CDL

menu

Clipping - 09 e 10/04/2018

Publicado em 10/04/2018
Clipping - 09 e 10/04/2018

CDL de Florianópolis Ric Record: Balanço Geral
Pauta: Eu Amo a Praça
Clique aqui para assistir na íntegra.
NSC: JA - Agenda Cultural
Pauta: Eu Amo a Praça
Clique aqui para assistir na íntegra.
Rádio Jovem Pan: Jornal Local
Pauta: Eu Amo a Praça
Clique aqui para ouvir na íntegra.

Rádio Guarujá: Conexão Guarujá
Pauta: Eu Amo a Praça
Clique aqui para ouvir na íntegra.

Rádio CBN: Notícia na Manhã
Pauta: Eu Amo a Praça
Clique aqui para ouvir na íntegra.
Fonte: Notícias do Dia - Janine Alves


Fonte: Floripa News


Geral Fonte: Diário Catarinense Eleição presidencial já tem 14 pré-candidatos oficializados Faltando seis meses para a eleição presidencial deste ano, pelo menos 14 nomes já se colocaram publicamente na disputa. Mais uma pré-candidatura deve ser oficializada nas próximas semanas, a do PSB. Outros dois grandes partidos, PT e MDB, ainda não definiram seus quadros, apesar de prometerem apresentar um candidato aos eleitores. A decisão final deve ser tomada até o início de agosto, quando termina o prazo para cada partido definir as candidaturas nas convenções. Entre os concorrentes, há ex-presidentes, senadores, deputados, ex-ministros e até um ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Confira os pré-candidatos às eleições 2018:
Álvaro Dias - Podemos
O senador Álvaro Dias será o candidato do Podemos. Eleito senador em 2014, pelo PSDB, Álvaro Dias migrou para o PV e, em julho do ano passado, buscou o Podemos, antigo PTN. Com a candidatura do senador, a legenda quer imprimir a bandeira da renovação da política e da participação direta do povo nas decisões do país por meio de plataformas digitais. "Nós temos que rediscutir a representação parlamentar. Não somos senadores demais, deputados e vereadores demais? Está na hora de reduzirmos o tamanho do Legislativo no país, tornando-o mais enxuto, econômico, ágil e competente", afirmou Dias, em entrevista concedida nessa semana no Congresso Nacional. O político, de 73 anos, está no quarto mandato de senador. De 1987 a 1991, foi governador do Paraná, à época pelo PMDB. Na década de 1970, foi deputado federal por três legislaturas e, antes, foi vereador de Londrina (PR) e deputado estadual no Paraná. Álvaro Dias é formado em História. Ciro Gomes - PDT Pela terceira vez concorrendo ao posto mais alto do Executivo, o ex-governador do Ceará Ciro Gomes vai representar o PDT na disputa presidencial. Ao anunciar o seu nome como pré-candidato no dia 8 de março, o pedetista adotou um discurso contra as desigualdades e propondo um "projeto de desenvolvimento" para o país. "Não dá para falar sério em educação que emancipe, não dá para falar sério em segurança que proteja e restaure a paz da família brasileira sem ter compromisso sério para dizer de onde vem o dinheiro", disse no ato de lançamento da pré-candidatura. Ciro Ferreira Gomes tem 60 anos e é formado em Direito. Ele foi governador do Ceará por dois mandatos, ministro da Fazenda no governo de Itamar Franco e da Integração Nacional no primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Antes, ocupou a prefeitura de Fortaleza e o cargo de deputado estadual. Em 1998 e 2002, ele foi candidato à Presidência, tendo ficado em terceiro e quarto lugar, respectivamente. Fernando Collor - PTC O senador e ex-presidente da República Fernando Collor vai concorrer pelo PTC. Ele foi presidente da República entre 1990 e 1992, quando sofreu impeachment e foi substituído pelo então vice-presidente Itamar Franco. Foi o primeiro presidente a ser eleito pelo voto direto após o regime militar (1964-1985). Depois de ter os direitos políticos cassados, ele se candidatou ao Senado em 2006. Foi eleito e reconduzido ao cargo em 2014. Antes de ocupar a Presidência, o jornalista e bacharel em Ciências Econômicas formado pela Universidade Federal de Alagoas, foi governador de Alagoas (1986) e deputado federal (1982). Em discurso em fevereiro na tribuna do Senado, Fernando Collor de Mello disse que sua pré-candidatura é a retomada de uma missão pelo país. E afirmou que pretende alavancar novamente o Brasil, mediante um novo acordo com a sociedade. "Isso só será possível com planejamento e com sólido programa social que seja tecnicamente recomendável, politicamente viável e socialmente aceito", destacou. Geraldo Alckmin - PSDB Após a desistência de outros quadros da sigla, o PSDB oficializou, no último dia 20, a pré-candidatura do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Esta será a segunda vez que ele disputará a vaga. Em dezembro do ano passado, em uma movimentação para unir os demais quadros tucanos em torno de sua candidatura, Alckmin foi eleito presidente nacional do PSDB. Na entrevista coletiva em que anunciou a pré-candidatura, Alckmin afirmou que irá destravar a economia e colocou como prioridades a desburocratização, uma reforma tributária, retomar a agenda da reforma da previdência e reduzir os juros. Geraldo Alckmin tem 65 anos, é formado em medicina e é um quadro histórico do PSDB em São Paulo. Ele começou a carreira como vereador em Pindamonhangaba, no interior do estado. Foi prefeito da cidade, deputado estadual e deputado federal na Assembleia Nacional Constituinte. Vice-governador de 1995 a 2001, ele assumiu a administração paulista após a morte de Mário Covas, sendo reeleito em 2002. Disputou o Planalto em 2006, quando foi derrotado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no 2º turno. Eleito em 2010 para mais um mandato à frente do governo de São Paulo, Alckmin foi reeleito em 2014. Guilherme Boulos - PSOL Depois de uma consulta interna que contou com outros três nomes, o PSOL decidiu lançar a pré-candidatura de Guilherme Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), após ele se filiar à sigla no início do mês de março. Repetindo a estratégia das últimas eleições de apresentar uma opção mais à esquerda que os demais partidos, o PSOL participará com candidato próprio à corrida presidencial, que em 2010 e 2014 teve os nomes de Plínio de Arruda Sampaio e Luciana Genro na disputa. Segundo Boulos, é preciso levar a indignação dos cidadãos para dentro da política. Como bandeiras de campanha, ele elencou o combate aos privilégios do "andar de cima" da economia e a promoção de plebiscitos e referendos de consulta à população sobre temas fundamentais. "Nós queremos disputar o projeto de país. Não teremos uma candidatura apenas para demarcar espaço dentro da esquerda brasileira. Vamos apresentar uma alternativa real de projeto