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Clipping - 15/02/2018

Publicado em 15/02/2018
Clipping - 15/02/2018

Geral Fonte: Notícias do Dia Transporte coletivo de Florianópolis paralisa por 24 horas na segunda-feira Segundo o Sintraturb, a categoria vai aderir à greve geral contra a reforma da previdência, que está programada para acontecer em diversos locais do país O Sintraturb (Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Urbanos de Passageiros) comunicou na tarde desta quarta-feira (14) que os trabalhadores do transporte coletivo de Florianópolis irão paralisar suas atividades por 24 horas a partir da meia-noite da próxima segunda (19) em apoio à greve geral contra a reforma da previdência. Em 2017, a categoria aprovou por unanimidade em assembleia a participação em todas as manifestações e atividades em nível nacional em defesa dos direitos dos trabalhadores. "Todos os trabalhadores devem aderir à paralisação. Dizem que essa reforma é para tirar previlégios, mas a maioria das pessoas será prejudicada caso ela seja aprovada. Nós somos contra e vamos lutar!", disse o secretário de comunicação do Sintraturb, Deonísio Linder. Ele também contou que outros sindicatos serão procurados para aderir ao movimento. A prefeitura da Capital disse que tentou conversar com o sindicato da categoria nesta quarta-feira, mas não teve retorno. Nesta quinta, vai tentar uma reunião com Sintraturb para, a partir daí, montar um esquema de transporte alternativo para o período de paralização.
Fonte: Notícias do Dia Beneficiários da tarifa social de Florianópolis farão recadastro no mês de aniversário Novo prazo não vale para o cartão social de estudante. Usuários do cartão social que fizeram ou fazem aniversários nos meses de janeiro e de fevereiro devem realizar o recadastramento imediatamente Para evitar filas e confusões, o secretário Municipal de Transporte e Mobilidade Urbana, Marcelo Roberto da Silva, informou que a prefeitura de Florianópolis vai baixar um decreto onde os beneficiários da tarifa social precisarão fazer o recadastramento somente no mês de aniversário. Quem utiliza o cartão social de estudante precisa realizar o recadastro levando a cópia da matrícula e o comprovante de residência antes do período escolar. Os beneficiários que fizeram ou fazem aniversário nos meses de janeiro e de fevereiro devem fazer o recadastramento imediatamente. São 22 mil famílias que recebem a isenção da tarifa social, que custam R$ 30 milhões por ano aos cofres públicos. O secretário explicou que aconteceu um fato inusitado neste ano. “A legislação anterior, de 2016, previa uma carência de dois anos para o recadastro. Mas a nova legislação, de fevereiro de 2017, prevê a renovação anual e, por isso, temos muitas pessoas neste ano para realizar o recadastramento e achamos melhor estabelecer um calendário pela data de aniversário do beneficiário”, explicou. Com o início do ano letivo na próxima segunda (19), a fila no Espaço Inclusivo, do Igeof (Instituto de Geração de Oportunidades de Florianópolis), anexo ao Mercado Público, que presta auxílio à Secretaria Municipal de Assistência Social, dobrava o quarteirão no início da tarde desta quarta-feira (14). Os funcionários distribuíram senhas e até o superintendente do Igeof, Guilherme Botelho, apareceu para auxiliar no atendimento. A professora Taís Conrado, 35, que reside no Abraão, precisou chegar cedo à fila. “Na sexta (9) precisei chegar às 5h, porque eles só distribuíam um determinado número de senhas por período. Nesta quarta, como o posto só abriu 13h, cheguei às 10h e peguei a senha 35, mas parece que serei atendida. É muita desorganização e poucas pessoas para atender”, lamentou a professora. Quatro estagiários prestavam o atendimento nesta quarta na unidade do Espaço Inclusivo. Atendimento pode demorar até 30 minutos
