Clipping - 06/02/2018
Publicado em 06/02/2018
Clipping - 06/02/2018
CDL de Florianópolis
CBN: Notícia na Tarde
Pauta: Revitalização Conselheiro Mafra
Clique aqui para ouvir na íntegra.
Fonte: Economia SC
Geral
Fonte: Notícias do Dia
Deinfra faz manutenção da SC-404, acesso ao morro da Lagoa da Conceição, em Florianópolis
Previsão do superintendente regional do Deinfra, engenheiro Cléo Quaresma, é de que a obra será finalizada até quinta-feira (8). O pavimento da rodovia afundou após a enxurrada do mês de janeiro
A empresa contratada pelo Deinfra (Departamento Estadual de Infraestrutura) começou nesta segunda-feira (5) a obra de recuperação da rodovia Admar Gonzaga (SC-404) na subida do morro da Lagoa da Conceição, em Florianópolis. A previsão do superintendente regional do Deinfra, Cléo Quaresma, é de que a obra será finalizada até quinta-feira (8). O pavimento da rodovia afundou após a enxurrada do mês de janeiro.
O acostamento do trecho no sentido Lagoa foi o mais afetado. “O loteamento ao lado não fez o estudo necessário para redimensionar a galeria e o lixo acumulou neste ponto. Retiramos um caminhão com entulhos que estavam na tubulação”, explicou Quaresma.
O trabalho da empresa de Britagem Vogelsanger resultou em congestionamento na manhã desta segunda-feira nos dois sentidos da rodovia. Segundo o encarregado da obra, Juliano Martins, o objetivo é terminar a base ainda nesta segunda-feira. Com isso, o asfalto será recolocado nesta terça-feira (6).
A chuva, que deixou 18 feridos e dois mortos na capital catarinense, também provocou estragos na rodovia Manoel de Menezes (SC-406) em dois trechos. Segundo o engenheiro, a manutenção desses dois pontos deve aguardar o empenho de verba por parte do Deinfra.
Fonte: Notícias do Dia
Operação da Polícia Federal combate fraude contra o FGTS em Florianópolis
Investigados utilizavam atestados falsos para sacar o saldo do FGTS; prejuízo pode passar de R$ 500 mil
A Polícia Federal realiza desde às 5h30 desta terça-feira (6) a Operação Endemia, destinada a reprimir a utilização de documentos falsos para realização de saques irregulares do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço). São cumpridos nove mandados judiciais em Florianópolis.
De acordo com a PF, as investigações começaram há cerca de um ano a partir de informações encaminhadas pelo Setor de Segurança da Caixa Econômica Federal. Durante a apuração, foi identificada uma quadrilha que fornecia atestados médicos falsos de HIV e câncer para que usuários pudessem sacar ilegalmente o saldo do FGTS, o que caracteriza o crime de estelionato qualificado.
Com os atestados falsos já identificados, a polícia estima um prejuízo de aproximadamente R$ 500 mil à Caixa Econômica Federal, mas afirma que o valor pode ser maior após a análise dos materiais que estão sendo coletados nesta terça.
Cerca de 30 policiais federais com o apoio de 30 policiais militares estão cumprindo dois mandados de prisão preventiva, três mandados de prisão temporária e quatro mandados de busca e apreensão, todos expedidos pela 1ª Vara Federal de Florianópolis.
A PF também já tem a localização e a intimação de 11 investigados, que poderão ser indiciados pela prática dos crimes de estelionato qualificado e formação de quadrilha.
Segundo a polícia, o nome da operação é em referência ao fato de muitos dos atestados falsos já terem sido utilizados anteriormente por pessoas que residem em uma mesma rua, situada na comunidade do Morro da Mariquinha, no centro da Capital.
Fonte: Notícias do Dia
Ponte Hercílio Luz recebe a primeira peça importada durante restauração, em Florianópolis
Empresa portuguesa Teixeira Duarte faz a troca das celas, importadas da Espanha, na parte superior da torre continental. Já a manutenção das pontes Pedro Ivo e Colombo Salles continua indefinida
As três pontes que ligam a Ilha ao Continente de Florianópolis precisam de algum tipo de manutenção. A desativada Hercílio Luz é a única que passa por uma restauração completa. Atualmente, a empresa portuguesa Teixeira Duarte faz a troca das celas, que foram importadas da Espanha, na parte superior da torre continental. Já as pontes Colombo Salles e Pedro Ivo Campos, que suportam todo o tráfego viário, aguardam pelo fim do imbróglio da licitação para a escolha da empresa que fará a fiscalização da obra de manutenção.