para o Brasil", afirmou. Um dos líderes do movimento pelo direito à moradia no Brasil, Boulos ficou conhecido nacionalmente após as mobilizações contra a realização da Copa do Mundo no país, em 2014. Como liderança do MTST, ele organizou a ocupação de áreas urbanas, em especial no estado de São Paulo. Formado em Filosofia e Psicologia, Boulos tem 35 anos. Jair Bolsonaro - PSL Deputado federal na sétima legislatura, Bolsonaro se filiou ao PSL no dia 7 de março. Considerado polêmico por suas bandeiras, Jair Bolsonaro defende a ampliação do acesso a armas e um estado cristão, além de criticar modelos de família, segundo ele, "não tradicionais", como casamento homossexual. "Nós temos propósitos, projeto e tudo para começar a mudar o Brasil. Nós somos de direita, respeitamos a família brasileira. Está na Constituição que o casamento é entre homem e mulher e ponto final. Esse pessoal é o atraso, uma comprovação de que eles não têm propostas e que a igualdade que eles pregam é na miséria", afirmou, durante o ato de filiação ao PSL. De acordo com o partido, ainda não há uma data de lançamento oficial da pré-candidatura. Nascido em Campinas, Jair Messias Bolsonaro tem 62 anos. Ele é formado em Educação Física e militar de carreira. Ele foi para a reserva das Forças Armadas em 1988, após se envolver em atos de indisciplina e ser eleito vereador pelo Rio de Janeiro. Desde 1991, assumiu uma cadeira na Câmara dos Deputados. Foi eleito deputado em 2014 pelo PP, mas migrou para o PSC antes de ir para o PSL. João Amoêdo - Novo Com 55 anos, João Amoêdo é o candidato pelo partido Novo, que ajudou a fundar. Formado em engenharia e administração de empresas, fez carreira como executivo do mercado financeiro. Amoêdo foi um dos fundadores do Partido Novo, que teve seu registro homologado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2015. A disputa presidencial em 2018 será a primeira experiência política dele. Entre as principais bandeiras de Amoêdo, assim como do Partido Novo, estão a maior autonomia e liberdade do indivíduo, a redução das áreas de atuação do Estado, a diminuição da carga tributária e a melhoria na qualidade dos serviços essenciais, como saúde, segurança e educação. "É fácil acabar com a desigualdade, basta tornar todo mundo pobre. Ao combater a desigualdade você não está preocupado em criar riqueza e crescer, você só está preocupado em tornar todo mundo igual. O importante é acabar com a pobreza e concentrar na educação básica de qualidade para todos", diz o candidato em sua página oficial na internet. José Maria Eymael - PSDC Já o PSDC confirmou no dia 15 de março a pré-candidatura do seu presidente nacional, José Maria Eymael, que vai concorrer pela quinta vez. Além de fundador do PSDC, José Maria Eymael é advogado e nasceu em Porto Alegre. Sua trajetória política começou na capital gaúcha, onde foi um dos líderes da Juventude Operária Católica. Em 1962, filiou-se ao Partido Democrata Cristão (PDC) e atuou como líder jovem do partido. Em 1986, foi eleito deputado federal por São Paulo. Em 1990, conquistou o segundo mandato na Câmara dos Deputados. Como parlamentar federal, Eymael defendeu a manutenção da palavra Deus no preâmbulo da atual Constituição Federal durante a Assembleia Constituinte, considerado um marco em sua trajetória política. Levy Fidelix - PRTB Outro candidato recorrente ao pleito é o jornalista e publicitário Levy Fidelix, representando o partido do qual é fundador: PRTB. Abordando temas em defesa da família e dos "bons costumes", ele buscará aproveitar o momento de insatisfação dos brasileiros com a corrupção para se dizer um candidato "ficha limpa". Fidelix concorreu ao cargo nas eleições de 2014, 2010 e de 1994. Antes de criar o PRTB, Fidelix participou da fundação do Partido Liberal (PL), em 1986, quando se lançou na carreira política e disputou uma vaga na Câmara dos Deputados pelo estado de São Paulo. Depois, migrou para o Partido Trabalhista Renovador (PTR), quando também concorreu a um mandato de deputado federal, no início dos anos 90. Apresentador de televisão, professor universitário e publicitário, Fidelix já concorreu três vezes à prefeitura da capital paulista e duas vezes ao governo do estado. Manuela D'Ávila - PC do B A deputada estadual do Rio Grande do Sul, Manuela D'Ávila, será a candidata pelo PC do B. A ex-deputada federal, por dois mandatos, teve a pré-candidatura lançada pelo partido comunista em novembro do ano passado. Esta é a primeira vez que o PC do B lançará candidato próprio desde a redemocratização de 1988. Um dos motes da campanha será o combate à crise e à "ruptura democrática" que, segundo a legenda, o país vive. "Trata-se de uma pré-candidatura que tem como algumas de suas linhas programáticas mais gerais a retomada do crescimento econômico e da industrialização; a defesa e ampliação dos direitos do povo, tão atacados pelo atual governo; a reforma do Estado, de forma a torná-lo mais democrático e capaz de induzir o desenvolvimento com distribuição de renda e valorização do trabalho", escreveu a presidente nacional do partido, Luciana Santos, ao lançar a candidatura de Manuela D'Ávila. Manuela D'Ávila tem 37 anos e é formada em jornalismo. Ela é filiada ao PC do B desde 2001, quando ainda era do movimento estudantil. Em 2004, foi eleita a vereadora mais jovem de Porto Alegre. Dois anos depois, se candidatou ao cargo de deputada federal pelo Rio Grande do Sul e se tornou a mais votada do estado. Em 2008 e 2012, disputou a prefeitura da capital gaúcha, mas ficou em terceiro e segundo lugar, respectivamente. Desde 2015, ocupa uma vaga na Assembleia Legislativa do Estado. Marina Silva - Rede Sustentabilidade A ex-senadora Marina Silva vai disputar a Presidência pela terceira vez consecutiva. Integrante da sigla Rede Sustentabilidade, Marina tem como plataforma a defesa da ética, do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável. Ela é crítica do mecanismo da reeleição, que, segundo ela, se tornou um "atraso" no país. "Sou pré-candidata à Presidência para unir os brasileiros a favor do Brasil. Os governantes precisam fazer o que é melhor para o país e não o que é melhor para se perpetuar no poder. Chega de pensar apenas em interesses pessoais e partidários", escreveu recentemente em seu perfil do Facebook. Marina Silva militou ao lado do líder ambientalista Chico Mendes na década de 1980. Filiada ao PT, ela foi eleita vereadora de Rio Branco e deputada estadual, antes de ocupar dois mandatos de senadora representando o Acre. Por cinco anos, foi ministra do Meio