Clipping Diário - 01/06/2015
Publicado em 01/06/2015
Clipping Diário - 01/06/2015
Fonte: Diário Catarinense - Estela Benetti – 01/06
Náutica
Sexta-feira o Centrosul abrigará dois eventos de peso ao mesmo tempo. Será o último dia do Floripa Prêt-à-Porter e o primeiro da Fimar – Feira Internacional de Tecnologia, Inovação e Design do Mar Itália-Brasil, que vai até domingo. Esta mostra terá 32 expositores italianos para fornecer sistemas ao dinâmico parque náutico de SC e do país. Uma das expositoras é a Riviera.
Fonte: Diário Catarinense - 01/06
Obras do PAC
Programas correm risco de serem engavetados na Capital
Em Florianópolis, o secretário municipal de Obras, Rafael Hahne, informa que nove projetos, aprovados em 2014 dentro do programa federal Pacto da Mobilidade e que juntos somam R$ 412 milhões, podem ser engavetados.
Os contratos para execução estavam para ser assinados ainda este ano, mas, de acordo com o secretário, podem não acontecer. Trata-se de corredores de ônibus no Continente, no Norte, Sul e Leste da Ilha, além de melhorias em ruas nos bairros Itacorubi, Trindade e Córrego Grande.
Por parte do governo estadual, no programa Pacto por Santa Catarina, segundo o secretário de Planejamento, Murilo Flores, há confirmação de que as obras na SC-403, no bairro Ingleses, em Florianópolis, com dinheiro do Ministério do Turismo, terão cortes de R$ 28 milhões. Os recursos serão repostos com sobras de outros projetos estaduais concluídos e financiados pelo Banco do Brasil. A obra tem custo de R$ 36,6 milhões
– Dialogamos com o Ministério do Turismo, que deu preferência para a construção do Centro de Eventos de Balneário Camboriú, orçada em R$ 55 milhões – explicou Flores.
Secretarias estaduais prioritárias também aguardam que as decisões em Brasília não afetem o andamento dos projetos já combinados. A Secretaria de Educação informa “ter a expectativa de que o governo cumpra o repasse de verbas para conclusão de obras já firmadas em relação ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE)”. Até o momento, já foram repassados R$ 12,6 milhões para a construção de 10 novas escolas.
Já a Secretaria de Saúde entende que projetos em andamento não serão afetados pelo contingenciamento federal.
“O temor é que possam vir a afetar ou prejudicar novos projetos, repasses ou negociações, mas ainda não se sabe se comprometerão realmente, quanto ou como” informou, em nota, a Secretaria de Saúde.
Fonte: G1 - 01/06
Começa em Florianópolis campanha para arrecadar 20 mil l de óleo usado
Objetivo é conscientizar população e bater novo recorde do Guinness Book. Para colaborar basta armazenar em garrafa pet e levar até ponto de coleta.
Começa nesta segunda-feira (1) uma campanha em Florianópolis para arrecadar e reciclar óleo vegetal usado. O objetivo do programa ReÓleo, da Associação Comercial e Industrial da Capital, é coletar 20 mil litros e superar a marca anterior, de 18.670 litros arrecadados em um mês, que colocou a cidade no Guinness Book.
Além de um novo recorde, a campanha busca estimular na população o hábito de descartar corretamente o óleo usado, em vez de despejá-lo na pia ou no solo, o que prejudica o meio ambiente.
A campanha vai até o dia 30 de junho. Para colaborar, basta armazenar o óleo usado em garrafas pet e entregar em um doa cerca de 200 pontos de arrecadação espalhados pela cidade. Os endereços podem ser consultados no site da associação.
Todo o óleo coletado - em residências, restaurantes, hotéis e escolas, por exemplo - será encaminhado a uma empresa para ser reciclado.
Gincana
Uma série de atividades estão programadas para estimular a população a colaborar – entre elas uma gincana entre escolas públicas e particulares já inscritas no programa. A unidade de ensino que mais contribuir receberá uma verba de R$ 3 mil para ações de educação ambiental.
