Clipping - 27/03/2018
Publicado em 27/03/2018
Clipping - 27/03/2018
CDL de Florianópolis
Rádio JovemPan: Jornal Local
Pauta: Comissão taxa de lixo
Clique aqui para ouvir na íntegra.
Rádio JovemPan: Jornal Local
Pauta: Evento colégio Adventista - apoio da CDL
Clique aqui para ouvir na íntegra.
Fonte: Notícias do Dia - Fábio Gadotti
Geral
Fonte: Diário Catarinense
Entenda como fica a situação de Lula
A decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), nesta segunda-feira (26), representa uma nova derrota judicial do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e abriu-se, mais uma vez, caminho para a eventual prisão do pestista. Em Porto Alegre, os três desembargadores mantiveram mérito da decisão tomada em 24 de janeiro, pela qual Lula teve a pena aumentada para 12 anos e um mês de prisão.
Ainda assim, Lula ainda não pode ser preso. Ainda na sexta-feira (23), a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, avisou ao presidente do TRF4, Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz, que Lula tem sua liberdade garantida pelo menos até 4 de abril quando o Supremo vai analisar seu pedido de habeas corpus preventivo.
Entenda como fica a situação do ex-presidente a partir desta segunda-feira:
Moro pode mandar prender o ex-presidente?
Não. Seria desobediência a uma decisão da mais alta instância do Judiciário. Ao obter a liminar no Supremo Tribunal Federal na última quinta-feira, Lula tem a liberdade garantida pelo menos até 4 de abril, quando será julgado o mérito do habeas corpus preventivo ajuizado por seus advogados.
Se o STF conceder o hábeas, Lula fica solto até quando?
Com um habeas corpus chancelado pelo STF, dificilmente Lula seria preso antes de o trânsito em julgado do processo. Além de eventual embargos dos embargos a ser ajuizado no próprio TRF4, ainda cabem à defesa de Lula recurso especial no Superior Tribunal de Justiça e recurso extraordinário no próprio STF. Antes desta análise final, o que poderia levar anos, Lula dificilmente teria o habeas cassado.
Se o STF negar o hábeas, Lula pode ser preso?
Sim. Todavia, é difícil precisar quando uma ordem de prisão poderia ser expedida. Em tese, Lula só poderia ser preso após a publicação do acórdão do hábeas pelo STF. Em geral, a Corte demora para publicar suas decisões. Advogados renomados e e ministros aposentados de tribunais superiores acrescentam que ainda caberiam embargos de declaração, o que retardaria a conclusão do julgamento do hábeas.
— Não contem com prisão do Lula dia 4 de abril, seja qual for o desfecho do julgamento no Supremo — diz o ex-ministro do STJ Gilson Dipp.
Fonte: Diário Catarinense
Caixas de bombons e ovos caseiros na Páscoa dos moradores de Florianópolis
Com o dinheiro curto e os preços salgados, muitos consumidores optaram por mudar os presentes de Páscoa
A Páscoa está chegando, mas é difícil dizer que as casas em Florianópolis estarão cheias de ovos de chocolate. Além da crise financeira e do alto grau de desemprego no país — fatores que contribuíram para a redução do poder de compra do brasileiro —, as iguarias típicas desta festividade estão com preço salgado, de acordo com os consumidores. Assim, muitas famílias optaram por comprar caixas de bombons ou a matéria-prima para fazer os ovos em casa.
No final da semana passada, o Procon divulgou um levantamento de preços dos ovos de Páscoa na Capital (confira aqui). O mais simples, aquele de 150g de chocolate ao leite, pode custar entre R$ 32,49 e R$ 46,54, dependendo da loja, uma diferença de até R$ 14,05 que mostra a importância de pesquisar o preço antes de fazer a compra. Talvez isso explique porquê nas ruas do Centro de Florianópolis, nesta segunda-feira, o mais comum eram consumidores com caixas de bombons nas sacolas.
— O ovo (de chocolate) está muito caro. Como tenho 12 netos, comprei uma caixa para cada um deles. Gastei R$ 51, acho que vai ficar por aí mesmo — conta a pensionista Genésia Barcellos, de 78 anos, que pagou R$ 6,99 em cada caixa de bombons em uma loja na Rua Conselheiro Mafra.
