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Clipping - 05/06/2017

Publicado em 05/06/2017
Clipping - 05/06/2017


CDL - Fortur
Fonte: Notícias do Dia - Janine Alves


CDL - SIM - Serviço de Inspeção Municipal
Fonte: Notícias do Dia - Cidade
Geral
Fonte: Notícias do Dia Trabalhadores do transporte coletivo entram em estado de greve em Florianópolis e região Na próxima terça-feira (6), a categoria se reunirá para deliberar sobre a possibilidade de trabalhar sem a cobrança de tarifas Motoristas e cobradores de ônibus participaram de uma assembleia do Sintraturb (Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Urbano) na noite desta quinta-feira (1º) para debater a possibilidade de greve da categoria, que atende Florianópolis e região. Após a discussão, realizada também na manhã e na tarde, foi decidido pelo estado de greve, mas sem a paralisação das atividades após 72h. O que foi estabelecido, portanto, foi que uma nova assembleia será realizada na noite de terça-feira (6), quando será decidido se a greve será deflagrada. Se sim, ocorrerá a partir da 00h de quarta-feira (7). A decisão, segundo o assessor do Sintraturb, Ricardo Freitas, depende da posição dos patrões em relação à data-base 2017 e se eles irão apresentar uma proposta favorável. Na noite desta quinta, os servidores rejeitaram a proposta patronal. O que muda desta vez é a possibilidade de o efetivo trabalhar 100% durante a greve. Nesta sexta, o sindicato fará um pedido ao Ministério Público do Trabalho para que seja autorizado que a categoria trabalhe sem a cobrança de tarifa. “Dessa forma, com a catraca livre, o prejuízo é só do patrão e não afeta a população”, explica Ricardo. Para isso, no entanto, é preciso aguardar uma autorização judicial.
Fonte: Notícias do Dia Final de semana rende a melhor safra de tainha da temporada na Grande Florianópolis Em dois dias foram pescadas aproximadamente 20 toneladas do peixe, que rendeu especialmente na Barra da Lagoa, Pinheira e Imbituba Após um sábado (3) de tempo bom e um domingo (4) com chuva oscilante, os pescadores de tainha da Grande Florianópolis tiveram uma safra produtiva. A pesca na região teve o melhor resultado de final de semana desde o início da temporada, em 1º de maio, com aproximadamente 20 toneladas do peixe pescadas em dois dias. Alguns dias após ganharem a liminar que permitiu que 30 embarcações extras ingressassem na atividade, os pescadores de tainha somaram cerca de 76 toneladas desde a liberação da pesca artesanal, conforme o presidente da Fepesc (Federação dos Pescadores de Santa Catarina), Ivo da Silva. O número ainda pode sofrer uma leve alteração, já que alguns pescadores continuavam no mar na noite de domingo. Segundo Ivo, o domingo foi o melhor dia para pescadores da Barra da Lagoa, Pinheira e Imbituba. “Foi uma pesca boa, as embarcações que começaram agora tiveram sucesso”, afirma. Nos próximos dias, ainda conforme o presidente da Fepesc, a tendência é que a pesca artesanal seja ainda mais produtiva. “É só esfriar mais que vem uma boa safra”, diz.