A restauração da ponte Hercílio Luz, totalmente interditada para veículos e pedestres desde 1991, tem previsão de entrega para dezembro deste ano. Sem as barras de olhal, os trabalhos estão concentrados na troca das quatro celas que ficam sobre as duas torres principais. Na torre continental, as duas celas antigas foram retiradas e uma das peças importadas já foi colocada.
A empresa aguarda a manutenção de um guindaste para instalar a outra peça de 7.000 quilos. “As celas foram fabricadas pela empresa Guivisa, em Bilbao, na Espanha. Elas são as peças por onde as barras de olhal transpassam e são fixadas por pinos. O objetivo é que elas sejam trocadas até o fim da semana, mas dependemos da condição climática. É um trabalho que também depende do auxílio de alpinistas”, contou o fiscal de obra do Deinfra (Departamento Estadual de Infraestrutura), engenheiro Wenceslau Diotallevy.
O técnico em segurança do trabalho Marcos Rogério de Souza ficou impressionado com as pichações nas peças retiradas da ponte Hercílio Luz. Isso porque cada uma das celas estava a 75 metros do nível do mar. Após a colocação das novas celas da torre insular, a próxima etapa da restauração será a troca das rótulas.
As torres serão erguidas para a troca das rótulas. “Depois das rótulas começamos a remontar a ponte com a primeira barra de olhal. São 360 barras ao todo e a nossa previsão é de terminar a restauração em dezembro, se nada mais der errado”, disse Diotallevy. Além das celas, os pendurais foram importados da Itália.
Deinfra promete abertura de nova licitação em fevereiro
Construída em 1975, a ponte Colombo Salles só foi vistoriada em 2003, quando a explosão de um exaustor de energia em uma das galerias deixou Florianópolis sem luz por três dias. Já a ponte Pedro Ivo, inaugurada em 1991, nunca passou por manutenção. Em função disso, o MP-SC (Ministério Público de Santa Catarina) cobra providências do governo do Estado há mais de quatro anos. Segundo a assessoria de imprensa do Deinfra, a licitação para contratar a empresa que vai fiscalizar a obra deve ser lançada até o fim de fevereiro.
As duas pontes, que são os únicos acessos viários entre a Ilha de Santa Catarina e o Continente, recebem mais de 170 mil veículos por dia. O cenário é de abandono para quem circula com o olhar mais atento sob as estruturas. As passarelas desativadas foram arrombadas e viraram abrigo para as pessoas em situação de rua.
Em toda a extensão da ponte Pedro Ivo é visível à corrosão das chapas de ferro sob a estrutura e o desgaste do asfalto sobre as placas metálicas. Na Colombo Salles a situação não é diferente, com a queda da estrutura de concreto das fundações que deixa a ferragem à mostra, além das passarelas interditadas pela falta de manutenção. Uma empresa de Curitiba (PR) ganhou a licitação para executar a obra, em 2016, e ainda aguarda uma decisão judicial. Isso porque o TCE (Tribunal de Contas do Estado) determinou a anulação da licitação para a escolha da empresa responsável pela fiscalização.
O Deinfra fez a licitação para a fiscalização na modalidade pregão, que prioriza apenas o menor preço, mas o TCE entende que o correto deveria ser um processo na modalidade concorrência no tipo técnica e preço, em função de se tratar de serviços de engenharia. A polêmica aguarda decisão judicial. A assessoria de imprensa do Deinfra não soube informar qual será a modalidade utilizada na licitação.
Fonte: Diário Catarinense
Governo de SC pode entrar na Justiça para suspender emenda que aumenta repasses para a Saúde
Após não cumprir o percentual obrigatório de repasses para a saúde em 2017, o governo do Estado cogita ajuizar uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender a emenda que aumenta progressivamente a aplicação de recursos na área. Apesar de especialistas defenderem que a matéria pode ser questionada, é unanimidade entre eles que o governo deveria ter cumprido o que está estabelecido na Constituição estadual e repassado 13% do que foi arrecadado para a saúde – com os 12,6%, o Executivo deixou de aplicar R$ 60,2 milhões em hospitais, medicamentos e serviços de saúde.