Perto dali, no Mercado Público, a auxiliar de biblioteca Marinete Pires, de 48 anos, decidiu gastar o mesmo valor de um ovo de chocolate, mas de maneira diferente. Para presentear o sobrinho Natan, Marinete comprou uma caneca do Avaí e recheou-a com bombons.
— Gastei R$ 34, mas valeu a pena porque os ovos estão muito caros e a caneca tem uma utilidade depois da Páscoa. Para o resto dos sobrinhos vou comprar mais bombons.
A vendedora que atendeu Marinete, Eliana Damasco, reconhece que o movimento este ano está mais fraco que em 2017.
— O movimento está de leve, pior que ano passado. Temos chocolate de Gramado (RS), por exemplo, mas o pessoal só tem procurado os mais baratos — lamenta.
Se o preço dos ovos de chocolate industriais tem assustado os consumidores catarinenses, a solução para alguns deles foi comprar a "matéria-prima" para fazer em casa. Em outra loja na Rua Conselheiro Mafra, no Centro, os itens mais procurados eram formas e barras de chocolate para derreter.
— Está bem fraco o movimento. É a nossa primeira Páscoa com a loja aberta, esperávamos mais. O pessoal está com o dinheiro curto, então procuram caixas de bombons e materiais para fazer os ovos em casa. A barra de chocolate belga, por exemplo, está R$ 32,50. Com esse valor dá pra fazer três ou quatro ovos em casa — afirma a gerente Eduarda Motta, de 21 anos.
Ketlin Machado, de 23 anos, e a cunhada Andressa Klasin, de 17 anos, estão entre as que optaram por fazer os doces em casa. Com as mãos cheias de formas e papel celofane, estão prontas para fazer a alegria da família.
— É mais barato fazer em casa, ainda dá pra escolher nossa receita favorita. A família é muito grande, se for comprar para todo mundo vamos à falência — brincou Ketlin.
Salgado, mas ainda na moda
É claro que ainda há quem faça questão de ovos de chocolate na Páscoa. Tradição de longa data, o hábito de presentear parentes com ovos está mantido na família da cabelereira Viviane Junkes, de 36 anos. Para agradar os quatro afilhados, os dois irmãos e o cunhado, Viviane gastou R$ 100 — quase 50% a menos do que a previsão de gastos apontada pela Fecomércio em levantamento recente.
— Comprei quatro ovos, um para cada afilhado, e três caixas de bombons para os irmãos e o cunhado. Pela idade deles (afilhados) tem que ser ovo mesmo. O preço está um pouco salgado, mas procurei os mais baratinhos. Só o da minha afilhada adolescente que que comprei de uma marca mais famosa. Para mim, comprei só um bombom de R$ 1,50 — disse aos risos.
Fonte: Diário Catarinense
Passada a crise, bancos começam a procurar clientes para oferecer crédito
Depois de passar os últimos anos segurando a concessão de crédito, os bancos passaram a procurar os clientes para oferecer empréstimos. O movimento começa a aparecer aos poucos nos dados do Banco Central, que, nessa segunda-feira, 26, revisou para cima a projeção de crescimento para o crédito livre, em que as taxas são definidas pelas próprias instituições financeiras. A alta deve ser de 6% este ano e não de 4%, como o BC havia previsto.
"Antes os gerentes não visitavam as empresas para oferecer crédito, agora todos estão fazendo isso, embora as taxas continuem elevadas", disse o diretor da Associação Nacional de Executivos de Finanças e Contabilidade (Anefac), Miguel Ribeiro de Oliveira. Nos financiamentos ao consumidor, ele tem observado uma flexibilidade maior nas concessões. "Há um ano, de cada dez fichas, os bancos aprovavam duas. Agora, aprovam cinco."
Os gerentes do Itaú desde o ano passado visitam os empresários com um tablet para agilizar as operações de crédito. O Bradesco começou a oferecer prazos mais longos para o consumidor e o Santander estuda fazer o mesmo.