Fonte: Notícias do Dia Pequenas empresas contrataram 60% mais que grandes em 2016 Foram 9 milhões de trabalhadores admitidos no período; número maior de contratações das micro e pequenas empresas verificou-se em todas as faixas etárias As micro e pequenas empresas admitiram 9 milhões de trabalhadores em 2016, 60% mais que os 5,7 milhões contratados pelas grandes e médias empresas no período. A informação é do levantamento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. O número maior de contratações das micro e pequenas empresas verificou-se em todas as faixas etárias. O maior número de contratações por parte dos pequenos empresários, no entanto, ocorreu na faixa etária de 25 a 39 anos, em que as micro e pequenas empresas empregaram 4,3 milhões de trabalhadores, 59,2% mais que os 2,7 milhões das médias e grandes empresas. A segunda faixa etária com mais contratações pelos pequenos negócios foi abaixo dos 24 anos. Nesse caso, as micro e pequenas empresas empregaram 2,8 milhões de trabalhadores em 2016, 55,5% a mais que o 1,8 milhão contratado pelas médias e grandes no mesmo período. A análise mostrou ainda que tanto as empresas pequenas quanto as grandes dão preferência à contratação de trabalhadores mais jovens. A maioria dos contratados nos dois tipos de empresa têm entre 25 e 39 anos. Nas micro e pequenas empresas pessoas dessa faixa etária representaram 47,5% dos contratados no ano passado. Nas médias e grandes empresas, corresponderam a 47,4%. Os trabalhadores acima de 65 anos representaram um percentual muito pequeno dos contratados em 2016: 0,3% nas micro e pequenas empresas e 0,2% nas médias e grandes. Quando compara-se a quantidade de contratados em números absolutos, no entanto, os pequenos negócios saem à frente. Enquanto médios e grandes empresários contrataram 11.120 pessoas nessa faixa etária em 2016, os pequenos empreendedores contrataram 24.454, o equivalente a 120% a mais. Automação O presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, avalia que características específicas das micro e pequenas empresas contribuíram para que elas garantissem mais contratações que as médias e grandes em meio à crise econômica. “O desemprego na grande empresa não é só conjuntural, é estrutural. As grandes empresas estão eliminando postos de trabalho, usando mais automação. A pequena empresa não tem tanta tecnologia, além de ter grande presença no setor de serviços [intensivo em mão-de-obra]”, afirma. O economista Gilberto Braga, professor da Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas Ibmec, no entanto, analisa que a própria crise econômica contribui para a criação de empregos em micro e pequenas empresas, ao empurrar profissionais desempregados para o trabalho por conta própria. “O ambiente de crise empurra muitos profissionais de empregos tradicionais para se tornarem empreendedores. Essas pessoas, que perderam empregos formais, acabam abrindo a própria pequena empresa e, consequentemente, contratando outras pessoas. É um fenômeno comum”, destaca. Jovens e idosos Para Afif Domingos, a pesquisa mostra que pequenas as empresas são “porta de entrada e saída” para o mercado de trabalho, por contratarem pessoas no início e fim da carreira. Segundo o presidente do Sebrae, a contratação dos mais jovens deve-se à possibilidade de treinamento da mão-de-obra. “Uma empresa grande quer alguém que ela não tenha que treinar. Ela quer o mais qualificado. Na pequena empresa o funcionário vira auxiliar de caixa, depois gerente, vai fazendo a carreirinha dele”, comenta. O presidente do Sebrae ainda atribui a contratação de maior número idosos a um ambiente “mais humano” nas micro e pequenas empresas. “A pequena empresa é uma macrofamília. O ambiente é muito pessoal. Há um relacionamento mais humano. Muitas vezes o funcionário da pequena empresa vai ao médico frequentado pelos donos”, exemplifica. O economista Gilberto Braga ressalta que o profissional jovem custa mais barato para a pequena empresa, que dispõe de um caixa mais modesto. Além disso, o treinamento é mais viável. “Pelo fato de você ter na pequena empresa, normalmente, um dono que participa da gestão, o aprendizado se dá de forma muito mais rápida que na grande onde você precisa de um treinamento formal”, afirma. No caso dos idosos, o professor do Ibmec ressalta que há vantagens na contratação de funcionários mais velhos. “Dependendo do idoso, ele tem experiência. O empresário não tem custo de transporte, pois há gratuidade. Além disso, o idoso tem preferência no atendimento bancário e em todas as repartições públicas. Antes, se tinha o office boy. Hoje, temos o office old”, diz. Setores O levantamento do Sebrae apontou que o setor de serviços foi destaque nas contratações das micro e pequenas empresas em 2016, com admissão de 3,2 milhões de trabalhadores. O segundo setor com maior número de contratações foi o comércio, com 2,8 milhões. O empresário Felipe Evangelista, dono de uma hamburgueria em Brasília, conseguiu abrir vagas no setor de comércio este ano, apesar da já longa crise econômica. Nos meses de janeiro e fevereiro, ele contratou dois funcionários. Para Felipe, “o mercado sempre oscila” mas é preciso resistir. “Não pode se deixar levar pelo momento difícil. A crise pode revelar novas possibilidades Com a escassez de emprego, existem muitos profissionais bons desempregados. Tem que saber buscar”.