Em nota, a Procuradoria Geral do Estado diz que está analisando a emenda constitucional estadual e que os primeiros estudos apontam para a inconstitucionalidade. O argumento é que a Constituição Federal "diz que o aumento no repasse para a saúde só poderá ser estabelecido por lei complementar federal". Segundo a assessoria, a análise teria iniciado no ano passado, mas sem explicar em qual mês, porém acrescenta que o governo ainda decidirá se irá ajuizar a Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) no STF e que não há prazo definido para isso.
Na outra ponta, o autor da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) e na época presidente da Alesc, deputado estadual Gelson Merisio (PSD), defende que a emenda é "absolutamento constitucional". O parlamentar diz que a lei federal estabelece o piso de aplicação para saúde, que é de 12%, e a partir disso é orçamento, que seria prerrogativa da Assembleia. Ele explica que a crise econômica fez o percentual investido em Saúde em SC cair de 12,9%, em 2016, para 12,6% em 2017, mas que não é justificativa para suspensão da emenda:
—Não se pode confundir uma dificuldade momentânea com uma regra que tem que ser de longo prazo para o Estado. Se não conseguiu no primeiro ano, você justifica e se acerta no segundo.
A PEC foi aprovada por unanimidade em outubro de 2016 na Alesc e por ser uma emenda à constituição não passa pela sanção do governador. Na época da votação da proposta dessa emenda, o Secretário de Estado da Casa Civil, Nelson Serpa, disse que nem sempre a vinculação dos recursos é a melhor solução, mas que a tramitação do processo era de inteira responsabilidade do Legislativo e era preciso respeitar a autonomia dos deputados. O atual presidente da Alesc, Silvio Dreveck (PP), diz que a Assembleia aprovou na confiança de que o Estado iria, a cada ano, aumentar 1% do repasse.
— Agora, se o Estado se achou no direito de contestar na Justiça, a Assembleia obrigatoriamente tem de aguardar até o final, que é a (decisão da) Justiça. Mas a Assembleia não aprovaria se não tivesse o desejo de que o Estado ampliasse esse percentual. Vamos torcer para que o Supremo reconheça como legal, como constitucional — diz Dreveck.
Para o advogado e professor da Univali Alexandre dos Santos Priess, os Estados têm autonomia para aumentar os repasses à saúde, já que a Constituição Federal estabelece os percentuais mínimos. Porém essa emenda apresenta um vício de iniciativa:
— Por se tratar de matéria orçamentária, quem deveria ter começado o processo legislativo para alterar a Constituição do Estado seria o governador.
O advogado e mestre em Direito Constitucional Marcelo Peregrino Ferreira também tem esse entendimento. Ele acrescenta que o Supremo Tribunal Federal tem várias decisões afirmando que o aumento do percentual ofende a iniciativa do Executivo, mesmo sendo realizado por emenda constitucional. Além disso, há ainda a questão da vinculação de receita à despesa, o que é proibido pela Constituição.
Mas como ainda não foi ajuizada a ação e tampouco houve a decisão do STF, o governo de SC deveria ter cumprido o que diz a Constituição estadual, alertam os especialistas.
— A obrigatoriedade constitucional estadual existe e seu descumprimento pode levar à rejeição de contas e, por conseguinte, à inelegibilidade do Chefe do Executivo — diz Ferreira.
O advogado e residente da Comissão de Saúde da OAB/SC, Maurício Batalha Machado, diz que por mais que a emenda não "se amolde às formalidades exigidas pelo controle de constitucionalidade", seja por afronta às disposições da Constituição Federal ou mesmo por vício de iniciativa, deve ser mantida e respeitada:
— Não só por questão legal, mas por princípio moral relacionado ao direito fundamental de saúde do cidadão, o qual deve se sobrepor a qualquer conveniência administrativa do Estado, tal como deve ocorrer com a segurança pública e a educação.
O que diz a Emenda Constitucional 72/16
Segundo a redação da emenda, deveria ser aplicado 13% da arrecadação do estado na saúde a partir de 1º de janeiro de 2017. A partir de 1º de janeiro de 2018, o percentual mínimo será de 14%. Por fim, será de 15% a partir de 1º de janeiro de 2019. Antes, o percentual mínimo era de 12%.
