em 14 mil pessoas. O total de ocupados foi estimado em 18.582 mil pessoas e a População Economiamente Ativa – PEA, em 20.835 mil.
A taxa de desemprego total diminuiu em Porto Alegre e Belo Horizonte, aumentou em Salvador e permaneceu relativamente estável em Fortaleza, São Paulo e Recife.
O nível de ocupação cresceu em Fortaleza (1,4%), Belo Horizonte (0,9%) e Recife (0,4%), reduziu-se em Salvador (0,6%) e permaneceu em relativa estabilidade em Porto Alegre (-0,1%) e São Pailo (-0,1%).
Segundo os setores de atividade econômica analisados, no conjunto das regiões, o nível ocupacional elevou-se nos Serviços (criação de 34 mil postos de trabalho, ou 0,3%) e na Indústria de Transformação (29 mil, ou 1,1%), retraiu-se no Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas (eliminação de 41 mil postos de trabalho, oi -1,2%) e não variou na Construção.
Por posição na ocupação, o número de assalariados aumentou em 0,4%. No setor privado, ampliou-se o assalariamento com carteira de trabalho assinada (0,4%) e ficou estável o sem carteira. Elevou-se o contingente de autônomos (0,7%) e reduziram-se o dos classificados nas demais posições (-2,8%) e o de empregados domésticos (-0,3%).
Em maio de 2014, no conjunto das regiões pesquisadas, diminuíram os rendimentos médios reais dos ocupados (-0,9%) e dos assalariados (-1,2%), que passaram a equivaler a R$1.725 e R$1.728, respectivamente.
O rendimento médio real dos ocupados cresceu em Fortaleza (3,8%, passando a equivaler a R$1.205), Recife (1,6%, R$1.235) e Salvador (0,8% R$1.222) e reduziu-se em São Paulo (-1,7%, R$1.907), Porto Alegre (-1,1%, R$1.842) e Belo Horizonte (-0,9%, ou R$1.944).
Em maio, no conjunto das regiões pesquisadas, diminuíram as massas de rendimentos reais dos ocupados (-1%) e assalariados (-1,6%). Esse resultado deveu-se, no caso dos ocupados, à diminuição do rendimento médio, uma vez que se manteve relativamente estável o nível de ocupação, e, no dos assalariados, aà redução do salário médio e do nível do emprego.
Comportamento em 12 meses
Entre junho de 2013 e de 2014, no conjunto das regiões pesquisadas, o níel de ocupação ampliou-se em 0,8%. A criação de 146 mil postos de trabalho, número ligeiramente inferior ao de pessoas que passaram a fazer parte da força de trabalho das regiões (151 mil), resultou na relativa estabilidade do contingente de desempregados (acréscimo de 5 mil pessoas). A taxa de participação variou de 59,8% para 59,5%, no período em análise.
Nos últimos 12 meses, o nível de ocupação cresceu em Salvador (4,4%), Fortaleza (2,8%), recife (1,9%) e São Paulo (0,8%) e reduzxiu-se em Porto Alegre (-2,7%) e Belo Horizonte (-1,2%).
Em termos setoriais, no conjunto das regiões pesquisadas, o nível de ocupação aumentou nos Serviços (criação de 198 mil postos de trabalho, ou 1,9%), na Construção (42 mil, ou 2,8%) e na Indústria de Transformação (24 mil, ou 0,9%) e retraiu-se no Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas (eliminação de 132 mil postos de trabalho ou -3,7%).
Segundo posição na ocupação, o número de assalariados ampliou-se em 1,4%. No segmento privado, cresceu o assalariamento com carteira de trabalho assinada (1,4%) e diminuiu o sem carteira (-1,7%). reduziaram-se os contingentes de autônomos (-2,1%) e de empregador domésticos (-1,4%) e elevou-se o daqueles classificados nas demais posições (4,8%).