Os dados do BC mostram que a retomada da oferta de crédito ao consumidor começou a se desenhar no segundo semestre do ano passado. Já a volta do financiamento para empresas ocorreu a partir do último trimestre, depois de um longo período de aperto. Nos três meses encerrados em fevereiro, o volume de novos financiamentos aprovados para empresas cresceu 7,4% em relação ao trimestre móvel anterior. Para o consumidor, a alta foi de 0,9%.
Com a queda na taxa básica de juros, que na semana passada recuou para 6,5% ao ano, a mínima histórica, aplicar em títulos públicos ficou menos rentável para os bancos, obrigando as instituições financeiras a aumentar a disposição de emprestar, na tentativa de compensar as perdas.
O diretor de Empréstimos e Financiamentos do Bradesco, Leandro José Diniz, disse que o banco está mais acessível nos empréstimos. Questionado se o banco estaria mais agressivo no crédito, especialmente a empresas, ele explicou que os gerentes estão sempre visitando os clientes. "Quando o mercado melhora, a gente acompanha também."
No caso do consumidor, o melhora do cenário se refletiu em prazos mais longos no crédito pessoal sem garantias na carteira do banco. "De setembro para cá o prazo médio de 18 meses está indo para 34, porque o cliente se sentiu mais confortável."
Eduardo Jurcevic, superintendente executivo de produtos de Crédito à Pessoa Física do Santander, enfatizou que o banco nos últimos 12 meses já vinha numa "toada bastante forte" no crédito e que não mudou os modelos de risco na concessão por causa da melhora do quadro econômico. No entanto, ele disse que está no radar do banco um alongamento de prazos de pagamento. Os prazos médios do consignado e do crédito pessoal estão em 70 e 28 meses, respectivamente. "Não vejo motivos para não subir prazos em 20%."
O Itaú Unibanco mantém a política de crédito e risco, disse o diretor, André Daré. Ele observou que no primeiro trimestre do ano tem aumentado a demanda por capital de giro por parte das pequenas e médias empresas em razão da melhora da economia. "É obvio que num cenário econômico favorável a gente faz ações comerciais para estar próximo do cliente."
Fonte: G1SC
Inquérito arquivado que cita Temer relata supostas 'caixinhas ou propinas' no Porto de Santos
Ministro do STF Luis Roberto Barroso autorizou acesso do Ministério Público aos documentos.
O ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, autorizou na semana passada que o Ministério Público tenha acesso a um inquérito – já arquivado – sobre supostas irregularidades no Porto de Santos. Os documentos podem ajudar nas investigações de um outro inquérito que apura se um decreto do presidente Michel Temer teria ou não favorecido empresas do setor de portos em troca de propina. O Jornal Nacional teve acesso aos documentos.
Os quatro volumes do inquérito que cita o presidente Temer, na época deputado federal, estão arquivados desde outubro do ano passado. A ordem foi da juíza Silvia Maria Rocha, da 2ª Vara Federal Criminal de São Paulo.
O inquérito foi aberto pela Polícia Federal em Santos em 2004, depois que os delegados receberam uma cópia de uma ação na qual a estudante Erika Santos pedia pensão alimentícia e parte dos bens do ex-companheiro, o empresário Marcelo de Azeredo, com quem teve um relacionamento desde 1997.
Azeredo presidiu a Codesp, a estatal que administra o Porto de Santos, o maior do país, entre 1995 e 1998. Erika acusava o ex-companheiro de comandar um esquema de corrupção no porto.
Erika diz que "essas caixinhas ou propinas" eram repartidas entre Marcelo, o padrinho político dele, o então deputado federal Michel Temer, e uma pessoa conhecida como Lima.
Inquérito tem citações de supostas propinas (Foto: TV Globo/Reprodução) Inquérito tem citações de supostas propinas (Foto: TV Globo/Reprodução)
Inquérito tem citações de supostas propinas (Foto: TV Globo/Reprodução)
Na ação estão anexadas algumas planilhas com descrição de projetos e diversas anotações.
Em uma delas, relativa ao lixo do porto, está escrito: "Lima quer participação para MT, MA e L em torno de 20%".