A medida surgiu da mobilização das câmaras municipais, das entidades hospitalares e da Assembleia Legislativa e resultou na apresentação de duas Propostas de Emenda à Constituição (PECs), que foram condensadas e transformadas na PEC 1/2016, conhecida como PEC da Saúde, aprovada por unanimidade pelos deputados em outubro de 2016.
O que diz a lei federal
A Lei Complementar n. 141, de 13 de janeiro de 2012, diz que os Estados e o Distrito Federal aplicarão, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde, no mínimo, 12% (doze por cento) da arrecadação dos impostos. Já os Municípios aplicarão anualmente em ações e serviços públicos de saúde, no mínimo, 15% (quinze por cento) da arrecadação dos impostos
Fonte: Diário Catarinense
Falso anúncio de aluguel de temporada: como se prevenir e o que fazer se for vítima
Em Itapema, no litoral Norte, foram pelo menos sete casos de falsos anúncios de aluguel nesta temporada
Imagine a seguinte situação: você e sua família desejam passar as férias de verão na praia. Antes de fazer as malas, procuram imóveis na internet que estão disponíveis para aluguel de temporada. Fecham negócio à distância, acertando por um valor bastante atrativo, mas ao chegar ao balneário são surpreendidos. A casa ou apartamento não existem, não estão para alugar ou são bem diferentes das fotos disponibilizadas.
A realidade que é cada vez mais comum, segundo demonstrou reportagem do Fantástico no último domingo, exige cuidados — tanto da parte de quem ainda não alugou, como quem já foi vítima do golpe do falso anúncio de locação. Em Itapema, no litoral Norte de Santa Catarina, houve acúmulo de casos nesta temporada de verão. Em um deles, segundo a Polícia Civil, houve prejuízo de R$ 12 mil reais.
Uma vez constatada a fraude, o inquilino precisa registrar um boletim de ocorrência (BO). Em Santa Catarina, não há uma delegacia de Polícia Civil especializada em crimes cibernéticos, nem nos direitos do consumidor, então o golpe pode ser reportado à delegacia mais próxima ou até pela internet em alguns casos. O Estado, inclusive, é o único da região Sul que não dispõe de uma linha de investigação específica.
— Pode ser interessante anexar prints do anúncio, se eles tiverem sido feitos, e fotos do imóvel, se ele existir — orienta o advogado Geyson Gonçalves, que preside a Comissão de Direito do Consumidor na Ordem dos Advogados do Brasil em Santa Catarina (OAB-SC).
Depois, é possível acionar um advogado para entrar com uma ação judicial de reparação de danos na Justiça, tanto materiais quanto morais. De acordo com Gonçalves, o Procon pode ser envolvido apenas se o imóvel tiver sido alugado de uma pessoa jurídica. A reportagem do Fantástico demonstrou, no entanto, que a maioria dos casos envolvem pessoas físicas, o que limita a ação nessa esfera.
De qualquer forma, o Procon de Florianópolis e de Santa Catarina contabilizaram reclamações recentemente. Em âmbito municipal, foram cinco queixas e, em estadual, outras três — todas relatadas em sites específicos de aluguel por temporada, diferentemente da maioria constatada pela matéria da TV Globo, que citou a OLX com mais frequência — de janeiro de 2017 a fevereiro deste ano.
— O Procon precisa de um mínimo de informações para poder abrir uma reclamação contra alguém — complementa o diretor do Procon estadual, Michel da Silva.
Priorizar sites especializados
Apesar de haver reclamações registradas contra portais especializados em locação por temporada, especialistas orientam que preferir esses espaços (como Airbnb e Booking) a sites de anúncios e classificados em geral (a exemplo da OLX) pode ser mais seguro. A Booking, por exemplo, só aceita a oferta de um anunciante quando consegue comprovar que ele é dono de determinada propriedade. A empresa faz isso por meio do envio de uma correspondência para o imóvel com um QR code que libera a publicação do anúncio.
O advogado Geyson Gonçalves explica que, quando o site intermedeia a negociação além de simplesmente expor o anúncio e o contato do anunciante para transação direta, é possível responsabilizá-lo.