Fonte: Notícias do Dia Vacina contra influenza será disponibilizada gratuitamente para toda a população em SC As doses serão oferecidas a partir desta segunda-feira, enquanto durarem os estoques A campanha de vacinação contra a influenza será estendida a toda a população a partir desta segunda-feira (5), enquanto durarem os estoques. A decisão foi divulgada nesta sexta-feira (2) pela Dive (Diretoria de Vigilância Epidemiológica), da secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina, que seguirá a orientação do Ministério da Saúde. Para saber os endereços das salas de vacina da rede pública de saúde, basta acessar o site da campanha. Nas últimas três semanas, as internações hospitalares por gripe causada pelo vírus influenza têm aumentado em todo o estado. Desde o início do ano até quinta-feira (1), já foram confirmadas 119 internações, das quais 107 foram pelo vírus do tipo A (H3N2), nove pelo influenza B e três pelo influenza A – sendo um confirmado para A (H1N1) e dois aguardando subtipagem. No total, 14 ocasionaram óbitos, todos pelo vírus Influenza A (H3N2). "A média passou de 9 internações por semana em abril para 21 em maio. E o perfil dos casos comprova a prevalência da doença entre a população que compõe os grupos prioritários da campanha de vacinação, ou seja, com algum fator de risco associado", afirma a gerente de imunização da Dive/SC, Vanessa Vieira da Silva. Dos 119 casos de internação, 74 (62,2%) apresentaram algum fator de risco associado, dos quais 44 (59,5%) eram idosos (acima de 60 anos), 12 (16,3%) eram portadores de doenças crônicas, nove (12,2%) eram obesos, oito (10,8%) eram crianças com idade abaixo de 2 anos, além de uma gestante. Dentre os 14 óbitos por influenza, 11 (78,6%) apresentaram algum fator de risco para agravamento (idosos, doentes crônicos e obesos). Cobertura Até a quinta, a 19ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza apresentava cobertura vacinal de 83% em Santa Catarina. No total, foram aplicadas 1.144.591 doses em pessoas pertencentes ao público-alvo da campanha: idosos (639.356), crianças de seis meses e menores de cinco anos (277.603); trabalhadores de saúde (90.284); professores (73.294); gestantes (44.538); puérperas – até 45 dias após o parto (10.457); e indígenas (9.059). Outras 444.854 doses foram aplicadas em pessoas portadoras de doenças crônicas, correspondendo a 94,51% do total estimado de 470.671.
Fonte: Diário Catarinense - Estela Benetti PIB do país tem alta de 1% após oito trimestres de queda A economia brasileira interrompeu seu mais longo e profundo ciclo de recessão e cresceu 1% no primeiro trimestre deste ano puxada pela agropecuária. Segundo dados do IBGE, de janeiro a março deste ano a agricultura e pecuária do Brasil cresceram juntas 13,4%, a indústria teve expansão de 0,9% e os serviços ficaram estáveis em 0,0%. Isso confirma a trégua no ciclo recessivo, como diversas pesquisas indicavam, mas diante da crise política, o país pode fechar mais um ano no vermelho. Além da variação zero dos serviços, um dos piores dados divulgados pelo IBGE hoje é a taxa de investimento de apenas 15,6% do PIB, abaixo da registrada no mesmo período de 2016, quando ficou em 16,8%. Os dados do Produto Interno Bruto (PIB) estadual saem somente dois anos depois, mas a série de pesquisas oficiais já divulgadas sinalizam que a economia catarinense foi um pouco melhor do que a média nacional no período de janeiro a março, o que significa que o ciclo recessivo também foi interrompido por aqui. Uma dessas pesquisas é o IBCR-SC, Índice de Atividade Econômica Regional, apurada pelo Banco Central, que registrou alta de 2,71% em SC no primeiro trimestre, enquanto no Brasil a média ficou em 0,29%. Dos 13 produtos agrícolas mais importantes do Estado, nove terão produção maior este ano. Entre as maiores expansões estão o milho, que cresceu 15% frente a 2016, e o fumo, 27%. No primeiro quadrimestre, em receita, as exportações de frango cresceram 23,3% e as de suíno, 57%. Segundo dados do IBGE, no primeiro trimestre o Estado registrou crescimento de 5,2% da produção industrial e o varejo cresceu 10,7%. Mas os serviços seguiram em dificuldade. Recuaram 9,4% em volume e 2,6% em receita. Esses números indicam que a economia de SC, no primeiro trimestre, foi puxada principalmente pela agropecuária, indústria e comércio. Ritmo maior Para o economista da Secretaria de Estado da Fazenda, Paulo Zoldan, que acompanha a economia catarinense, os números mostram que o pior da crise ficou para trás no caso de SC. Segundo ele, o PIB do Estado caiu 5,1% em 2015, 3,9% em 2016, mas teve uma recuperação no primeiro trimestre deste ano. Ele avalia que a série de pesquisas divulgadas mostraram uma recuperação da economia do Estado mais robusta que a nacional. Entre esses dados, cita a alta de 7,9% no consumo de energia no primeiro trimestre frente ao mesmo período de 2016, alta de 17% das exportações e abertura de 24.065 empregos no quadrimestre. A salvação O agronegócio brasileiro salvou o PIB no primeiro trimestre porque é produtivo, competitivo e fortemente exportador. Se o país tivesse mais empresas com esse perfil, teria sentido menos a crise. Temos exemplos de multinacionais em SC que sofreram pouco com a recessão graças a atuação lá fora.