Ambiente do governo Lula e se desfiliou do PT um ano após deixar o cargo. Ela foi candidata ao Planalto em 2010 pelo PV e, em 2014, assumiu a candidatura do PSB à Presidência após a morte do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos. Paulo Rabello de Castro - PSC Até a semana passada no comando do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o economista Paulo Rabello de Castro deixou o cargo para confirmar a disposição de disputar à Presidência. Segundo o PSC, embora não tenha promovido um ato de lançamento, a legenda já trabalha com a pré-candidatura como oficial. Desde fevereiro, ele participa de eventos partidários pelo país junto ao presidente da sigla cristã, Pastor Everaldo, que concorreu à Presidência no pleito de 2014. As principais bandeiras do PSC são contra a descriminalização das drogas e a legalização do aborto. "Temos uma sociedade cujos valores morais estão completamente invertidos. Onde a arma na mão do bandido é uma arma livre, mas a arma na sua mão é proibida. E, eventualmente, você vai preso por portá-la. Quando o bom comportamento da família é zombado pelas novelas pornográficas e toda pornografia é enaltecida, como preservar a família nacional", disse, durante recente ato. Doutor em economia pela Universidade de Chicago, Paulo Rabello de Castro foi fundador da primeira empresa brasileira de classificação de riscos de crédito, a SR Rating, criada em 1993. Autor de livros sobre a economia e a agricultura brasileiras, o pré-candidato foi presidente do Lide Economia, grupo de empresários que têm em comum a defesa da livre iniciativa. Ele também coordenou o movimento Brasil Eficiente. Em 2016, foi indicado para a presidência do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e comandou a instituição de pesquisa por onze meses, até assumir a presidência do BNDES, em maio do ano passado. Rodrigo Maia - DEM Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (RJ) é o pré-candidato pelo DEM. Maia tem buscado ser uma alternativa de centro e, em suas próprias palavras, "sem radicalismos". Ele assumiu o comando da Câmara após a queda de Eduardo Cunha (MDB-RJ), preso pela Operação Lava Jato, e ganhou mais protagonismo político pelo cargo que ocupa, já que é o responsável por definir a pauta de projetos importantes, como a reforma da Previdência. Segundo ele, a pauta da Câmara não será prejudicada devido à sua candidatura ao Planalto. "A gente tem responsabilidade com o Brasil, já deu demonstrações disso. O projeto político do DEM é legítimo e é feito em outro momento e local, não tem problema nenhum disso", afirmou. Filho do ex-prefeito do Rio de Janeiro, César Maia, o político está no quinto mandato como deputado federal. Em 2007, assumiu a presidência nacional do DEM, após a reformulação do antigo PFL. Rodrigo Maia ingressou, mas não chegou a concluir o curso de Economia. Foi secretário de Governo do município do Rio de Janeiro no final da década de 1990, na gestão de Luiz Paulo Conde, que à época era aliado de César Maia. Vera Lúcia - PSTU O PSTU, que nas últimas vezes concorreu com o candidato José Maria de Almeida (Zé Maria), lançará uma chapa tendo a sindicalista Vera Lúcia como candidata à Presidência. Vera Lúcia, 50 anos, foi militante no PT e integrante do grupo fundador do PSTU. O vice na chapa é Hertz Dias, 47 anos, militante do movimento negro. MDB Com a promessa de, pela primeira vez depois de 24 anos, apresentar ao país um candidato à Presidência da República, o MDB ainda não definiu oficialmente como formará a chapa para a disputa. Nesta semana, o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles se filiou à sigla. No entanto, ao deixar o comando do Ministério da Fazenda na sexta-feira (6), Meirelles não informou a qual cargo pretende concorrer. Mas é cogitado como opção ao lado do presidente Michel Temer. O presidente Michel Temer não descartou a possibilidade de concorrer à reeleição. Nos últimos meses, o partido tem feito movimentos de resgate à história da legenda, que tem mais de 50 anos. Foi com esse intuito que mudou a sigla de PMDB para MDB. A decisão sobre a candidatura, porém, ainda não está tomada. PSB Após a morte do ex-ministro e então presidente nacional do partido, Eduardo Campos, em plena campanha eleitoral de 2014, o PSB passou por dificuldades de identificação e falta de lideranças nos últimos anos. Nessa sexta-feira (6), porém, a sigla recebeu a filiação do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, e tem nele a grande aposta de participar do pleito deste ano. Como membro da Suprema Corte de 2003 a 2014, Joaquim Barbosa ganhou notoriedade durante o período em que foi relator do processo do Mensalão, que condenou políticos de diversos partidos pela compra de apoio parlamentar nos primeiros anos de governo do PT. Antes, foi membro do Ministério Público Federal, funcionário do Ministério da Saúde e do Itamaraty. De acordo com o líder do PSB na Câmara, deputado Júlio Delgado (MG), que tem participado das conversas com Barbosa, o nome dele fica eleitoralmente viabilizado, embora ainda seja necessário construir sua candidatura por todo o Brasil. "Ao se filiar, até pela viabilidade que já mostra, eu acho que o nome dele já fica irreversível. Acho que ele é o candidato capaz de unir o Brasil, tranquilizar, trazer a decência necessária contra essa divisão de lados [que o país vive]", disse à Agência Brasil. PT Depois de ganhar as últimas quatro eleições, o PT anunciou a pré-candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas dificilmente conseguirá lançá-lo à disputa. Lula foi preso nesse sábado (7) para cumprimento da pena de 12 anos e 1 mês de prisão. Ele foi condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) a 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Embora o cenário seja desfavorável, aliados defendem que Lula recorra ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em busca de uma autorização para se candidatar, já que a Lei da Ficha Limpa prevê a impugnação das candidaturas de políticos condenados em segundo grau da Justiça. Outros nomes cotados dentro do partido são do ex-governador da Bahia, Jaques Wagner, e o do ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, além da opção por apoiar a candidatura de outro partido da esquerda. Prazos De acordo com a legislação, os partidos políticos devem promover convenções nacionais com seus filiados entre 20 de julho e 5 de agosto para que oficializem as candidaturas. A data final para registro das candidaturas pelos partidos políticos na Justiça Eleitoral é 15 de agosto.