— Os sites que são apenas depositários de anúncios não são responsáveis, somente são quando de alguma forma oferecem negociação, servem de intermediários. A não ser que se consiga comprovar que o site foi absolutamente negligente com ofertas absurdas.
Sites especializados em aluguel de temporada também podem ser responsabilizados pelo Procon, segundo explica o diretor estadual Michel da Silva.
— Há sites que não deixam registro, em que qualquer anunciante cadastra um e-mail, telefone, faz a negociação, deleta e vai embora. Então é muito fácil fraudar. Diferentemente de outros sites, que mantêm um registro bancário porque cobram taxa de serviço. Em um eventual problema, os colocamos nos processos como responsáveis solidariamente.
Mais tradicionais, as imobiliárias também são opções seguras, bem como os corretores de imóveis. Basta conferir a autenticidade da atuação da empresa ou do profissional. Isso pode ser feito a partir da checagem do registro no Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Santa Catarina (Creci-SC).
— Nosso conselho é para que as pessoas procurem, primeiro, fazer contato com as imobiliárias. Nem que tenha um custo maior, mas é mais garantido, né? — recomendou a delegada Grace Closs, da Polícia Civil de SC, à TV Globo.
Proteja-se do golpe de aluguel de temporada
— Pesquise os preços praticados na região escolhida e desconfie de anúncios que oferecem imóveis com valor muito abaixo do mercado (de 30 a 40% a menos);
— Verifique, com a ajuda de internet (como com o Google Maps), se o imóvel a ser locado realmente existe e se há referências sobre a prioridade, a exemplo de comentários no próprio site onde está anunciado ou até no Reclame Aqui;
— Tenha cuidado com locações direto com o proprietário. Na dúvida, peça o documento oficial de propriedade;
— Evitar ao máximo o adiantamento de valores. Se preciso, explique que tem receio de fraude e, portanto, prefere pagar quando chegar. Caso não seja possível, deixa a maior parcela para o dia de entrada no imóvel;
— Cheque se o CPF do anunciante é o mesmo do proprietário do imóvel. Você pode pedir essas informações junto às bancárias. E, se for golpe, a responsabilização penal será mais simples, porque será mais fácil rastrear o criminoso;
— Prefira alugar com imobiliária ou corretor que tenha endereço fixo e telefone convencional;
— Confira junto ao Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci) o registro do corretor de imóveis;
— Exija contrato autenticado no cartório da cidade onde fica o imóvel e verifique o selo digital do documento. Preze por esse documento nem que ele seja bastante breve: uma página com nomes completos, números de documento e endereço, por exemplo.
Fonte: SPC Brasil
Três em cada dez usuários de cartão de crédito não pagaram valor integral da fatura em dezembro, mostram SPC Brasil e CNDL
44% dos usuários de cartão notaram aumento da fatura ao fim de 2017, que em média, chegou a R$ 966. Entre os que tentataram realizar compras parceladas, 21% tiveram crédito negado
O cartão de crédito pode ser um aliado dos consumidores que não podem pagar por um bem à vista, mas dependendo do seu uso, também pode pode provocar desequilibrios financeiros. Dados do Indicador de Uso do Crédito apurados pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) revelam que em cada dez usuários de cartões de crédito, três (28%) não pagaram a fatura integral no último mês de dezembro, sendo que 15% entraram no crédito rotativo. Os entrevistados que pagaram a fatura cheia somam 68% da amostra e 3% não quiseram responder.
Os juros cobrados pelos bancos quando o cliente não paga o valor integral da fatura do cartão de crédito são altos e chegam a 335% ao ano, em média, segundo dados oficiais do Banco Central.
“As taxas do rotativo superam em mais de dez vezes as taxas médias de um crédito consignado. Pelas novas regras do cartão, o consumidor pode ficar no máximo um mês no rotativo. Depois disso, o saldo é parcelado a uma taxa de juros menor. Mesmo assim, os juros continuam altos, de modo que o consumidor não deve contar com o pagamento de um valor abaixo do integral. Ainda que seja possível, isso custa caro, inclusive com o parcelamento”, alerta a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.