Sobre o arrendamento dos armazéns 34 e 35, e movimentação de contêineres, aparece que o investimento é de R$ 40 milhões. Em seguida vem a seguinte anotação: “Lima está terminando o contrato. Percentual ainda não acertado. E mais uma vez as siglas: MT, MA e L.”
O nome da Argeplan, empresa de engenharia do coronel João Batista Lima Filho, amigo de Michel Temer, aparece nessas planilhas, relacionada a pelo menos três contratos.
Em um deles, consta que a participação da Argeplan é de 30%.
Em outro, sobre o serviço de coleta de lixo, a participação da Argeplan é de 17,5%.
PF chamou Temer
Por causa das acusações de Erika, a Polícia Federal chamou Michel Temer para prestar depoimento, duas vezes, em 2010. Como Temer era deputado federal, a decisão não poderia ter sido tomada em primeira instância, porque ele tinha direito a foro privilegiado. Temer nunca prestou esses depoimentos e a Justiça Federal em Santos encaminhou o processo ao STF.
No Supremo, coube ao ministro Marco Aurélio Mello analisar o caso. Em abril de 2011 ele decidiu arquivar a investigação contra Temer e mandou devolver para Santos o inquérito sobre o ex-presidente da Codesp.
A investigação contra Marcelo de Azeredo continuou na Justiça Federal em São Paulo, porque o Ministério Público em Santos entendeu que o caso era antigo demais e precisava ser tratado por uma vara especializada em crimes financeiros.
O inquérito original, então, foi dividido em dois -- um para apurar os crimes de sonegação fiscal e evasão de divisas, e outro focado nas suspeitas de corrupção, que começaram a perder força no dia em que Erika Santos resolveu voltar atrás nas acusações.
Acordo
Em depoimento à Polícia Federal, Erika disse que nunca soube de atividade ilícita praticada pelo ex-companheiro, que nunca soube de envolvimento dele com o então deputado federal Michel Temer, nem com uma pessoa de nome Lima, e que todas as denúncias foram feitas por conta e risco do advogado dela.
Os advogados prestaram depoimento. E foram categóricos: todas as denúncias obedeceram a uma exigência de Erika, que queria pressionar Marcelo a realizar um acordo. Os advogados dizem ainda que Erika entregou a eles a documentação e disse que foi obtida na casa de Marcelo ou extraída do computador dele.
Os advogados disseram que depois de uma viagem aos Estados Unidos, Erika dispensou o serviço deles. E que posteriormente, souberam que ela havia feito um acordo financeiro com Marcelo.
A Justiça autorizou as quebras dos sigilos bancário e fiscal de Marcelo de Azeredo, que revelaram uma intensa movimentação financeira sem origem.
Ele e a irmã aceitaram pagar cerca de R$ 1 milhão em multas e impostos atrasados. E acusações de crimes financeiros também foram arquivadas.
A assessoria do presidente Michel Temer disse que as investigações anteriores foram arquivadas por absoluta falta de provas. A defesa do Coronel Lima não quis se pronunciar.
Fonte: G1SC
Câmara tem ao menos 443 lobistas credenciados; projeto prevê regulamentar atividade
Pauta desta terça-feira prevê votação do projeto, mas, em semana de feriado, isso dependerá do quórum. Especialistas defendem criação de regras para dar transparência à atuação dos profissionais.
A Câmara dos Deputados tem pelo menos 443 lobistas credenciados para circular pelos gabinetes de parlamentares e plenários das comissões.
O número total, porém, é incerto porque outros conseguem crachás com autorização de deputados ou simplesmente entram acompanhados por eles.
Há, ainda, aqueles que se identificam na portaria como visitantes de um determinado gabinete e, uma vez lá dentro, transitam livremente.
Um projeto de lei em tramitação na Câmara pretende regulamentar a atividade com regras para a atuação no Legislativo e no Executivo dos chamados profissionais de relações governamentais ou institucionais.
O texto está na pauta de votações desta terça-feira (28), mas, em uma semana mais curta por causa do feriado de Páscoa na sexta-feira (30), a aprovação dependerá de quórum no plenário.