Fonte: Diário Catarinense

Agronegócio brasileiro fatura 4,1% mais com exportações em março As exportações do agronegócio brasileiro cresceram 4,1% em valor em março em relação a igual mês do ano anterior, informou nesta segunda-feira, 9, em nota, o Ministério da Agricultura. O faturamento alcançou, no mês passado, US$ 9,08 bilhões, ante US$ 8,73 bilhões de março/2017. Já as importações cederam 6,9% em valor, para US$ 1,29 bilhão, resultando em um saldo comercial positivo de US$ 7,79 bilhões. O ministério informou, ainda, que os produtos do agronegócio representaram 45,2% do total das vendas externas brasileiras no mês, com aumento de quase dois pontos porcentuais de participação ante março de 2017. Por produtos, ainda em relação a março deste ano, os de origem vegetal foram os que mais contribuíram para o avanço, com incremento de US$ 417,08 milhões, principalmente por causa de produtos florestais, com vendas externas US$ 374,49 milhões acima de março de 2017. Outros setores se destacaram, como sucos (+US$ 107,51 milhões); cereais, farinhas e preparações (+US$ 93,55 milhões); fumo e seus produtos (+US$ 78,84 milhões) e fibras e produtos têxteis (+US$ 27,97 milhões). Quanto ao valor exportado destacaram-se: complexo soja (44,3% do total faturado), carnes (14,8%), produtos florestais (13,9%), complexo sucroalcooleiro (7%) e café (4,5%). Os cinco setores representam 84,4% das exportações do setor. O complexo soja faturou US$ 4,03 bilhões em exportações no mês, recuo de 0,8% sobre março/2017, em função da menor quantidade embarcada de soja em grão (-1,8%), a preço médio 1% inferior. O total arrecadado com as exportações de soja em grão alcançou US$ 3,44 bilhões, ante US$ 3,53 bilhões em março de 2017. Ainda dentro do complexo soja, as exportações de farelo subiram 16,8%, atingindo US$ 507,14 milhões, enquanto as exportações de óleo de soja diminuíram 5,8%, com US$ 84,47 milhões. No segundo lugar do ranking estão as carnes (de frango, suína e bovina), com US$ 1,34 bilhão, estável ante março/2017. O principal produto foi a carne bovina, que em março faturou valor recorde para o mês, de US$ 591,97 milhões e 22,1% mais ante o terceiro mês de 2017. Já o volume embarcado foi 24,1% maior, compensando a queda de 1,6% no preço médio. As exportações de frango cederam 9,7%, com US$ 580,59 milhões no mês passado. Além da retração da quantidade (-1,6%), houve queda no preço médio do produto (-8,2%). Também houve queda nas vendas de carne suína (-23,4%), decorrentes tanto da retração na quantidade embarcada (-7,8%), quanto do preço (-16,9%). No acumulado do primeiro trimestre de 2018, as exportações brasileiras do agronegócio atingiram US$ 21,47 bilhões, valor 4,6% maior ante igual período do ano passado e um recorde para janeiro a março. O Ministério da Agricultura informa que tal acréscimo é atribuído ao aumento de 6,7% na quantidade embarcada, pois houve queda de 1,9% no preço médio. Destinos A Ásia se manteve como principal região de destino das exportações do agronegócio, somando US$ 4,65 bilhões. A União Europeia ocupou a segunda posição no ranking de blocos econômicos e regiões geográficas de destino das vendas externas do agronegócio brasileiro no mês. Houve crescimento de 22,9% nas vendas ao mercado, decorrentes, principalmente, do aumento nas exportações de celulose (+162,6%); soja em grãos (+59,7%); sucos de laranja (+38,8%); fumo não manufaturado (+120,2%) e farelo de soja (+12,9%). Importações Já as importações recuaram 3,9% no trimestre, caindo de US$ 3,76 bilhões para US$ 3,61 bilhões, desempenho explicado, sobretudo, pela queda de 3,8% no índice de quantidade, enquanto o índice de preço teve ligeiro decréscimo de 0,1%. "Com isso, o superávit comercial do agronegócio subiu de US$ 16,76 bilhões para US$ 17,86 bilhões, um recorde", diz a nota. Na comparação de março/2017 com março/2018, as importações de produtos do agronegócio sofreram queda de US$ 96,09 milhões. Os principais produtos adquiridos pelo Brasil foram pescados (US$ 142,72 milhões); álcool etílico (US$ 135,19 milhões); trigo (US$ 87,73 milhões); papel (US$ 78,73 milhões) e vestuário e produtos têxteis de algodão (US$ 58,35 milhões). Além dos pescados e do trigo, outros produtos que tiveram as maiores reduções em importações foram arroz (-US$ 30,93 milhões); lácteos (-US$ 22,53 milhões) e malte (-US$ 15,24 milhões). Fonte: Diário Catarinense Cruzeiros trazem 80 mil turistas a Santa Catarina nesta temporada O navio Costa Favolosa fechou neste sábado, em Balneário Camboriú, a temporada de cruzeiros em Santa Catarina. A entrada da cidade no circuito de cruzeiros foi a grande novidade do mercado no país, e alavancou os números do turismo no Estado. Desde novembro, mais de 80 mil passageiros e tripulantes chegaram aos destinos catarinenses a bordo dos transatlânticos. Pelo menos 70% desceram dos navios para conhecer a região. As escalas regulares se concentraram em Balneário Camboriú e Porto Belo, movimentadas especialmente pela oferta de minicruzeiros que partiram de Santos (SP) e pararam nas duas cidades neste verão _ um modelo mais econômico de cruzeiro, que despertou o interesse dos turistas. Itajaí, que tem limitação de cais e não comporta o tamanho dos transatlânticos que navegam a costa brasileira, recebeu navios menores, de alto luxo. O volume de movimentação financeira ainda é incerto. A Fecomércio, por exemplo, ainda não considera o turismo de cruzeiros em suas pesquisas pelo Estado. A Secretaria de Turismo de Balneário Camboriú coletou informações com os cruzeiristas desde novembro e concluirá neste sábado as entrevistas, que trarão dados sobre os gastos de cada visitante. A média calculada pela Fundação Getúlio Vargas (FGF) é de R$ 559 por pessoa. Mas, diante da retração econômica, é possível que o investimento tenha sido um pouco menor. Se considerado o gasto mínimo por escala, de R$ 300 _ considerando alimentação e passeios _ pelo menos R$ 17 milhões foram injetados na economia catarinense com a vinda