46% dos brasileiros utilizaram alguma modalidade de crédito em dezembro. Indicador de Uso do Crédito salta de 23,7 pontos para 31,0 pontos na escala
De acordo com o levantamento, no último mês de dezembro, 46% dos brasileiros recorreram a alguma modalidade de crédito, sendo que o cartão de crédito foi o mais comum, com 37% de menções. Em seguida, aparecem o crediário ou carnê, com 17% de utilização, cheque especial (9%), empréstimos (9%) e financiamentos (8%). Os que não se utilizaram de nenhuma modalidade somam 54% dos consumidores.
Por conta do período de festas, que tradicionalmente aquece as vendas nos últimos meses do ano, o Indicador de Uso do Crédito alcançou o maior valor desde janeiro de 2017, início da série histórica. Em dezembro, o índice ficou em 31,0 pontos, em uma escala que varia de zero a 100, sendo que quanto mais alto, mais elevado também é a utilização de modalidades de crédito. O resultado ficou bem acima do observado em novembro, quando o indicador marcou 23,7 pontos.
Média da fatura do cartão de crédito é de R$ 966; compras no supermercado foram principal destino do ‘dinheiro de plástico’
Segundo o levantamento do SPC Brasil, considerando os brasileiros que utilizaram cartão de crédito em dezembro, 44% notaram aumento do valor da fatura, enquanto 20% reduziram os gastos no cartão e 29% veem estabilidade. Na média, a fatura dos usuários chegou a R$ 966,32.
A pesquisa ainda mostra que o uso do cartão já não se limita a compra de itens de alto valor, que geralmente precisam ser parcelados. As despesas correntes de todo mês também são feitas a crédito. As compras de supermercado foram o tipo de aquisição mais realizada no cartão, citadas por 56%. Em seguida, estão as peças de vestuário e assessórios (45%), remédios (39%) e combustível (34%).
O educador financeiro do portal ‘Meu Bolso Feliz’, José Vignoli, aconselha que, a cada pagamento no cartão, o consumidor avalie o quanto a prestação comprometerá a sua renda. “O cartão é um excelente instrumento de pagamento, pois ao contrário do crediário e do empréstimo, ele só cobra juros em casos de não pagamento ou pagamento mínimo da fatura. Isso requer organização do consumidor para que ele tenha a garantia de que não haverá atrasos ou uso do rotativo”, alerta Vignoli.
54% avaliam contratação de empréstimos e financiamentos como difícil e 21% tiveram crédito negado em loja
A avaliação do grau de dificuldade para conseguir aprovação em empréstimos e financiamentos mostrou que 54% dos consumidores dizem considerar difícil ou muito difícil a contratação do serviço, enquanto para 20% não é nem fácil nem difícil, e para 10%, fácil.
Considerando apenas aqueles que tentaram fazer alguma compra parcelada, 21% tiveram o crédito negado, sendo o motivo principal a insuficiência ou falta de comprovação da renda, citada por 9%. Além de inadimplência, que fez com que 5% desses entrevistados não conseguissem contratar financiamentos ou parcelar suas compras.
Para o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, o cenário de retomada lenta da recessão acaba intensificando os cuidados das instituições financeiras no momento de conceder crédito, o que dificulta seu acesso pelo consumidor. “Com a retomada gradual da economia, a situação deve se reverter. Já se observa aumento das concessões de crédito na comparação com o período mais aguda da crise, o que poderá ser reforçado pela queda das taxas de juros”, avalia Pellizzaro.
A economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, também avalia que cabe também aos consumidores analisar a real necessidade de se endividar. “Em muitos casos, o consumidor tem o crédito aprovado e faz escolhas com as quais, depois, não consegue arcar, comprometendo o orçamento por longo período de tempo. Então, antes de tomar essa decisão, é preciso avaliar as condições de prazo, juro. Cabe avaliar ainda se as parcelas não comprometerão o pagamento de outras despesas e a reserva financeira, que também deve ser vista como um compromisso”, afirma.
Metodologia
A pesquisa abrangeu 12 capitais das cinco regiões brasileira, a saber: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Salvador, Fortaleza, Brasília, Goiânia, Manaus e Belém. Juntas, essas cidades somam aproximadamente 80% da população residente nas capitais. A amostra, de 800 casos, foi composta por pessoas com idade superior ou igual a 18 anos, de ambos os sexos e de todas as classes sociais. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais.
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