Desde sua criação, em 1998, o projeto já arrecadou mais de 2,1 milhões de litros de óleo usado.
Fonte: Folha S.Paulo - 01/06
Governo atrasa repasses de verba para controle do Bolsa Família
Prefeituras e Estados em todo o país não receberam até agora nenhum repasse do governo federal relativo a 2015 para a gestão do Bolsa Família. Os atrasos comprometem a checagem da frequência de crianças nas escolas e postos de saúde e a atualização cadastral dos beneficiários.
Os repasses feitos neste ano, entre fevereiro e abril, referem-se a meses dos últimos trimestres de 2014. Embora as 14 milhões de famílias beneficiárias estejam com o recebimento em dia, os programas de acompanhamento nunca tinham sofrido atrasos dessa magnitude.
Em algumas prefeituras, que também sofrem com queda na receita, houve corte de funcionários ligados ao programa.
O Ministério do Desenvolvimento Social reconhece os atrasos e diz que a situação deve se normalizar assim que receber repasses do Tesouro Nacional.
Neste ano, a ação "Serviço de apoio à gestão descentralizada do programa Bolsa Família" tem previsão orçamentária de R$ 535 milhões. Segundo a ONG Contas Abertas, R$ 490,2 milhões chegaram a ser comprometidos para pagamento posterior. Mas nada foi transferido.
As prefeituras dizem que os atrasos afetam outros programas, como os Cras e Creas (centros de assistência social).
Em Santa Cruz do Capibaribe, no interior de Pernambuco, 30% da população de 100 mil habitantes é atendida pelo Bolsa Família. Segundo Alessandra Vieira, secretária de Cidadania e Inclusão Social, o governo envia cerca de R$ 30 mil por mês para administrar o programa. O último repasse ocorreu em março, referente a outubro de 2014.
Nas vizinhas Bezerros e São Joaquim do Monte, Amarinho Ribeiro, consultor da tesouraria nos dois municípios, afirma que os últimos repasses eram relativos a 2014, para acompanhamento do Bolsa Família e financiamento de Cras e Creas.
Prefeituras reclamam que o governo federal aumentou a carga de trabalho dos municípios, exigindo mais fiscalização e atualização do cadastro de beneficiários.
Segundo Fernando Josélio, gestor do Bolsa Família em Riacho das Almas, o ministério aumentou consideravelmente o total de famílias que devem ser averiguadas em 2015 para checar se continuam aptas ao programa.
"É mais trabalho com nenhuma verba nova", diz. Riacho das Almas deveria receber cerca de R$ 13 mil mensais para programas sociais. O último repasse, em fevereiro, referia-se a outubro.
A cidade, com 20 mil habitantes, tem cerca de 3.500 beneficiários do Bolsa Família e outras 6.000 cadastradas que podem ser elegíveis.
A revisão dos cadastros ocorre todos os anos e é dirigida aos beneficiários com dados desatualizados há mais de dois anos. O ministério envia a lista das famílias que precisam atualizar dados às prefeituras, responsáveis por organizar o processo. Assim, pode avaliar se o beneficiário ainda atende às condições para continuar no programa.
Outro lado
Procurado, o Ministério do Desenvolvimento Social afirmou que as definições relativas ao Orçamento de 2015 estão impactando o cronograma de repasses a Estados e prefeituras.
Os recursos "que apoiam a gestão descentralizada do Programa Bolsa Família e do Cadastro Único serão transferidos aos municípios assim que forem liberados pelo Tesouro", diz o ministério.
A pasta afirma que os atrasos não comprometem "a execução finalística do Bolsa Família, uma vez que os pagamentos às famílias ocorrem normalmente".
Em relação aos repasses aos fundos municipais de Assistência Social, diz que a parcela de recursos da União está garantida.
O ministério diz ter bloqueado o repasse para Estados e municípios que estavam com o dinheiro parado nas contas dos fundos.