No conjunto das regiões pesquisadas, na comparação com junho de 2013, a taxa de desemprego total manteve-se relatvamente estável, passando de 10,9% para os atuais 10,8%. Segundo suas compnentes, a taxa de desemprego aberto permaneceu em relativa estabilidade, ao passar de 8,6% para 8,7% e a de desemprego oculto oscilou de 2,3% para 2,1%.
Em relação a junho de 2013, a taxa de desemprego total aumentou em Belo Horizonte e Recife, diminuiu em Fortaleza, Porto Alegre e Salvador e não variou em São Paulo. Entre maio de 2013 e de 2014, no conjunto das seis regiões pesquisadas, elevaram-se os rendimentos médio reais de ocupados (3,5%) e assalariados (1%). Regionalmente, o rendimento dos ocupados cresceu em belo Horizonte (12,3$), Salvador (5,9%), Fortaleza (4,8%), São Paulo (2,7%) e Porto Alegre (0,9%) e reduziu-se em Recife (-2,5%).
Ainda na comparação com maio de 2013, no total das regiões pesquisadas, ampliaram-se as massas de rendimentos reais de ocupados (4,7%) e assalariados (3,1%), em ambos os casos, como resultado de aumentos do rendimento médio e do nível de ocupação.
Fonte: Valor Econômico – 31-07
Com bons salários nas grandes lojas e chance do negócio próprio, e-commerce cresce sem parar
Você, muito provavelmente, já fez alguma compra pela internet. E não é por acaso: trata-se de um mercado que não para de crescer, tendo faturado, só no Brasil, R$ 28,8 bilhões no ano passado. E, das 9,1 milhões de pessoas que compraram online em 2013, metade o fez pela primeira vez — ou seja, é mesmo um setor em franca expansão. Com qualquer tipo de formação, quem quiser beliscar uma fatia desse bolo virtual conta com diversos cursos de especialização.
— Todas as grandes lojas que têm um espaço físico, hoje, também estão na web, apresentando e vendendo seus produtos — explica o professor Leonardo Amato, do MBA em Administração de Marketing e Comunicação Empresarial da Universidade Veiga de Almeida (UVA).
Além das vagas nas maiores empresas, onde um profissional de e-commerce (expressão em inglês para comércio eletrônico) pode ganhar até R$ 20 mil por mês, quem se embrenha pela área também tem a chance de investir em um negócio próprio. É o caso, por exemplo, do carioca Vinicius Costa, de 33 anos, que estudou muito antes de abrir sua loja virtual de bebidas gourmet. O sucesso do empreendimento transformou-se em espaço físico, na Tijuca, e o Cerveja Social Clube comercializa hoje mais de 300 rótulos.
— Mesmo assim, o online segue tendo muita força, pois podemos entregar em locais onde os produtos do nosso catálogo normalmente não chegariam. Conhecer bem esse setor foi fundamental pra mim — assegura Vinicius.
Cursos, pós ou MBA
Não há, hoje, graduações específicas em e-commerce. O caminho para quem quer investir nessa carreira é buscar cursos de extensão, MBAs ou uma pós sobre o tema. Mas vale o alerta: é preciso ter um perfil compatível, além de se manter sempre atualizado.
Versatilidade
Para a professora Andrezza Carvalho, do Instituto de Gestão e Comunicação (IGC), o profissional da área precisa ser versátil. “É bom entender da tecnologia, de marketing, sobre comportamento do consumidor, de logística e estratégia”, enumera ela.
Remuneração alta
Em empresas menores, o salário de um especialista em e-commerce costuma ser mais baixo do que nas grandes lojas. Ainda assim, está acima da média de outros setores: a remuneração pode variar de R$ 3 mil a R$ 10 mil, além da participação nas vendas.
Fonte: Portal Varejista 01-08
Após euforia de consumo, brasileiro procura menos crédito e prefere poupar
Mais da metade (54%) dos que tiverem sobra no orçamento pretendem guardar o dinheiro em vez de gastar com alimentação ou lazer, revela pesquisa da Fecomércio-RJ.
