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Classe C é a maioria em Florianópolis

Publicado em 29/06/2011
Classe C é a maioria em Florianópolis

Empresários precisam estar atentos aos desejos desse público em potencial O aumento da renda do trabalhador e as facilidades de compra mudaram o perfil de consumo das famílias, tornando os consumidores da Classe C  mais exigentes e atentos ao conforto. A classe apontada por especialistas como a grande consumidora de produtos de consumo, bens duráveis e serviços domina o dinheiro que não está mais concentrado nas mãos da elite. A cidade lidera a lista das capitais brasileiras com a maior fatia de habitantes na faixa que recebe entre três e 10 salários mínimos (R$ 1.530 a R$ 5.100 em 2010), conforme dados da Data Popular. Já foi o tempo em que a classe média, representada por quase a metade da população da Capital, escolhia apenas os produtos mais baratos, agora, ela prioriza a qualidade. Diante deste novo cenário, é importante entender bem este público, saber como agradá-lo e, por fim, torná-lo fiel. Para a diretora de comunicação com o mercado da Psicoespaço, Carine Cardoso, as pesquisas mostram que a classe média tem tido uma atitude diferente, estão consumindo achocolatado, iogurte, produtos de beleza, eletrodomésticos, carros. Ou seja, produtos que eram distantes da realidade e que hoje têm mais acessibilidade. Carine ensina que, para conquistar a classe média, as lojas precisam ter um ambiente informal, pois a categoria gosta mais de intimidade, que o vendedor fale sua língua e demonstre atenção às suas necessidades. Para fidelizar esses novos consumidores, a pesquisadora revela que os vendedores têm de ser simpáticos e dar atenção. As lojas devem se profissionalizar, organizar as vitrines, nunca tornando o ponto de venda glamuroso, porque isso pode assustar. Segundo estudo da Data Popular, 48,5% da população de Florianópolis está na classe C. Uma cidade que tem a maior parte dos habitantes na classe média só tem motivos para comemorar. DIVISÃO DAS CLASSES ECONÔMICAS Classificação segundo o Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (CPS/FGV). Valores em reais calculados a partir do conceito de renda domiciliar per capita. Classe A: renda acima de R$6.745 Classe B: R$5.174 a R$6.745 Classe C: R$1.200 a  R$5.174 Classe D: R$751 a  R$1.200 Classe E: R$0 a R$751 RAIO X DA CLASSE MÉDIA Florianópolis lidera a lista das capitais do país com a maior fatia de famílias com renda entre três e 10 salários mínimos. Entre todas as regiões do país, o Sul é o que tem a maior parte da população na classe C: 55,3% dos habitantes, ou 15 milhões de pessoas. De acordo com o estudo da Data Popular, os gastos da população brasileira foram 4,4 vezes maiores em 2010 do que em 2002, e o maior crescimento se deu na classe C. Ela movimentou, sozinha, R$ 881 bilhões, ou 41% do total de crédito e dinheiro disponível no mercado. A tendência é que a classe C ocupe 60% da população do Sul dentro de 10 anos.

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