Em abril, segundo a pasta, havia R$ 1,4 bilhão de saldo acumulado nos fundos municipais e 592 municípios estavam com dinheiro parado havia mais de um ano. Outros 1.020 tinham dinheiro parado há mais de seis meses.
Ainda segundo a pasta, todos os 7.511 Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e 2.240 Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas) do país contam com sua parcela de recursos federais para o funcionamento regular.
Fonte: Folha S.Paulo - 01/06
Consumidor paga mais por compra menor
Depois de trocar marcas caras pelas mais baratas para driblar a inflação, os consumidores decidiram cortar a quantidade de produtos do carrinho de compras. E, mesmo assim, a conta ficou mais salgada na hora de passar pelo caixa do supermercado.
Levantamento da consultoria Kantar Worldpanel mostra que as famílias reduziram em 8% o volume de bens não duráveis –alimentos, bebidas, produtos de higiene, beleza e limpeza– comprados no primeiro trimestre do ano frente a igual período de 2014.
Na hora de pagar a conta, porém, a compra mais modesta do início deste ano custou 1% a mais do que a de um ano atrás, que tinha um carrinho com uma quantidade maior de mercadorias.
"O problema é que esses produtos ficaram em média 9% mais caros no período. Ou seja, os consumidores teriam que ter cortado mais para conseguir realmente ter uma conta menor", explica Christine Pereira, diretora comercial da Kantar Worldpanel.
Moradora do Leblon, na zona sul do Rio, a empresária Denise Malta, 47, ilustra o comportamento desses consumidores. Com a economia ruim e custos crescentes, ela reviu os gastos e fala em racionalidade no consumo.
"Os preços subiram muito. Então estamos comprando aos poucos, um pouco de tudo, evitando desperdício em casa e focando sempre nos produtos mais essenciais", diz Denise, que vive com o marido e dois filhos.
Menos bebida
Os consumidores reduziram principalmente o consumo de bebidas –13% a menos. Entre os itens menos procurados estão leite de soja e suco congelado.
As outras categorias também perderam espaço, como alimentos (-5%), higiene e beleza (-4%) e limpeza (-4%).
"Em geral, a variedade de produtos não foi reduzida. O que aconteceu é que os produtos foram comprados em menor quantidade, há realmente uma racionalização", explica Christine, da Kantar.
Para chegar aos números, a consultoria britânica escaneia os produtos e a nota fiscal dos consumidores em 11.300 residências em todas as regiões brasileiras e de diferentes níveis sociais.
Além de preços salgados, consumidores repensam as compras num momento de piora do mercado de trabalho e do salário. A renda real caiu 2,8% na passagem de março para fevereiro, o pior resultado em 12 anos.
"O consumidor está inseguro com a recessão, com o orçamento limitado. Ele não quer aumentar o gasto. Então reduz as compras do que não é essencial" diz Fabio Bentes, da CNC (Confederação Nacional do Comércio).
Um indicador claro disso foi a queda de 1,5% no consumo das famílias no PIB no primeiro trimestre deste ano. Foi o pior resultado desde o quarto trimestre de 2008 e o principal responsável pela queda de 0,2% do PIB no primeiro trimestre do ano.
Perfil
Apesar do perfil diferente de consumo, as classes A, B e C se esforçaram para reduzir a quantidade de produtos comprados. O resultado foi o mesmo: levaram menos, pagando mais ou quase o mesmo valor.
As famílias de classe A e B cortaram 9% do volume de produtos comprados de janeiro a março, em comparação ao mesmo período do ano passado. O valor gasto caiu apenas 1% no período.
Esses consumidores reduziram a compra de produtos como lanche pronto, fraldas descartáveis, leite pasteurizado e suco congelado.
Para eles, a compra de bens não duráveis representa uma parcela relativamente pequena do orçamento: 19%. Os serviços são os que mais pesam no orçamento.
"Eles preservam serviços como colégio do filho, o curso de inglês, o plano de saúde", afirma o consultor Eugenio Foganholo, especialista em varejo da Mixxer.