Fonte: Diário Catarinense - Estela Benetti Desemprego afeta 13,6% e crise política dificulta O Brasil fechou o trimestre de fevereiro a abril com taxa de desemprego de 13,6%, o que indica uma leve retração no ritmo de perda de vagas frente ao trimestre janeiro a março, quando a taxa ficou em 13,7%, informou a pesquisa Pnad do IBGE. Mas o país tem 14 milhões de desempregados, o que consiste no maior problema econômico e social da atualidade. Esse quadro poderia estar melhorando mais rápido se não fosse a crise política, com incerteza sobre o futuro do presidente Michel Temer, que não quer deixar o cargo. Como há um consenso de que as reformas são um compromisso de país, um novo governo teria mais credibilidade para acelerar esse processo. Mas, para os menos pessimistas, o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), avaliou que a Pnad desta quarta traz quatro pontos positivos: a desaceleração do desemprego, o que não ocorria deste o início de 2015, a melhor atuação daindústria, a desaceleração da inflação e a volta ao positivo da massa de rendimentos. De fevereiro a abril a indústria do país fechou 220 mil vagas, vem menos do que no mesmo período de 2016, quando fechou 1,6 milhão. E o valor do rendimento real médio dos trabalhadores ficou em R$ 2.107 em abril, 2,7% mais do que no mesmo período do ano passado. Esta Pnad não traz dados estaduais, mas estes foram divulgados dia 18 do mês passado e mostraram que a situação do emprego piorou muito em SC. A taxa de desemprego, que estava em 6,2% no final do ano, subiu para 7,9% no final do primeiro trimestre, a maior alta desde 2012. Santa Catarina tinha em março 297 mil desempregados, o equivalente a quase a metade da população de Joinville, a maior cidade catarinense, que tem cerca de 570 mil habitantes. O Estado segue com a menor taxa do país, mas o setor público e empresas devem se emprenhar mais para gerar postos de trabalho.
Fonte: SPC Brasil Para SPC Brasil, se crise política se estender, redução da taxa de juros será mais lenta no segundo semestre Mesmo com cenário de incertezas com a conjuntura econômica e aprovação das reformas, Selic a 10,25% é positivo para o País O Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) considera positivo para a economia a decisão anunciada nesta quarta-feira pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central em reduzir a taxa básica de juros (Selic) em 1,0 ponto percentual de 11,25% para 10,25% a.a., o mais baixo patamar desde janeiro de 2014. Porém, a recente crise política das duas últimas semanas pode ter afetado a intenção do Banco Central de acelerar a redução da Selic em mais de 1,0 ponto. Para o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro, ainda há espaço para cortes de juros, principalmente por conta da trajetória da inflação e da atividade econômica fraca, mas o ritmo de cortes fica menor em um cenário de agravamento da crise política. “O impasse político pode adiar a discussão de reformas fundamentais para a retomada do crescimento, além de abrir, novamente, um cenário de incertezas que começava a ser superado”, afirma Pellizzaro. “O risco de persistência ou agravamento desse cenário, que ainda precisa ser considerado, explica a decisão do Banco Central de não acelerar o ritmo de corte dos juros, como se esperava.” Mesmo com novos acontecimentos tendo impacto na política de juros, a decisão do Copom reflete a desaceleração dos preços dos últimos meses e a expectativa do mercado de que a inflação poderá até mesmo ficar abaixo do centro da meta ao final de 2017, que ainda se mantém. “O patamar de 10,25% faz com que a taxa Selic se aproxime de um dígito, o que, apesar das incertezas presentes, deve acontecer já na próxima reunião, em julho.