O atendimento no Espaço Inclusivo, que ocupa um box do Mercado Público, recebe as pessoas beneficiárias de programas sociais que estão realizando o primeiro cadastro ou o recadastramento do cartão da tarifa social ou o cartão social de estudante. O secretário de Transporte e Mobilidade Urbana, Marcelo Roberto Silva, informou que o atendimento no primeiro cadastro leva de 20 minutos a 30 minutos. O superintendente do Igeof, Guilherme Botelho, informou que a única limitação é pela carga horária dos funcionários. O atendimento acontece das 9h às 17h. “Temos cinco pessoas atendendo e o nosso espaço é pequeno. Estamos auxiliando a Secretaria de Assistência Social e dentro do possível todos estão sendo atendidos. Em janeiro, não tivemos demanda deste serviço. Para retirar a folha resumo não leva mais de dois minutos, mas o primeiro cadastro não sai por menos de 20 minutos”, comentou. Na sexta-feira (9), 197 beneficiários foram atendidos no Espaço Inclusivo. Após passar por essa unidade, os beneficiários anda precisam se deslocar até o posto da Mobilidade Urbana no Ticen (Terminal de Integração do Centro). A recepcionista Ana Cristina da Silva, 41, também reclamou da falta de organização e respeito. “Já fizemos este cadastro no Cras (Centro de Referência de Assistência Social) e não entendo porque ele precisa ser refeito. Por que não podemos pegar a folha resumo nos Cras? As secretarias deveriam conversar sem a necessidade de a população ter que levar um papel para um lado ou outro”, lamentou. Prefeitura paga R$ 36 milhões em subsídios do transporte coletivo no período de um ano
O secretário de Transporte e Mobilidade Urbana, Marcelo Roberto Silva, informou que a prefeitura pagou R$ 36 milhões ao consórcio Fênix, que administra o transporte público de Florianópolis, no período de um ano de 2016 a 2017. O valor é relativo às gratuidades oferecidas por meio da tarifa social ou de pessoas com deficiência. “Gastamos cerca de R$ 30 milhões com as 22 mil famílias cadastradas na tarifa social e mais R$ 6 milhões com a isenção das pessoas portadoras de deficiência. O problema é quando pessoas utilizando diferentes cartões. Hoje, o idoso não pode ter o cartão da tarifa social, por exemplo, porque ele tem a mesma gratuidade”, afirmou Marcelo.
Fonte: Notícias do Dia Horário de verão termina à meia-noite do próximo sábado No segundo semestre deste ano, o período deverá começar duas semanas mais tarde Termina à meia-noite do próximo sábado (17) o horário de verão, que começou em outubro do ano passado em dez Estados e no Distrito Federal. Os relógios deverão ser atrasados em uma hora. A próxima edição do horário de verão deverá ser mais curta que nos anos anteriores. Isso porque o presidente Michel Temer assinou em dezembro um decreto que reduz o período em duas semanas. Assim, em 2018, a medida começará a valer no primeiro domingo de novembro, e não mais no terceiro domingo de outubro. A data final não foi modificada e continuará com o terceiro domingo de fevereiro. A redução atende a um pedido do presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Gilmar Mendes, que solicitou a mudança na vigência do horário de verão de 2018 por causa das eleições. Segundo o tribunal, a medida facilitará a apuração dos votos, uma vez que o país não terá uma diferença tão extensa de fusos horários. O primeiro turno da eleição de 2018 será dia 7 de outubro e o segundo, dia 28 do mesmo mês.