dos transatlânticos. _ Temos um levantamento com comércios, restaurantes, e está todo mundo satisfeito. Aumentou o movimento também em uma época que não é alta temporada, já que a os navios vêm de novembro a abril _ diz o empresário Julio Tedesco, do Atracadouro Barra Sul, em Balneário Camboriú. Outras cidades, como Blumenau, Ilhota e Penha, também são destinos escolhidos pelos turistas que descem dos transatlânticos. Para o próximo verão, a previsão é de crescimento. De 20 escalas nesta temporada, o atracadouro de Balneário Camboriú passará para 27 _ e as negociações com as companhias continuam. O Atracadouro Barra Sul já foi sondado por empresas de cruzeiros norte-americanas, que estão interessadas em investir no Brasil. A MSC, companhia que teve mais escalas em Santa Catarina neste verão, já anunciou que trará a Balneário Camboriú seu novo navio, o Seaview, a partir de novembro. A embarcação será inaugurada na temporada europeia, e virá ao Brasil logo depois. Uma recente vistoria da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) aprovou 100% das instalações do atracadouro de Balneário Camboriú. Um ano após ter feito a manobra-teste, que atestou a viabilidade da vinda dos transatlânticos, o Atracadouro Barra Sul aguarda a autorização definitiva para a operação, que é esperada para os próximos dias. O processo para iniciar as operações levou 12 anos e exigiu uma extensa documentação. Para o empresário Julio Tedesco, responsável pelo atracadouro, havia a certeza de que Balneário Camboriú poderia entrar nesse mercado “com o pé direito”. Ele não está sozinho: _ Os cruzeiros potencializaram o destino Balneário Camboriú, trouxeram uma nova imagem, mais internacional. E mostraram que estamos preparados para receber esses turistas, que já descem numa paisagem incrível _ diz a empresária Ana Maria Alves dos Santos, presidente do Convention & Visitors Bureau. Alfandegamento Em Porto Belo, segue a luta para conquistar o alfandegamento, que permite a nacionalização dos navios _ o que significa um upgrade imediato no número de escalas. A Fundação Municipal de Turismo já preparou um plano de segurança, e agora trabalha na adequação do projeto às exigências feitas pelo governo federal. Também foi feito um projeto para fechar parte do atracadouro atual, para que seja usado como base para a Receita Federal. Uma equipe de Balneário Camboriú acompanhou recentemente, em Santos, o processo de embarque e desembarque dos turistas para avaliar se há viabilidade de uma operação semelhante por aqui. Se for o caso, também pedirá o alfandegamento. Ganha-ganha O que poderia ter significado concorrência entre destinos turísticos acabou em parceria. A entrada de Balneário Camboriú no mercado de cruzeiros trouxe bons ventos para Porto Belo, destino tradicional dos transatlânticos em Santa Catarina. Presidente da Fundação Municipal de Turismo de Porto Belo, Zene Drodowski diz que, até então, boa parte dos turistas que desciam dos navios na cidade escolhia Balneário Camboriú para passar o dia. Com as paradas nas duas cidades, os visitantes permanecem em Porto Belo e passaram a conhecer melhor a região da Costa Esmeralda. Retomada Devido à estrutura do porto, Itajaí que é hoje o único destino de transatlânticos catarinense em funcionamento onde é possível nacionalizar os navios. Mas o píer turístico não permite entrada dos grandes cruzeiros. De olho na retomada do mercado, a prefeitura tenta viabilizar a atracação dos transatlânticos no cais comercial, dentro do terminal portuário. Em fevereiro representantes da Associação Brasileira de Cruzeiros (Clia/Abremar) estiveram em Itajaí e avaliaram as possibilidades. A ideia é que a cidade permita a operação de roteiros em direção ao Sul da América do Sul.
Fonte: Diário Catarinense - Estela Benetti Venda de imóveis e o ritmo da economia Um dos segmentos mais impulsionadores do crescimento econômico, a construção civil do país sente o baixo ritmo de atividade e a tímida demanda, apesar da queda dos juros básicos, da inflação e da continuidade do crescimento. É isso que mostra a pesquisa FipeZap, que indica preço de venda do metro quadrado de imóveis nas 20 principais cidades brasileiras. No mês de março, o resultado foi uma estagnação, com variação de -0,02%, quase repetindo janeiro, que ficou em -0,05%. No ano, o resultado dessas cidades ficou em -0,8%. Florianópolis, única catarinense na pesquisa, manteve uma das mais altas variações, repetindo o diferencial do setor na Ilha de SC. O aumento do custo do metro quadrado na capital atingiu 0,30% no mês e acumulou 1,04% no primeiro trimestre, com valorização real diante da inflação de 0,76% acumulada no período. Foi a terceira maior variação do país. O preço médio da cidade teve a quarta maior ficou em R$ 6.890 por metro quadrado. O mais caro, do Rio, atingiu R$ 9.661. Diante da expectativa com as eleições, e fraca abertura de novos empregos, a venda de imóveis não terá saltos expressivos este ano.
Fonte: Diário Catarinense - Estela Benetti Bilhões em consignado e outros negócios No país do juro mais caro do mundo, o empréstimo pessoal com menor "spread", o consignado, acaba sendo a melhor alternativa. É justamente isso que impulsiona o negócio principal da empresa financeira catarinense Fontes Promotora de Crédito, a segunda maior do país na intermediação de crédito consignado junto a bancos, que projeta movimentar este ano R$ 4 bilhões, 18% mais que em 2017. Os jovens empreendedores Arthur Oliveira (E), Felipe Corá (C) e João Neto (D), sócios do grupo, estão premiando os principais parceiros do país com uma viagem de cruzeiro nas Bahamas e Miami. Além do negócio de consignado, eles têm mais empresas do setor financeiro e uma franquia de alimentos naturais, a Saladices, que somam mas de 10 negócios diferentes e juntas faturaram R$ 320 milhões no ano passado. Nesse grupo de novas empresas financeiras, se destacam a fintech Deucrédito e a Passepag, de maquininhas de cartões.
Fonte: Hora de Santa Catarina