Fonte: BBC Brasil PIB cresce 1% após dois anos de queda, mas futuro é de incerteza Economistas afirmam que delações da JBS representam ruptura das expectativas otimistas para economia

Anunciado em meio a uma crise política e a várias incertezas sobre os rumos do país, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) soa como uma rara boa notícia. Segundo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, o indicador subiu 1% no primeiro trimestre deste ano ante o último trimestre de 2016, após dois anos consecutivos de queda. No entanto, é difícil saber se os próximos resultados seguirão nessa linha.

Para economistas entrevistados pela BBC Brasil, as delações dos donos da JBS, Joesley e Wesley Batista, que colocaram a governabilidade do presidente Michel Temer em dúvida, representam uma ruptura das expectativas mais otimistas sobre a economia. Isso porque a agenda de reformas foi paralisada e empresários e consumidores devem ficar ainda menos confiantes. Divididos entre aqueles que acreditavam numa retomada e os que não viam sinais de recuperação, os especialistas ouvidos concordam em uma questão: a indefinição política torna as previsões econômicas ainda mais nebulosas. Brasil supera apenas Venezuela e Mongólia em ranking de competitividade Abaixo, a BBC Brasil explica o que levou ao crescimento do PIB e discute como o escândalo da JBS pode afetar o indicador daqui para frente. Por que o PIB cresceu? O PIB, um dos principais indicadores de uma economia, pode ser calculado pela ótica da oferta ou pela ótica de demanda. Ou seja, pelo cálculo do que se produz ou do que se consome no país.
Na primeira alternativa, o IBGE soma a produção gerada por agropecuária, indústria e serviços. No dado divulgado nesta quinta-feira, a agropecuária teve o melhor desempenho, com alta de 13,4%, puxando o número para cima. A indústria cresceu 0,9% e os serviços ficaram no mesmo patamar do último trimestre.

De acordo com o professor do Instituto de Economia da Unicamp Francisco Lopreato, a safra recorde de grãos registrada no começo do ano é o "único grande fator" que explica a melhora do cenário.
"O que é inquestionável é o número da agricultura. Deu uma supersafra, o preço internacional estava bom, o clima colaborou, mas é uma pena que seja só isso."

Outro ponto que poderia ter influenciado o resultado, dizem os professores consultados, é uma revisão dos dados de comércio e serviços em janeiro. A mudança metodológica fez as vendas no varejo passarem de queda de 0,7% a crescimento de 5,5%, o que teria colaborado para o bom número nos primeiros meses do ano. Agropecuária puxou número do PIB para cima, com crescimento de 13,4% "Há a discussão de que o resultado reflita uma alteração na metodologia. É difícil dizer que esse crescimento esteja associado a uma recuperação. O desemprego continua aumentando, não há melhora no consumo, as pessoas seguem endividadas, nada está diferente", diz a professora de Economia da PUC-SP Cristina Helena de Mello. Lopreato também não vê sinal de retomada em outros setores. Mudanças positivas como a queda da inflação e dos juros, ressalta o professor, não são suficientes para tirar a economia da crise.