A regulamentação do lobby vem sendo discutida há cerca de 30 anos pelo Congresso, sem avançar. Lobistas profissionais e especialistas ouvidos pelo G1 defendem a adoção de critérios claros para a atividade a fim de dar transparência ao trabalho na área. Em diversos países, como nos Estados Unidos, já é regulamentada.
Na Câmara, a Primeira Secretaria, responsável pelos credenciamentos, explica que tem controle somente sobre as credenciais concedidas conforme as regras da Casa.
Atualmente, há representantes de 335 sindicatos e entidades de âmbito nacional e de mais 108 órgãos públicos, entre os quais a Justiça Federal e a Marinha, totalizando 443.
Outras 55 pessoas têm credenciais fornecidas a pedido de deputados, mas não necessariamente para realizar lobby. Cada parlamentar tem direito a indicar um assessor para prestar serviços sem vínculo trabalhista. A possibilidade é usada, então, por lobistas para solicitar uma credencial.
Profissão de lobista
O lobby consiste em intermediar interesses de empresas, entidades e organizações não-governamentais junto a integrantes do poder público, como governos, prefeituras e casas legislativas.
No mês passado, o Ministério do Trabalho incluiu o lobby na lista de atividades reconhecidas como ocupação. Embora seja legal, não há uma lei específica que determine o que pode ou não ser feito por esse profissional.
A inclusão na lista trazida pela Classificação Brasileira de Ocupações deve, na prática, agilizar a regulamentação, acredita Rodrigo Navarro, coordenador do MBA em Relações Governamentais da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Ele pondera que o projeto em análise é um "primeiro passo" no sentido de o país se adequar a iniciativas internacionais, mas que, depois, deverá ser aperfeiçoado. "Existe uma bala de prata que acabe com qualquer tipo de problema de relação entre setor privado e público? Claro que não, mas esse projeto é um primeiro passo", diz.
Segundo Navarro, existe atualmente regulação em 24 países. Na América do Sul, somente o Chile tem regras definidas para a atuação do setor.
O Parlamento Europeu, por exemplo, tem uma página na internet em que é possível consultar quantos lobistas estão cadastrados, quais os setores que mais fazem lobby e até mesmo a agenda de encontro com autoridades.
Navarro avalia que, no Brasil, a profissão de lobista ganhou tom pejorativo porque fica em evidência especialmente quando é mencionada em investigações de corrupção.
Ele entende que a regulamentação irá desmitificar isso com a ajuda de toda uma legislação existente que regula a interação entre agentes públicos e privados, como a Lei de Conflito de Interesse, o Código de Ética dos Servidores, a Lei de Enriquecimento Ilícito e a Lei de Defesa da Concorrência.
Informalidade
Estimativa da Associação Brasileira de Relações Institucionais (Abrig) aponta que há cerca de 4 mil profissionais trabalhando com lobby no Brasil. O presidente da entidade, Guilherme Cunha Costa, diz que a regulamentação permitirá não só que se conheça melhor o universo de profissionais como trará mais equilíbrio de forças para a discussão.
"É legítimo que todas as partes que serão impactadas por uma decisão participem do processo. Com a regulamentação, esses profissionais virão para a formalidade. As regras claras vão equilibrar o debate, dar legitimidade para o profissional e garantia para a autoridade. E a sociedade poderá acompanhar a movimentação", diz.
Para Lídia Parente, representante da SOS Mata Atlântica e integrante da Frente Parlamentar Ambientalista, as regras para o setor serão importantes. "Vai fazer toda a diferença para o nosso trabalho, porque, se não existissem esses grupos atuando no Congresso, a sociedade iria estar com um monte de projeto tendo que engolir a seco, sem conhecimento sobre o que está sendo votado", observa.
Roberto Bucar, assessor parlamentar da Associação Nacional dos Servidores da justiça do Trabalho (Anajustra) e que também trabalha com relações governamentais há muitos anos, concorda. "A partir do momento em que é explícito, legalizado, sabemos os limites de ação", diz.