De um ano para cá, o brasileiro tem se mostrado mais seletivo na hora de consumir. A quantidade de pessoas que contraíram crédito ou compras parceladas foi de 40,1% em maio, 6,7 pontos percentuais abaixo que no mesmo mês do ano passado, segundo estudo divulgado com exclusividade ao iG pela Fecomércio-RJ/Ipsos. Os dados antecipam as intenções de compra para os meses seguintes.
De acordo com o estudo, houve redução no uso do cartão de crédito de 37,4% para 34,5%, na mesma comparação entre períodos. A procura pelo crédito pessoal também recuou, de 14,8% para 13%. “Os dados concluem que o brasileiro tende a pisar no freio antes de fazer financiamentos nos próximos três meses após a pesquisa”, explica o economista da Fecomércio-RJ, Christian Travassos.
Enquanto isso, crescem desde fevereiro os financiamentos para quitar dívidas anteriores, apontou o estudo. A modalidade foi opção de 17,1% dos consumidores que contraíram crédito em maio – o maior nível do ano.
Para um terço das pessoas consultadas (33,3%), depois do pagamento de todas as dívidas, ainda vai sobrar alguma quantia do rendimento mensal. Mas para outros 45,8%, o orçamento familiar está no limite e as contas do mês vão fechar empatadas, no mesmo patamar de seus ganhos.
Já 18,3% afirmaram que faltaria dinheiro no fim do mês. Por outro lado, entre os que disseram encerrar o mês com sobra no orçamento, 54,4% pretendem guardar esse dinheiro, 20,3% disseram que vão gastar com alimentação e 8,7% responderam que gastarão com lazer.
Para Travassos, o comércio já tem sentido o resultado do esfriamento nas intenções de compras. Após três meses seguidos de queda, as vendas voltaram a subir 0,5% em maio, na comparação mensal, segundo os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado do ano, no entanto, a alta é de 5%.
Mas está bem abaixo do boom de alguns anos atrás: as vendas no varejo saltaram 10,9% em 2010, subiram 6,7% em 2012, aumentaram 8,4% no ano seguinte, e encerraram 2013 com alta de 4,3%.
“O comércio vinha crescendo acima da média da economia no ano passado, compensando o comportamento hesitante da indústria. Mas com esse esfriamento no consumo, não está mais conseguindo ajudar a economia, como no ano passado”, conclui o executivo da Fecomércio-RJ.
Pacote do BC pode ter efeito inócuo no consumo
Em socorro a uma possível estagnação no consumo e nos investimentos, o Banco Central (BC) anunciou na última sexta-feira (25) um pacote de medidas para ampliar a oferta de crédito no País – com um impacto estimado em R$ 30 bilhões.
Uma delas, por exemplo, permitirá que metade dos recursos que os bancos são obrigados a depositar como reserva no BC (compulsório) sejam usados para operações de crédito e compras de carteiras de pessoas físicas e jurídicas de outras instituições.
Na opinião do professor de finanças do IBEMC/RJ, Nelson de Souza, o pacote é uma tentativa de "fazer omelete sem quebrar os ovos". “O efeito da medida será muito pequeno. O problema hoje não é só de oferta de crédito, mas de confiabilidade”, explica.
Souza acrescenta que já há recursos suficientes para emprestar no mercado, mas os bancos têm receio de liberar os recursos para um consumidor já endividado, temeroso e incerto de sua capacidade de pagamento. Os possíveis efeitos do pacote do BC serão sentidos daqui a dois meses.
O resultado da maior disponibilidade de recursos será comparável a uma redução na taxa de juros (Selic), na visão do docente. Nas últimas duas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), o BC decidiu manter a taxa em 11%, após nove altas consecutivas.
“Seria possível dar uma contribuição mais efetiva se o governo reduzisse o IOF [Imposto sobre Operações Financeiras] cobrado sobre os financiamentos, o que tornaria o crédito mais barato ao consumidor”, opina o professor.
Fonte: Portal Varejista 01-08