CDL

Os episódios têm se sucedido, mas a população de Florianópolis não se habitua tampouco se conforma: a cada movimento reivindicatório – de sindicatos laborais, estudantes, sem-terra ou sem-teto, funcionários públicos e até de parentes de presos – as vias públicas são bloqueadas e a já comprometida mobilidade da cidade é transformada em um caos. Não existe mais qualquer constrangimento em fechar as pontes que ligam continente e Ilha, as rodovias estaduais e os terminais de transporte coletivo. Também não é preciso uma multidão para tanto: recentemente, não mais que três dezenas de esposas e filhos de detentos da Penitenciária Estadual provocaram uma imensa desordem no trânsito da cidade por vários dias consecutivos.  Os associados da CDL de Florianópolis não questionam a legitimidade das aspirações de tais movimentos nem a liberdade de manifestação. Todavia, não podem concordar com a agressão a um princípio constitucional elementar – o direito de ir e vir! Gostaríamos que as autoridades policiais e os dirigentes da segurança pública não tolerassem tais atitudes, em detrimento dos direitos da maioria da população. O respeito às leis e à ordem são premissas inegociáveis do estado democrático de direito. Nossa preocupação com o assunto aumenta quando constatamos que estamos em ano eleitoral e políticos e dirigentes públicos tornam-se mais suscetíveis aos ditos movimentos sociais. Mantemos a expectativa de que prevaleça o bom-senso e a legalidade.  CDL de Florianópolis
Diretoria