Fonte: Diário Catarinense Câmara de Florianópolis renova contrato com empresa denunciada pelo MP Denúncia foi protocolado em 27 de novembro, mais de dois anos e meio depois da deflagração da Operação Falsa Impressão, que também investigou contratos da mesma empresa com as Câmaras de São José, Palhoça e A Câmara de Vereadores de Florianópolis renovou contrato com a empresa Escrimate Comércio de Materiais de Escritório e Informática Ltda, denunciada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MP/SC) em um processo de improbidade administrativa que teve origem na Operação Falsa Impressão, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) em maio de 2015. Cinco acusados, entre eles os sócios da Escrimate são acusados pelo MP/SC de engendrarem uma maneira de favorecer a empresa de fotocópias através da celebração de contrato de fornecimento de serviços de impressão superfaturado. O contrato investigado pela Justiça já expirou, mas o Legislativo celebrou outro acordo com a Escrimate em janeiro de 2017, com término em janeiro deste ano. Em dezembro, quando o MP/SC denunciou a empresa, seus sócios e ex-servidores públicos, a Câmara de Vereadores da Capital garantiu que o contrato não seria mais renovado. No entanto, em 12 de janeiro, a Câmara e a Escrimate voltaram a celebrar contratação “de empresa para fornecimento de solução de impressão corporativa Outsourcing de Impressão e Cópias para esta Casa Legislativa, com vigência até 09/07/2018”. Até lá, a Câmara desembolsará quase R$ 192 mil com a Escrimate, cerca de R$ 32 mil por mês. Por meio de nota oficial, a Câmara de Florianópolis informou "que não está agindo de forma ilegal referente ao contrato da Escrimate". A nota afirma que, como a denúncia do MP/SC foi feita em dezembro e o contrato expirava no mês seguinte, "não haveria tempo hábil para um novo processo licitatório". "Diante dessa situação e querendo agir dentro da lei, sem a condenação da empresa não havia motivos para uma contratação emergencial com dispensa de licitação. Dessa forma renovamos o contrato por até 06 meses. Antes dessa decisão, procuramos a promotora do caso e ela nos informou que não haveria nenhuma ilegalidade neste procedimento", diz a nota da Câmara Municipal da Capital. A promotora Juliana Padrão Serra, da 31ª Promotoria de Florianópolis, que denunciou a Escrimate à Justiça, confirma que o presidente da Câmara, vereador Gui Pereira (PR) a procurou no final de 2017 para avisar que renovaria o contrato, sob o argumento "de que venceu o contrato", de que "não podemos ficar sem xerox" e "já estamos elaborando um novo edital". A promotora, inclusive, disse que Pereira ficou de mostrar o edital a ela neste início de ano, o que ainda não ocorreu. Ela ressalta não haver impedimento na contratação, já que a Escrimate não está declarada inidônea até o momento, mas observa que o contrato anterior é alvo de ação civil pública e a promotoria ressaltou que se a contratação "fosse provisória" não via obstáculo, por ora. Sobre o contrato entre Câmara e Escrimate posterior ao investigado pela Justiça, Juliana afirma que analisa documentos para instruir um novo inquérito civil para investigar a licitação que resultou no contrato aditivado este pelo Parlamento com a Escrimate. — Ele disse que estava fazendo uma nova licitação, que me traria para mostrar, e até tínhamos marcado uma reunião na semana passada para ele me mostrar o edital, mas ele não apareceu. Mas o novo contrato vai ser investigado, até pela empresa ser qual é — diz a promotora Juliana. A denúncia Em dezembro de 2017, a promotora Juliana Padrão Serra, da 31ª Promotoria de Florianópolis, denunciou por improbidade administrativa o ex-presidente da Câmara de Vereadores de Florianópolis, Jaime Tonello, um atual e outro ex-servidor da Casa, e dois sócios de uma empresa de informática que ainda presta serviços ao Legislativo da Capital. A denúncia será apreciada pelo Judiciário. A peça pede que os cinco acusados e a Escrimate Comércio de Materiais de Escritório e Informática Ltda sejam condenados a devolver aos cofres públicos R$ 2,1 milhões e requer ainda o bloqueio de bens dos denunciados no valor de R$ 4,2 milhões. Segundo a denúncia, que teve origem na Operação Falsa Impressão, deflagrada em maio de 2015 pelo Gaeco, em 2011, “os agentes públicos Jaime Tonello, então presidente da Câmara de Vereadores de Florianópolis, e José Luiz Coelho, então diretor financeiro da Casa, este último que exercia cargo de confiança por indicação do primeiro, ambos contando com o auxílio de Sérgio Luiz de Souza, então presidente da Comissão de Licitações da Câmara de Vereadores, engendraram uma maneira de favorecer a empresa Escrimate, de propriedade dos denunciados Robson e Cledson Cardoso, através da celebração de contrato de fornecimento de serviços de impressão, a ser firmado com a Câmara Municipal de Vereadores de Florianópolis”.