É claro que não existe regra. Enquanto Denise economiza, outros gastam mais. Na quinta-feira (28), a empregada Maria José de Freitas fazia compras num supermercado do Leblon para o patrão. O carrinho estava cheio.
"Eu falei para ele que estava difícil fazer a compra da semana com R$ 250 e ele aumentou para R$ 300. Além disso tem a compra do mês, de R$ 1.200. Não cortamos nada", disse Maria José.
Realidade bem diferente da classe C, que cortou em média 10% do volume comprado. O valor gasto, porém, cresceu 1% de janeiro a março, em relação ao mesmo período do ano passado.
Para a nova classe média, bens não duráveis respondem por 29% do orçamento. Os produtos com maior queda na compra foram leite fermentado, produtos para barba, água de coco, chá pronto e leite pasteurizado.
As classes D e E, cuja cesta é composta de produtos mais essenciais, cortou menos o volume de produtos: 4%, segundo a pesquisa.
Assim, o gasto seguiu crescendo (5%) neste primeiro trimestre.
Fonte: O Globo - 01/06
Cunha propõe consulta popular sobre redução da maioridade penal
Referendo será incluído na proposta que deve ser votada em junho, segundo presidente da Câmara
Menos de 48 horas depois de a presidente Dilma Rousseff voltar a criticar a redução da maioridade penal, em um evento em São Paulo, o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciou ontem, em sua conta no Twitter, que vai votar a proposta de emenda constitucional no plenário da Casa ainda neste mês. Cunha também sugeriu que a medida passe por um referendo a ser feito junto com as eleições municipais de 2016. A consulta popular será incluída na proposta.
Com muitas críticas ao PT, que é contra a redução da punição dos crimes de menores infratores de 18 para 16 anos, Cunha criticou ainda a tentativa de anular a votação que aprovou a doação de empresas a partidos na campanha eleitoral na reforma política. Segundo Cunha, as críticas à forma como ele conduziu o processo não passam de “polêmica e choro”.
“O PT não quer a redução da maioridade e acha que todos têm de concordar com eles”, escreveu o deputado, acrescentando: “Tenho absoluta convicção de que a maioria da população é favorável. A Câmara não vai ficar refém dos que não querem que nada que os contrarie seja votado”.
O governo criticou a posição de Cunha. O ministro da Secretaria de Direitos Humanos, Pepe Vargas, classificou como um equívoco do deputado atribuir essa causa como exclusividade do PT:
— É um equívoco do presidente (Cunha) atribuir essa posição a um grupo do PT. Não me parece que o ex-presidente Fernando Henrique (PSDB) seja de algum grupo do PT. Não me parece que os bispos da CNBB sejam parte do PT. Essa é uma bandeira que ultrapassa partidos. Acreditamos ser muito mais eficiente ampliar a pena dos adultos que têm utilizado adolescentes para atuarem nos crimes. Esses jovens que cometeram infrações sairão dos presídios aliciados pelas facções — disse Pepe Vargas ao GLOBO.
FH, em sua última manifestação sobre o tema, em Comandatuba (BA), no mês de abril, disse que, com a redução da maioridade para 16 anos, “vão começar a usar criança de 15 (no crime), o bandido vai pegar criança de 15 anos para dizer que não é culpado. Não resolve”.
Pepe Vargas lembrou ainda que a presidente Dilma tem se manifestado de forma contrária à redução. Ele também se opõe à ideia de Cunha de ouvir a população num referendo.
— Não acho que seja matéria para ser submetida a um referendo. Se a tortura, por exemplo, for levada à população e eventualmente a posição majoritária for a favor, não significa que devemos adotá-la no Brasil — disse Pepe.
Para fazer frente à reação contrária do governo e dos partidos de esquerda, a estratégia de Cunha e dos aliados é incluir no texto da proposta de emenda a realização de referendo, a ser feito após sua aprovação pelo Congresso Nacional, junto com as eleições de 2016. Ou seja, a redução da maioridade só se concretizaria se a sociedade aprovasse. A proposta, endossada por Cunha, foi feita pelo líder do DEM, Mendonça Filho (PE).