STF oficia Ministério da Justiça sobre revisão de demarcação de terra indígena

Enquanto o processo movido pelo Estado contra os índios avança, os guaranis do Morro dos Cavalos lançaram nesta segunda-feira uma campanha pela "homologação da T.I. Morro dos Cavalos"

No mês do Índio, o impasse entre o Governo de Santa Catarina e os guaranis que vivem na Terra Indígena (TI) Morro dos Cavalos, em Palhoça, ganha um novo capítulo da disputa pela terra nos tribunais. Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e relator da ação proposta pela Procuradoria-Geral do Estado (PGE) que pede a anulação do ato demarcatório, oficiou o Ministério da Justiça para que aprecie o pedido de revisão feito pela PGE em 2013. Moraes também pediu uma série de documentos para juntar ao processo que, em resumo, visa anular a portaria da União que demarcou administrativamente 1.988 hectares (perímetro de 31 quilômetros) da TI em 2008. A portaria, entretanto, ainda não foi homologada em definitivo pela Presidência da República. Enquanto o processo movido pelo Estado contra os índios avança, os guaranis do Morro dos Cavalos lançaram nesta segunda-feira uma campanha pela "homologação da T.I. Morro dos Cavalos". Quem participou do ato foi a procuradora da República Analucia Hartmann, autora de outra ação, também nas mãos do ministro Moraes, que pleiteia liminarmente a homologação definitiva da Terra Indígena, processo que está à espera de despacho no gabinete da Presidência da República há 10 anos. Analucia, que acompanha a questão há anos, disse estar nesse momento mais preocupada em cobrar das autoridades a homologação da TI Morro dos Cavalos. Sobre o pedido do Estado para anular a demarcação, ela considera haver elementos de sobra para derrubar as pretensões da PGE. — A ação da PGE é muito específica e diz respeito a um litígio entre o Estado membro e a União. A União quer demarcar, o Estado membro é contra. Nesse caso, eu acho que já poderia ter uma decisão no STF, até pela ilegitimidade do Estado. Eu já coloquei que nessa ação o Estado está escolhendo uma parte de sua população, e desde quando o Estado, já que não são terras do Estado, podem escolher entre as populações, porque os índios também são catarinenses — destaca Analucia, que expõe o desejo dos indígenas em ver a questão resolvida, bem como que o STF coloque o assunto na pauta e "afastem os argumentos do Estado e mantenham a decisão em primeiro grau" pela manutenção da demarcação em 1.988 hectares. O procurador-geral do Estado, Ricardo Della Giustina, destaca como positiva a decisão do STF. Afirma que ela "privilegia uma tentativa de solução administrativa para a controvérsia, razão pela qual a Procuradoria Geral do Estado pedirá audiência com o ministro da Justiça, para buscar uma saída que garanta segurança jurídica para a região". Estado entende que não havia índios na região em 1988; União e MPF discordam Conforme ofício do ministro Moraes, a manifestação do Ministério da Justiça sobre o pedido de revisão deverá levar em consideração os critérios de demarcação de terras indígenas definidos pelo Supremo no caso da terra indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, julgado em 2008, os quais também foram incorporados no parecer Nº 0001/2017, da Advocacia Geral da União. Na prática, isso significa que deve ser observada a tese do marco temporal, segundo a qual somente pode ser considerada terra indígena aquelas que, na data da promulgação da Constituição Federal de 1988, já eram tradicionalmente ocupadas por comunidades indígenas. Para Analucia, essa questão já foi provada exaustivamente nos autos e "não é um problema", pois no processo demarcatório existem inúmeros provas da ocupação indígena na região muitas antes da promulgação da Constituição de 1988. Mesmo entendimento tem o subprocurador geral da República, Rogério Navarro, que participou de audiência pública no Senado em novembro para tratar do assunto, e afirmou que a TI Morro dos Cavalos "é uma terra que goza de presunção de legitimidade pela demarcação". Ele diz que o índio "é um protetor do meio ambiente" e cita "interesses minerais" na região. — Laudos antropológicos garantem a ocupação das terras pelos indígenas bem antes de 1988. E não se pode falar em marco temporal, mas sim em marcos temporais, tanto que quando da criação do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, em 1975, já havia documentos da presença indígena — destacou na ocasião. No entanto, segundo a tese defendida pela PGE na ação, a presença de índios da etnia Guarani Mbyá no Morro dos Cavalos, "conforme evidenciado em estudo antropológico da própria Funai", ocorreu apenas na década de 1990, razão pela qual "essa área não preencheria o requisito legal para que ocorra a demarcação da área do Morro dos Cavalos como terra indígena". MPF oficiou Polícia Civil sobre investigação de ataque a cacica do Morro dos Cavalos Uma série de ataques contra aldeias guaranis no Morro dos Cavalos, tornadas públicas em novembro de 2017, seguem ocorrendo, em especial aos fins de semana, revela a procuradora Analucia Hartmann. Um desses casos, o mais grave registrado até o momento, foi as agressões sofridas pela cacica Ivete de Souza, 59 anos, atacada a golpes de facão em 2 de novembro do ano passado dentro de sua própria casa na aldeia Tekoá Yakã Porã (Rio Bonito). Ivete teve a mão esquerda decepada com os golpes e permaneceu por mais de 20 dias internada no Hospital Regional, em São José. Um inquérito foi instaurado pela Polícia Civil, sob o comando da delegada Eliane Chaves. O documento, em segredo de Justiça, ainda não foi concluído e nenhuma pessoa foi indiciada. O promotor Alexandre Carrinho Muniz, da 8ª Promotoria de Justiça de Palhoça, devolveu os autos à delegada em 2017 pedindo novas diligências na tentativa de esclarecer o crime, que inicialmente tinha como autores alguns menores de idade. Desde então, os autos não retornaram ao MP e permanecem com a Polícia Civil. A reportagem não localizou a delegada Eliane Chaves para falar sobre o assunto. A procuradora Analucia, que também acompanha a investigação do ataque a cacica, diz que a Polícia Federal não assumiu o caso porque a investigação envolve menores. Afirma que "ainda não há comprovação de que há mandantes interessados na questão fundiária" e se houver o MPF "pedirá o deslocamento das investigações para a Polícia Federal". — Encaminhei um ofício há 15 dias para a Polícia Civil pedindo para eles agilizarem essa investigação — conta Analucia. Fonte: SPC Brasil Um em cada quatro usuários de cartão de crédito entraram no rotativo em fevereiro, mostra indicador do SPC Brasil e CNDL 35% dos consumidores utilizaram o cartão de crédito para realizar alguma compra. 47% dos que tomaram empréstimo ou financiamento atrasaram parcela. 41% estão no vermelho, sem conseguir pagar todas as contas O Indicador de Uso do Crédito apurado pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) mostra que 35% dos consumidores fizeram uso do cartão de crédito para realizar alguma compra em fevereiro e um em cada quatro (24%) usuários entraram no rotativo, sendo que 10% pagaram um valor entre o mínimo e o total. A maioria (72%) afirma ter pagado o valor integral da fatura. A sondagem ainda investigou o uso de outras modalidades de crédito, pré aprovadas ou não, e constatou que quatro em cada dez consumidores (41%) utilizaram alguma delas: o crediário foi mencionado por 9%; o cheque especial por 6%, e os empréstimos também 6%, além dos financiamentos (3%). Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, atrasos no rotativo custam muito caro e o consumidor precisa ter consciência disso. “O pagamento do mínimo não é algo com que se deve contar, sob pena de ver a dívida crescer muito rápido. Mesmo que se aplique as novas regras do cartão de crédito, que determinam que os atrasos devem ficar no máximo 30 dias no rotativo, a opção de parcelamento da fatura também envolve altas taxas, que chegam a mais de 170% ao ano, na média”, alerta. O levantamento revela ainda que cerca de 20% dos brasileiros tiveram crédito negado em fevereiro ao tentarem parcelar uma compra em estabelecimentos comerciais ou contratar serviços a prazo. A inadimplência (9%) e a falta de comprovação ou insuficiente de renda (5%) foram as principais razões para a negativa. “O acesso ao crédito é um fator de inclusão no mercado de consumo, mas que requer bastante cuidado. O consumidor que tem acesso ao crédito consegue antecipar o consumo de bens que, de outro modo, só seriam conquistados depois de um tempo de poupança. Mas muitos consumidores acabam se perdendo no atalho do crédito e comprometendo a própria vida financeira”, afirma a economista. O Indicador de Uso do Crédito que varia de zero a 100, marcou 26,2 pontos, sendo que quanto mais alto, maior a utilização de modalidades de crédito. Valor médio do total da fatura do cartão de crédito em fevereiro foi de R$ 928 De acordo com a sondagem, entre os que usaram cartão de crédito em fevereiro, 39% aumentaram o valor da fatura com relação ao mês anterior, enquanto 19% notaram redução e 36% que o valor permaneceu o mesmo. Questionados sobre o gasto total da fatura, o valor médio foi de R$ 928,28. A lista de itens comprados com o cartão de crédito é variada. Os alimentos no supermercado foram os itens mais citados, lembrados por 64% dos consumidores. Em seguida, vieram os remédios (43%), as roupas, calçados e acessórios (33%) e combustível (32%). 48% dos que tomaram empréstimo ou financiamento atrasaram parcelas No total, apenas 11% dos consumidores consideram a tomada de crédito como algo fácil nos dias de hoje. Para 54%, trata-se de algo dificil, ao passo que 18% consideram regular. Entre as classes C, D e E, a percepção de que é difícil contratar crédito é maior, chegando a 60% desses consumidores. Sobre as dificuldades que o mau uso do crédito pode acarretar, o levantamento aponta que 47% dos tomadores de empréstimos e financiamentos atrasaram, em algum momento, parcelas dessa dívida – sendo que 21% ainda possuem prestações pendentes. 41% estão no vermelho, sem conseguir pagar todas as contas De acordo com o Indicador de Propensão ao Consumo, entre os produtos que os consumidores pretendem comprar em abril, excluindo os itens de supermercado, os remédios lideram a lista (21%). Em seguida, aparecem as roupas, calçados e acessórios (19%); a recarga para celular (14%), entre outros. Refletindo sobre a própria situação financeira, a maior parte diz estar no vermelho, sem conseguir pagar todas as contas (41%) ou no zero a zero – não sobrando e nem faltando dinheiro no orçamento (40%). Apenas 15% dizem estar com sobra de dinheiro. A principal razão para estar no vermelho, segundo esses entrevistados, é o fato de os bens de consumo estarem mais caros, mencionada por (46%). Além disso, menciona-se a queda da renda (26%), a perda do emprego (19%) e o descontrole dos gastos (9%). “Os dados acerca da situação financeira dos consumidores são bastante claros ao mostrar que, apesar de a economia ter iniciado um processo de recuperação, muitas famílias ainda estão em situação de aperto. Justamente esses casos demandam mais cuidado no uso do crédito, pois o acesso irrestrito e o uso irrefletido das modalidades disponíveis pode agravar ainda mais a situação”, explica o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro. “À medida que a renda se recupere e o desemprego caia de maneira mais expressiva, o quadro da situação financeira das famílias deve melhorar, motivando o consumo de maneira geral e, em particular, o uso do crédito”, conclui. Metodologia A pesquisa abrange 12 capitais das cinco regiões brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Salvador, Fortaleza, Brasília, Goiânia, Manaus e Belém. Juntas, essas cidades somam aproximadamente 80% da população residente nas capitais. A amostra, de 800 casos, foi composta por pessoas com idade superior ou igual a 18 anos, de ambos os sexos e de todas as classes sociais. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais.
Fonte: Folha de S.Paulo PT reafirmará candidatura de Lula, mas já vive divisão Reunião nesta segunda insistirá em lançar ex-presidente, mesmo preso Ainda sob impacto da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o comando do PT se reúne nesta segunda-feira (9) em Curitiba para dobrar a aposta e reafirmar sua candidatura à Presidência da República. Mais do que a crença nas chances de Lula disputar a Presidência em outubro, essa é uma estratégia de defesa. O discurso de que Lula é alvo de um golpe para impedir sua volta ao Planalto é o principal argumento para tirá-lo da prisão. Embora já duvidem da possibilidade de inserir seu nome nas urnas, aliados do ex-presidente evitam falar em plano B neste momento, pois seria reconhecer que ele não será absolvido, nem deixará as instalações da Polícia Federal nos próximos dias. Líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS) afirma que a reunião será exclusivamente dedicada a mobilização e articulação política em apoio ao ex-presidente. Segundo ele, deverá ser divulgado uma nota de reafirmação de sua candidatura. Essa estratégia deverá ser intensificada até quarta-feira (11), quando o plenário do STF deverá julgar um pedido de liminar que visa a evitar prisões de condenados em segunda instância até que a corte decida se um réu pode ser preso antes que esgotados todos os recursos. Na reunião, os petistas desenharão uma tática para que Lula continue a orientar o partido de dentro da Superintendência da PF. Só nesta segunda-feira dirigentes partidários saberão quem estará autorizado a visitar Lula. A partir daí, destacarão emissários para ouvi-lo sobre estratégia de alianças e sucessão presidencial. Parlamentares petistas também pretendem se reunir na manhã de terça (10), em Brasília, para definir estratégia de atuação no Congresso. Diante dos últimos acontecimentos, cresceu a pressão do PT, principalmente via militância, por uma candidatura única no campo das esquerdas. PC do B e PSOL, no entanto insistem que a união dos partidos é, ao menos por ora, apenas em defesa de Lula e da democracia. "Neste momento, não nos parece que haja espaço para uma decisão desta natureza", diz Juliano Medeiros, presidente nacional do PSOL. O partido, que lançou a pré-candidatura do coordenador nacional do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), Guilherme Boulos, tem discutido mais a atuação política diante da prisão de Lula. Nesta semana, os comandos de PT, PSOL, PC do B, PDT e PC do B voltam a se reunir para tentar fechar um manifesto público em defesa de três eixos fundamentais —a favor de eleições livres e da soberania nacional e contra a violência da extrema direita. PDT e PSB têm se negado, porém, a endossar que "eleição sem Lula é fraude". Divergências