Fonte: Diário Catarinense Cenário e estágio do ciclo tornaram adequado corte da Selic em fevereiro, diz ata O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reafirmou nesta quinta-feira, 15, na ata do encontro da semana passada, que a evolução de seu cenário básico, em linha com o esperado, e o estágio do ciclo de cortes tornaram adequada a redução da Selic (a taxa básica de juros) em 0,25 ponto porcentual, de 7,00% para 6,75% ao ano. A ideia já constava no comunicado da decisão, divulgado na quarta-feira passada (7). Na ata, o Copom também voltou a sinalizar a tendência de, no encontro de 20 e 21 de março, manter a Selic no patamar de 6,75% ao ano. "Para a próxima reunião, caso o cenário básico evolua conforme o esperado, o Comitê vê, neste momento, como mais adequada a interrupção do processo de flexibilização monetária", registrou o BC. Ao mesmo tempo, o colegiado deixou aberta a possibilidade de promover mais um corte, de 025 ponto porcentual, se as condições permitirem. "Essa visão para a próxima reunião pode se alterar e levar a uma flexibilização monetária moderada adicional, caso haja mudanças na evolução do cenário básico e do balanço de riscos", informou o BC. Na prática, a instituição observa com atenção o andamento da reforma da Previdência no Congresso e a evolução dos índices de inflação. A instituição repetiu ainda, na ata desta quinta-feira, que "os próximos passos da política monetária continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos, de possíveis reavaliações da estimativa da extensão do ciclo e das projeções e expectativas de inflação". No documento, a instituição também voltou a enfatizar que "o processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira contribui para a queda da taxa de juros estrutural" - aquela em que, na teoria, há crescimento sem inflação. "As estimativas dessa taxa serão continuamente reavaliadas pelo Comitê", informou a ata. "O Copom entende que a conjuntura econômica prescreve política monetária estimulativa, ou seja, com taxas de juros abaixo da taxa estrutural", disse ainda o BC. Em outro ponto, a instituição repetiu a ideia, que constava no comunicado do Copom, de que o corte de 0,25 ponto porcentual da Selic na semana passada é "compatível com a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante para a condução da política monetária, que inclui os anos-calendário de 2018 e, com peso maior e gradualmente crescente, de 2019". Fatores de risco O Banco Central voltou a afirmar por meio da ata que seu cenário básico para a inflação envolve fatores de risco "em ambas as direções". Por um lado, conforme o BC, "a combinação de possíveis efeitos secundários do choque favorável nos preços dos alimentos e da inflação de bens industriais em níveis correntes baixos e da possível propagação, por mecanismos inerciais, do nível baixo de inflação pode produzir trajetória prospectiva abaixo do esperado". Por outro lado, o BC afirma que uma "frustração das expectativas sobre a continuidade das reformas e ajustes necessários na economia brasileira pode afetar prêmios de risco e elevar a trajetória de inflação no horizonte relevante para a política monetária". De acordo com o BC, este risco ligado ao andamento das reformas "se intensifica no caso de reversão do corrente cenário externo favorável para economias emergentes". As ideias relacionadas aos riscos, expressas pelo Copom na ata agora divulgada, repetem o que havia sido publicado pela instituição no comunicado da semana passada, quando o colegiado cortou a Selic para 6,75% ao ano.