"Óbvio que são importantes. Mas, sozinhos, juros e inflação menores não são suficientes para alavancar o crescimento. Eles facilitam o investimento, mas vou investir para quê? Tem alguém que compre?" Os setores que desafiam o pessimismo e estão contratando No entanto, outros entrevistados viram os dados citados acima e a rápida aprovação das reformas como uma luz no fim do túnel. Segundo o professor da Escola de Economia da FGV Rogerio Mori, a inflação menor mostra a "volta à normalidade" do sistema econômico e estimula o consumo. Ele também cita a alta dos indicadores de confiança com a tramitação das reformas trabalhista e da Previdência. Em maio, o Índice de Confiança Empresarial, feito pelo Instituto Brasileiro de Economia da FGV, atingiu o maior nível desde dezembro de 2014: 86,4 pontos. "A economia está andando meio de lado. Mas diria que até umas semanas atrás estava se desenhando um cenário de retomada, caminhando para um crescimento robusto em 2018." Como ficará daqui para frente? Há duas semanas, vieram à tona as revelações da delação do dono da JBS Joesley Batista. À Procuradoria Geral da República, Batista disse que Temer deu aval para a compra do silêncio do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha. A informação foi o estopim de uma crise política, que paralisou o andamento das reformas no Congresso e colocou a governabilidade do presidente em risco. De acordo com os economistas ouvidos, o fato causou também uma quebra de expectativas, dificultando previsões sobre os rumos da crise. Eles diferem em suas visões sobre o futuro: enquanto uns consideram que a delação piorou um cenário que já era ruim, outros veem uma interrupção na retomada que logo deve ser superada. O professor Francisco Lopreato afirma que, com as acusações contra Temer, "o que já era turvo, escureceu de vez". "A insegurança é muito grande. Temer cai? Ou se salva? Estão tentando achar uma alternativa, que ainda não está clara. Diante da sensação de impasse, fica difícil ter um horizonte. Esperaria uma nova queda do PIB (no segundo trimestre), mas não dá para estimar o tamanho." Mas como as incertezas políticas afetam a decisão de consumidores e empresários? Cristina Helena de Mello, da PUC-SP, diz que, ao decidir como vão gastar seu dinheiro, consumidores e empresários precisam estar confiantes de que haverá um retorno. No caso do trabalhador, de que ele continuará empregado, seu salário aumentará com o tempo e ele poderá pagar por aquele bem. Já para o executivo, de que haverá gente para comprar seus produtos, numa economia estável e propícia para novos negócios. "Sem saber se as reformas vão continuar ou não, você não tem certeza de que terá retorno no seu investimento. Se não investe, você não emprega, não contrata. Os investidores estrangeiros também ficam receosos de colocar recursos em um país que não sabe como vai conduzir seu futuro."
Mello não aposta em queda nem em crescimento do PIB neste ano. Ela diz que a instabilidade é grande para apontar uma direção. Apesar do otimismo, economista diz que é prematuro indicar o destino do PIB "É um momento delicado, que depende de como serão conduzidas as próximas ações. É importante sinalizar que estamos semeando esses problemas, mas respeitando o que nos é caro: a Constituição, as instituições. E falta essa sinalização." Quem considerava que o país estava em trajetória de recuperação, tem uma opinião mais otimista deste momento. Consultor econômico e ex-secretário do Ministério da Fazenda, Raul Velloso define a crise política como "um salto para baixo" que deve ser superado em breve. "Aquela linha vinha subindo devagarzinho deu um salto para baixo. Logo começam a desencadear as soluções. Foi uma descontinuidade pontual, pelo temor da reforma não acontecer, do país se desorganizar." Para Velloso, há uma agenda que deve ajudar a reduzir as incertezas. O julgamento da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral na semana que vem seria um desses marcos, porque a decisão dos juízes pode fortalecer Temer ou enfraquecê-lo de vez. O que a economia diz sobre o primeiro ano de governo Temer "Tem alguns eventos que podem trazer uma solução. Além disso, já estão procurando um substituto. Quando encontrarem um caminho que o presidente aceite, ele renuncia. Todos estão articulando nos bastidores."

Apesar do otimismo, Velloso diz que é prematuro indicar o destino do PIB. A mesma cautela tem Rogerio Mori, da FGV. É impossível saber os efeitos da delação, diz o professor, mas sua impressão é de que "o impacto negativo inicial está se diluindo". Segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo, o governo já retomou a contagem de votos no Congresso para tentar aprovar a reforma da Previdência. A ideia da base aliada seria colocar a proposta em votação no plenário da Câmara já no início de junho.

"Independentemente do desfecho político, não estamos caminhando para a ruptura da política econômica. Até este momento, parece que o governo está mais fragilizado, mas minimamente funcional." Acompanhe a CDL de Florianópolis nas redes sociais:     Para garantir que nossos informativos cheguem à sua caixa de entrada, adicione
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