Poucos estudos
Pesquisa recente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sobre o lobby no Congresso Nacional mostra que há uma tendência de profissionalização da atividade no Brasil. No estudo, foram ouvidos representantes de parte das entidades cadastradas na Câmara para compreender o comportamento dos grupos de interesse.
Eles apontaram que o trabalho está centrado na troca e na disseminação de informações. A pesquisa ressalva que ainda há poucos estudos na área para ter maior clareza acerca do grau de efetividade da influência exercida por esses grupos.
O que diz o projeto
O projeto de lei em discussão na Câmara autoriza que os lobistas recebam credenciamento e tenham livre trânsito nos órgãos públicos.
O agente público que receber qualquer vantagem, financeira ou não, para atender ao pleito de algum setor será enquadrado em ato de improbidade, cujas punições incluem perda da função pública e suspensão dos direitos políticos.
O texto deixa claro que o presidente da República não pode exercer a atividade no período de quatro anos após o mandato.
Fonte: SPC Brasil
104 milhões de pessoas devem realizar compras para a Páscoa, mostra estimativa do SPC Brasil e CNDL
69% dos brasileiros pretendem comprar na data e 91% farão pesquisa de preços. Barras de chocolate já são opção de 48% dos consumidores. Gasto médio das compras será de R$ 135
Uma data comemorativa muito importante para grande parte dos brasileiros, a Páscoa deve movimentar o comércio no final do primeiro trimestre do ano. Uma estimativa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostra que cerca de 103,9 milhões de brasileiros devem realizar compras para a ocasião. De acordo com a sondagem, 69% dos consumidores pretendem comprar ou já compraram presentes e chocolates para a Páscoa de 2018 – percentual acima da intenção de compras relatada em 2017 (57%). Apenas 12% não pretendem ir às compras este ano.
Entre os consumidores que vão realizar compras na Páscoa, a maior parte (41%) relata a intenção de gastar a mesma quantia do ano passado, enquanto 36% vão gastar menos e 15% garantem que gastarão mais. Dentre estes, as justificativas incluem o desejo de comprar mais produtos (57%), o fato de achar que os preços estão mais altos (37%) e acreditar que os produtos estão com um preço muito bom e vale a pena aproveitar (29%).
Já aqueles que vão gastar menos justificam sua decisão dizendo que pretendem economizar (48%), que os preços subiram demais e a renda mensal não acompanhou o aumento (46%) e porque não querem fazer dívidas (31%).
O levantamento do SPC Brasil mostra que cerca de 44% dos consumidores pretendem comprar a mesma quantidade de produtos que na Páscoa de 2017, 31% pretendem comprar mais produtos e 14% comprar menos. A média de compras esperada é de cinco produtos e o gasto total médio, R$ 135,03.
Para 41%, preços estão mais caros. 91% farão pesquisa de preços. Barras de chocolate já são opção para 48% dos consumidores
O levantamento revela ainda que 41% dos consumidores ouvidos têm a sensação de que os preços dos produtos para a Páscoa estão mais caros neste ano do que em 2017 – percentual que era 56% na sondagem do último ano. Para 31%, os valores estão na mesma faixa e apenas 9% acreditam em preços menores. A pesquisa também mostrou que maioria (91%) dos compradores pretende fazer pesquisa de preço antes de levar os ovos ou demais produtos para casa, sendo que os locais preferidos serão os supermercados (76%), os sites (52%), as lojas em shoppings (38%) e as lojas de rua (34%).
Seis em cada dez consumidores pretendem comprar ovos de chocolate (61%), enquanto 51% preferem os bombons e 48% as barras de chocolate. Entre estes últimos, os principais motivos da preferência são por considerar que a celebração é mais importante do que a forma do chocolate (50%) e por achar que as barras e bombons são mais baratos (39%). Já entre os que pretendem comprar chocolates caseiros, os principais motivos são considerar que sejam mais personalizados (30%), considerar que a qualidade do chocolate é melhor (22%) e ajudar as pessoas que vendem informalmente (19%).