Fonte: SPC Brasil Indicador de Confiança do Consumidor abre 2018 com crescimento e marca 43,6 pontos, mostram SPC Brasil e CNDL Brasileiro reconhece dificuldades na economia, mas 59% têm esperança de que a vida financeira vai melhorar em seis meses. Entre otimistas, muitos não sabem explicar razões, mas 21% notam aumento do consumo e 20% acham que desemprego já começa a recuar A passos lentos, o humor do brasileiro com a economia do país e com a sua própria condição financeira vem apresentando melhoras, embora ainda permaneça em um patamar baixo. Segundo dados apurados pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), o Indicador de Confiança do Consumidor (ICC) cresceu de 41,9 pontos em janeiro de 2017 para 43,6 pontos em janeiro de 2018, o que representa uma alta de 4% em um intervalo de um ano. Em dezembro, o índice estava em 40,9 pontos. A escala do indicador varia de zero a 100, sendo que quanto maior o número, mais otimista se encontra o consumidor. O Indicador de Confiança é composto por dois componentes: o Indicador de Condições Atuais, que afere o cenário momentâneo da economia e da própria vida financeira e o Indicador de Expectativas, que avalia o que os consumidores esperam para os próximos seis meses. No caso do Indicador de Condições Atuais, a variação também foi positiva, passando de 29,6 pontos para 32,4 pontos na escala na passagem de um ano. Ao considerar somente a situação atual da economia, a pontuação foi de 22,5 pontos e ao considerar somente o estado da vida financeira, a pontuação foi de 42,3 pontos. De acordo com a sondagem, 78% dos brasileiros avaliam o atual momento econômico do país como ruim contra apenas 3% que consideram a situação ótima ou boa. Para 19%, a situação é regular. Quando o assunto é a avaliação da própria vida financeira, o percentual dos que consideram o momento atual como ruim cai para 40%, enquanto 14% avaliam a vida financeira de forma positiva. Outros 45% classificam o momento como regular. Para o presidente da CNDL, José Cesar da Costa, a consolidação da volta da confiança é uma condição necessária para a retomada do consumo das famílias
e dos investimentos entre os empresários. “Mas isso dependerá, fundamentalmente, do aumento de vagas de emprego e ganhos reais de renda, depois de um longo período de queda”, explica o presidente. Maior parte dos consumidores ainda vê cenário econômico como ruim. Desemprego e preços altos são principais justificativas O levantamento apurou que entre os que fazem uma avaliação negativa a respeito da economia brasileira, a maior parte cita o desemprego elevado como principal razão desse desalento (59%). Também aparecem com destaque os altos preços (55%) e as elevadas taxas de juros (43%), fatores que acabam inibindo o consumo. Já entre os que classificam a própria vida financeira de forma negativa, a razão mais lembrada é o alto custo de vida, mencionada por 54% dos entrevistados. O mesmo levantamento ainda revela que quase a metade dos consumidores (51%) aponta o elevado custo de vida como o fator que mais tem pesado na vida financeira familiar. Os aumentos de preços mais sentidos são os combustíveis (85%), conta de luz (85%) e compras nos supermercados (82%). “Mesmo com a queda da inflação, o nível dos preços ainda é elevado e a renda dos consumidores ainda não se recuperou do período de quedas. Isso faz com que o consumidor não sinta de forma tão evidente os efeitos da inflação sob