— Essa votação vai envolver um embate político duro e severo. O barulho que a esquerda faz sobre esse tema é desproporcional. Podem tentar um terceiro turno da decisão do Congresso (recorrendo à Justiça). Então, bota logo o povo para decidir. A maior pressão para reduzir a idade vem da própria opinião pública — disse Mendonça.
Para o líder do DEM, o relator da proposta na comissão especial, Laerte Bessa (PR-DF), pode incluir a realização do referendo na emenda. Bessa é a favor da redução da maioridade penal, mas evita adiantar o teor de seu relatório, que será apresentado no próximo dia 8. Bessa disse ontem aprovar a ideia de um referendo.
— Excelente ideia, porque referendo é o povo avalizando. Isso é o uso da democracia e do direito do povo de se manifestar — afirmou.
Cunha anunciou a votação da PEC da maioridade quando reagia, no Twitter, à decisão de alguns parlamentares de ir ao Supremo Tribunal Federal (STF) para questionar votações realizadas na Casa. Ele não citou nomes, mas um de seus alvos foi o deputado Alessandro Molon (PT-RJ). Adversário de Cunha no estado do Rio, o petista é um dos principais articuladores no Congresso contra a redução da maioridade e é um dos parlamentares que assinam a ação para tentar anular a votação que permite a doação de empresas a partidos políticos. Ontem mesmo, Molon reagiu e sustentou que é uma estratégia de Cunha misturar um tema de maior apelo popular, como a maioridade penal, com o financiamento de campanha.
— Não adianta o presidente (Cunha) tentar mudar de assunto desviando o foco da sua manobra que violou a Constituição e garantiu o financiamento empresarial de campanhas. Vamos recorrer à Justiça quantas vezes forem necessárias para proteger a democracia. Quem não aceita resultado é quem refaz a votação até ganhar — rebateu Molon.
Quando a proposta foi votada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, o PMDB, maior partido da Casa, ficou dividido.
— De fato no PMDB há posições divergentes. No momento em que a matéria estiver em plenário para votar, nós vamos deliberar na bancada — afirmou o líder do partido, Leonardo Picciani (RJ), que pessoalmente é favorável à redução nos casos de crimes contra a vida.
Tema é controverso também EMA É CONTROVERSO TAMBÉM PARA ESTUDIOSOS
Entre estudiosos, o tema é controverso. Cláudio da Silva Leiria, promotor que atua em vara da infância no Rio Grande do Sul, é favorável à proposta de redução da maioridade penal por considerar os jovens suficientemente informados sobre o que é um ato ilícito:
— A redução é plenamente possível. Houve uma evolução. O jovem de hoje não é o mesmo de 40 anos atrás. Ele tem acesso à informação. Tem como compreender o caráter ilícito de sua atitude. Mas a questão está sendo tratada com sentimentalismo. O jovem pobre é vítima. Gostamos de falar de suas condições precárias, de sua vulnerabilidade social. Porém, nos últimos 30 anos, as condições sociais do país melhoraram. Mas nem por isso o crime diminuiu. Ao contrário, ele cresceu, especialmente os praticados por menores — avalia a promotor.
Já o criminalista José Carlos Tórtima, que é contra a redução, sustenta que o sistema penitenciário pode trazer efeitos ainda mais nocivos à vida dos menores infratores. Segundo ele, a medida não resolve as distorções sociais:
— Respeito o sobressalto da sociedade, mas não aceito que essa seja a saída. Não temos um sistema minimamente adequado para garantir a eficácia das medidas. A lei é para todos. Não vai escolher sistemas específicos para cada tipo de delito. Então, ficarão juntos o garoto que mata um ciclista a facadas na Lagoa e outro que apenas bateu uma carteira na Central do Brasil. E isso acabará destroçando pessoas que ainda têm chance de se recuperar. Além do mais, o filho do pobre, que esfaqueou, será sempre bandido, semente do mal, enquanto o menino de classe média que agrediu a empregada em casa será apenas um garoto problemático.
Fonte: Exame - 01/06
Brasil cai na lista dos emergentes com varejo mais atraente
O desânimo da economia brasileira levou, pelo segundo ano seguido, o Brasil a perder posições no ranking de 30 mercados em desenvolvimento com maior potencial para atrair investimentos estrangeiros para o varejo.
No ranking, elaborado pela consultoria americana A.T. Kearney, o País ficou neste ano no 8º lugar entre os mercados mais atraentes, três posições abaixo da lista de 2014.
A perda de atratividade do varejo brasileiro em relação a outros emergentes ocorre depois de o Brasil ter liderado entre 2011 e 2013, esse ranking, que agora tem a China no topo.
O Brasil que já foi o "queridinho" entre os mercados de consumo emergentes está hoje atrás de países com o Qatar, Mongólia e Geórgia.
"Lamentavelmente o Brasil perdeu atratividade entre os emergentes, mas esse resultado não foi uma surpresa", afirma Esteban Bowles, sócio da Prática de Bens de Consumo e Varejo da consultoria.
Ele atribui o fraco de desempenho do País a fatores conjunturais que afetaram o ritmo da economia.
Na sexta-feira, o IBGE divulgou que o PIB do primeiro trimestre caiu 0,2% em relação ao trimestre anterior, afetado principalmente pela retração no consumo das famílias, que encolheu 1,5% nas mesmas bases de comparação.
Para elaborar o ranking, a consultoria avaliou 25 variáveis de cada país, reunidas em quatro grupos: atratividade do mercado, risco econômico e político, saturação do mercado e em quanto tempo novos players estarão presentes na região.
O consultor diz que o Brasil teve desempenho ruim nos dois primeiros grupos de variáveis analisadas, mas conseguiu obter um resultado favorável em relação à saturação dos mercados e à baixa presença de players internacionais na região.
"O tamanho do mercado brasileiro continua sendo um fator importante de atração de investidores", diz Bowles.
Nas contas da consultoria, o varejo brasileiro movimentou em 2014 US$ 800 bilhões, uma cifra significativa, apesar do esfriamento da economia.
O consultor ressalta que setores de beleza, alimentação e material de construção continuam chamando a atenção de investidores.
Enquanto as turbulências no cenário macroeconômico fizeram o Brasil perder posições no ranking, na prática, a valorização do dólar em relação ao real funcionou como um chamariz para os investidores internacionais interessados em comprar ativos mais baratos em moeda estrangeira.
É que eles estão de olho no potencial de consumo do mercado a médio prazo. Bowles conta que, nos últimos meses, tem recebido consultas de interessados em empresas do segmento de bens duráveis e alimentos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: Ecoomia SC - 01/06
Florianópolis recebe feira de moda
A Capital recebe de 3 a 5 de junho o primeiro Salão da Moda Brasileira no Estado de Santa Catarina, o “Floripa Prêt-à-Porter”. A feira de negócios destinada aos varejistas de moda vai contar com o lançamento das tendências para a primavera/verão de 200 marcas.
O evento é um excelente negócio para os empresários do setor que desejam promover produtos, conquistar novos clientes e mercados. Desfiles, oficinas e palestras também fazem parte da programação da feira.
Nesta primeira edição está confirmada a presença de expositores de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e outras regiões de Santa Catarina. Mais de cinco mil empresas de confecção, com um total de 282 mil trabalhadores diretos, estão presentes apenas em SC.
A jornalista especializada em moda Glória Kalil participará do evento realizando a cobertura para o site Chic. Apresentando aos fashionistas as novidades e tendências do setor.
Haverá na feira um espaço destinado as blogueiras especializadas em moda, sendo convidadas mais de 20 delas.
Um estande com informações sobre Florianópolis será mantido pela Secretaria Municipal de Turismo dentro do evento. A feira recebe o apoio da Prefeitura, por meio da Secretaria de Turismo.
Fonte: Economia SC - 01/06
FecomércioSC mostra o endividamento dos catarinenses
A pesquisa da Fecomércio de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) catarinense revelou que o número de famílias que não terão condições de pagar suas dívidas manteve-se em 9,6%, o maior patamar da série histórica, iniciada em janeiro de 2013, pelo terceiro mês consecutivo. Subiu também para 18% (era 16,9% em abril) o percentual de famílias com dívidas ou contas em atraso. O número total de endividados caiu um pouco em relação ao mês anterior, de 58,6% em abril para 57,5% em maio.
O percentual de famílias que disseram estar muito endividadas também teve uma queda de quase um ponto percentual, passando de 13,9% em abril para 13% em maio. Quanto ao tipo de dívidas, os débitos com cartão de crédito diminuíram de 46,8% em abril para 45,3% em maio. Mesmo assim, o cartão se mantém como o principal agente de endividamento dos catarinenses, à frente dos financiamentos de carro (31,9%), carnês (31%) e crédito pessoal (19%).
Com relação ao tempo de comprometimento com as dívidas, a maioria dos catarinenses endividados tem dívidas por mais de um ano (51,9%). Já a parcela da renda das famílias comprometida com dívidas permaneceu estável entre abril e maio em 31,3%, mesmo assim, em níveis que geram certa preocupação. A quantidade de famílias com contas em atraso apresentou alta na comparação entre abril e maio, indo de 28,8% para 31,3%, respectivamente.
Cidades
Nas cidades, Florianópolis é a que tem o maior percentual de famílias endividadas, com 86,5%, seguida por Itajaí, com 52,1%, Joinville, com 48,1%, e Blumenau, com 46,4%. Em relação ao percentual de famílias com contas em atraso, Florianópolis também lidera com 24,8%. Itajaí e Blumenau apresentam o menor percentual de inadimplentes (6,1%). Joinville tem o maior percentual de famílias (12,5%) que não terão condições de pagar suas dívidas. Entre os muito endividados, Florianópolis lidera com 23,5%. Chapecó tem o menor percentual nesse indicador, com 5,1%.
Quanto aos tipos de dívida, o cartão de crédito é responsável por 64% dos débitos dos florianopolitanos. Itajaí apresenta o maior percentual (43,6%) de dívidas com financiamento de carro, e Chapecó tem o o maior percentual (58%) de dívidas com carnês.
Fonte: SPC Brasil - 01/06
Apenas 9% das micro e pequenas empresas pretendem contratar nos próximos três meses
Pesquisa do SPC Brasil mostra que para 32% dos empresários, a principal dificuldade para a manutenção e crescimento de seus negócios é o cenário político-econômico
Uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostra que os micro e pequenos empresários varejistas e prestadores de serviços (MPE) já sentem os efeitos da piora da economia. De acordo com o estudo, apenas 9% das MPEs pretendem contratar mão-de-obra nos próximos três meses – uma média de três funcionários por empresa. Para 32% dos entrevistados, a principal dificuldade enfrentada para a manutenção e o crescimento de suas empresas é o cenário político-econômico.
O estudo considerou apenas as micro e pequenas empresas com mais de um funcionário, e traçou o perfil dos gestores e das empresas desse segmento, além de mapear os fatores externos que influenciam seu crescimento e sustentabilidade. Com um faturamento médio anual de R$ 439 mil e mensal de R$ 36.500 mil, os empresários entrevistados pertencem ao segmento de Varejo (52,5%) dos setores alimentícios, vestuário, materiais de construção e móveis e decoração; e de Serviços (47,5%), do setor alimentício, serviços financeiros, tecnologia e informática, transportes, e da área da saúde.
Cenário político-econômico é o principal desafio para empresários
De acordo com os dados analisados na pesquisa, o perfil predominante do gestor de micro e pequenas empresas é do sexo masculino, tem de 35 a 54 anos, possui de ensino médio (36,4%) a superior completo (31,1%), e tem uma renda familiar entre 5 e 10 salários mínimos (R$ 3.940 a 7.888 mil).
Quando analisada a percepção sobre o que é ser um empresário no Brasil, a questão mais levantada pelos entrevistados é o desafio dessa posição. Segundo o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, o cenário político-econômico atual influencia fortemente essa percepção (para 32% dos entrevistados). “Outros dados citados pelos gestores são as altas taxas para abrir e gerenciar uma empresa, a possível falta de apoio do governo, e as dificuldades impostas pela instabilidade da economia brasileira”, diz Pinheiro.
A pesquisa identificou que, de fato, o cenário pode já estar influenciando os micro e pequenos empresários: 15% das MPEs pretendem demitir nos próximos três meses – uma média de dois funcionários por empresa. “Para os micro e pequenos empresários, além do cenário político-econômico (32%), as principais dificuldades para conduzir a empresa são a prática de conquistar e manter clientes (15,4%) e a carga tributária elevada (13,6%)”, explica o presidente.
Recursos próprios, cartão de crédito e cheque especial são usados como capital de giro
Também foi analisado na pesquisa o perfil das micro e pequenas empresas no Brasil. De acordo com os dados, 66% possuem entre um e quatro funcionários, e, em média, nove em cada dez colaboradores são registrados. Quando observado o tempo de atuação das empresas, 87% estão há mais de nove anos no mercado.
A pesquisa também mostra que 63% das MPE tiveram como capital inicial os recursos pessoais do empresário ou gestor, e 68% também os utilizam como a principal fonte do capital de giro. Segundo a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, é preocupante o número de pessoas que afirmaram fazer uso do cartão de crédito para este fim: praticamente dois em cada dez gestores ouvidos (17%) utilizam a modalidade como fonte de capital de giro.
Também são mencionados como fonte de capital o cheque especial (13,9%) e o empréstimo feito em nome da empresa (6,3%). “A citação do cheque especial para o capital de giro preocupa e indica que a qualidade do crédito tomado pelas empresas não é o ideal”, analisa a economista. De acordo com o Banco Central, os juros no cartão de crédito rotativo para pessoas jurídicas já chega a 211,60% ao ano (dados de março de 2015). No caso do cheque especial, os juros já chegam a 203,90% ao ano.
“Fica clara a falta de conhecimento dos pequenos empresários com relação ao crédito mais adequado quando comparamos com a taxa de juros para empréstimos destinados a capital de giro, de 23,4% ao ano”, explica a especialista. Para a economista, as taxas de juros extremamente altas das categorias de crédito podem acarretar em sérios prejuízos para a empresa, e até mesmo levá-la à inadimplência: cerca de 12% das MPE entrevistadas afirmaram serem devedoras atualmente.
22% das empresas não separam as finanças da empresa das pessoais
De acordo com a pesquisa, 94% das empresas possuem conta jurídica em banco, mas 22% dos empresários ainda não fazem a administração dos recursos pessoais e da empresa de forma separada. “A dificuldade em separar as finanças pessoais das pendências e responsabilidades da empresa é um problema na hora de contabilizar os lucros e prejuízos”, diz a especialista do SPC. “A falta de planejamento prejudica a profissionalização, e assim fica difícil medir o real desempenho da empresa e, principalmente, agir quando for necessário.”
Considerando as práticas de gestão empresarial adotadas pelos entrevistados, a demonstração mensal de receitas e despesas (82%) e o registro do livro-caixa (76%) foram os mais citados pelos micro e pequenos empresários.
“A pesquisa sugere que o micro e pequeno empresário brasileiro é experiente e está acostumado a passar por muitas adversidades. São capazes de sobreviver num ambiente político-econômico desfavorável e sujeito a muitas mudanças”, indica o presidente da CNDL. “Ao mesmo tempo, ainda precisam ampliar seus conhecimentos sobre a educação financeira, o financiamento público e o capital de giro”, conclui Pinheiro.