“O consumidor brasileiro já aprendeu que a variação de preços dos ovos de páscoa é enorme e pode ficar próxima a 100% em algumas cidades, de acordo com o Procon. Então, ir às compras na primeira loja que aparece é um erro grave. O ideal é se planejar com antecedência, usar a internet para pesquisar e só tomar decisões depois de ter visto os preços praticados em vários estabelecimentos. Por fim, é válido refletir: é necessário mesmo comprar ovos, ou este é apenas mais um símbolo de consumo? Muitas vezes o chocolate em outros formatos, como a barra, por exemplo, sai muito mais barato para o consumidor. Mas, em todo caso, se a pessoa fizer questão, pode buscar ovos artesanais ou caseiros, que saem mais em conta e também podem ser ótimos presentes”. – avalia a economista chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.
Assim como no ano passado, os principais destinatários dos presentes serão os filhos (59%), seguidos do cônjuge (42%), das mães (37%) e de si mesmo (35%).
Maioria deve pagar em dinheiro. 50% pretendem ir às compras na semana anterior da Páscoa
O pagamento à vista será a forma de pagamento mais usada na Páscoa deste ano, seja em dinheiro (63%) ou no débito (38%). Outros 25% pagarão no cartão de crédito em parcela única, enquanto 22% preferem o cartão de crédito parcelado. Dentre os que vão optar pelo parcelamento, a média será de 3,5 prestações.
No momento de ir às compras, os fatores que pesam na escolha do brasileiro não são diferentes daqueles utilizados na maioria das situações de consumo. Basicamente, ao optar pelo local de compras, as pessoas estão em busca de preço (53%), qualidade dos produtos (52%), promoções e descontos (45%) e diversidade de produtos (36%). Entre os principais locais pretendidos para as compras são supermercados (73%), diretamente com pessoas que fazem os ovos e chocolates em casa (25%) e em shoppings centers (25%).
Apesar de já saberem onde farão suas compras, a maior parte das pessoas não parece estar disposta a agir com antecedência: 50% pretendem fazer as compras na semana anterior à Páscoa e 31% terão feito até a terceira semana de março. Considerando o local de celebração, observa-se seu caráter familiar e 54% pretendem passar a Páscoa em casa, 13% na casa de parentes e 13% na casa dos pais.
A pesquisa ainda indica que oito em cada dez consumidores pretendem comprar peixe para a ocasião (80%).
30% devem participar de “amigo-secreto” na Páscoa
Uma prática que vem se tornando comum nos últimos anos é o “amigo-chocolate”. Este ano, 30% das pessoas ouvidas pretendem participar, aumentando para 41% entre os mais jovens, principalmente por gostar de eventos sociais (15%) e por ser uma boa maneira de poder presentear gastando menos dinheiro (9%). Em contrapartida, 48% não pretendem participar, sobretudo por não gostar da brincadeira (35%) e porque estão sem dinheiro no momento (13%).
Dentre os que pretendem participar de amigo-chocolate de Páscoa, a média é de 3 participações. Considerando o ambiente e as pessoas com as quais a brincadeira será feita, 56% realizarão o amigo-chocolate em família, 49% entre amigos e 45% entre colegas de trabalho. Quatro em cada dez pessoas que participarão (40%) pretendem gastar entre R$ 26,00 e R$ 50,00 com cada presente do amigo secreto, sendo que a média de gasto será de R$ 45,74.
“Por que não fazer da brincadeira uma oportunidade para economizar? Não custa lembrar que estamos saindo de um longo período de recessão e que muitas famílias estão em regime de contenção de gastos. Ao invés de ter de comprar ovos para várias pessoas, o amigo-chocolate permite que os gastos fiquem concentrados em um único membro da família. Ao mesmo tempo, ninguém fica sem presente”, indica o educador financeiro do SPC Brasil e do portal Meu Bolso Feliz, José Vignoli.
7% ficaram com o nome sujo por causa da Páscoa passada. 14% costumam gastar mais do que suas finanças permitem nas compras
Ainda que evitar comprar presentes em datas comemorativas possa ser uma alternativa para economizar e colocar o orçamento em ordem, para parte dos entrevistados, essa não é escolha: 14% dos que vão fazer compras na data este ano admitem que costumam gastar mais do que suas finanças permitem para presentearem na Páscoa e 6% até deixarão de pagar alguma conta para comprar chocolates ou produtos neste ano.
Outro dado que inspira preocupação e denuncia o comportamento imprudente de alguns consumidores é que 7% dos entrevistados que fizeram compras na Páscoa do ano passado ficaram com o nome sujo por não quitarem as compras. Entre quem vai presentear em 2018, um terço (33%) reconhece que tem pelo menos uma conta em atraso e 31% estão com o CPF inscritos em cadastros de inadimplentes.
“Como qualquer outra data comemorativa, a Páscoa está sujeita a todos os mecanismos do marketing e da propaganda para estimular o consumo, já que se trata de uma data importante para o comércio. Então as pessoas acabam, muitas vezes, cedendo ao consumismo e exagerando nos gastos”, afirma Kawauti. “Se o consumidor está preparado, se ele reservou uma quantia para gastar na Páscoa, tudo bem, desde que isso não o impeça de cumprir compromissos financeiros mais importantes, assim como guardar dinheiro para imprevistos. O que não é recomendável é fazer dívidas ou deixar de pagar contas, com o intuito de comprar ovos, bombons etc.”, alerta a economista.
Fonte: Veja
Juros médios sobem apesar da inadimplência menor, diz BC
O spread bancário — diferença entre o custo de captação e a taxa cobrada pelos bancos ao consumidor final — subiu em fevereiro
Segundo o BC, redução do crédito total em fevereiro deu-se, para as pessoas físicas, pela diminuição nas operações de cartão de crédito à vista, enquanto as de cheque especial e rotativo do cartão aumentaram.
A inadimplência no mercado de crédito brasileiro caiu ligeiramente em fevereiro, apesar de as condições de financiamento terem ficado mais apertadas mesmo em meio ao ciclo de cortes nos juros conduzido pelo Banco Central.
Os dados divulgados pelo BC nesta segunda-feira dizem respeito ao segmento de recursos livres, no qual as taxas de juros são livremente definidas pelos bancos. Neste caso, a inadimplência foi a 5%, ante 5,1% em janeiro.
Num quadro de fraca inflação e retomada lenta da economia, o BC prosseguiu o ciclo de afrouxamento monetário na última semana, quando reduziu a Selic ao mínimo histórico de 6,50% ao ano. No início de fevereiro, havia promovido outro corte de 0,25 ponto na taxa básica de juros.
Ao mesmo tempo, o spread bancário — a diferença entre o custo de captação e a taxa cobrada pelos bancos ao consumidor final — subiu a 34,1 pontos percentuais em fevereiro no mesmo segmento, ante 32,9 pontos em janeiro.
O chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, admitiu que houve aumento dos juros em fevereiro, mas avaliou que a tendência de longo prazo é a de redução para essas taxas. “Em fevereiro, houve aumento dos juros em algumas linhas, mas parte do aumento das taxas médias também se deve ao chamado efeito composição”, afirmou. “Houve redução de volume no uso do cartão de crédito à vista e aumento do cheque especial e do rotativo em fevereiro”, acrescentou.
Como a taxa de captação dos bancos se manteve praticamente estável no mês passado, os spreads bancários cresceram em fevereiro. “Mas no longo prazo a tendência também é de queda”, alegou Rocha. Ele também citou que a inadimplência segue estável em praticamente todas as modalidades.
Na avaliação de Rocha, o movimento “devolve o efeito” que havia sido verificado em dezembro, quando o recebimento do 13º salário fez com que os consumidores acabassem diminuindo o uso dessas modalidades, de fácil acesso, mas que cobram taxas de juros mais altas.
O aumento do uso dessas modalidades em fevereiro, assim, foi um dos grandes fatores responsáveis por elevar os juros médios do crédito total, de acordo com Rocha.
Acompanhe a CDL de Florianópolis nas redes sociais:
Para garantir que nossos informativos cheguem à sua caixa de entrada, adicione
o e-mail contato@newscdlfpolis.com.br ao seu catálogo de endereços.