controle”, explica a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. Outro fator que tem pesado na vida financeira dos consumidores é o desemprego, com 18% de menções. Em sentido oposto, para aqueles que veem o momento atual de sua vida como bom ou ótimo, o controle das finanças é a razão mais destacada, com 41% das citações. A economista Marcela Kawauti avalia que esse dado revela a importância de colocar a organização financeira como prioridade, sobretudo em um momento de crise como o atual. “Quem faz um controle sistemático do orçamento consegue ajustar os gastos e o padrão de vida com mais rapidez em momentos de aperto”, explica. Avaliação sobre o futuro supera a percepção do cenário atual e Indicador de Expectativas marca 54,8 pontos Embora o quadro atual seja negativo para parte considerável dos consumidores, os brasileiros nutrem esperanças de que a sua situação financeira melhore em um horizonte de seis meses, assim como a do país como um todo. De acordo com apuração do SPC Brasil e da CNDL, na passagem de janeiro de 2017 para janeiro de 2018, o Indicador de Expectativas passou de 54,2 pontos para 54,8 pontos. Considerando somente as expectativas para a economia, a pontuação foi de 45,1 pontos e quando se considera as expectativas com vida financeira, a pontuação foi ainda maior e atinge 64,5 pontos na escala. Em termos percentuais, as expectativas com o futuro da economia mostram-se melhores do que a avaliação do cenário atual. Para 39%, há pessimismo com os próximos seis meses, enquanto 24% mostram-se esperançosos de que a situação fique melhor. Outros 33% possuem uma visão neutra a respeito do tema. 59% dos brasileiros estão otimistas com futuro da vida financeira para os próximos seis meses. Maior parte, contudo, não sabe explicar razões Quando o assunto é o futuro da própria vida financeira, o percentual de otimistas sobe em relação ao percentual de otimistas com a economia: 59% disseram ter boas expectativas, enquanto 10% têm expectativas ruins e 26% estão neutros. Entre os otimistas com a economia, a maior parte (50%) não sabe ao certo explicar as razões de seu otimismo, apenas acreditam que coisas boas devem acontecer. O mesmo acontece com aqueles que estão em algum grau esperançosos com a própria vida financeira: 49% não sabem explicar esse sentimento. Outros motivos alegados por aqueles que acreditam na melhora da economia brasileira são a sensação de que as pessoas estão voltando a consumir (21%) e a percepção de que o desemprego começa a recuar (20%). Além disso, para 14% desses consumidores, os preços pararam de crescer na mesma velocidade de antes. Já em sentido oposto, entre os que manifestam pessimismo com a economia, 63% citam os escândalos de corrupção como principal entrave para o país se recuperar dos efeitos da crise. O alto nível de desemprego é mencionado por 39% e outros 29% discordam das medidas econômicas que estão sendo adotadas pelo atual governo. Metodologia Foram entrevistados 801 consumidores, a respeito de quatro questões principais: 1) a avaliação dos consumidores sobre o momento atual da economia; 2) a avaliação sobre a própria vida financeira; 3) a percepção sobre o futuro da economia e 4) a percepção sobre o futuro da própria vida financeira. O Indicador e suas aberturas mostram que há confiança quando os pontos estiverem acima do nível neutro de 50 pontos. Quando o indicador vier abaixo de 50, indica falta de confiança.