Petistas temem ainda o esfacelamento não só na esquerda, mas também dentro do partido. De quinta (5) a sábado (7), o Sindicato dos Metalúrgicos não foi apenas palco de uma resistência contra a prisão de Lula. Houve também um grave racha. Dirigentes petistas divergiram sobre a permanência de Lula nas instalações do sindicato. Segundo aliados do ex-presidente, integrantes da cúpula partidária e ex-ministros travaram duras discussões antes de decidir se ele se apresentaria à Polícia Federal. Para perplexidade de ex-ministros, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), e o líder do partido no Senado, Lindbergh Farias (RJ), insistiam para que o ex-presidente esperasse pela chegada da polícia. Tinham apoio de Boulos e MST. Com apoio do PC do B, ex-ministros como José Eduardo Cardozo (Justiça) e o ex-prefeito Fernando Haddad alertavam para o risco de derrotas judiciais e isolamento. A adesão do ex-ministro Paulo de Tarso Vannuchi (Direitos Humanos), um dos petistas mais próximos de Lula, à necessidade de se entregar foi fundamental. O medo é que, sem a presença física de Lula, essas divergências ganhem corpo.
Fonte: Folha de S.Paulo Aposentado precoce que ainda trabalha perde até 80% do salário, diz estudo Previdência brasileira, que permite a mais ricos se aposentarem sem idade mínima, reduz PIB Segundo os economistas, o resultado é provavelmente explicado por mudanças de emprego ocorridas nessa transição, que acarretam uma redução da remuneração recebida por hora. “As quedas salariais que encontramos são muito expressivas para pressupor que o indivíduo está fazendo a mesma coisa”, diz Ottoni. Essa diminuição na renda do trabalho explica uma parte substancial do impacto negativo do que os pesquisadores chamam de aposentadorias precoces sobre a economia brasileira. Outras causas de perdas são a saída definitiva de parte dos profissionais do mercado de trabalho após a concessão do benefício —que reduzem a produção do país. Pelos cálculos de Ottoni e Barbosa Filho, todos esses fatores somados subtraem entre 0,3% e 0,7% do PIB brasileiro. Em 2014, ano estudado pelos economistas, a perda equivalia a algo entre
R$ 17 bilhões e R$ 40 bilhões. Ou seja, a produção de bens e serviços do país naquele ano teria sido maior em algumas dezenas de bilhões se ninguém tivesse se aposentado antes dos 65 anos propostos como idade mínima pelo projeto de reforma da Previdência elaborado no fim de 2015, cuja tramitação está paralisada.
“Somando essa perda ano a ano, vai ficando cada vez mais relevante, e a tendência é aumentar”, afirma Ottoni. Regras atuais As regras atuais do sistema previdenciário brasileiro são consideradas um incentivo à aposentadoria precoce. Como não há idade mínima, quem tem acesso ao trabalho com carteira assinada se aposenta em geral apenas pelo tempo de contribuição —30 anos para mulheres e 35 anos para homens. Isso retira do mercado de trabalho profissionais em idade produtiva. Pesquisa Datafolha que investiga os valores e hábitos das faixas etárias brasileiras mostra que são 70% os aposentados brasileiros que pararam antes dos 60 anos de idade (20% se retiraram antes dos 50). O levantamento aponta que esses trabalhadores são, em sua maioria, qualificados. Na fatia com ensino superior, 60% se aposentaram entre os 50 e os 60 anos, e a média de idade foi de 55,2 anos. Os brasileiros com ensino médio são os que requerem o benefício mais cedo: em média aos 51,2 anos, sendo que 38% parou antes dos 50. Os que esperam mais tempo para pedir aposentadoria —em média, aos 57,8 anos— são os brasileiros com ensino fundamental. Entre esse grupo, 35% pediram o benefício após os 60 anos. Uma especificidade do regime previdenciário brasileiro é a possibilidade de acumular o beneficio previdenciário com renda do trabalho. Essa regra é incomum no contexto internacional, já que, em muitos países, a aposentadoria está associada à incapacidade para trabalhar. Desigualdade O estudo de Ottoni e Barbosa Filho não tinha como objetivo identificar o destino desses brasileiros que seguem ativos, embora aposentados, mas, segundo eles, é possível que alguns desses profissionais migrem do setor formal para o informal. Isso ajudaria a explicar a significativa perda de renda que eles sofrem na transição. O aumento da informalidade provocado pelas aposentadorias precoces tem impacto negativo sobre as contas públicas, o que também reduz o crescimento do país. “Aumenta a informalidade, já que não faz mais sentido contribuir para a Previdência. E isso reduz a arrecadação do governo”, diz Ottoni. Outro impacto negativo da aposentadoria precoce é sobre a desigualdade de renda. Um levantamento feito por Rogério Nagamine Costanzi e Graziela Ansiliero, do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), mostra que uma grande fatia dos brasileiros que requer o benefício antes dos 60 anos e segue trabalhando vem de estratos de renda mais altos. Em 2014, eles identificaram que 86,3% das aposentadorias foram concedidas para pessoas com menos de 60 anos de idade. No total, naquele ano, havia quase 1 milhão de aposentados que continuavam ocupados na faixa etária de 45 a 59 anos para homens e 45 a 54 anos para mulheres (grupos de idade selecionados de forma a excluir benefícios concedidos por idade). Entre os aposentados ocupados, 78% pertenciam ao grupo dos 30% mais ricos do país. Mudança de incentivo Para especialistas, os efeitos negativos das aposentadorias precoces tornaram a aprovação de novas regras inevitável, mas a reforma parou. A expectativa é que a nova proposta de mudanças seja feita somente pelo próximo governo. “A reforma da Previdência é uma questão de ajuste das contas [públicas], mas mais do que isso é fundamental para termos um país viável”, diz Vladimir Kuhl Teles, vice-diretor da Escola de Economia de São Paulo (EESP) da FGV. Barbosa Filho ressalta que, ao aumentar a idade mínima para a aposentadoria, mais brasileiros permanecerão na ativa e, provavelmente, com salários mais altos. “Isso terá o efeito de aumentar nosso PIB per capita”, diz. Um desafio, porém, segundo a demógrafa Simone Wajnman, será a inserção dos trabalhadores mais maduros no mercado de trabalho. “Resta saber se vai ter espaço para essa parcela da população”, diz ela, que é pesquisadora do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Ela diz acreditar que a recém-aprovada reforma trabalhista facilitará esse processo, pois aumentou a flexibilidade nas relações trabalhistas. “O trabalho remoto é um exemplo. Imagine um idoso duas horas no trânsito só para chegar ao trabalho em grandes metrópoles”. Acompanhe a CDL de Florianópolis nas redes sociais: Para garantir que nossos informativos cheguem à sua caixa de entrada, adicione
o e-mail contato@newscdlfpolis.com.br ao seu catálogo de endereços.

galeria de imagens

Compartilhar: