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Cesta básica recua 3% na Capital, mostra o Dieese

Publicado em 08/05/2013
Cesta básica recua 3% na Capital, mostra o Dieese

Apontado como vilão dos preços nos últimos meses, o tomate apresentou recuo em abril, com queda de 19,48%, segundo o estudo Depois de quatro meses de alta consecutiva, a cesta básica registrou queda de 3% em abril na Capital. A desoneração de impostos federais dos cinco itens anteriormente não contemplados – carne, café, açúcar, óleo e manteiga –, aplicada em março, é apontada como a principal razão do desempenho. Os porto-alegrenses pouparam R$ 9,67 ao adquirir os 13 gêneros alimentícios. O preço total passou de R$ 321,95 em março para R$ 312,28 em abril, segundo os dados apresentados ontem pelo Dieese. Nove dos treze itens avaliados apresentaram preços mais baixos, principalmente o tomate (-19,48%). A carne, produto com maior peso no gasto mensal, também teve redução (-1,3%). Porém, quatro tiveram alta, destaque para a banana (17,32%) e para o leite (4,78%). Entre as capitais onde o levantamento é realizado, Porto Alegre foi a segunda com maior redução mensal, atrás de Salvador (-4,63%) e à frente de Campo Grande (-1,73%). Houve aumento em 12 das 18 cidades. No acumulado dos primeiros quatro meses de 2013, no entanto, a Capital teve alta de 6,08% e, em 12 meses, 16,48%. Para a economista do Dieese Daniela Sandi, a tendência é de mais quedas nos próximos meses – o período de maio a julho é, historicamente, de queda. E, a partir da desoneração, a expectativa é de que a redução chegue a 4,36%. “Ainda há espaço para mais reduções. Os produtos desonerados já começaram a cair de preço. É uma boa notícia para o consumidor”, explica. Porém, a variação não pode ser atribuída somente à questão tributária, aspectos como o clima e a oferta de produtos precisam ser levados em conta, destaca a economista. De acordo com o estudo, o salário-mínimo calculado como o ideal para garantir o suprimento das famílias é de R$ 2.892,47, quantia 4,26 vezes superior ao valor em vigor (R$ 678,00). Em abril de 2012, o valor tinha sido R$ 2.329,35, 3,74 vezes o mínimo daquele período (R$ 622,00). A comprovação da tendência de queda seria muito bem-vinda, ressalta Daniela, pois atingiria grande parte da população porto-alegrense. “O trabalhador ainda gasta metade do salário-mínimo com a cesta básica”, lembra. Para a economista do Dieese, um comprometimento mais saudável seria de cerca de 35%. Com a retração, Porto Alegre passou do quinto para o sexto lugar no ranking das cestas mais caras do Brasil. Nas primeiras colocações, estão São Paulo (R$ 344,30), Manaus (R$ 339,64), Vitória (R$ 328,94), Rio de Janeiro (R$ 327,52) e Belo Horizonte (R$ 324,53). Já os valores mais baixos foram encontrados em Aracaju (R$ 247,72), Salvador (R$ 268,05) e Campo Grande (R$ 271,65). Em outubro do ano passado, a Capital gaúcha ocupava o primeiro lugar. A partir de então, passou a oscilar entre o segundo e terceiro e, em março, estava em quinto. Fonte: Jornal do Comércio

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