Fonte: Folha de S.Paulo Cadastro positivo ajuda 4 em 10 devedores Quatro em cada dez consumidores que aderiram ao Cadastro Positivo melhoraram a pontuação, o que pode facilitar a tomada de empréstimos a juros menores. No entanto, 22% pioraram o score após incluírem o nome na lista, mostra levantamento da Serasa Experian obtido pela Folha. Para o restante, 38%, nada mudou. O Cadastro Positivo é um banco de dados que busca concentrar informações financeiras dos consumidores. Pelas regras atuais, a pessoa precisa aderir ao sistema para que possa fazer parte dele. Atualmente, 6 milhões de consumidores estão inscritos. O apelo para participar é que, com todo o histórico de pagamentos, instituições financeiras podem distinguir melhor bons e maus pagadores, e dar condições favoráveis de crédito para o primeiro grupo. O acesso a mais informações também ajudaria a melhorar a pontuação de quem paga em dia as contas de água, luz e telefone, por exemplo. As notas no cadastro positivo vão de 0 (para devedores em situação mais complicada) a 1.000 (para quem paga tudo rigorosamente em dia). O levantamento da Serasa focou naqueles com até 300 pontos, com mais risco de inadimplência nos próximos 12 meses. A Serasa comparou o histórico financeiro (dívidas, datas de pagamentos de contas e de financiamentos em geral) antes e depois da inclusão no Cadastro Positivo. Os dados mostram que após a inclusão, de posse de dados adicionais sobre o comportamento do consumidor, foi possível melhorar a pontuação de 40% dos analisados. A Serasa não divulgou o número exato de consumidores monitorados. Beneficiados
A melhora foi possível porque a base de dados é mais ampla no cadastro. Exemplo: uma pessoa pode aparecer na lista de devedores de uma loja por atraso no pagamento de uma máquina de lavar roupa, mas no cadastro é possível ver que ela pagou em dia celular e conta de luz --o que melhora a sua nota. "Com um score melhor, a tendência é de que as pessoas tenham condições de juros melhores. Mais pessoas vão ter o crédito aprovado", diz Julio Guedes, diretor de Decision Analytics da Serasa. Guedes afirma que, se for aprovada a adesão automática ao cadastro, conforme previsto em projeto de lei do senador Dalírio Beber (PSDB-SC), mais bons pagadores serão beneficiados. "O próprio Henrique Meirelles [ministro da Fazenda] acredita que, com o cadastro positivo, empresas e bancos vão conhecer melhor os clientes, diminuindo taxas de juros. É uma ação que impacta o PIB [Produto Interno Bruto] e pode contribuir para o crescimento do país", avalia. Em outubro do ano passado, o ministro da Fazenda fez uma defesa pública das vantagens do Cadastro Positivo. O tema também está na agenda do Banco Central como mecanismo para reduzir os spreads bancários --diferença entre a taxa de juro de captação e empréstimo, que inclui custo administrativo e inadimplência. Mas a pontuação também piorou para uma parte do público, reconhece o diretor da Serasa. "Quando você tem mais dados, pode ser que a gente descubra que tem mais gente devendo, então o score [do devedor] piora", diz. Segundo o levantamento, os consumidores da região Norte seriam os mais beneficiados pelo banco de dados: 86,4% melhorariam ou manteriam a pontuação nos próximos 12 meses. "As regiões com faixas de renda inferior têm menos dados disponíveis sobre o consumidor. Quando você não tem tantos dados para conceder o crédito, acaba não fazendo uma avaliação tão boa da pessoa, e ela acaba ficando com uma pontuação mais baixa", afirma. Bancos e birôs de crédito defendem a adesão automática dos consumidores ao banco de dados, em possibilidade aberta pelo projeto do senador tucano, que, no momento, aguarda a apreciação na Câmara dos Deputados. O texto foi aprovado em outubro passado no Senado. Adesão
Hoje, o consumidor precisa se inscrever no cadastro, aprovado em 2011. Com o chamado "opt-out", todos seriam automaticamente incluídos na lista. Quem não quiser entrar tem de pedir a retirada do nome. O projeto de lei que passou no Senado também deixa mais claro quem forneceria as informações para o banco de dados. Além de bancos, a relação incluiria administradoras de consórcios e prestadores de serviços de água, esgoto, gás, luz, telecomunicações, por exemplo. As empresas que consultarem o sistema terão acesso apenas à nota de crédito do consumidor. Se quiserem conhecer o histórico de pagamentos ou informações mais detalhadas, precisam pedir autorização. Entidades de defesa dos direitos do consumidor criticam o projeto. O Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) avalia que as mudanças são "abusivas" e desrespeitam o Código de Defesa do Consumidor. "Fizemos pesquisas em anos anteriores que mostraram que as pessoas que aderiram ao cadastro não tiveram nenhuma modificação significativa no acesso a crédito", diz Rafael Zanatta, advogado do instituto. Acompanhe a CDL de Florianópolis nas redes sociais: Para garantir que nossos informativos cheguem à sua caixa de entrada, adicione
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