Cai número de cartões de crédito, mas bancos ganham mais com tarifa
Publicado em 22/10/2012
Dados sobre 2011 foram divulgados nesta quinta-feira pelo Banco Central. No fim do ano passado, 84,4 milhões de cartões estavam ativos no Brasil
O Banco Central divulgou nesta quinta-feira (18) informações sobre o mercado de cartões de crédito no Brasil em 2011. De acordo com a autoridade monetária, o número de cartões de crédito existentes no Brasil somou 169,1 milhões no fim de 2011, o que representa uma queda de 2% sobre o ano anterior, ao mesmo tempo em que os cartões "ativos" (em funcionamento) somaram 84,4 milhões, com recuo de 1% na comparação com o final de 2010.
Segundo a instituição, isso representa uma "inversão de tendência", uma vez que os cartões de crédito vinham crescendo a uma taxa média de cerca de 20% ao ano nos últimos dez anos.
"Parte dessa queda se deve a ajustes nas bases de cartões dos emissores, resultantes dos processos de consolidação das aquisições ocorridas recentemente no mercado bancário. Os cartões emitidos sob a modalidade “híbrido” [em parceria com comerciante] foram os mais afetados pelo ajuste, o que resultou numa redução de sua participação de mercado para 16%, com queda de 3 pontos percentuais em relação ao ano anterior", informou o Banco Central.
Os números do BC também mostram que os cartões de crédito, além de cobrarem a maior taxa de juros do mercado financeiro nacional, também tiveram suas tarifas elevadas em 2011. "No lado da emissão, a tarifa de anuidade subiu, em média, 15%. Por sua vez, a receita dos emissores com essas tarifas aumentou 18% no mesmo período, impulsionada pelo aumento médio das anuidades e pelo aumento da quantidade dos cartões 'premium'", informou o Banco Central.
Sobre a receita total dos emissores, o BC informou que o financiamento de compras efetuadas com cartões de crédito representou 57% do total no ano passado, com alta de 13% sobre o ano de 2010. Dados da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) mostram que, em setembro, os juros médios cobrados no cartão de crédito somaram 228% ao ano - a modalidade mais cara do mercado.
Com juros altos, a inadimplência destas operações também é grande. Segundo dados do Banco Central, mais de um terço (1/3) das operações não são pagas em dia. "Considerando os custos totais dos emissores, a inadimplência respondeu por 34%, o que representa incremento de 27% em relação ao ano anterior", acrescentou a autoridade monetária.
Fonte: G1 - Economia
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