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Após o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmar em audiência no Congresso Nacional, terça-feira, que o governo vai ampliar o atendimento de demandas de crédito às micro e pequenas empresas, o Banco do Brasil anunciou nesta quarta que vai operar o Pronampe - Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte sem a cobrança de taxa de abertura de crédito, nem seguro prestamista. Essa taxação inesperada num momento de recessão, cobrada pela Caixa, gerou duras críticas dos empresários de Santa Catarina.

A entrada no BB na operação dessa linha de crédito, que resultou de projeto de lei do senador catarinense Jorginho Mello (PL), foi anunciada pelo presidente da instituição, Rubens Novaes. Segundo ele, a instituição planeja atender 180 mil empresas, emprestando cerca de R$ 3,7 bilhões. Ele recomendou aos gerentes da instituição serem proativos na oferta desse crédito.

A entrada do banco na oferta do programa demorou. O próprio senador Jorginho vinha cobrando da instituição uma atuação ampla e acessível para a micro e pequenas empresas. O parlamentar contou que, numa conversa com Novaes recentemente, recomendou a privatização do banco caso não pudesse operar um programa de crédito do governo.

Com essa decisão do BB, a expectativa é de que outros bancos façam adesão, mas sem taxação. Em SC, a maioria das empresas em dificuldades espera conseguir recurso dessa linha. Agora, com os danos do Ciclone, mais empresas terão razão para procurar a linha, que é corrigida pela taxa Selic, hoje em 2,25% ao ano, mais 1,25%.

Outra queixa era de que o empréstimo, na Caixa, estava sendo priorizado à microempresa. Que 80% estaria com esse foco. O senador levou essa queixa, que foi corrigida.

Fonte: NSC Total
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom, Agência Brasil